A Lenda de Wander - A Sombra Do Colosso escrita por Komorek
De volta ao templo, sendo observado por quinze silhuetas, Wander acorda com a queda da última estátua da direita.
– Finalmente, o último colosso... O ritual está quase no fim... Teu desejo está quase concedido... Mas alguém está agora a entrar em teu caminho... Apressa-te, pois o tempo é curto...
O jovem se dirigiu ao solo, e levantou a Espada Ancestral. O último colosso estava ao sul. Antes de partir, Wander se virou e olhou para Mono, e disse.
– Eu voltarei... Trazendo sua vida de volta, Mono.
Subindo em Agro, o jovem partiu em direção a uma fenda de pedras ao sul. O caminho era igual ao do oitavo, mas passava reto da entrada do covil do mesmo. Passando reto, o próximo lugar era um grande campo, com algumas desigualdades do relevo mais a frente. Se Wander virasse a direita, iria se deparar com o deserto do décimo terceiro, mas estava tão focado, que continuou em frente.
Após alguns minutos, o jovem desceu um pequeno lance de escadas, e chegou a um local com um piso circular de pedra, e com uma longa porta, que impedia a passagem.
– E agora? Para onde vou? – disse Wander, parando em cima do piso de pedra.
De repente, uma voz feminina sussurrou no ouvido de Wander.
– Levante sua espada...
Rapidamente, o jovem se virou, procurando a origem da voz, mas não encontrou nada. Era idêntica a voz de Mono. Seguindo a ordem, Wander levantou a espada, e os brilhos de luz foram em direção a um pequeno círculo no alto do portão, fazendo-o abrir.
Surpreso, Wander entrou. O local tinha longas paredes de pedra de cada lado. Andando mais um pouco, ele encontrou mais uma daqueles templos dos lagartos de rabo branco. O jovem o matou, e seguiu subindo umas escadas, que levaram até um lugar com um enorme buraco, parecido com uma ravina, onde havia apenas uma pequena ponte.
Subindo em Agro, pulou o pequeno espaço que tinha entre chão e a ponte, e começou a cavalgar em direção ao outro lado. Porém, a ponte começou a desmoronar.
– Mas o que?!
Agro começou a cavalgar desesperada, e conseguiu chegar ao outro lado, mas a pequena plataforma onde pulou também começou a cair. Sem opção, a égua jogou Wander em um local seguro do outro lado, e caiu junto com a plataforma.
– AGRO!!! – gritou Wander.
Agro havia desmoronado junto com a ponte em um rio a muitos metros do chão. Wander correu para a ponta da ravina, e começou a olhar de um lado para o outro, mas nenhum sinal da égua.
– Agro... Eu não vou deixar... Que sua morte seja em vão... – Wander se levanta, e seca as lágrimas – Descanse em paz, companheira.
Wander se levantou, e seguiu seu caminho. Subindo uns blocos, e logo em seguida, escalando umas vinhas da parede. Passou por umas passagens estreitas, até encontrar um grande corredor. Entrou nele, e subiu alguns lances de escada, até uma espécie de varanda. Dos dois lados dela, havia pilares que poderiam ser escalados. O jovem escolheu um, e escalou até em cima daquela varanda. Após subir, o jovem chegou à arena do último colosso.
– Este é Malus, o Grande Celestial. O 16º e último colosso que deverás enfrenar.
Wander subiu um pequeno lance de escadas, e pôde ver o último colosso. Com seus 60 metros, o mais alto de todos. Possuía uma grande túnica, que descia até o chão. Seus pés aparentemente eram presos ao chão, e em seu braço esquerdo e sua mão direita, haviam colares de lava. Malus estava muito distante de onde estava Wander. Ao terminar de subir a escada, a criatura soltou um projétil de fogo em alta velocidade.
Sem saída, o jovem se escondeu atrás de um pilar grande. O tiro bateu na construção e explodiu. O tiro era poderoso, mas não podia quebrar pedras e coisas do gênero.
– Não é possível. Como vou me aproximar?
– Deve haver um lugar onde te pode se aproximar, enquanto se escondendo...
Rapidamente, Wander olhou para o lado, e viu uma entrada subterrânea. Correndo, ele conseguiu entrar nela. Era um grande corredor subterrâneo. Sem saída, o jovem andou por ele, até achar uma saída. Malus estava bem a sua frente, e disparou mais um tiro. Se esquivando, Wander subiu do corredor subterrâneo e se escondeu em um pequeno muro que lá havia.
Uma sequência de muros, levavam até mais uma entrada subterrânea. Wander saía de um, e se escondia no outro, e isso repetitivamente até pular dentro do corredor. Este levava até um local estreito na parede, onde o jovem teve que se agarrar na parede e dar a volta para poder pular por cima de um grande abismo. Chegando ao outro lado, ele rapidamente entrou em outro corredor, que estava apenas a sua frente.
Após atravessar este, e escalar até a saída, Malus estava a poucos metros de Wander. O jovem passou pela sequência de muros outra vez, até mais um corredor. Este último, levava até um lance de escadas, que acabava bem embaixo do colosso.
– Tu não pode alcançar os seus sinais vitais no lugar onde tu estás...
Wander percebeu que podia escalar o colosso, usando sua saia. Depois de alguns minutos escalando, o jovem chegou às costas da criatura. Havia uma cicatriz lá, que logo foi cravada pela espada. Malus aproximou a mão da ferida, dando chances de Wander pular nela. O colosso logo levou a mão de volta para frente, e começou a chacoalha-la. Wander cravou a espada nela, parando de mexe-la. O jovem correu pelo braço do colosso, e cravou a espada em mais uma cicatriz.
Desta vez, a mão esquerda de Malus foi levada à ferida. Wander aproveitou, e pulou nela. Novamente imobilizando-a, o jovem arremessou uma flecha em direção ao ombro do colosso. A criatura levou a mão esquerda em direção ao ombro, fazendo Wander pular na nuca dele.
Malus usava uma espécie de capacete, com uma abertura na cabeça, onde se localizava o único símbolo. Wander subiu até o símbolo, e cravou a espada cinco vezes sem parar.
– Essa, É POR VOCÊ, AGRO!!!
Com muita raiva, Wander cravou a espada pela última vez, fazendo o colosso morrer. Possuído pelas essências, o jovem desmaiou com um leve sorriso no rosto.
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O nome "Grande Celestial", é a tradução do nome em latim do colosso, "Grandis Supernus"