Algo aconteceu, todos da competição que ainda estavam em condições de batalha foram transportados para uma área de batalha única.

– Desculpem, queridos - Calista - Você terão de se matar.

– Merda! - Julio falou, eu o olhei - Ela previu o que fariamos.

– Eles vão se matar - Kalevi falou.

– Não seja idiota, demonio.

– Eu estou odiando esse novo Julio - ele comentou.

– Calista não mataria Duncan.

Yeva corria em meio a todos e já começara seu ataque, abria portais constantes para evitar ataques e evitar o cansaço da corrida, ela abriu um portal, saiu do outro lado e bloqueou um ataque que a derrubou ao chão, ela olhou para quem a atacara, Duncan estava ofegante e cheio de cortes, ele a olhou assustado, a levantou, os dois se uniram, um dava cobertura para o outro até sairem da confusão.

Um demonio com uma lança quase acertou um ataque em Duncan que desviou empurrando Yeva, cortou a cabeça do ser sem muito esforço, a feiticeira levantou e o puxou para um buraco em um tronco de árvore, Julio comentava que o pai iria odiar ver aquilo, enquanto Kalevi o mandava calar a boca. Nossa feiticeira cuidava do anjo, curava os machucados dele, ele a observava atento.

– Pronto. - ela ofegava cansada, a garganta estava ressecada e doia.

– Você está bem? - ele pegou a cabeça dela entre as mãos.

– Não se preocupe - ela se afastou balançando a cabeça - Vamos ficar aqui até eles se matarem, depois saimos.

– Me parece uma boa ideia. - ele escorou a cabeça para trás.

Os dois não pareciam ter muito espaço ali, a maior distância entre eles não deveria ter mais de dez centímetros e ele nem conseguia sentar ao chão. Yeva ouvia a bagunça de fora, apertou Duncan contra o tronco ao ouvir um feitiço ser lançado e quase os atingir, ele a abraçou, ela o olhou e sorriu levemente em um gesto humano.

– Eu sei que vocês estão aqui - Calista falou, Yeva ia falar algo, mas Duncan tapou sua boca - Eu os vi correndo. Duncan, onde está você?

Yeva observou que o buraco da árvore era curado, ela olhou em volta procurando por quem poderia estar fazendo aquilo, mas ninguém mais cabia ali. Quando a árvore foi completamente curada o chão cedeu sob seus pés, os dois caíram no que seria uma casa.

– Podem me agradecer depois. - Yeva olhou Yolov - Mas vejo que estão no meio de uma guerra - o gnomo estava em uma poltrona com os pés no encosto de braços - Devem ser bem mais fortes do que eu pensei já que sobreviveram até aqui e...

– O que você quer? - ela perguntou seca, Duncan olhava em volta tentando entender onde estavam.

– Quanta agressividade - ele se levantou - Eu quero ajudá-los, Calista quer matá-los, ela quer me matar, então acho que nós podemos formar uma bela equipe, o que acham?

– O que tem a nos oferecer? - Duncan perguntou levantando o gnomo.

– Túneis, conheço todos os subterraneos, o que você me diz, grandão?

Ele olhou Yeva que confirmou.

– Não teremos como chegar ao ponto marcado por cima - Duncan confirmou.

– Ótimo, agora me coloca no chão - Duncan o fez, o gnomo correu até Yeva e subiu em seu ombro - E seus portais?

– Calista perceberia - ela se sentou e colocou o gnomo nas mãos - precisamos ser cuidadosos com nossos poderes - ela olhou Duncan - Você nos guia, iremos te proteger com tudo que pudermos.

– Ótimo - ele pulou ao chão - Venham, vou levá-los para os túneis.

Andavam inclinados.

Chegaram a entradas de vários túneis, Yolov os guiou por um deles, a feiticeira acendeu uma pequena chama para os guiar melhor. O som de algo caindo, olharam para trás, Yeva pegou Yolov o colocou no ombro, começaram a correr. Duncan olhou para trás, um caçador das trevas os seguia, ele sacou a espada e tentou acertar o ser que cavou um buraco, Yeva parou, o anjo bateu contra as costas dela, ela olhava o chão, o gnomo pulou para o teto e começou a cavar, Duncan entrou e puxou a feiticeira, o gnomo foi cavando um novo túnel.

Um buraco se abriu nos pés do anjo, Yeva o agarrou.

– Me solta - ele falava.

– Eu perdi meu filho hoje, não vou perder você também. - ela o segurou com força, um rugido, Yeva lançou uma bola de fogo que atingiu o caçador.

O ser se levantou, Yeva tentou puxar o anjo para cima, mas não conseguiu, ouviram o caçador, Yeva o soltou, abriu um portal por onde o anjo foi levado de volta par ao túnel e ela para o de baixo.

– Não! - o anjo gritou.

A feiticeira acertou o bicho que corria para atacá-la com um chute, ele grunhiu, mas não se moveu, ela tacou fogo nele.

– Yolov - o gnomo olhou pelo buraco - Leve Duncan com você, eu cuido disso aqui e dou cobertura.

– Olha, minha mãe fazendo merda! - Julio falou bravo.

– Não, ela não está - falei rindo, ele me olhou ofendido - O caçador será dela. Veja.

Ela não tirava os olhos do monstro que com suas seis patas cavava cada vez mais fundo. Ela saltou no novo buraco, acertou uma bola de fogo nas costas do bicho que caiu de costas grunhindo, se virou para ela e começou a correr para atacá-la, Yeva o ataca constantemente até que ele cavou um buraco, e a surpreendeu surgindo debaixo dela com as presas prontas para mordê-la, Yeva o atingiu com o ataque mais forte até o momento, o bicho caiu desacordado. Ela modificou a mente do bicho, quado ele acordou estava sobre o comando dela, Yeva montou em suas costas e o mandou seguir o cheiro de Duncan que já era seu pedido original, ele cavava ferozmente pelos tuneis.

Enquanto na superficio todos os seres continuavam se matando.

– Venham - Julio nos chamou - Está chegando nossa hora.