Amor Por Contrato escrita por Sany


Capítulo 22
Capitulo 21


Notas iniciais do capítulo

Olá, literalmente nos 45 do segundo tempo consegui postar um capitulo ainda hoje. Espero que gostem.



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Após buscarmos as crianças naquela noite Peeta nada comentou sobre a visita que apareceu mais cedo, e embora ele tentasse parecer tranquilo era visível para mim o quanto a visita de Clove tinha afetado, após colocarmos as crianças para dormir ele desceu para o escritório e ficado lá até tarde e quando ele enfim foi dormir eu fingi que estava dormindo e pela primeira vez em muito tempo ele não me abraçou.

O final de semana passou sem qualquer noticia sobre Clove, e Peeta nada disse sobre ela, o que me fez pensar sobre os sentimentos que ele nutria pela ex-mulher já que até onde eu sabia ela havia ido embora, em nenhum momento soube se ele desejou ou não o divorcio, Peeta é um homem integro isso não tinha duvida e mesmo não querendo o divorcio não prenderia Clove em um casamento contra sua vontade. Até onde eu sabia ele não tinha se envolvido com ninguém depois dela e nosso relacionamento só aconteceu devido a um contrato, talvez não fosse para não machucar os meninos envolvendo eles em meio a um relacionamento com alguém que poderia ir embora a qualquer momento, talvez ele não tenha se envolvido com ninguém por ainda ama-la e pensar nisso doeu mais do que eu esperava.

Clove parecia disposta a conviver com os filhos e o modo como ela tratou Peeta, a intimidade singela me fazia pensar que ela não queria apenas conviver com os filhos ela também o queria de volta. Como competir com a mulher que ele amou por tantos anos, a mãe dos filhos dele, nós tínhamos nos casado por ser conveniente pelos nossos filhos, eles por outro lado tinham se casado por amor, tinham uma historia, haviam namorado vivido um relacionamento real. Ela que tinha sido a escolhida para estar ao lado dele, o que aconteceria com nosso casamento agora? Tínhamos um contrato e eu sabia que Peeta iria cumpri-lo, mas seria justo mantê-lo preso a um contrato quando ele amava outra pessoa? Seria justo com os garotos priva-los da mãe biológica? Eram muitas perguntas e nenhuma resposta.

A semana passou incrivelmente rotineira, sem qualquer sinal de mudança e a única coisa que não saia da minha cabeça era se Peeta tinha ligado para Clove em algum momento, na quinta feira chegou um envelope endereçado a Peeta com o selo do distrito Treze, por mais curiosa que estivesse apenas coloquei o envelope em cima da mesa do escritório e continuei com os afazeres do dia.

– Katniss podemos conversar? – ele perguntou assim que entrou no quarto após voltar do quarto do Nathan, senti meu coração acelerar com as inúmeras possibilidades de conversas que ele poderia querer ter naquele momento.

– Claro – ele fechou a porta e se sentou ao meu lado na cama.

– Clove mandou hoje – ele me entregou o envelope que havia recebido mais cedo e ao pegar notei dois ingressos para a estreia da peça no dia seguinte.

– Você quer ir ? – era uma pergunta tola, mas era o único motivo para ele estar me mostrando os ingressos.

– Não, eu só não quero esconder nada de você, Katniss eu não sei o que fazer, eu sempre pensei que se um dia ela voltasse seria algo bom, que os meninos mereciam uma explicação, mas agora que ela esta de volta eu só consigo pensar que ela pode magoa-los de novo, e não posso suportar a ideia de vê-los magoados.

– Ela não parecia querer magoar os meninos – falar aquilo não foi fácil, mas ela não parecia alguém tão cruel assim, eu não gostava dela ou da aproximação que ela poderia vir a ter com os meninos, mas ela era mãe.

