Amor Por Contrato escrita por Sany


Capítulo 3
Capitulo 02


Notas iniciais do capítulo

Olá ... Aqui vai mais um capitulo ... Aproveitando a data em especial para aquele que ocupa meus pensamentos e meu coração, e que vem me apoiando durante os últimos anos... E também para todos os apaixonados ...



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Preciso manter meus pés no chão, foi a primeira coisa que pensei após me pegar olhando para Peeta daquela forma. Eu precisava lembrar que aquele era o mesmo Peeta que gentilmente consertarou o telhado da minha casa a alguns meses atrás, era um homem honesto, trabalhador e acima de tudo um pai dedicado. Ouvi tantas coisas a respeito dele no decorrer dos últimos meses, já que Gale resolveu que o irmão era o homem ideal para mim e que eu precisava conhecê-lo.

Peeta nunca me fez promessas sempre foi claro sobre o que desejava e o que podia me oferecer, precisava lembrar disso nesse momento. Havia sido um acordo mutuo não se envolverem sexualmente já que isso poderia confundir as coisas e colocar o casamento em risco e eles não queriam arriscar complicar as coisas. Era preciso pensar em Prim não em si mesma, sua filha precisava de segurança de uma casa segura e confortável com comida na mesa onde pudesse crescer e ser feliz. Já os filhos de Peeta, Nathan de dez anos, e Pietro de seis, precisavam de uma mãe, uma presença materna que estivesse presente em todos os momentos.

Particularmente havia ficado muito feliz em aceitar a responsabilidade de ajudar a criar os garotos, embora a pouco menos de cinco anos eu não me imaginasse mãe, a gravidez não planejada e o nascimento da Prim fizeram com que passasse a ver crianças de outra forma, a maternidade havia sido a melhor surpresa que a vida reservou para mim e eu estava feliz principalmente com o fato de Prim não ser mais filha única. Esse acordo além de segurança e uma presença paterna, traria para minha menina dois irmãos mais velhos para dividir os melhores e piores momentos da vida, se existe algo que sempre senti vontade de ter ao longo da vida foi um irmão alguém para estar comigo sempre, para rir ou chorar junto.

– O que acha de bebermos um pouco de vinho? – a pergunta repentina me pegou de surpresa e me assustei.

– Claro, mas já vou avisando que minha seleção de copos é muito limitada você só pode optar entre o do Fred e o do Barney – o sorriso dele foi instantâneo, o que me deu um certo alivio, quase nunca tinha visitas e minha atual situação financeira não me permitia comprar taças ou copos apropriados.

– Não tem um copo da Vilma?

– Tem sim, mas esta com a borda lascada, não gostaria que você se cortasse.

– Acho que vou me arriscar – ele sorriu novamente ao entrarmos na cozinha – Onde esta o saca rolha? – a cozinha era pequena e estar ali com Peeta tão próximo estava me deixando nervosa – Katniss.

– Nunca penso direito quando uso cinta-liga – foi nesse momento que ouvi a risada de Peeta eu tinha falado em voz alta, senti uma imensa vergonha, embora não tivesse mentindo a cinta liga não era a única responsável pela minha distração.

– Vou me lembrar disso – ele disse ainda sorrindo com meu comentário.

– O saca rolha está na gaveta de cima, a sua direita – evitei olhar pra ele e fui pegar os copos no armário de cima, estava na ponta dos pés pra pegar o copo da Vilma quando ele escorregou.

Peeta foi rápido e o pegou em plena queda, o movimento fez nossos corpos se tocarem, senti meu corpo arrepiar com a proximidade dele e o cheiro do seu perfume.

– Tudo bem? – ele perguntou sem se afastar.

– Tudo, obrigada quase perdemos a Vilma de uma vez por todas e embora eu não deixe Prim usar este copo ela o adora.

– Não gostaria que isso acontecesse – não consegui mover um musculo embora estivéssemos muito próximos o perfume dele não sei ao certo não deixava com que me afastasse.

Peeta colocou o copo sobre o balcão e se aproximou um pouco mais, estava perdida no azul de seus olhos, repentinamente não senti mais o nervoso que me perturbou durante toda noite, novamente vi Peeta aproximar seu rosto do meu e naquele momento não tive duvidas.

O beijo era diferente do de mais cedo embora tenha começado delicado veio acompanhado de uma sensualidade e desejo que fizeram com que não quisesse parar, o beijo foi ficando cada vez mais intenso e envolvente. Se tivesse tomado o vinho teria uma desculpa para minha total falta de lucidez, mas não tinha nem colocado a bebida no copo.

