Easy escrita por Nora


Capítulo 3
2 – Same boy, different place


Notas iniciais do capítulo

Heey guys!

Aqui está o capítulo dois, espero que gostem. Desculpem-me os erros, eu digitei tipo rapidão no pc (sim, tenho mania de escrever em caderno e depois passar para o pc) porque tenho que escrever Beautiful War hoje — é, me obriguei a isso. É uma scorose, se alguém quiser ler, aqui o link: http://fanfiction.com.br/historia/501623/Beautiful_War/
Esse é um dos meus capítulos preferidos pois é onde o Trevor aparece pela primeira vez. Espero que gostem dele assim como eu! hahaha

Viram que mudei de nome? rsrs Planejava mudar para America novamente daqui um tempo, mas eu amo Maya Scalettine. Portanto vou ficar assim por um loongo tempo. Ah, meu aniversário foi esses dias, 23 de junho. Fiz 13 aninhos! aheuaheuh

Enfim, vamos ao capítulo. Boa leitura e nos vemos nas notas finais!



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America estava dirigindo-se para seu sonho, finalmente. Se alguém lhe dissesse a cinco anos atrás que isso seria realmente acontecer, ela teria dado risada e não teria acreditado na pessoa. Mas aquilo acontecera. Mesmo depois de cada pensamento que negava isso, depois de cada frase dita por seu pai e por todos de que ela “não era boa o suficiente e nunca seria”, acontecera.

Ela caminhou, maravilhada com aquele enorme lugar. Quadrados de grama perfeitamente aparados se estendiam por um longo caminho entre a calçada de arenito de duas cores, bege claro e vermelho coral. Assim seguia até duas fontes nas extremidades opostas e a frente ela via um prédio que lhe lembrava o Partenon da Grécia e logo ao lado a enorme estrutura da Butler Library.

America sorriu, fascinada com aquele lugar. E pensar que seria ali onde ela praticamente “viveria” por quatro anos, bem, já a deixava com vontade de sorrir de orelha a orelha.

Ela se dirigiu ao prédio central da universidade para pegar a grade curricular e seus horários e entregar alguns documentos. Enquanto andava, ela percebeu que não havia visto Andy ainda. Ele já deveria estar lá. E foi nesse momento que seu celular tocou, e era ele.

— Andy? Aonde você está?! – ela perguntou.

— Eu estou indo, Meri, mas sabe, o trânsito – ele respirou fundo, e ela pôde perceber que ele estava realmente bravo – não quer colaborar!

Ela riu baixinho e disse:

— Viu? Se tivesse saído de casa mais cedo não pegaria um engarrafamento tão grande. Ninguém mandou ser preguiçoso.

— Eu sei, eu sei — ele bufou, indignado – Meri, se puder pega meus horários ok? Não sei se vou chegar a tempo. Na verdade, tenho certeza de que não vou chegar a tempo.

— Claro, pode deixar. – ela sorriu. Com Andy sempre acontecia essas coisas.

Eles conversaram por mais um curto tempo, sobre coisas normais e sem muita importância, e então ele desligou. Ela guardou o celular na bolsa e quando estava prestes a entrar no prédio, seu caminho foi barrado por uma moto esportiva preta e vermelha e ela quase foi atropelada.

Ela foi para trás com o susto, derrubando sua bolsa. E o motorista não parecia ter visto ela.

— Você está louco?! – ela praticamente gritou, atraindo a atenção de alguns alunos que passavam por ali, se preparando para a aula.

Ele olhou para ela, assustado com o grito, e tirou o capacete e ela se pegou encarando certos olhos verdes, que passaram dias sem sair de sua mente.

— Ah, foi mal. – foi só o que ele disse, descendo da moto. Era a mesma voz rouca, o mesmo rosto.

Em sua cabeça, ela gritou “Você quase me atropela e tudo o que diz é “foi mal”?”, porém não disse isso. Revirou os olhos e falou:

— Sabe, não é legal sair por aí atropelando os outros.

— Tecnicamente, eu não atropelei você. – ele disse calmamente, pondo a pasta sobre o ombro.

— Mas quase. – ela murmurou e não teve certeza se ele a ouviu. E se ouviu, fingiu que não.

Ele parou, olhou no fundo de sues lhos e então exibiu um sorriso de canto debochado.

— Eu conheço você. Você é a garota do Corale’s. A garota da tatuagem.

— Eu estava esperando que não me reconhecesse – murmurou ela e dessa vez ele escutou.

O sorriso dele apenas se alastrou ainda mais.

— Então, vai me – a fala dele foi interrompida por uma loira oxigenada, que usava um top rosa apertado, fazendo seus seios quase saltarem para fora cada vez que ela andava e foi na direção dos dois, que caminhavam lado a lado.

— Oi Trevor! – ela disse, com a voz esganiçada que, na opinião de America, parecia o grasno de um pato, e com um sorriso mais falso impossível.

Ela era claramente uma daquelas garotas fúteis – e America odiava esse tipo de garota.

— Oi, Stacy. – respondeu ele, que agora ela descobrira se chamar Trevor, encarando descaradamente os peitos da garota, que sorria debochadamente.

