Double escrita por Carolina


Capítulo 4
Floreios, borrões, chamas e dragões


Notas iniciais do capítulo

E AI? Vocês pensam que eu sumi? Sumi nããão, meus lindos ♥
Espero que gostem do capítulo, boa leitura!



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A atmosfera em Hogwarts ainda era animadora. Com 2 candidatos de Hogwarts, a disputa entre as casas era visível: os lufanos haviam tomado de conta de parte do corredor com bottons expressivos de apoio à Diggory, entretanto, os grifinórios concentravam seus entusiasmos nos alunos estrangeiros e em furtivas apostas sobre quem ganharia a primeira prova do Torneio Tribruxo. Fred e George faziam diversas tentativas com seus explosivos, otimistas que os primeiros ficariam prontos para as comemorações que aconteceriam em breve, porém, nem só de boas expectativas fazem explosivos no mundo bruxo e alguma coisa estava dando estranhamente errada. Depois de mais um dia em que saíram de uma área da Floresta Proibida com alguns fios de cabelos chamuscados, decidiram que mudariam novamente a forma de fazer os fogos de artificio e isso significaria um tempo a mais na biblioteca.

– George, você vai pra biblioteca hoje. - disse Fred em meio a um bocejo. - Estou com sono demais pra isso.

– Não estaria com sono se não sumisse quase todas as noites, cara. - respondeu balançando uma parte de cabelo que ainda estava quente. - Mas tudo bem, não me importo, mas guarde um pouco de pudim pra mim, eu amo o pudim.

– Ta, quem sabe. - Fred pegou sua mochila em um dos cantos do castelo e foi em direção à torre da Grifinória, enquanto George fazia o mesmo, mas seguia o caminho contrário em direção à biblioteca. Ficou feliz pela possibilidade de encontrar com Anna novamente.

O clima ameno dos corredores o seguiu até a biblioteca, onde não estava tão fazia quanto da primeira vez que havia ido até lá, mas também não estava tão lotada como costumeiramente. A luz natural do dia entrava pelas janelas e o cheiro de livros antigos chegavam ao seu nariz e lhe dava vontade de dormir. Olhou para o lugar em que sabia que Anna ficava, mas estava vazio. Desanimado e com a mochila pendendo em um dos braços, andou pelos corredores da biblioteca até achar a sessão que conseguiu achar o livro uma última vez e foi surpreendido com uma garota ruiva de cabelos longos com a cabeça abaixada, dormindo. Com cuidado, George colocou sua mochila em um canto da mesa e puxou devagar a cadeira do lado de Anna, tocando-a no ombro suavemente na tentativa de acorda-la. Com muita preguiça e com o rosto marcado, Anna abriu seus olhos castanhos devagar, olhando pra George com um sorriso tímido, que ele retribuiu.

– Bom dia! - brincou George rindo e passando a mão no cabelo ruivo da garota a sua frente. - Pensei que gostasse de bibliotecas.

– Olá - respondeu ainda com a cabeça apoiada nos braços e uma voz rouca. - Eu gosto de bibliotecas, mas voltei tarde pro meu quarto ontem e aqui é um lugar bem quieto. - sorriu. - Mas e você, o que faz aqui?

– Bom, digamos que as explosões que estamos fazendo não deram muito certo, então resolvemos mudar as coisas.

– Vocês devem estar errando alguma coisa na poção pra compor o restante. Posso te ajudar hoje se quiser.

– Aceito com certeza! - respondeu George animado, pois não trabalharia sozinho e passaria um bom tempo com Anna de novo. Enquanto a garota se levantava da cadeira onde estava pra pegar suas coisas, percebeu que sua gravata tinha detalhes em azul. Voltou pouco tempo depois com sua bolsa em um dos ombros, que jogou em cima da mesa e espalhou vários pergaminhos e algumas penas.

– Você é da Corvinal! - George estava animado. - Ainda não sabia de que casa você era.

– Ah, bom, sou – sorriu timidamente. - Nada demais, era só ter perguntado.

– As vezes eu esqueço desse detalhe. - riu. - Mas você parece estar na casa certa, é inteligente, gosta de bibliotecas...

