Os Seguidores De Anúbis 3. escrita por Nath Di Angelo


Capítulo 12
A história de Kebechet.


Notas iniciais do capítulo

OI LINDOS DA TIA NATH!!!!
GENTE, GENTE, GENTE...EU TO MORRENO! COMO VOCÊS SÃO PERFEITOS SENHÔ!
O CAPÍTULO DE HOJE É DEDICADO A LINDA DA CAROL POTTER KANE, A PRIMEIRA DIVA A RECOMENDAR SDA 3! *O* *O* *O*
Floooooor, obrigada! Obrigada mesmo...Tu n sabe como eu fiquei feliz! O capítulo de hoje, é todo seu!
Boa leitura!



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PDV ANÚBIS.

Assim que saímos de meu portal, senti Kebechet me empurrando com força para longe de si.

–Keb... - Comecei, mas a garota se quer me deu tempo para continuar.

–Não toque em mim! - Ordenou, recuando contra a parede. Engoli em seco enquanto as luzes de meu castelo se acendiam como se só agora perceberá que havia alguém dentro dele. Por causa de minha volta ao Egito meu castelo parecia abandonado, porém, isso não impediu as milhares de memórias voltarem a minha mente, ainda mais com Kebechet ao meu lado. A deusa estava grudada contra a parede encarando-me com ódio. A mesma mexia os lábios sem emitir som, como se conversasse com ela mesmo, mas eu sabia que não era isso. Kebechet tinha Set e Apófis dentro dela...Nunca estava sozinha. Meu coração palpitava em um misto de alívio e culpa, era terrivelmente torturante. Eu tentava entender o que tinha feito, e não suportava pensar nas consequências que isso causaria. Eu não havia apenas salvado minha filha como também havia salvado as almas de Set e Apófis dentro dela e , juntamente com tudo isso, quebrado meu juramento com Natália. Eu não podia imaginar o ódio que a garota devia estar sentindo de mim nesse momento mas eu não consegui tolerar a ideia daquela luta estar acontecendo. Eu não aguentaria perder Kebechet, assim como não poderia perder Natália. -O que... - Antes que Kebechet pudesse terminar eu avancei sobre ela puxando-a para meus braços. Vi um espasmo correr pelo corpo de minha filha, enquanto seu cheiro nostálgico adentrava minhas narinas. Soltei um gemido dolorido, apertando-a mais em meu abraço ao mesmo tempo em que minha mente enchia-se de memórias do passado.

~~~Flash Back on~~~

–Veja só... Estou bonito, não? Isso é o que se ganha quando se é o melhor jogador de Senet dos quatro cantos do Egito - Gabou-se Khonsu passando os dedos pelo cabelo negro. O mesmo sorriu alegre fazendo-me revirar os olhos.

–Eu deveria contar a seu pai ou a Rá o que está fazendo, seu deus sujo - Falei semicerrando os olhos. Khonsu parou de sorrir, encarando-me com uma sobrancelha arqueada.

–Não contaria pra eles, não é? Quer dizer...É o mundo das apostas, Inpu! Nem Amon, nem Rá podem ficar entre mim e esse mundo magnifico! Me privar de jogar é como privar Hórus de guerrear, é impossível! Eu e meu tabuleiro de Senet somos como unha e carne. Ninguém nunca vai nos separar.

–Se eu fosse você não seria tão presunçoso, Khonsu - aconselhei retirando com cuidado o elmo de minha cabeça.

–Hm, e porque não seria? Ganhei três almas só essa semana! - Vangloriou-se o deus da lua fazendo-me bufar.

–De forma suja e cruel, com jogos! Está roubando a vida das pessoas em cima de seus vícios! Quer fazer uma aposta? Pois bem, faça comigo... Aposto sua vida que ganho mais almas que você ganha no mês em apenas um julgamento!-Falei. Khonsu bufou erguendo os braços em sinal de rendição.

