Meu sonho escrita por May Cristina


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ^^



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– Eu quero três sabores, moça!! – sorrindo eu disse.

– Quais? – disse a moça.

– Chocolate branco, flocos e leite condensado.

Havia uma sorveteria ao lado do supermercado onde eu fui cruelmente machucada por uma quina que eu nem sei de onde saiu. Thomas me ajudou a andar, mesmo que eu tenha falado com ele várias vezes que eu estava bem e era um machucado, de tão pequeno que se parecia com um mosquito.

– Nossa, não acha que dois sabores estão ótimos? – Thomas fechou a cara.

– Eu quero três, meu querido! Que se dane a dieta e a sociedade hipócrita!!! – levantei uma mão e fechei o punho. – Por um mundo onde três bolas são aceitas!

– Ok, chega dessa revolução e deixa eu pedir o que eu quero – ele abaixou minha mão.

A moça tinha me dado o sorvete então eu fui sentar.

– Eu quero dois sabores: maracujá e limão com chocolate.

– São 3 então, filhão! - gritei.

Na mesa havia 3 sabores de cobertura: morango, chocolate e leite condensado. Fiquei em dúvida, não sabia se colocava de chocolate ou os outros, então esperei Thomas chegar para ele me ajudar.

– Thomas...

– Hm?

– Qual cobertura eu coloco?

Ele pegou a cobertura de chocolate e colocou por cima do meu sorvete.

– Prova e vê se está bom – ele disso.

Provei e estava UMA DELICIA!

– Além de ser meu herói, é mestre nas coberturas – peguei um pouco do sorvete. – Prova!

Ele abriu a boca e deixou que eu colocasse o sorvete dentro dela. Ele sorriu e eu abaixei a cara pensando no que acabei de fazer. Acho que estou ficando maluca.

– Agora – ele levou o copinho de sorvete para perto do meu. – Escolha um sabor de cobertura e coloque no meu.

Uai, se eu não sei nem escolher o meu próprio sabor, imagina dos outros? É cada coisa que eu tenho eu fazer... Ok, acho que se eu colocar um pouco da cobertura de morango, muito de chocolate e médio de leite condensado... É isso que vou fazer!

– O que você fez no meu sorvete? – Thomas ficou bravo

Opa... Virou mesmo uma lavagem.

– Você ao menos provou? – falei.

– Vamos testar... – ele pegou o sorvete e tomou.

– E ai?

– Vem cá!

Aquele maldito puxou meu rosto e apertou minhas bochechas com uma mão fazendo eu ficar com um biquinho, e então, ele enfiou uma colherada do sorvete na minha boca.

É, o sorvete estava muito ruim. Ele até me fez comer a parte de cima toda.

– Eu vou vomitar esse sorvete na sua cara. -falei

– Me dá isso aqui!

Terminamos e fomos pagar a moça.

– E quem de vocês vai pagar? – a moça disse sorrindo. Achei o sorriso meio forçado.

– Esse garotão aqui, moça! Ele é um homem muito bom e honesto. – arredei Thomas para perto da mulher.

– Seu namorado que tem que pagar mesmo, onde já se viu a dama pagar um sorvete? – disse a moça.

Namorado? Ela está é pirando! Por que todo mundo acha que namoramos? Mas não vou deixar ela sem graça.

– É, eu concordo! Vamos, amor, pague a conta!

Thomas me olhou entendendo tudo, como daquela vez no shopping. Coitado, vai ter que pagar tudo, ninguém mandou inventar essa desculpa pra mamãe... Se vira, garotão!

– Amor, da próxima vez eu te deixo para lavar os pratos – Thomas deu um sorriso falso.

A moça estava feliz da via, parecia que não via um “casal” a séculos. Thomas teve que pagar tudo calado, sabia que ia me dar uma bronca na saída, já preparo meus ouvidos.

– Agora quero ver o beijo!! – a moça disse. Tá maluca, mulher?

– Hein? – falei.

– Hm? – ele falou.

Ela apoiou os braços no balcão e colocou as mãos debaixo do queixo, fez uma carinha fofa.