– Claramente você está nos subestimando, George. - sorria. - Nem todos gostam de bibliotecas e de estudar, mas tenho certeza que não perderemos tempo falando sobre isso, não é?

– Sim, claro, onde estávamos mesmo?

– Ajudar você pra saber o que está dando errado em seus explosivos.

– Hum, é verdade.

– Você por acaso não teria as anotações em algum pergaminho aí? - George balançou a cabeça em sinal positivo, estendeu o braço para sua bolsa e pegou umas meia dúzias de pergaminhos rabiscados e borrados de tinta, que colocou na frente de Anna. Ela pegou todas as anotações e começou a risca-las furtivamente, já anotando complementos e explicando os erros, um a um, para George que apesar de tentar prestar atenção no que Anna dizia, sempre se distraia toda vez que a garota jogava os cabelos ruivos de um lado para outro. "Ela tem cheiro de flor de cerejeira", pensava. Por muitas vezes Anna virava seu rosto na direção de George, para conversarem algo relacionado ao que estavam fazendo, ou outro assunto que o garoto tentava puxar algumas vezes. Anna era uma garota peculiar, concluiu George: gostava de chá em excesso, livros e pudim de leite; gostava de estudo dos trouxas, poções e feitiços. Um adicional feito por George: ele achava que se ligassem todas as sardas de seu rosto branco era possível formar uma constelação incrível.

Quando as luzes da biblioteca se acenderam, George e Anna puderam olhar para a janela e perceber que já estava escurecendo, havendo passado um tempo considerável desde a hora que começaram. Tendo quase tudo pronto e acertado, Anna entregou os pergaminhos à George, que ficou animado ao ver que talvez as mudanças feitas fossem cruciais para que tudo desse certo. A garota desejou boa sorte à George e ambos ficaram sem graça por não saberem como agir com apertos de mãos ou abraços de agradecimento. A garota ruiva já havia colocado sua mochila de volta em um dos ombros e começado a andar pelo corredor quando George a chamou.

– Anna! - correu até ela, que parou. - Você sabe que, bem, a primeira tarefa do Torneio Tribruxo é daqui há alguns dias, certo?

– Sim, eu sei.

– A primeira prova vão ser dragões, agradeceria se não contasse pra ninguém, mas bom, achei que você gostaria de saber.

– Uau! Sério? E como você ficou sabendo?

– Meu irmão ajudou a trazê-los da Romênia. Mas o que eu queria dizer, ou perguntar, é se você não queria ir comigo, você sabe... Ver os dragões.

– Ta falando sério? Agora? Mesmo? - Anna animou-se. - Com certeza! - George sorriu, caminhando ao lado de Anna até estarem fora do castelo, avisando que os dragões estavam em um lugar da Floresta Proibida e que apesar do frio que começava a fazer do lado de fora, valia muito a pena.

Andaram dez minutos até chegarem ao local certo, onde podia-se ouvir o barulho de grandes jaulas onde estavam presos os dragões, seguidos por um clarão do fogo que cuspiam. Chegaram o mais perto que podiam e acharam seguro, atrás de algumas plantas baixas e com certa distância para não serem vistos pelas pessoas do local. Sentaram no chão um do lado do outro.

– Isso é incrível. Completamente incrível. - dizia Anna encantada com o que via.

– Também acho. Poderia ficar aqui por horas.

– Uma pena que amanhã não é sábado, não iria sair mais daqui. - riram.

Mais uma vez perderam a noção do tempo que passaram ali falando sobre os dragões da Romênia e de como tudo aquilo era maravilhoso. Diversas vezes George movia sua mão na tentativa de encontrar com a de Anna e quando isso aconteceu a garota o olhou surpreso e sorriu. Se estivesse claro o suficiente, ele poderia jurar que suas bochechas estavam ficando vermelhas. Ficaram assim, com suas mãos entrelaçadas até, infelizmente, a hora de voltarem ao castelo.


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Notas finais do capítulo

Então, o que me dizem? Não esqueçam de dizer suas opiniões, sugestões, críticas! Qual ship você curte e torce? 'Freanna' ou 'Geanna'? Façam suas apostas, hahaha, brincadeira!
Um beijo de luz pra todos!



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