O retorno do Homem de Ferro escrita por Willian Borges


Capítulo 14
Capítulo 14 - Final: Uniraio


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem porque esse é o último! Mas o sr. Stark retornará. Sabe quando? Ele deixou uma pista nas notas finais do capítulo. Boa leitura a todos!



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Em posição de batalha. Eu esperava pelo primeiro movimento dela, mas ela parecia calma. Muito calma. Calma demais. Parada. Como um espantalho. O que ela deve estar pensando?

– O que te deixa tão em paz assim? Minha armadura parece fraca? A sua está bem avariada, o que nos deixa em níveis praticamente iguais. Eu me considero em ligeira vantagem.

– Hahahahahah! Não é com isso que deveria se preocupar. – Logo ela deu as costas pra mim, e atirou contra o navio em que Rhodes estava. Vários mísseis. Galina disparava sem parar, gargalhando maleficamente. Ela estava querendo me causar desespero. Mas desespero foi algo que eu nunca senti. Nem mesmo quando Manhattan ia ser atingida por aquele míssil naquela batalha contra Loki, ou quando pensei que fosse morrer quando desviei a sua rota para o espaço.

O desespero é para mim um desconhecido.

Carreguei um Uniraio com a potência máxima. Quando ela se voltou para mim (Talvez querendo contemplar minha face de derrota), ela escutou essas últimas palavras:

– Todo ser que acaba seu propósito está pronto para morte. Você me fez retornar. Seu propósito acabou. – Logo, disparei contra seu coração, quando Galina iria contra-atacar. O raio traspassou-a, como uma espada. Em seguida, ela cai ao mar. O mar. O mar! Cruzeiro! Rhodes! A embarcação estava em chamas. Em princípio de afundar. Será que meu amigo continuava vivo?

Aproximei-me de um monte de pessoas histéricas sem saber pra onde correr no convés.

– Jarvis, como posso salvar essas pessoas?

Podemos chamar um suporte aéreo senhor.

– Demoraria demais. Vou ter que fazer o jogo do macaco. Ligue para a segurança naval e fale por mim. – Me aproximei ainda mais das pessoas e digo à elas – Okay pessoal, eu quero duas pessoas. Um à minha esquerda e outro à direita, segurando as minhas mãos firmemente. E cada um, segurando firmemente na mão de outra pessoa. Repetindo. Duas pessoas. Nos meus braços esquerdo e direito. Cada pessoa levando outra pela mão livre. – Alguns tripulantes mantinham o pânico conforme o cruzeiro afundava, outros tentavam manter a calma. Esses me ajudavam a controlar o caos que se encontrava no convés em colapso.

– Muito bem. Todos prontos? – Duas fileiras. Uma de 6 pessoas, outra de sete. Uma à esquerda e outra à direita, ambas acenavam que sim. Algumas pessoas expressavam medo, outras choravam. Outras respiravam fundo, como se estivessem fazendo isso pela última vez. E eu procurava Rhodes em cada uma dessas faces. Nada. – Jarvis, protocolo arrasa-quarteirão nos propulsores.

Senhor, temos 10 minutos de energia restante na Mark I. Com o programa ativo, esse tempo deve ser reduzido pela metade.

– Eu sei matemática. Mas precisamos sair daqui com toda força operante que tivermos. Temo que os propulsores não tenham potência suficiente pra carregar toda essa gente. Ativar agora!

Sim senhor. – Começamos a voar. Meus braços começaram a doer, tamanha força que eu tinha que fazer. Levantamos voo lentamente. Todos “flutuavam” no ar quando a barca afundou. – Há um porto de pescaria há dois quilômetros daqui.

– Quanto tempo pra chegar? – Carregar tanta gente era sufocante. Agora avançar dois quilômetros com elas... não sei quanto tempo aguentaria.

Com os propulsores a toda potência, cerca de cinco minutos senhor.

– Muito bem. Vamos avançar. Não se soltem uns dos outros. Mantenham-se firmes. Há um porto daqui a dois quilômetros! – Alertei-os. - Muito bem, avançar!