–Está bem, está bem... Deuses! Não a como conversar com você, Inpu. Ainda mais depois de uma de suas audiências. Hunf...Olhe para você: Todo rígido, com essa expressão cruel e tremendo por causa do êxtase que tem em matar! E o pior em tudo isso, cheio de sangue! Por favor...Vá se lavar. Nem parece que tem uma esposa em casa - Reclamou, repuxei um sorriso olhando-o desafiador. Realmente eu estava me sentindo em êxtase. As duas almas julgadas não foram o suficiente para saciar meu desejo de matança, e isso me deixava agitado. Eu sentia meu poder aumentando, fazendo minha pele formigar e meu eu verdadeiro pulsar dentro de mim. Eu sempre tinha problemas em me controlar uma vez que eu começava a sentir essa sensação dentro de mim . E queria mais, sempre mais e mais, daquela sensação deliciosa.

–Deixe que eu mesmo me entendo com minha mulher, Khonsu. Mas se quer saber Anput assisti todos meus julgamentos e se sente bem orgulhosa por seu marido ser um dos deuses mais poderosos do mundo.

–Ha, exibido!Quem está sendo presunçoso agora?!-Resmungou fazendo um biquinho chateado- Saiba que deixo minhas concubinas muito orgulhosas também.-Joguei a cabeça para trás rindo descaradamente. Khonsu era um sujo, um deus jogado na vida. Diferente de mim , que tenho uma esposa e uma filha, ele não tem nada. Vive apenas de prazeres , é um sem caráter de primeira.

–Deuses, ainda estou imaginando porque continuo falando com você, Khonsu.

–Não negue seus sentimentos, Inpu... Confesse seu amor por mim logo - Falou Khonsu piscando os olhos.

–Ah, cale essa boca! - Ri -Deuses, estou atrasado para uma reunião com Osíris, então saia logo daqui.

–Oh-oh...Desculpe se não sou tão importante como você, chacal -Rebateu sorrindo de lado -Bem, acho que essa é minha deixa. O deus dos mortos me assusta e sempre me dá um grande sermão quando me vê. Então, até logo, In...-Antes que Khonsu pudesse terminar uma das portas de onde estávamos se abriu fazendo um forte barulho. Viramos juntos em direção a ela vendo um de meus servos adentrar a sala as pressas.

–M-meu, s-s-s-senhor!-Gritou, fazendo Khonsu cobrir as orelhas com as mãos.

–Ah, não grite! - Ordenei alto, fazendo o homem se encolher -Quem acha que é para adentrar minha sala desse jeito?! Sem ao menos bater ou pedir licença!

–E também, sem se curvar diante do convidado.-Acrescentou Khonsu, olhando irritado para o homem.

–Mil perdões, ó grande Inpu! Me puna depois, meu mestre, mas o que venho dizer é de estrema importância!

–Se é tão importante assim, oque está esperando? Diga! - Mandei.

–A boatos, meu senhor... Boatos horríveis que envolvem o nome de sua filha, a senhora Kebechet.

–Estão difamando minha Kebechet?! - Perguntei sentindo meu sangue esquentar -Fale logo!

–Isso não importa meu senhor! O que vim dizer é ainda pior! O grande Rá, senhor do sol, diz que irá matar Kebechet em seu barco essa tarde! - Gritou estérico. Arregalei os olhos sentindo meu peito dar um solavanco. Aproximei-me ameaçador de meu servo fazendo-o tropeçar em seus próprios pés.

–O que...Você disse?!

–Oh, meu senhor...Não me mate... - Implorou o homem -Isso é tudo o que sei, me perdoe!

–Espere, isso não faz sentido! Porque Rá mataria Kebechet sem motivo? Ah algo de errado nessa história! - Falou Khonsu incrédulo. O deus da lua virou-se para mim.

–Ouça bem suas palavras, servo. Tem certeza do que diz? - Questionei.

–Sim, meu senhor! - Exclamou com a voz tremula -Todos dizem que Rá irá sacrifica-la por um pecado, mas ninguém sabe dizer qual! - Trinquei o maxilar irado, virando-me de costas para todos na sala.

–Quem eles acham que são para me desafiar dessa maneira?! - Rugi -Estão mesmo ameaçando minha única herdeira?!

–Inpu, o que vai fazer? - Perguntou Khonsu.

–O que mais? Irei salvar a minha filha!

–Se quiser posso ir com você...

