Amor Por Contrato escrita por Sany


Capítulo 10
Capitulo 09:


Notas iniciais do capítulo

Olá ... Dessa vez eu não demorei e trouxe um pouquinho do Nathan para vocês ... Espero que gostem ...



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No dia seguinte a minha consulta reunimos os três na sala e contamos a novidade a eles, mais um Mellark estava a caminho. As reações haviam sido diversas, Prim havia ficado entusiasmada com a ideia de ter um bebê em casa, afirmando que seria uma menina e que ela ajudaria a cuidar da irmãzinha e todos os dias ela sugeria um nome diferente.

A reação de Nathan havia sido até certo ponto previsível, ele olhou o pai por um tempo depois olhou para mim então pediu licença e subiu para o quarto, murmurando algo sobre precisar de novos fones, naquela noite eu comentei com Peeta sobre isso, mas ele não parecia preocupado com a reação do filho mais velho, e ele acreditava que quando o bebê nascesse ele derrubaria as defesas do irmão mais velho independente de ser menino ou menina, já que o relacionamento dele com Pietro era muito bom e Prim havia derrubado as barreiras que ele havia colocado logo de inicio. A pequena não tinha a menor dificuldade em se relacionar com Nathan e devo confessar que era adorável vê-la puxa-lo pela mão e fazer com que ele brincasse com ela. E embora a porta do quarto dele vivesse fechada para o mundo ou para mim não sei ao certo ela nunca estava fechada para Prim ou Pietro, ambos adoravam o irmão e não havia qualquer motivo para o bebê não adora-lo também.

A reação do Pietro por outro lado havia sido a mais estranha, ou devo dizer a falta de reação dele, ele aparentava estar feliz com a união das famílias, ele havia me aceitado de braços abertos quase como uma mãe, respeitava minha autoridade sem reclamar assim como fazia com o pai, e até onde eu sabia Peeta não havia tido nenhum conversa com ele como teve que ter com Nathan. Se ele estava se sentindo ameaçado pelo bebê soube esconder muito bem, porem ele agia mais como se não tivesse entendido que em breve teria um novo irmãozinho, e sempre que Prim falava algo sobre o bebê fosse a sugestão de um nome ou qualquer outra coisa era como se ele não tivesse ouvido ou não estivesse presente e isso estava realmente me preocupando.

Entre a falta de reação do Pietro, a indiferença do Nathan e o entusiasmo da Prim eu estava tendo que lidar com minhas próprias reações a gravidez, durante algumas manhãs ainda tinha enjoos embora fossem muito poucos agora que estava quase indo para o terceiro mês, confesso que estava bem mais disposta do que na minha primeira gravidez, mas o que mais me incomodava era o desejo de ter Peeta por perto.

Não podia ser natural uma mulher gravida ficar tão obcecada pelo marido podia? Quando estava gravida da Prim ouve uma época onde o perfume do Cato me enjoava, isso e as constantes brigas que tínhamos naquela época me afastou muito dele por boa parte da gestação. Quando o medico naquela época me alertou o quanto meu estresse estava afetando minha pressão e isso era perigoso para o bebê, havia tido com ele uma conversa decisiva e mesmo ele não estando realmente feliz com minha gravidez havíamos decidido parar com as brigas, a realidade era clara teríamos um bebê e brigar não mudaria isso. Mas mesmo sem as brigas ainda havia uma barreira ali.

Agora por outro lado vivia me pegando pensando em Peeta pensamentos esses que estavam ficando cada vez menos adequados para alguém que tinha um casamento de conveniência sem qualquer contato físico. Dormir a noite vinha ficando cada vez mais complicado mesmo ficando afastada dele na cama e devo confessar que gostava muito das poucas horas que dormia após ele ir para a padaria, quando eu abraçava o travesseiro dele e dormia ate o despertador tocar indicando a hora de acordar as crianças. Isso não podia ser natural e beirava a algo doentio ficar pensando no quanto seria bom dormir abraçada a ele noite após noite ou como ele seu corpo parecia me chamar a cada minuto.

