Chained Wings escrita por João Marcelo Santos


Capítulo 4
Capítulo 4: A morte


Notas iniciais do capítulo

Relôu mái fréndis!!! Eu voltei! o/ #TodosComemora... ou não XD

Bom, desculpem a demora pra postar, é que eu meio que estava à procura de um Beta Reader pra minha história, e eu achei! o/ Por isso, estava discutindo sobre minha história, então só tenho tempo de postar agora....

Esse capítulo é bem triste - Ok, a história em si é XD - E relembro, se gostarem, comentem. Deem suas opiniões, não sou aquele tipo de escritor que só posto com quantidade X de comentários, mas isso me motiva bastante!

Sim, eu sei que isso está repetitivo todo santo capítulo - Não, o "santo" não foi uma ironia à minha história. - Mas é sério, deem suas opiniões no que eu posso melhorar ^^ Bom, é só isso... boa leitura a todos! o/



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|20 de novembro. 2189. GUARDIA.

O dia estava com um aspecto fantasmagórico. Embora, na verdade, fossem 16h17min.

O céu estava completamente nublado. Cinza era a única cor dele. Chovia muito forte, e barulhos de trovões ecoavam por toda parte.

Ao longe, era possível ver fumaças e helicópteros, aviões, e, claro, bombas. Ao redor, vários prédios estavam destruídos.

O local onde Angel se encontrava era um cemitério. Tinham várias tumbas e cruzes negras ao redor. Ao lado de Angel, várias pessoas estavam reunidas. Todas de preto, inclusive ela. Alguém estava sendo levado para debaixo da terra — De volta para a origem de tudo.

Todos seguravam seus guarda-chuvas negros. Angel havia crescido bastante. Ela tinha agora seis anos. Sua cara era angelical, e seus cabelos ruivos que agora iam até seus ombros, eram ondulados, como os de sua falecida mãe. Segurava seu guarda-chuva com força. Ela olhava o caixão sendo levado.

Logo que o caixão foi deixado, os homens voltaram a encher o buraco de terra, até que nada restava além de uma pequena marca. Uma tampa preta foi colocada sobre a construção que levava até a terra.

Na cruz negra, havia uma conhecida foto, junto com o seguinte nome:

| FRANXIE BELLUS HOPE:

31/12/ 2144 | † 19 / 11/ 2189.|

Alguns guardas vigiavam o local. As pessoas começaram a jogar flores na tampa de seu túmulo.

Alex Wolf, o médico e amigo de Franxie, depositou flores amarelas. Porém, ele mantinha uma expressão que se confundia entre seriedade e pena, como se ele hesitasse fazê-lo.

— Adeus, meu velho amigo e parceiro... — E recuou novamente, apressado.

Chegou a vez de Angel. Discretamente, ela deixou um grande buquê de flores, com uma carta escrita a lápis de cor:

|De: Angel Hope.

Para: Meu Papai|.

Um desenho feito também a lápis de cor estava abaixo, uma grama maldesenhada , Angel com um vestido segurando a mão de seu pai.

— Adeus, pa-pai... — Disse Angel, e recuou.

Então, os olhos de Angel se encheram de lágrimas. Começaram a escorrer como cachoeira, embora, silenciosamente, o plano era que ela não choraria mais na frente de ninguém. Isso já acontecera antes, mas agora era diferente. Chorara a noite toda, e não foi suficiente. Ela nunca mais o veria denovo. Ele sempre estaria na companhia da terra-mãe, agora, pelo resto da eternidade. Ela nunca mais veria aquele sorriso novamente.

Aos poucos, as pessoas foram saindo, retornando. Murmuravam entre si, alguns falavam sobre Angel, outros sobre Franxie, e alguns sobre ambos. Outros já reclamavam o fato de terem ido ao enterro em plena guerra, expondo-se ao perigo.

Um homem se aproximou de Angel. Era alto e tinha uma expressão cautelosa, mas bondosa.