–Não, eu irei sozinho.- Rosnei, desaparecendo em um portal logo depois.

(...)

–Inpu, não faça isso...! - Empurrei Osíris com raiva afastando-o de perto de mim.

–Não se meta em meus assuntos, minha filha está la dentro!- Protestei. De longe eu ouvia os gritos raivosos de Rá, sentindo-me cada vez mais nervoso. Sai correndo pelos corredores do grande barco do sol, adentrando o quarto onde o deus do sol estava me deparando com uma cena pra lá de confusa.

–Como ousa cometer tal pecado, enquanto veste o uniforme de tenente das minhas tropas! - Berrou Rá a centímetros do rosto de meu pai, Set. Franzi o cenho não entendendo oque acontecia. Set estava de pé ao lado de uma cama extremamente bagunçada, trajando apenas um saiote mal colocado. O deus do mal era segurado fortemente por dois guerreiros do deus do sol, que riam descaradamente a cada xingamento que Rá dirigia a Set -Eu devia imaginar que dar a você o titulo de tenente de meu exército seria a pior erro de minha vida, eu devia mata-lo...

–NÃO! - Gritou uma voz sofrida. Virei em direção a voz juntamente com Rá. Arregalei os olhos vendo Kebechet encolhida no canto do quarto, coberta apenas por um lençol. A garota estava em prantos e sua pele nua estava marcada por manchas roxas. Senti a dor de minha filha chegando em mim, dando meus primeiros passos em sua direção.

–Keb? - Questionei -O que está acontecendo aqui?! - Rá e os outros viraram-se para mim, percebendo só agora minha chegada.

–Ah, Inpu! Que bom que veio! - Exclamou Rá ironicamente -Presumo que não esteja aqui por acaso, não é?

–Eu perguntei, o que está acontecendo aqui? - Repeti -Kebechet...

–Olhe - Sr. Rá tomou a frente apontando acusador para minha filha que se encolheu -Depois de aceita-la em meu exército, depois da dedicação que tive em ensina-la a lutar e dar a ela um cargo sagrado em meu barco, olhe como ela me paga!

–Como? O que está dizendo sr. Rá?! - Questionei urgente.

–Mostre a seu pai, Kebechet. Deixe-o sentir o desgosto que é ter você como filha!

–Não fale assim! - Protestei irritado.

–Não falar assim?! Não sabe o que sua filha fez!

–Não, por favor... - Implorou Kebechet. -Papai...-Levantei a mão a calando, encarando Rá sem medo.

–Então me diga, sr. Rá. O que ira fazer eu me arrepender de ter tido Kebechet ? - Desafiei. Sr. Rá sorriu.

–Sua querida filha, Inpu, está se deitando com Set - Revelou sr. Rá simplesmente. Senti como se um soco fosse dado em meu estômago, deixando-me atônico. Kebechet soluçou alto, afogada em tristeza enquanto Set tentava se soltar.

–Oque...?

–Isso que você ouviu. Acho que não preciso repetir.-Senti a raiva me dominando e o puro ódio queimando em meu peito. Virei-me para Set sentindo meu chacal interior se debatendo, pronto para sair e arrancar a cabeça daquela maldito.

–Inpu... - Sorriu Set. Eu fechei o punho, enterrando-o no rosto do deus do mal.

–COMO PODE FAZER ISSO? COMO PODE CORROMPER SUA PRÓPRIA NETA DESSA MANEIRA?! - Berrei.

–Corrompe-la? - Riu Set, cuspindo sangue -Eu não fiz nada que Kebechet não queria, filhote. Eramos como Geb e Nut, um dependente do outro, você nunca entenderão a paixão que nos consumiu!

–CALE-SE! - Berrei - EU VOU MATA-LO!

–NÃO! - Cortou Kebechet. Virei-me incrédulo para minha filha vendo-a arrasta-se até mim.- Nada que ele disse é mentira. Eu te imploro meu pai, não machuque Set - Implorou, minha visão ficou vermelha, e pela primeira vez na vida senti vontade de matar minha própria filha.

–Como pode me pedir isso? - Perguntei -COMO PODE FAZER ISSO?! - Perguntei agarrando-a pelo braço, forçado-a levantar. Kebechet soluçou mantendo com dificuldade o lençol na frente de seu corpo nu.

