Amor Por Contrato escrita por Sany


Capítulo 4
Capitulo 03


Notas iniciais do capítulo

Sei que teve quem pensou que a culpa ia ser do vinho... Mas foi tudo consciente sem nada para culpar ...
Aqui vai mais um capitulo espero que gostem ....



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Senti meu estomago repetir as habituais contrações desagradáveis que vinha sentindo nos últimos dias, o trem chegaria em seu destino em poucos minutos e isso só piorava as coisas, a ansiedade só deixava as coisas piores, o aviso já havia sido dado para que os passageiros que desceriam no Doze se preparassem para descer. Verifiquei a cabine mais uma vez para ter certeza que não estava deixando nada.

– Mamãe, vamos descer logo? – Prim perguntou alisando o gatinho que ganhara de presente de Gale e Madge a alguns dias – Quero que Buttercup conheça meus novos irmãos, será que eles gostam de gatos? – minha filha estava ansiosa também a ideia de ter dois irmãos era nova pra ela, assim como a ideia de ter um bichinho de estimação.

Cato jamais cogitou a possiblidade de um segundo filho, na verdade meu falecido marido não havia cogitado nem o nascimento da nossa primeira filha, e sempre teve problemas com qualquer tipo de animal pequeno ou grande o que não possibilitou termos um bichinho de estimação enquanto ele era vivo, depois que ele morreu eu tinha problemas financeiros demais para dar pra Prim um bichinho de estimação.

– Não sei meu amor – sorri, não tinha como não sorrir para Prim, ela era minha vida, o que não conseguia parar de pensar era em como os garotos iriam reagir a uma madrasta e uma irmã, ela e Peeta deviam ter planejado um encontro com eles antes do casamento – Mas vamos descobrir em breve veja o trem já esta parando.

Estava ansiosa para rever Peeta e conhecer os meninos, fazia quase quatro semanas desde o casamento, porém com a confirmação de que Prim estava mesmo com catapora, tivemos que ficar no Dois por mais um tempo, dessa forma dois dias após o casamento Peeta voltou sozinho para casa, embora tenhamos nos falado por telefone quase todos os dias, estava muito ansiosa com nosso reencontro.

Em poucos minutos descemos em uma plataforma muito diferente daquela que embarcamos, o Dois era um distrito bem grande comparado ao Doze, o ambiente chegava a ser outro, bem menos barulho e poucas pessoas circulando na estação. Não foi difícil avistar Peeta acompanhado dos filhos assim que desci do trem, ele sorriu assim que nos viu.

Segurei Prim pela mão e nos aproximamos dos três, era evidente a semelhança dos filhos com Peeta, os dois tinham cabelos loiros embora em uma tonalidade suavemente diferente, o mais novo Pietro tinha os olhos azuis como o pai já Nathan tinhas os olhos castanhos claros, eu já havia visto os dois por foto além de escutar muito sobre eles nos últimos meses, mas era diferente vê-los pessoalmente.

– Papai ela tem um gato – foi a única coisa que ouvi antes de ver um enorme cachorro marrom chocolate vir latindo e quase pular em cima de Prim, como que por instinto me coloquei em frente minha pequena.

– Calma Thor – pude ver Nathan segurar firme a coleira do cão antes que o mesmo encostasse em mim.

– Senta Thor, quieto – Peeta falou autoritário, o cachorro mesmo contrariado sentou embora continuasse a rosnar desgostoso por ser impedido pelo dono de continuar sua caçada.

– Desculpa devia ter avisado que Gale e Madge deram um gato de presente de despedida, ela não desgruda dele desde então – era obvio que manter na mesma casa um labrador de aproximadamente quarenta quilos e um gato não ia dar certo, sabia que separar Prim do gato seria difícil, meu coração se apertou ao imaginar o quanto minha pequena ficaria triste nas próximas semanas.

– Gale deu um gato pra ela – Peeta passou a mão direita pelos cabelos.

– Ele não é lindo? – Prim que estava atrás de mim falou segurando cada vez mais firme o gato que estava cada vez mais inquieto.

– É muito bonito o gatinho Prim – Peeta se abaixou ficando da altura de Prim e acariciou o gato sorrindo – Como ele se chama?

– Buttercup, eu mesma escolhi o nome.

– É um bonito nome, mas venha aqui quero que conheça duas pessoas – Peeta sorriu então nós nos aproximamos mais dos garotos – Esses são Pietro e Nathan, meninos essa são Prim e a Katniss- os dois nos cumprimentaram baixinho e sem alterar as feições, nossa aproximação com o gato deixou o cachorro inquieto – Thor sentado –Peeta reprendeu novamente o cachorro - Vou buscar as malas, Nathan segura o Thor bem firme e não deixa ele chegar perto do Buttercup.