A dor se estendeu. Passando pelos meus tríceps, e indo até os ombros. Era como levar agulhadas pelo braço, constantemente. Essa dor até faz lembrar-me do primeiro dia que fui à academia, hà muito tempo atrás. Meus músculos se estendiam e doíam muito, mas isso era pra me deixar mais forte. Agora sou forte. E com esse ato heroico, estou sendo muito mais do que forte. Nesse exato momento, estou repassando minha força à eles, estou dando esperança à eles. Esperança de viver. De renascer. De ficar cara a cara com a morte e cuspir nela. Tudo isso me traz dor, mas com tudo isso acontecendo, essa dor só me faz querer avançar.

Quando chego a um quilômetro do porto, duas pessoas da fileira da direita caem no mar. Droga! Precisei continuar. Quem sabe depois eu consiga resgatá-las. Continuo avançando, quando vejo um barco da segurança naval.

Senhor, o Tenente-Coronel James Rhodes veio ajudar com o resgate dos sobreviventes. A carga daquele barco é de até cinco pessoas.

– Quem veio nos ajudar? – Eu não acreditei e precisava ouvir de novo.

O Tenente-coronel James Rhodes, senhor.

– Como ele escapou do... como ele está vivo?

É... eu não sei lhe informar senhor.

– Que seja. Que bom que ele está aqui. Aí! Vocês, da minha direita. Vou jogar os quatro últimos aí nesse barco abaixo de vocês. O resto irá comigo até o porto! – Em seguida, quatro deles se soltaram. Os outros dois que caíram no caminho felizmente tinham forças pra nadar até outros barcos que vinham também. Carreguei o restante dos que estavam comigo até o porto de pescaria. O resgate dos sobreviventes foi um sucesso.

O sol já raiava bem forte depois de tudo acabar. Depois de um tempo, Rhodes veio falar comigo:

– E aí?

– Pensei que estivesse morto.

– Todo mundo pensa isso de mim às vezes.

– E isso nunca acaba sendo verdade.

– Ainda bem né? – Olho bem pra ele antes de responder, como se estivesse pensando na resposta. James estranhou o gesto, e comecei a rir dele.

– Claro que sim! O que seria do mundo sem Homem de Ferro e Máquina de Combate?

– Eu já lhe falei que é Patriota de Ferro, Máquina de...

– Blá blá blá, é agressivo, eu sei. Só estou brincando.

– Galina. Ela já era?

– Sim. Mas a Hidra, eu temo que ainda não. Ainda tem aqueles “milagres” pra resolver, todo aquele problema com os russos. Vou precisar da sua ajuda.

– Pode contar comigo. Mas vai ter que fazer uma armadura nova pra mim.

– Vou pensar no seu caso. Na verdade, eu vou reconstruir sim. Se você me disser como escapou do bombardeio ao cruzeiro.

– Eu acompanhei a batalha lá de baixo. Quando avistei os mísseis, pedi para que todos evacuassem do navio. Mas todos ficaram com muito medo. Medo demais de pular numa água. Então, eu nadei o mais longe que pude pra longe do cruzeiro, antes dos mísseis chegarem, e nadei até esse porto.

– Mas que vigor hein?

– Hehehehe, Sim.

[...]

Tudo se ajeitou. O caos não se dissipou, mas aliviou. Eu estava bem, era o que importava. Mas não foi dessa vez que eu me casei com Pepper. Ela na verdade aceitou, mas pensou melhor. Dizia que eu precisava deixar de ser Homem de Ferro pra voltar a ser Tony Stark. Basicamente, aposentar o capacete dourado. Eu não queria isso. Não ainda. Ainda há o que fazer. Agora sou eu que financio Os Vingadores, já que a S.H.I.E.L.D. não existe mais. E como novo chefe, decretei a primeira missão: Capturar os “milagres” que estão na Rússia (talvez nem estejam mais lá).

Mas, enquanto a missão não iniciava, eu trabalhava numa ideia. Uma ideia revolucionária, algo que daria o desejável descanso para mim, e para Rhodes, e pra todos os Vingadores. Algo que lutasse por nós, algo que fosse controlado por nós. Uma ideia, um projeto. Um robô, um robô muito forte, cujo nome poderia ser Ultron.


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Notas finais do capítulo

Continua em "Os Vingadores - A era de Ultron"...



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