Por Toda a Eternidade escrita por Bruna Cullen Petrova


Capítulo 2
Sede


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Sim pessoal depois de muito tempo eu voltei, já havia me esquecido desta fanfic, eu estava desanimada, mas depois e ler algumas anotações minhas de coisas que eu estava planejando para a fanfic eu voltei a me animar e escrevi este capítulo com muito carinho para vocês. Espero que gostem!



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O fogo diminuiu a partir dos dedos das mãos e dos pés, só que a medida que a queimação cessava ali o calor no coração aumentava, parecia que eu estava sendo queimada em uma fogueira da qual eu não podia fugir pois o fogo estava dentro de mim, lentamente a dor recuou em direção ao meu peito, ainda não fazia ideia de aonde tinham me levado a dor era muito atordoante para me deixar prestar atenção em qualquer coisa e eu tinha medo de gritar ou tentar fazer algo, não sabia onde estavam Victória e o homem assustador, será que eles mudariam de ideia sobre me matar?

De repente uma sensação de alívio tomou conta de mim e percebi que o meu coração estava batendo cada vez mais devagar, as chamas pareciam estar se apagando até que finalmente tudo ficou em silêncio, inclusive meu coração.

Até aquele momento eu não tinha me atentado ao fato de estar ouvindo tão perfeitamente o som do meu próprio coração, agora eu me perguntava o que realmente estava acontecendo comigo, como alguém suporta tanta dor sem morrer e então eu me dei conta do que estava bem na minha frente, eu estava morta, não havia nenhuma outra explicação lógica para o que estava acontecendo, meu coração parou de bater e eu morri.

Tentei me acostumar com a ideia, mas ela também não fazia sentido, pois eu podia sentir o cheiro de flores e da terra molhada e ouvir o som dos pássaros cantado e das folhas balançando nos galhos das árvores, será aquele era o paraíso, mas para que tanta dor? Então para chegar ao paraíso se precisa passar pelo inferno antes?

Estava perdida nos meus pensamentos até sentir uma mudança no ambiente, quando vi eu já havia levantado e estava meio agachada como um animal em posição de ataque, me assustei com meu próprio movimento, mas continuei daquele jeito, olhei em volta e notei que eu estava em uma pequena cabana no meio da floresta, isso explicava o cheiro e o som de natureza, na minha frente estava o mesmo homem que tinha ajudado Victória a me encurralar, meu dilema terminava ali, decidi que não estava morta, pois se houvesse um paraíso aquele homem não estaria nele.

Ele me olhava com curiosidade, como uma criança que aprecia de longe o brinquedo novo.

–E então como se sente?- perguntou ele.

Eu não sabia o que dizer, eu não sabia direito como me sentia, até pouco tempo atrás acreditava estar morta agora já sei que não estou mesmo sabendo ser impossível alguém continuar viva depois de o coração parar de bater.

Optei pelas formalidades, ao meu modo, é claro.

–Quem é você?-perguntei.

–Ah, vamos pular esse discurso clichê, “Quem é você? O que você fez comigo? Oh, por favor, não me mate”- disse ele em forma de deboche.

Isso só me deixou com mais raiva ainda.

–Isso é um sequestro? Porque se for a única coisa que você irá conseguir é ser preso, eu sou filha do delegado da cidade.-eu disse.

O homem começou a rir.

–Acha isso engraçado? -perguntei.

–Você não faz ideia de como. -disse ele.

–Pra mim já chega- virei às costas para ele e fui em direção à porta, de alguma forma ele chegou mais rápido entrando na minha frente.

–Eu acho que você não vai querer ver o seu pai assim docinho.

–E quem é você para dizer como eu devo ou não ver meu pai?-perguntei com raiva.

–O mesmo que você querida, um vampiro. - procurei em seu rosto, mas ele não demonstrava nenhum deboche apenas curiosidade, provavelmente para saber a minha reação.

–Você o qu...- eu não consegui terminar de falar, em parte porque eu não sabia o que dizer e estava tropeçando nas minhas próprias palavras e também porque naquele momento ouvi alguém se aproximando acompanhado de um cheiro incrivelmente doce. Na hora a minha garganta voltou a arder, eu salivava, dei alguns passos para trás tentando me recompor, mas quanto mais o cheiro se aproximava menos controle eu tinha sobre mim mesma.

E então Victória entrou pela porta da cabana arrastando consigo um homem que beirava a inconsciência por causa de uma grande ferida aberta em seu pescoço. O sangue escorria. Fechei meus olhos e engoli em seco, por algum motivo a ferida me deixava inquieta.

–Finalmente Victória, acabei de revelar o nosso segredinho para a...-falou o suposto vampiro.

–James...-disse Victória fazendo beicinho- poderia ter me esperado para a parte divertida. E que deselegante da sua parte não perguntar o nome da nossa convidada.

–Isabella- soltei- Isabella Swan- só uma pequena parte minha prestava atenção na conversa deles, mas o suficiente para compreender tudo o que diziam, a maior parte de mim se concentrava no homem que sangrava.

–Ah! Pare com isso Victória, a diversão acabou de começar- disse James lançando um olhar para mim, ele provavelmente já havia percebido o que chamava a minha atenção. - Então parece que você trouxe um amiguinho com você- agora ele olhava para o homem que mal conseguia ficar em pé.

–Um lanchinho- olhei confusa para Victória.

–Vamos Isabella, que tal experimentar novos sabores. – falou Victória enquanto passava o dedo sobre o sangue que escorria colocando-o na boca em seguida.

–Você só pode estar brincando- eu já não coseguia mais me conter, percebi então que de onde vinha o cheiro, do sangue, o sangue que parecia ser a única coisa que podia acabar com o ardor em minha garganta, o sangue do qual eu queria beber naquele momento, uma coisa que eu nunca pensei que faria em toda a minha vida.

–Eu pareço estar brincando?- perguntou Victória.

Não consegui mais me conter, avancei até o homem o tirando das mãos de Victória enquanto imediatamente cravei meus dentes em sua garganta, ele tentou gritar, mas começou a se afogar no próprio sangue. O gosto não era parecido com nada que eu já tivesse experimentado, a única comparação que me pareceu justa foi com o néctar dos deuses.

Suguei até me dar conta que as veias do homem já estavam secas, só então percebi o quão terrível era o que eu havia feito, eu havia matado alguém, eu havia sugado o sangue de uma pessoa até não existir mais nada, então o que James disse era verdade, eu era um monstro, eu era uma vampira.

Corri porta a fora, Victória tentou me conter, mas eu a empurrei com força. Fugi o mais rápido que pude temendo ser contida novamente, não fui, antes de me embrenhar na mata ainda consegui ouvir James.

–A deixe ir Victória- eu não vi seu rosto, mas algo me dizia que ele estava sorrindo.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado deste novo capítulo. Eu estou bem animada a continuar, mas essa história também depende de vocês, afinal um escritor não seria nada sem os seus leitores.



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