Easy escrita por Nora


Capítulo 2
1 – Different Stories


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Ainda não respondi os reviews, mas ainda vou respondê-los. Prometo.
Espero que gostem do capítulo, a Mare (só eu e o Trevor podemos chamá-la assim u.u) ainda não chegou na faculdade u.u
Desculpem-me os erros, não tive tempo de corrigir.
Boa leitura.



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O despertador tocou e America teve vontade de jogá-lo na parede.

Ela apertou os olhos por causa da claridade do sol que entrava pela janela e batia diretamente em seu rosto; suspirou e então se levantou da cama, contra a sua vontade, caminhou até o despertador e o desligou. Sentou-se na cama e esfregou os olhos.

Era hoje. Era finalmente hoje que seu sonho enfim se concretizaria: iria finalmente começar seus estudos de jornalismo na CUCNY, a Universidade Columbia. Estava a apenas um passo de concretizar seu sonho.

Cambaleante um pouco por causa do sono que ainda sentia, ela foi até o banheiro, que não era muito distante de seu quarto. Um lado do seu rosto estava amassado, ela sempre dormia sobre ele. Ela riu com esse pensamento e se observou atentamente no espelho.

Seu rosto tinha o formato angular. Suas sobrancelhas, de um tom de loiro escuro, eram um tanto quadradas, porém de um jeito que se ajustava a seu rosto. Logo abaixo, seus olhos azuis esverdeados, que sempre foram tão curiosos, possuíam um brilho diferente, tinham uma expressão mais sábia e madura. Seu nariz era fino e um pouquinho longo e seus lábios eram rosados e não muito finos; eram preenchidos na medida certa.

Sua pele tão branca contrastava fortemente com seu longo cabelo preto. Seu cabelo, negro e brilhante, ia até um pouco acima de sua cintura, e era liso e levemente ondulado. Sua família quase não a reconhecia assim, porque ela era naturalmente loira, coisa que havia puxado de seu pai. Havia puxado de sua mãe sua inteligência, sua criatividade e seus elétricos e brilhantes olhos azuis esverdeados..

Pintar seu cabelo de preto foi algo que ela sempre desejou desde quando era pequena, porque não queria ser vista como a cópia legítima da pessoa horrível que seu pai era, e também porque a cor lembrava sua mãe, que tinha cabelos escuros. Entretanto, às vezes America sentia falta de seus fios loiros.

Ela bocejou e prendeu o cabelo em um rabo de cavalo frouxo, jogou um pouco de água fria em seu rosto e então acordou completamente. Fez sua higiene pessoal e logo voltou ao seu quarto.

Abriu mais um pouco a janela e sorriu ao seu rosto ser banhado pela luz solar, esquentando-a. O seu pequeno mau humor por acordar cedo já estava se dissipando.

O clima estava relativamente quente, pendendo mais para o frio. Exatamente como ela gostava: um gostinho de verão e ao mesmo tempo um gostinho de inverno.

Ela teria aula pela manhã e pela tarde, portanto sabia que não poderia vestir uma roupa muito quente nem muito fria. America não era exatamente uma garota com muitas roupas – ela sempre ganhava o mínimo, e Héloise sempre ganhava o máximo, além de que não era tão vaidosa quanto sua “irmã” –, então não demorou para escolher o que vestir; um suéter azul marinho, uma calça jeans skinny e uma bota curta sem salto, em estilo coturno, preta com alguns detalhes coloridos.

Não era como se America não tivesse condições financeiras para comprar roupas e afins, pelo contrário. Ela tinha uma herança de sua mãe, uma grande quantia, na verdade. Mas ela nunca se importara de fato com isso, nunca fora uma pessoa tão apegada a bens materiais quanto o resto de sua família. E ela também sabia que se colocasse as mãos naquele dinheiro antes de atingir a maior idade, Cher – sua madrasta – daria um jeito de tomá-lo de America. E ela era capaz de tudo.

Ela tirou aqueles pensamentos de sua cabeça. Aquele era um dia feliz, um dia bom, então não deveria pensar naquelas coisas. Não podia perder tempo pensando na sua antiga família, que nunca fizera bem nenhum à ela.

Soltou o cabelo e o penteou rapidamente, ele era – naturalmente – liso, por isso não requeria chapinha ou esses “tratamentos”. Arrumou sua cama e estava indo à cozinha para tomar seu café da manhã quando seu celular tocou. Era Andy, e ela sorriu ao ver seu nome no visor.