– Katniss – Peeta interrompeu o beijo e olhou nos meus olhos, a razão tomando conta do momento por alguns minutos, aquilo era loucura tínhamos um contrato, mas por um único momento não queria seguir a razão, queria fazer o errado queria viver aquele momento com aquele homem que nos últimos minutos me atraiu como nenhum outro.

Deixei o desejo falar mais alto e o beijei novamente dessa vez mais intensamente, e involuntariamente senti minhas mãos tentarem tirar sua gravata, não sei como chegamos ao meu quarto, mas no momento em que atravessei a porta do quarto no colo de Peeta nada mais parecia existir, naquele momento só existia nós dois e a melhor noite da minha vida.

Não me lembrava de ter dormido tão bem assim em anos, a sensação de tranquilidade era desconhecida para mim, principalmente depois da morte de Cato e a descoberta das dividas. E foi nesse momento que minha realidade me fez despertar, embora não precisasse abrir os olhos para saber com quem eu estava abraçada eu o fiz. E lá estava ele ainda dormindo, os cabelos bagunçados e a feição tranquila deitado no meu travesseiro.

– Não acredito – me soltei de seus braços e sentei na cama rapidamente – O que foi que eu fiz?

– Katniss – a voz sonolenta me assustou – Desculpa não queria te assustar.

– Tudo bem – tentei cobrir o máximo possível do meu corpo com o lençol embora eu soubesse que era desnecessário ao julgar pela noite anterior – O que a gente fez Peeta? Isso não devia ter acontecido – falei rapidamente me dando conta do erro que tínhamos cometido na noite anterior.

– Calma Katniss – ele se sentou na cama também ao meu lado.

– Peeta é o futuro dos nossos filhos que esta em jogo, assinamos um contrato pensando neles, esse casamento tem que dar certo, isso não podia ter acontecido.

– Esse casamento vai dar certo eu prometo, você disse que isso não devia ter acontecido e eu entendo, vamos considerar que o contrato passa a valer a partir de agora, nada mudou, vamos formar uma família estável e feliz sem envolvimento da nossa parte, esta bem? – confirmei com a cabeça – Ótimo eu vou tomar um banho e fazer o café, podemos sair depois o que acha? – aquela era uma ótima ideia, sair era bom pessoas ao nosso redor faria com que as coisas voltassem ao seu devido lugar.

– Uma boa ideia – deitei novamente, enquanto ele foi para o banho, não sei quanto tempo passei pensando na noite anterior, que embora tenha sido um erro havia sido incrível, talvez a melhor da minha vida, foi em meio aos meus pensamentos que o telefone tocou me trazendo de volta a realidade.

– Katniss, é a Madge desculpa ligar tão cedo, mas acho que Prim está com catapora, ela esta com febre e estão aparecendo manchinhas vermelhas na pele dela.

– Não tem problema você fez bem em ligar, estarei ai em alguns minutos – desliguei o telefone no momento que Peeta entrou no quarto vestindo a camisa, os cabelos úmidos e bagunçados provavelmente pela toalha.

– Aconteceu alguma coisa?

– Prim esta doente, Madge acha que é catapora ela esta com febre e machinhas no corpo.

– Eu vou busca-la para você – ele ofereceu

– Não precisa, eu vou lá, qualquer coisa levo ela no medico, ainda esta cedo, toma seu café da uma volta talvez Gale queria sair mais tarde.

– Katniss somos uma família agora, lembra me comprometi com você a ajudar a cuidar da Prim, eu vou busca-la enquanto você toma um banho e se veste, e então juntos a levamos ao medico – ele falou de forma tão simples, como se fosse natural, Cato sempre detestou hospitais e nunca levou nossa filha ao medico, era sempre eu que tinha que ficar com minha pequena nessas horas.

– Realmente não precisa Peeta, talvez demore, eles podem pedir exames essas coisas

– Não importa o importante é que a Prim seja devidamente diagnosticada e medicada não importa o tempo de leve.

– Tudo bem - não tinha mais motivos para não aceitar.

Olhei Peeta sair para buscar minha filha, e senti um alivio por ter assinado aquele contrato, pensar em Prim me fez voltar a realidade, minha filha precisava de segurança, precisava me lembrar disso de agora em diante. Iria sempre lembrar dos termos do contrato e esquecer aquela noite, não deixaria nada colocar em risco o futuro de Prim. Nem mesmo meus desejos pessoais, não deixaria Peeta derrubar minhas defesas nunca mais.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo ... Comentem e digam o que acharam
Obrigado pelos comentários .... Adorei todos eles ...
Beijos Até Breve ...