– Esse é o problema da Clove, ela nunca quer magoar mais acaba fazendo isso mesmo assim, os meninos não merecem que eu coloque ela na vida deles para ela sumir de repente, eles estão bem agora, estamos todos bem agora, mais por mais que eu queira protege-los não sei se é certo esconder deles que ela voltou, se eu não contar se eu manter ela longe e eles descobrirem podem se magoar.

– Peeta isso é algo que você precisa decidir, não posso dizer o que você deve fazer, você a conhece, conhece os meninos tenho certeza que independente do que escolha vai ser o melhor para eles.

– Se você tivesse a oportunidade de ver sua mãe iria querer? – aquela era uma pergunta difícil, durante minha vida toda tive diversas fases e na maioria das vezes queria que ela voltasse, mas algumas vezes ela era a ultima pessoa no mundo que queria ver, mas no fundo a única coisa que queria era saber o por que ela me deixou, só queria uma resposta.

– Na maioria das vezes sim, queria olhar para ela e perguntar o por que? Mas hoje em dia nem sei mais se isso importa eu não iria querer que ela fosse parte da minha vida, na verdade acho que nem a considero mais como mãe, mas são casos diferentes Peeta é difícil saber o que se passa na cabeça dos meninos em relação a ela, quer dizer sabemos que Pietro tem suas duvidas em relação a ela, talvez para ele seja a oportunidade de perguntar a ela todas as perguntas que passam na cabeça dele, Nathan por outro lado é um conjunto de muros, ele nunca se quer citou o nome dela embora sabemos que parte dessas barreiras surgiram por conta dela e talvez ele tenha tantas perguntas quanto o irmão.

– Me sinto entre a cruz e a espada.

– Você quer minha opinião sincera – ele confirmou com a cabeça - Talvez não seja uma escolha que você deva tomar – ele olhou sem entender – Talvez você deva deixar a escolha de ver Clove ou não por conta dos meninos, conte que ela quer vê-los, mas que a decisão é deles, se eles quiserem perguntar algo a ela, deixa-la entrar na vida deles ou não é algo que apenas eles podem decidir – ele pensou por alguns minutos em silencio então sorriu.

– Acho que você esta certa, como sempre Sra. Mellark – deixei um sorriso escapar, de certa forma era bom saber que ele queria que eu opinasse sobre a situação.

– Eu sempre tenho razão – ele riu e se deitou ao meu lado

– Muito humilde você, acho que devemos dormir esta ficando tarde – concordei então como fazia quase todas as noite passou a mão delicadamente na minha barriga – Boa noite pequeno – ele sussurrou bem perto da minha barriga e em seguida senti o chute exatamente onde a mão dele estava então ele sorriu amplamente, desde que o bebê começou a mexer ele respondia a voz do Peeta próximo a minha barriga, era um novo tipo de experiência para mim, Prim era tão calminha quase não mexia esse pequeno por outro lado se mexia até demais – E vê se deixa a mamãe dormir viu, esta tarde.

Eu amava muito esses momentos onde ele conversava com o bebê, a primeira vez que presencie foi alguns dias após a primeira ultrassom, ele pensou que eu estava dormindo e ao deitar ao meu lado começou uma conversa qualquer , a voz suave e baixinha como quem conta um segredo, aquele momento foi único e quando ele viu que eu estava acordada ficou ligeiramente sem graça, porém depois desse dia ele passou a fazer isso com frequência e quando o bebê começou a mexer, bastava ouvir o pai pertinho que ele respondia.

– Espero que ele obedeça, eu quero muito dormir – comentei.

– Ele vai – me aproximei e ele me abraçou

– Aproveita e pede pra ele parar de ser tímido e deixar sabermos se é realmente ele ou ela na próxima ultrassom.

– Pode deixar teremos uma conversinha antes da próxima consulta, boa noite Katniss.

– Boa noite Peeta – naquele momento eu soube que embora não soubesse as intenções da Clove não estava disposta a entregar minha família de bandeja para ela.


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Notas finais do capítulo

É isso, o que os meninos vão decidir? Obrigada pelos comentários espero que tenham gostado do capitulo. Beijos até o próximo.