— Er... Angel? Você.. Pode ficar mais um pouco... Depois, lhe levarei até a sua nova casa. Estarei esperando, logo ali atrás.

Ele se afastou, e Angel ficou observando tristemente o túmulo de seu pai. Até que uma voz infantil falou ao seu lado.

— Meus pêsames.

Angel olhou para a esquerda de onde a voz saíra.

Ali, viu uma garotinha um pouco mais alta que ela, com seu guarda-chuva. Ela tinha cabelos negros, lisos de forma espetada, meio ondulados. Tinha olhos cinzas. Ela também se vestia de preto. Seu nome era Agatta, a melhor amiga de Angel. Ela tinha dez anos, sendo quatro anos mais velha que a ruiva.

—O-Obrigada. — Sussurrou Angel. — Meus pêsames pra você também... Seus pais.... morreram na guerra, né?

A garota assentiu, tristemente.

— Você vai morar com seus tios? — Agatta perguntou.

Angel assentiu. Seus tios moravam muito longe. Isso significavaque não a veria mais.

— Vou sentir saudades. — Disse Agatta — Muita.

— Eu também.

A mão do homem segurou no ombro de Angel.

— Angel, eu disse que deixaria você livre, mas precisamos ir agora. — Ele falava sério – Eu tenho muito trabalho, e, bem...

— ...A-Ah, sim. tchau, Agatta.

— Tchau, Angel...

Agataa deu um "tchauzinho" com a mão, Angel fez o mesmo, ambas tristes.

***

Angel entrou em um carro preto, no qual ela percebeu que era do Governo. O homem dirigia e Ela estava sentada no banco de trás, quieta.

A cabeça de Angel estava a mil. Ela queria chorar, descer do carro, voltar para sua amiga e seu pai, embora ele estivesse agora no fundo da terra. Não conseguia compreender. Sentia-se sufocada, tonta. Nunca vira seus tios antes, mas seu pai uma vez dissera:

"Nunca procure se aproximar de seus tios, os Bhenergton. Eles não serão uma boa influência para você."

Angel não entendera muito bem essa frase. Mas não queria saber de nada. Seu pai se fora. E nunca mais viria sua amiga denovo.Queria se desesperar. Mas ela sabia que não podia fazer isso.

Angel, embora tivesse apenas seis anos de idade, não era muito problemática. Quando menor, costumava chorar com uma grande frequência, as vezes por coisas pouco significativas. Porém, ela percebia que, quando chorava, seu pai se entristecia. Embora não demonstrasse, ele era um homem triste. Triste pela morte da esposa, provavelmente. Triste pelo câncer e pelo fato de que, não muito distante, iria deixar Angel sozinha. E foi o que aconteceu.

Angel não gostava muito de voltar para casa cedo. Seu pai se aborrecia com isso logicamente- Mas Angel não se importava. Gostava de ficar conversando com Agatta de noite – Embora soubesse que agora, isso não se repetiria novamente. Era meio rebelde – As vezes, gostava de contestar as ordens de Franxie. Ela se lembrou de uma cena de quando ele estava vivo:

“ -Eu não quero comer essa comida! É ruim! – Gritava Angel, e sorria para o pai, na esperança de aborrecê-lo.

– O quê¿ Mas como se atreves, bela donzela! – Brincava Franxie, fazendo uma cara surpresa – Saibas que, se não comeres, virarás um sapo horroroso mancoso!!

Angel assumiu um ar preocupado.

–..E-Eu não quero virar um sapo mancoso!

–Então, comes a refeição e tudo estará bem!”

Angel lembrava desses momentos. Todas as contestações, brincadeiras, aflições, tranquilidade com o pai... Nunca mais se repetiria.

Ao olhar pela janela, vislumbrou prédios destruídos e muita fumaça. Viu guardas, aviões do Governo Santo e dos Comunistas. O motorista tentava sempre passar longe.

Angel olhava para as mil câmeras nas casas, postes e comércios, flagrando os movimentos do carro. Ela as detestava. Sempre ali, como um deus Onisciente.