–ME SOLTE! - Berrou.

–SUA VADIAZINHA, EU NÃO LHE ENSINEI NADA?! DESONROU O NOME DE SEU PAI ASSIM QUE DISSE ESSAS PALAVRAS! COMO PODE DEITAR-SE COM ALGUÉM COMO ELE?! - Rosnei apontando para Set.

–Leve-o para longe daqui, agora! Quero Set longe do duat...Ele não pertence mais ao meu exército, a partir de hoje ele está exilado! - Ordenou Rá parecendo não ver minha discussão com Kebechet. Set foi arrastado para fora e Rá o seguiu, parando na porta alguns segundos antes de sair -E sobre você, Kebechet... Nunca mais apareça nesse barco novamente, ou não te pouparei novamente. Sua sorte é que seu pai apareceu e desse modo, deixarei esse assunto com ele. Boa sorte. - O deus do sol saiu fechando a porta atrás de si, deixando-me sozinha com Kebechet. A garota tentou soltar-se de mim, debatendo-se fortemente. Eu rosnei a segurando com mais força.

–Ainda não terminamos!

–O que quer de mim?! - Questionou.

–Quero que me responda! Veja você, o cabelo bagunçado, sua pele cheirando a suor...Como as piores das prostitutas!

–Chega! - Gritou Kebechet, porém, eu não havia acabado.

–Sabe como Set é horrível, ele mata por diversão, é sádico, frio...

–E isso não te lembra alguém?! Ele é idêntico a você! -Cortou-me Kebechet. Meu corpo travou no momento que a deusa disse aquilo e não pude mais me conter. Minha visão se apagou e eu parti para cima de Kebechet, esquecendo por um momento que aquela se tratava de minha filha.

~~Flash back off~~

O remorso fez meus olhos doerem e um enorme desejo de poder voltar no tempo se instalou em meu peito.

–Me...solte! - Gritou Kebechet saindo de meu abraço -Oque acha que está fazendo?!

–Keb...

–Não, o que eu estou fazendo?! Eu odeio você! Nunca mais toque em mim!

–Keb, por favor, me perdoe...

–Não! -Kebechet! -Não se aproxime! Nunca mais... Ou eu te mato, assim como vou fazer com Natália Ramsés, eu te mato!

–Kebechet, por fav... - Antes que eu pudesse terminar Keb desapareceu transtornada em meio a uma névoa negra. Um bolo se formou na minha garganta e uma forte dor se instalou em minha cabeça. Sentei em meu sofá derrotado colocando a cabeça entre as mãos. Fiquei assim por alguns minutos até perceber a presença de alguém ali.

–Droga, Chacal, você ficou maluco?!

–Khonsu?-Perguntei. O deus da lua olhei-me chocado vindo até mim. O mesmo sentou-se em minha frente, assim como naquele dia.

–Que merda você está fazendo?! Quer perder sua vida?! Rá está irado, está quase trucidando Natália e vindo aqui pessoalmente arrancar sua cabeça.

–Eu não posso fazer mais isso, Khonsu...Eu não consigo mais.-Gemi.

–Não pode falar isso, Anúbis!-Exclamou o deus da lua.- Muitos caíram se você desistir Anúbis e uma dessa é a Natália. Por favor, não tire dela a vontade de viver e muito menos o direito de lutar! Ela é só uma criança, Anúbis...

–Se ela vencer eu perco minha filha, Khonsu...

–Vamos pensar em um jeito...Por favor, Anúbis. Eu te imploro.-Pediu Khonsu estendendo sua mão. Eu o encarei por alguns segundos sentindo milhões de sentimentos dentro de mim.

–Está bem...Eu irei.-Murmurei. Khonsu sorriu dando tapinhas em meu ombro. Deuses, me ajude.


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Notas finais do capítulo

ATENÇÃO, LEIA AS NOTAS FINAIS!!!!!!
Gente, essa história de entre Keb e Set não foi imaginação minha. Encontrei essa história na pagina do Wikipedia (https://pt.wikipedia.org/wiki/Kebechet)
Porém, a história é pequena então dei o toque Nath Di Angelo nela e tcharam!
Eai, Gostaram? Odiaram?
Desculpem os errinhos Ta? E me mandem Reviews :D