Mas eu precisava deixar esses pensamentos de lado e focar naquela família e no meu pequeno plano de aproximação, embora tivesse se fechado para mim eu podia ver o quanto Nathan era um ótimo menino, ele era um bom aluno e tinha ótimas notas no colégio era apaixonado por basquete e jogava no time da escola, treinava três vezes por semana após a aula, e era realmente bom nisso, eu havia visto algumas vezes pela janela ele jogando com o pai no quintal, a cada sexta feita ele sorria genuinamente, um sorriso tão parecido com o do pai e não pude deixar de desejar receber um sorriso desses um dia, além do basquete eu sabia que ele gostava muito de cozinhar, Peeta havia me contado que o levava a padaria desde pequeno e que muitas vezes após a separação ele precisou levar os dois filhos para o trabalho, mas diferente de Pietro que nunca mostrou qualquer interesse por aprender o que o pai fazia Nathan quis aprender e era realmente bom com doces e pães, já havia experimentado um dos biscoitos feitos por ele em um final de semana que ele passou na padaria. Peeta havia feito um ótimo trabalho com os filhos não podia negar.

Bom Nathan havia tido o espaço dele agora eu arriscaria uma aproximação, como esperado ele chegou do treino no horário correto, seguiu para o quintal dos fundos provavelmente para ver o Thor, alguns minutos depois pude ouvir ele entrar pela porta da cozinha. Eu sabia que ele iria pegar algo da mesa onde os mais novos haviam tomado o café da tarde e que eu deixava posta exatamente por saber que ele chegaria do treino, mas que ele não iria se sentar. E como previsto lá estava ele um pacote de biscoito na mão e uma garrafa de suco na outra.

– Olá Nathan – falei assim que ele entrou na sala

– Olá

– Como foi o treino?

– Bom – ele usou a resposta padrão, tudo estava ocorrendo dentro da rotina, sem qualquer outra palavra ele subiu as escadas e pude ouvir o som a porta do quarto dele sendo fechada.

Fui até o andar de cima e verifiquei os mais novos, Prim estava brincando em seu quarto com suas bonecas e Pietro estava concentrado jogando vídeo game, fui até meu quarto e peguei um envelope branco dentro de uma caixinha dentro do guarda roupa, aquele envelope havia sido tudo pra mim por um tempo e agora seria uma chance de quebrar a primeira das barreiras que Nathan havia colocado em nossa relação.

Esperei um tempo o suficiente para que desse tempo dele tomar banho e lanchar antes de ir ao quarto dele e bater na porta, torcendo para que não tivesse dado tempo dele colocar os fones de ouvido e se fechasse em seu mundinho. Por sorte uma batida foi suficiente para ele abrir a porta ao me ver ali ele me olhou desconfiado e até um certo ponto supreso com minha presença ali.

– Sim?

– Quero fazer uma troca com você – propus indo direto ao assunto.

– Uma troca? – ele me olhou confuso e curioso ao mesmo tempo, confirmei com a cabeça – Que tipo de troca?

– Será que eu posso entrar? – se ele me permitisse entrar já seria uma vitória, ele pensou por um momento antes de dar os ombros e abrir espaço pra que eu entrasse.

Optei por ignorar a bagunça afinal era isso que ele esperava e não estava ali para dar nenhum sermão, eu sabia que o quarto não ficava sempre assim e que Peeta se encarregaria de manda-lo arrumar caso ele não o fizesse antes do pai chegar. Parei no meio do quarto e estendi o envelope para ele.

– O que é isso? – ele perguntou olhando o envelope estendido sem fazer qualquer menção de pega-lo.

– Você só vai saber se abrir – ele me olhou por um tempo antes de pegar o envelope e abrir lentamente, ele retirou a foto de dentro do envelope e olhou por um longo tempo sem demonstrar qualquer tipo de reação embora eu soubesse que ele estava surpreso com a mesma.

– Essa é a foto da seleção de Panem do ultimo jogo que Brutus jogou antes de se aposentar na final do campeonato e esta assinada por ele – a reverencia em seu tom de voz ao falar de um dos ícones do baquete dos últimos tempo foi o que precisava para seguir em frente – Como você conseguiu isso?