Ela olhou com ódio e muita, muita raiva para America e então se afastou dos dois, deixando a francesa desconcertada e sem entender o que fizera para merecer aquele olhar.

— Continuando... então, vai me dizer qual o seu nome? – Trevor falou quando a loira se afastou, tirando a francesa de seus devaneios e a trazendo de volta à realidade.

Ela não percebera, mas os dois haviam caminhado na direção da secretaria. Ela o deixou sem resposta por um tempo enquanto entregava alguns documentos para a secretária que mascava um chiclete, entediada, e então pediu a grade curricular do primeiro semestre e os horários dos cursos de Jornalismo e de Medicina, para Andy. Trevor aproveitou e também pediu os seus horários, Direito, terceiro semestre.

America sorriu levemente. Agora sabia duas coisas sobre ele: seu nome, Trevor, e seu curso, Direito.

Ele piscou para a secretária, que corou, e ele e a francesa voltaram a caminhar. Até que ele parou e escorou o ombro na parede, ficando de frente para ela.

— Você ainda não me respondeu. ­– disse ele, a encarando. Seus olhos verdes a fitavam, curiosos.

Ela estava prestes a responder quando o sinal tocou. E então uma ideia lhe ocorreu. Um sorriso desafiador despontou em seus lábios e ela respondeu:

— Bem, tente descobrir! – e se afastou rindo, com o sorriso ainda nos lábios, feliz por ter se livrado dele.

— Isso não vale! – ela o ouviu gritar. – Você sabe duas coisas sobre mim e eu só sei uma sobre você!

Ela deu risada enquanto ia na direção da aula de sociologia e quando olhou para trás, ele a observava com um sorriso malicioso no rosto.

***

Trevor não conseguia se concentrar de jeito algum na aula de Direito Global II. As coisas que a professora Frost dizia simplesmente não entravam em sua cabeça. E ele tinha coisas mais importantes para pensar no momento, como a garota de cabelos pretos que ele ainda não sabia o nome.

Ele sorriu levemente ao pensar nela. Quase nem fazia um dia que os dois se conheciam e já estavam em uma espécie de “jogo”. Ela sabia duas coisas sobre ele, seu nome e seu curso. Enquanto ele apenas sabia o curso que ela fazia. Ele estava notoriamente em desvantagem.

Trevor se pegou sorrindo. Como que ele mal conhecera a garota e já estava em um jogo para descobrir o nome dela? Era um tanto confuso, mas ele não se importava. Achava, até, isso um tanto divertido. Ela apenas não sabia que para ele seria facílimo descobrir seu nome.

Um ombro esbarrou no seu e quando se virou encontrou Stacy o encarando, com malícia no olhar. Ela então balançou sedutoramente o longo cabelo loiro – que dava para perceber evidentemente que era tingido, pois a raiz era muito escuro – e então fingiu estar interessada na aula, cruzando os braços, o que fez seus seios ficarem mais apertados ainda. O olhar de Trevor se desviou propositalmente para eles e ela sorriu, vitoriosa.

Stacy era gostosa. Mas todo mundo já sabia sua reputação ali na Columbia: vadia. Ela era uma daquelas garotas que de fato não prestavam. Ela era uma de suas “vadias constantes” segundo Dan, o melhor amigo de Trevor. Das garotas que este pegava – e acredite, não eram poucas –, ela era a que mais cruzava por seu apartamento.

Ele suspirou e voltou o olhar para a frente, tentando se concentrar no que a professora dizia, pois sabia que se continuasse encarando os peitos de Stacy, o volume entre suas calças apenas aumentaria.

A professora, que era uma senhora de sessenta anos – ou mais – de cara amarrada cabelo grisalho, rígida e inflexível, explicava algo sobre o jeito como o Direito era exercido na América do Sul e suas diferenças entre o Direito norte-americano.

E meio que inconscientemente, os pensamentos de Trevor se voltaram à garota de cabelos pretos, ignorando totalmente a presença de Stacy ao seu lado. (Desde o ano anterior, quando ele entrara na faculdade, ele ainda se perguntava por que diabos ela escolhera cursar direito, pois só o que ela fazia ali na Columbia era transar com os rapazes.)

Sem perceber ele rabiscara no canto da folha do caderno “garota do Corale’s 1 x 0 Trevor” e riu baixinho ao ler isso. Stacy ouviu e espiou por cima do braço dele para ler, e ficou com uma expressão rígida quando se virou para a frente.

O último horário da manhã – o curso era turno integral – era Economia, e pelo que vira nos horários da garota, ela tinha Economia em algum período. Se ele tivesse um pouquinho de sorte, talvez pudesse ser no mesmo horário que o seu.

Aquela garota o intrigava. Ela era uma das únicas, dentre toda a Universidade e as garotas que conhecia fora dela, que não caíra aos seus pés. Modéstia à parte, mas era sempre isso que acontecia. Ela era... diferente. Excepcional.

Aquela garota era uma das poucas garotas que não haviam caído nas graças de Trevor McCalton. Ainda.


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Notas finais do capítulo

Doze leitores, acho que consigo cinco reviews, certo?

kisses, Maya ♥



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