Minha Pequena Julia escrita por Tia Stephenie


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/508045/chapter/3

Júlia já fez aniversário, um ano. Um ano que perdi Victória, mas ganhei a Júlia. Um ano.

Ela já começou a engatinhar, ameaça subir as escadas e a descer.

— Precisamos de uma babá! — Falo, pegando a mão da Júlia e então colocando-a em meu colo.

Ela bate palmas. Estranho.

Ligo para a Agência de Babás.

— Agência de Babás falando. — Super interessante.

— Eu preciso de uma babá, é algo urgente.

— Interessante, o.k.

Toda aquela conversa chata acontece, falar endereço, achar uma babá nova por eu ser novo — até que não é tão ruim.

Alguns dias se passam e finalmente falam que a babá chegará, ela irá fazer um teste para ver se será minha contratada ou não e então ela se mudará para minha casa.

Arrumo a roupa da Júlia, encho água em sua banheira e coloco-a dentro, com cuidado. É claro que ela não faz o mesmo comigo, acaba jogando água em meu rosto — por algum motivo ela adora fazer isso. Passo minha mão molhada em sua cabeça e ela bate seus bracinhos na água; isso não vai dar certo.

Termino de dar seu banho e a seco, coloco sua fraldinha e a visto.

— Agora estou com cheiro de bebê. Obrigado, Júlia.

— Tafé — Ela fala, sorrindo.

— O que?

— Tafé!

Uma de suas primeiras palavras é café, que maravilha.

— Café, não tafé.

— Tafé! — Ela faz cara de brava e bate suas mãos uma nas outras.

— Tudo bem então, tafé. — Não sei de quem ela puxou essa braveza.

A campainha toca, pego Júlia no colo e vamos até a porta, ela vai falando tafé, tafé, tafé, o caminho inteiro.
Eu abro a porta, lá está uma garota que eu já vi antes, acho que...

P.O.V Lysandre

Rosalya falou que iríamos ao shopping paquerar pessoas, eu não acreditei muito no que ela falou.
Meio que... Nós estamos no shopping.

— Veja, Lys-fofo, olhe quantas garotas lindas nesse shopping, foi um dia perfeito para virmos aqui! Você vai conseguir arranjar uma namorada rapidinho — Ela sorri depois que termina de falar.

— Realmente, não acho que seja uma coisa muito vitoriana arranjar uma namorada num shopping.

— E você vai fazer o quê?

— Não sei, acho que... Sei lá.

Rosalya sorri e toma um pouco do seu refrigerante. Ela brinca com seus dedos enquanto eu a observo; assimilo cada detalhe do seu rosto perfeito, seu cabelo prateado, como o meu.

Pego meu bloco de notas e começo a escrever, ele está virando meu diário, eu posso transformar tudo em música depois.
Leigh sempre foi um cara de sorte, além de ser o mais velho, sempre encantou a garotas. Ele pode ter quem quiser quando quiser, além de também ter uma super sorte por ter Rosalya, uma garota incrível, que tem um sorriso incrível e uma personalidade incrível.

— O que você está escrevendo? — Rosalya pergunta, colocando suas mãos embaixo do seu queixo e deixando sua cabeça cair sobre elas.

— Você sabe, Rosa...

— Ah claro, poemas, poemas e mais poemas. — Ela fala e semicerra os olhos, encarando profundamente alguma coisa atrás de mim.

— O que foi? — Pergunto me virando, não tinha nada atrás de mim.

— Hã... Não, nada, nadica de nada.

— Vou fingir que acreditei, o.k.?

Ela assente com a cabeça e ri, depois pega minha mão e entrelaça a minha na sua. Sua mão está exageradamente quente. Novamente, ela olha para trás de mim e faz a mesma coisa que tinha feito à alguns instantes.

— Tudo bem Rosa, o que aconteceu?

— Eu não posso mais pegar na mão do meu melhor amigo? Que coisa.

A expressão em seu rosto é confusa e ao mesmo tempo embaraçada, quase que com vergonha. Seus olhos dourados estão brilhando, algo um tanto normal para ela, isso sempre acontece quando ela olha para Leigh.

Ela balança nossas mãos entrelaçadas, depois morde meu dedo.

— Heeeey, se estiver com fome nós compramos comida, não precisa me morder!

— Eu só queria ver se seu gosto é bom como sua aparência.
Fico um pouco sem graça.

— Acho que já está na hora de irmos — Ela se levanta, como se estivesse mudando de assunto.

Eu a acompanho. Andamos silenciosamente até o carro. Vamos para minha casa, ela me dá um beijo na bochecha e outro na de Leigh, que incrivelmente está presente. Algo anormal.

— O que aconteceu, Leigh?

— Eu não posso ficar em casa?

— Hm... Não — Leigh vira Rosalya pela cintura e a beija, não sei quanto tempo ficarão fazendo isso.

— Eu vou para meu quarto — Murmuro, mas eles continuam se pegando na frente da escada.

Bufo enquanto entro em meu quarto, coloco meu bloco de notas em cima de uma cômoda e tiro minha blusa de frio; hoje estou usando roupas um pouco mais normais. Pulo em minha cama e enterro meu rosto no travesseiro.

— Lysandre só gosta de gente que não deve gostar — Murmuro para mim mesmo, com a cabeça ainda enterrada no travesseiro.

P.O.V Castiel

— Olá! — A garota fala, enquanto passa a mão em seu cabelo castanho e depois ri. — Eu te conheço de algum lugar.

— V-você vai ser minha babá? — Pergunto, chocado.

— Acho que... Sim — Júlia bate palmas, isso é estranho.

— Tafé, tafé papa, tafé! — ela fala, colocando a sua mãozinha no meu pescoço.

— Sim, tafé. — Murmuro para Júlia. Fecho a porta e deixo-a no chão, ela engatinha até Melanie.

— Olá! — Ela fala sorrindo para Júlia e se senta no sofá.

— Oa — Júlia tenta imitar o que ela falou, depois tenta se levantar e Melanie a deixa de pé, apoiada na sua perna.

Ótimo, a garota que conheci no parque agora é minha babá.

Que maravilha.

Adorável.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

BEIJINHOS
MEUS
AMORES