— Bom dia, Andy! – exclamou ela, eufórica, e pôde ouvi-lo dar gritinhos de entusiasmo.

— Bom dia, Meri! – disse ele do outro lado da linha, e ela deu risada. Adorava esses momentos, quando ele estava feliz. A felicidade dele era tudo para ela. – Preparada para o primeiro dia de aula?

— Pois é... acho que sim. – ela suspirou dramaticamente, e após alguns segundos em silêncio os dois amigos caíram na gargalhada. – É, estou. Mas não posso negar que não estou um pouquinho nervosa. Enfim, e você?

— Estou mais do que preparado, amie! Isso é o que eu sempre sonhei. Não consigo acreditar que afinal vou realizar meu sonho.

America sorriu pelo amigo. Sabia que de fato aquele era o sonho dele desde que ambos eram pequenas crianças. E sabia que ele estava mais do que feliz.

— Estou feliz por você, Andy. Sei o quão importante este sonho é, e quero que você seja muito feliz. – respondeu ela.

— Ai Meri, eu agradeço cada dia por ter uma amiga tão maravilhosa como você! – ele praticamente gritou, e ela gargalhou. Sabia que se ele estivesse ali, lhe daria um abraço apertado. — Enfim, foi bom falar com você. Vou desligar porque estou morto de fome, preciso comer alguma coisa. Até mais Meri, beijo!

— Até mais, Andy. – ela falou, sorrindo, e então desligou a ligação.

***

Estava se tornando cada vez mais fácil caminhar pelas ruas de Nova Iorque sem um mapa, mas uma ou duas vezes America precisou pedir informações. Ela caminhou um pouco e então decidiu pegar um táxi; demoraria quase duas horas se fosse a pé, pois a faculdade era realmente longe. Mas mesmo apesar de tudo, ela ainda preferia a calmaria do Brooklyn a morar em Manhattan, no Upper East Side ou em qualquer outro bairro de lá.

O trânsito não estava dos melhores naquela segunda feira de 1º de Setembro. Ela havia sido muito inteligente ao sair de casa cedo, pois não parecia que o engarrafamento se resolveria tão cedo.

Toda aquela enorme movimentação, a grande quantidade de pessoas reunidas naquela única cidade, naquela enorme metrópole global, eram coisas totalmente novas na vida de America. Ela era acostumada a todo o sossego e a serenidade que reinavam em Cannes, sua cidade natal, onde morava desde que nascera. Mesmo que fosse a cidade onde se realizava o maior Festival de Cinema do mundo, Cannes, com os seus quase 74 mil habitantes, ainda era pacífica.

America via algumas pessoas passarem apressadas, homens e mulheres de todas as idades, religiões e de diversas etnias. Cada um com sua vida pacata, seguindo em frente sempre. Ela observava também vários jovens, crianças e adolescentes. Cada um com uma história diferente, que se desenrolava mais e mais por cada dia que passava.

Eram inúmeras as diferentes histórias que cresciam naquela cidade.

E enquanto sua mente divagava, pensando em diversas coisas, a francesa nem se deu conta de quando o trânsito andou e o táxi seguiu seu caminho até a Columbia, como a universidade era chamada. Ela só foi perceber isso quando o carro parou.

O motorista era um senhor de idade, de aparência amigável e gentil. Ela lhe estendeu algumas notas, e enquanto ele procurava por uma nota de cinco dólares para lhe entregar de troco, ele perguntou, com um sorriso amigo no rosto:

— Primeiro dia de aula, imagino? Parece ser nova na cidade.

— Sim. E de fato sou. – ela respondeu, sorrindo de volta. Ainda estava aperfeiçoando seu inglês, mas o sotaque sulista da França em sua voz era evidente.

— E parece ser estrangeira também. – ele riu.

O taxista entregou à ela o dinheiro e antes que pudesse controlar, ela deixou escapar:

Merci! Quer dizer, obrigada.

— Ah! Boa sorte, francesa! – ele sorriu e piscou para ela.

America sorriu também, agradecendo. Ela saltou do carro e o senhor logo se afastou. E ela, ainda com o dinheiro na mão, se virou para contemplar-se diante dos enormes prédios da Universidade Columbia.

Aqui vamos nós, foi o que ela pensou antes de respirar fundo e sorrir, verdadeiramente feliz, e seguir caminhando na direção de seu sonho.


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Notas finais do capítulo

Nove leitores, acho que posso ter cinco reviews novamente certo?
Kisses e até o próximo!



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