– São vergonhosos? Não tem problema, um beijinho no rosto só, bem rapidinho...

Ai, meu Deus... Olha que situação, não posso fugir?

– Tudo bem...

– Mas...

Thomas me puxou pela cintura e me deu o beijo no rosto.

Meus olhos brilhavam, meu rosto ficou vermelho, minhas pernas ficaram bambas e a única coisa que eu conseguir dizer após aquele “Mas...” foi:

– Tchau...

– Tchau, pombinhos! Voltem sempre! – aquela imprestável falou.

Um beijo... Não um beijão, um beijinho no rosto.

Seguimos caminho, calados, como dois mudos ou estranhos. Fiquei tentando planejar algo para me vingar daquela sorveteira de uma figa. Vejamos... Eu paro de ir lá ou finjo que tem uma formiga no meu copo? Não, não vou ser má a esse ponto. Da próxima vez eu vou sozinha.

– Você é muito idiota – começou Thomas. – Por que inventou aquilo?

– Pra ela não ficar sem graça, ora!

– Usou a minha tática com a velhinha?!

Assenti e percebi que a chuva estava engrossando.

– Thomas...

– Oi?

– Como era sua ex-namorada?

Ele parou, olhou para baixo e começou a falar:

– Ela era como você... Na verdade era mais calma e tranquila, não era tsundere como você é.

– Continua... Fale mais coisas.

– Ela odiava sorvete – ele sorriu. – Amava artes e adorava fazer compras.

Poxa, nessa parte ela é totalmente ao contrário de mim.

– E seus pais? – perguntei.

– Hm?

– Eles aceitaram na boa? Lucas gostava dela?

Thomas gargalhou e colocou a mão em cima da minha cabeça.

– Meus pais amavam ela. Apesar da nossa pouca idade, erámos completamente namorados. E uma coisa – ele tirou a mão da minha cabeça. – Lucas odiava ela.

Serio??? AAAH, LUCAS SEU FOFO!!! É isso ai, bate aqui!!! Ah, é...Esqueci que ele não está aqui.

– Lucas não é de falar, mas se eu te contar algo... – disse Thomas olhando para mim. – Ele gosta muito de você. Desde o primeiro dia que ele te viu, ficou contente em saber que ia ter uma vizinha legal. E ele sempre fala comigo...

– O que?

– Que – Thomas ficou vermelho. – Te considera como uma cunhada.

Fiquei parada e meus olhos estavam brilhando. Eu estava ouvindo direito? Sim, o Luquinha gosta de mim e me considera uma cunhada! Apesar que é meio estranho ele achar isso com aquela idade... Eu não sei o que falar. Não sei se é bom ou ruim.

– Vamos logo para padaria comprar um curativo – ele me puxou.

Compramos o curativo e fomos para casa. Tivemos que subir um morro do caramba mas eu estou bem. Tomei um banho para tirar aquela água de chuva misturada com creme de cabelo... E também para tentar colocar minha cabeça em ordem. A palavra “cunhada” não sai da minha cabeça. O beijinho no rosto também não e muito menos o quase beijo que dei no Iago.

Quando fomos dormir, eu coloquei minha camisola de ursinhos, eu não tinha opção, as outras mais decentes estavam lavando e tive que colocar essa porcaria. Esperei Thomas desligar a luz e fechar os olhos para sair correndo e deitar na minha cama sem ser percebida.

– Gostei dos ursinhos! – o infeliz do Thomas disse.

Erro na missão. Esse menino tem olhos nas costas.

Joguei o travesseiro na cabeça dele e mandei ele ir dormir na sala. Felizmente ele pegou o colchonete e disse que ia. Não pude deixar de notar a bermuda de carrinhos.

– Amei seus carrinhos! – falei, por desaforo.

Ele jogou um travesseiro em mim e se foi. Pior para ele, agora tenho três travesseiros.

Fim do capítulo 18.


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Notas finais do capítulo

Tsundere: É uma pessoa de personalidade agressiva e depois altera pra amável.

Até o Lucas apoia os dois >< Até o próximo capítulo u3u
Comentem ai :DD



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