Eles entraram em uma rua estreita. A chuva caía cada vez mais grossa. Sons levemente flamejantes no teto do carro. Ela não sabia dizer se era ácida ou comum.

O carro parou. Angel olhou para fora. Assim, descobriu que a chuva era ácida. Nada melhor do que uma chuva ácida em meio a uma depressão.

— Droga!! — Amaldiçoou o homem, dando um tapa no volante. — Chuva ácida logo agora! Angel, espere um minuto.

Angel esperou. Antigamente, ela se desesperava como chuvas ácidas, mas seu pai sempre a ensinou a esperar pelo guarda-chuva de ferro.

No século passado, as chuvas ácidas não eram tão significantes assim. Na verdade, não teram muito graves ao ponto de não poderem entra em contato. Porém, com os avanços de tecnologias, gases na atmosfera, e a poluição aumentando, as chuvas ácidas foram ganhando força, até que chegou ao ponto de serem insuportáveis. Em alguns minutos, alguém derreteria por completo ao ser atingido por uma chuva ácida.

Sim, literalmente era de ferro. Todos carregavam um, para o caso de chuvas ácidas, que aconteciam com grande frequência.

Não era apenas de ferro, mas havia um material protetor no ferro. Esse material protegia bastante, mas em alguns minutos ele começava a corroer. Por isso, era comum as pessoas terem vários.

O homem tirou seu guarda-chuva do guardador importado de seu carro. Tinha um metro e meio de altura. Sua estrutura era igual à de um normal, porém mais grosso.

O homem apertou o botão e o guarda-chuva se abriu bem na hora que ele abriu a porta. Ele aberto era realmente grande e belo. Debaixo da cobertura deleera plano e tinha um visor azul que mostrava a hora, data, local e clima. O homem desceu, erguendo o guarda-chuva.

Quando as gotas ácidas bateram na cobertura faíscas começaram a sair, com leve fumaça. O material era bem resistente, considerando que a chuva estava grossa.

Ele procurou se apressar. Abriu a porta de trás, e Angel se apressou para debaixo do mesmo. Quase um pingo a acertou.

Ao fechar a porta, o homem se apressou com Angel para debaixo da cobertura acima de sua nova casa.

Angel esperou abaixo da leve cobertura enquanto o homem pegava as malas dela, apressado, debaixo do guarda-chuva. Ela não tinha muita coisa, afinal, tinha apenas seis anos.

Ela olhou seu colar dourado. Desde que se entendia como humana, vivia com ele.

*Um nome no colar dourado: Lizbeth Hope*

***

O homem se postou do lado de Angel com suas malas. O Guarda-chuva estava bem corroído. Á frente, a casa dos tios.

— Bem... — Disse o homem — Chegamos à sua nova casa. — E tocou a campainha. Demorou-se alguns segundos então.

A porta se entreabriu rangendo, e um olhar maníaco brotou naquela brecha. Era um olhar que quase matou Angel do coração.

— Trouxe um milhão em dinheiro?? — Perguntou a voz de velha, como se perdesse completamente o juízo.

— Não. — Respondeu o homem. — Mas trouxe Angel Hope, Sra. Bhenergton. Sou eu, Nolotton.

A mulher abriu a porta por completo, revelando sua aparência esquelética, pescoço de girafa, roupa bem brega, bobes no cabelo, rugas, e sua cara bizarra.

— Ah, o treco chegou. — Murmurou a tia — Vem, passa, passa! Vem, menina!!! Não tenho todo o tempo do mundo, tem chuva ácida!!!!

Ela pegou a gola da camisa dela e a jogou para dentro bruscamente. Ela pegou as malas e jogou para dentro. Deu um tchau para Nolotton seco e fechou bruscamente a porta.

***


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Notas finais do capítulo

Bom, o final foi bem... né :/ Não curto muito meus finais.. Mas ok, por enquanto é só. Tentarei postar o outro o mais rápido possível pra compensar, mas depende... Bem, sayoo o/



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