A Lenda de Wander - A Sombra Do Colosso escrita por Komorek


Capítulo 2
Capítulo 2: Destino Amaldiçoado




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Desde aquele dia, em que Wander e Mono se conheceram, os dois continuavam a se encontrar escondidos. Um ano se passou, e o que parecia um simples e inocente dia como todos os outros, se transformou em um Destino Amaldiçoado.

Wander acordou. Tomou seu café, e logo foi para seu trabalho, que é cuidar dos estábulos do castelo de Lord Emon. Chegando lá, ficou mais ou menos meia hora, e percebeu que não havia nenhum guarda por perto. Ele então pegou Agro, e saiu em disparada para procurar Mono, como todos os dias.

Porém, neste dia, ele não a achou. Ele a procurou por todos os lados, mas sem sucesso. Teve a ideia de subir no morro onde se conheceram, para olhar melhor de cima. Ao chegar, subiu em cima da árvore, e olhou para sua vila inteira.

Mas nenhum sinal de Mono. Wander então decidiu procurar dentro do castelo de Lord Emon. Ela podia estar lá. Ele teve que entrar escondido, e por sorte, conseguiu. Foi andando por todas as salas. Até encontrar a prisão. Ele com certeza sabia que ela não estaria lá, mas por sua surpresa....

– Wander! – soou a voz de uma menina

– Mono ?! – disse Wander, ao olhar para trás, e ver Mono dentro de uma das celas.

– Wander, o que você está fazendo aqui?

– Vim te procurar! Eu não te achei pela vila e... Mas deixa isso pra lá! Por que você está presa?!

– Sabia que isso ia acontecer... Se aproxime mais, preciso te contar uma história

Wander se aproximou da cela onde Mono estava, se escondeu nas sombras, e esperou ela começar.

– Você já ouviu falar daquele incidente que aconteceu a 14 anos na nossa vila? Então, o ataque era liderado por um Espírito Soberano, que com seu poder, controlava a alma dos nossos soldados e usava-os contra nós. Porém, meu avô desafiou o Espírito em uma batalha um contra um.

– Seu avô, o Lord Emon certo?

– Sim. Ele usou a Espada Ancestral para a batalha. No começo, ele tomou alguns golpes do Espírito, mas conseguiu atacar ele com essa Espada. Meu avô então, sugou todo o poder restante do Espírito, e selou em sua Espada. O Espírito, estava prestes a morrer, quando ele estendeu a mão, e liberou uma esfera negra de poder.

– E depois?

– Eu tinha acabado de nascer. Ele sabia onde era minha casa, e lançou a esfera em minha direção. Ela não era destrutiva, só sugava toda a matéria viva que encontrava. Foi quando meu avô apareceu na minha frente, ergueu a Espada Ancestral, e conseguiu rebater aquela esfera. Porém, uma pequena parte do poder havia me afetado.

Uma leve lágrima escorreu do olho de Mono.

– O poder levou meus pais. O Espírito pegou a esfera de volta, e a sugou, o que fez com que suas forças retornassem. Ele jurou vingança, e desapareceu. Com aquela pequena parte de poder que havia me afetado, ele podia incorporar em meu corpo a qualquer momento.

– Mas, como você tem certeza de que será breve?!

– Eu tenho sonhos. Almas negras me perseguem e me atacam neles. E esses sonhos estão cada vez mais intensos. Por isso, acho que ele despertará em breve. Com medo que isso acontecesse, eu contei a meu avô...

Um longo silencio pairou pelo local. Mono se levantou e disse:

– Por isso Wander, afaste-se de mim em quanto é tempo. Eu sou um monstro. – disse Mono

– Não, você não é!

– Sou sim! Isso não irá mudar!!!

– NÃO, VOCÊ NÃO É – retrucou Wander, segundos antes de beijar a garota.


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