– Eu estava lá na final – disse me sentando na cadeira diante da escrivaninha – Eu tinha uns oito anos na época.

– Como você conseguiu ir? Quer dizer esse jogo foi na Capital e muito difícil de se ir, você não parece uma fã de basquete – sorri

– Realmente não sou uma fã, mas gosto de basquete e eu estava lá por que os meus pais temporários na época eram fãs do esporte, acho que nunca vi casal mais apaixonado por um esporte como eles – lembranças daquele casal em especifico invadiram minha mente, eles eram ótimas pessoas e me fizeram me sentir parte de uma família, foi uma pena durar tão pouco.

– Você falou com ele?

– Não era muita gente ao redor dele, os fãs a imprensa, ele estava dando um autografo atrás do outro.

– Incrível – ele olhou atentamente a foto segurando com cuidado, uma simples foto vendida exclusivamente no dia do jogo com os jogadores que estariam em campo naquele dia e que raramente se encontraria autografada já que grande parte dos presentes na ocasião pegaram autografo em camisas e bolas – Por que você não colocou ela em uma moldura? – era uma pergunta simples, mas que me pegou de surpresa, eu nunca gostei muito de falar do meu passado, mas eu sabia que precisava ser sincera e dizer a verdade.

– Quando se esta no sistema de adoção, se passa por muitos lares temporários e é difícil manter o que é seu nessa troca de um lar pra outro, normalmente se tem uma mochila, e eu não queria que ninguém soubesse da foto, como envelopes são comuns já que algumas crianças guardam fotos ou cartas da família eu achei que era o melhor lugar para mantê-la comigo despercebido, então toda vez que eu queria vê-la eu procurava um lugar vazio e olhava.

– Você não teve uma família de verdade?

– Meu pai morreu quando eu era pequena e minha mãe não pode cuidar de mim depois disso então eu fui para o sistema.

– E nenhuma família te adotou?

– Algumas na verdade pelo menos até uns doze anos – ficamos em silencio por um tempo.

– Por que você esta me dando a foto? – eu tentei parecer calma antes de responder.

– Eu soube que você é bom em preparar doces e acho que você notou que sou péssima com doces – desde que cheguei foram raras as vezes que me arrisquei a fazer a sobremesa, normalmente optava por pegar algo na padaria, mas todas as vezes que tentei foi um desastre.

– A padaria é cheia de doces.

– Mas eu gostaria de aprender e pensei que poderíamos fazer a seguinte troca eu lhe dou a foto e você me ensina a fazer alguns doces – esperei pela resposta torcendo para ser positiva, pelo olhar dele ele sabia exatamente o que eu estava fazendo, e que não era exatamente aprender a fazer doces que eu queria e sim um tempo com ele, uma oportunidade de fazermos algo juntos. Ele me olhou por um tempo estudando a proposta.

– Tudo bem, posso tentar te ensinar – senti vontade de sorrir, mas me contive.

– Obrigada Nathan – me levantei

– Ei, não precisa me dar a foto – ele falou antes que eu chegasse até a porta, estendendo o envelope para mim.

– Você não quer a foto? – ele deu os ombros e me devolveu o envelope.

– Eu gosto de cozinhar, não seria justo. Não precisa se desfazer da foto – estava claro que ele queria a foto, aquela atitude me fez querer abraça-lo, mas isso estragaria tudo e faria com que ele levantasse novamente o muro entre nos.

– Não importa, é sua se você quiser eu não preciso mais dela – entreguei o envelope novamente para ele.

– Por que não?

– Essa foto era tudo que eu tinha por um longo tempo, era lembrança mais próxima de uma família que eu tinha, mas agora eu tenho você, o seu pai, o Pietro e a Prim, minha família esta aqui e nada é mais importante que isso – sai do quarto em seguida não querendo abusar da sorte.


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Notas finais do capítulo

Será que vai dar certo ??? Espero que tenham gostado do capitulo o Peeta não apareceu nesse, mas no próximo ele aparece não muito mais aparece, nosso protagonista por assim dizer do próximo capitulo será o Pietro.
Estou pensando em fazer um capitulo na visão do nosso padeiro favorito o que acham????
Beijos Até o Próximo.