Peeta pegou as malas e nos conduziu até o seu carro, o caminho da estação foi curto menos de dez minutos até pararmos em frente a uma bela casa de dois andares com varanda, a casa era linda e maior do que eu imaginava, um belo jardim na entrada e ao que parecia um belo quintal nos fundos além da garagem para dois carros.

– Pai o que faço com o Thor – Nathan perguntou segurando o cachorro que veio o caminho inteiro rosnando pronto para atacar Buttercup na primeira oportunidade – Acredito que no caso de escolha entre eles o Thor por ser mais velho fica não é? Afinal temos ele a mais de cinco anos.

– Mamãe o Buttercup não vai ficar? – Prim perguntou com um desespero nítido na voz.

– Nathan – Peeta repreendeu o filho mais velho – Não vamos escolher entre nenhum, os dois ficam é só mantê-los separados até que se acostumem um com o outro, por enquanto deixa o Thor no quintal dos fundos, vamos entrar – senti um certo alivio ao ouvir isso, ele não mandaria o gato embora de primeira.

Por dentro a casa era simples e bem arrumada, pela sala era possível ver que não havia uma presença feminina constante ali, Pietro que estava no canto da sala chamou por Peeta poucos minutos após ele colocar a ultima mala para dentro.

– Papai, acho que temos um problema.

– O que foi? – o menino apenas mostrou um aquário vazio no canto da sala – Pietro eu pedi para você trancar o vidro antes de sairmos.

– Desculpa.

– Só tenta achar.

– O que tinha dentro do vidro Peeta? – perguntei com um certo receio, um aquário vazio não era um bom sinal.

– O projeto de ciências do Nathan, uma tarântula – disse olhando pelos cantos da sala – Mas não se preocupe ela não é venenosa – garantiu ao ver o pânico em meu rosto.

– Mamãe eu e Buttercup não gostamos de aranhas – Prim se segurou nas minhas pernas.

– Calma filha vai ficar tudo bem já vamos encontrar a aranha e guarda-la dentro do aquário.

Não demorou muito para Nathan se juntar a busca pela aranha perdida, nunca pensei que seria fácil unir as duas famílias, porém um cão e um gato e agora uma tarântula perdida eram surpresas que não esperava acrescentar na equação principalmente por saber que aquelas não seriam as únicas surpresas do dia, só em lembrar que ainda tinha mais surpresas para o dia meu estomago revirou novamente.

– Achei – Pietro mostrou orgulhoso a aranha então tudo aconteceu muito rápido, Prim deu um gritinho agudo, Buttercup miou em protesto por ter sido apertado pela pequena enquanto eu senti meu estomago revirar mais forte, já sabendo qual seria o resultado.

– Onde fica o banheiro? – foi a única coisa que tive tempo de perguntar para Peeta que estava ao meu lado.

– Ali – Peeta apontou sem questionar enquanto eu corria para porta que felizmente estava próxima.

– Ela vai passar mal toda vez que ver a aranha? – Pude ouvir Nathan perguntar da sala quebrando o silencio que ficou no ambiente – Ainda tenho que ficar com ela por uma semana.

– Meninos levem a Prim pra brincar no jardim, Nathan fica de olho nela por favor e não deixem o gatinho ir para o fundo do quintal – Peeta pediu de forma seria mas sem alterar um único tom na voz, ouvi alguns protestos dos três antes de ouvir a porta indicando que eles tinham saído, olhei meu reflexo no espelho e não me surpreendi com a minha palidez, a ultima semana tinha sido difícil e eu sabia que toda aquela ansiedade não estava me fazendo bem, lavei o rosto com água fria tentando ao máximo me recompor antes de sair do banheiro, ainda não tinha a menor ideia de como falar com Peeta, mas passar mal não estava em meus planos e ao sair ele estava esperando por mim sozinho sentado no sofá da sala – Você esta bem?

– Estou sim foi só um mal estar, podemos conversar?

– Claro, vamos até o escritório – seguimos até o pequeno cômodo, onde havia apenas um sofá de dois lugares, uma estante cheia de livros e uma mesa com um computador e muitos papeis empilhados, sentamos no sofá.

– Peeta aconteceu um imprevisto – não sabia como falar isso, principalmente por lembrar da reação de Cato quando dei a mesma notícia a ele anos atrás.

– Você esta doente? É grave? Temos bons médicos aqui no Doze, mas podemos ir até a Capital se você preferir.

– Peeta eu não estou doente eu estou gravida.


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Notas finais do capítulo

Qual será a reação do Peeta agora?
Obrigada aqueles que comentaram ao capitulo anterior ... Espero que tenham gostado desse capitulo ... Comentem, aceito opiniões, sugestões ...
Até o próximo Beijos ...