Nossas Almas escrita por Carol S
Notas iniciais do capítulo
Esse é o começo de uma linda história de amor...
Um ano nunca foi tão difícil para Lyssa suportar, mas graças a Deus, tinha sua melhor amiga Alice, que a entendia mais que ninguém e que deixava tudo muito mais fácil.
A jovem divide a casa com sua tia Mary, desde que seus pais seguiram viagem, com o intuito de percorrer todo o mundo e a deixaram ali. Tia Mary, por sua vez, era bastante controladora, e esse fator era algo que a incomodava muito.
Apesar dos infortúnios de sua vida, Lyssa e Alice passavam um bom tempo juntas, aprontando e se divertindo como nunca. E, por esse motivo, apenas Alice sabia da paixão que a garota desenvolveu pelo jovem Igor Viddal, filho mais velho e talvez o mais mimado de um empresário do ramo têxtil.
Lyssa estava encantada por seu sorriso misterioso, por seu olhar intenso e por sua postura fria de lidar com pessoas que não eram de seu circulo. Quer dizer, o cara era algum tipo de badboy, mas quem não se apaixona por badboys, certo?
Apesar de amá-lo de tal forma, o rapaz sempre se manteve em sua própria bolha social, jamais notando a existência dela.
Mas Lyssa era tão desesperada por sua atenção que, dando ouvidos a sua querida amiga Alice, ela partiu em uma aventura até a casa de uma vidente local.
Seu nome era Samarys e sua casa era bem comum, para a surpresa de Lyssa. Seus enfeites eram dignos de uma mulher com mais de cinquenta anos. Um quadro de flores pintado a mão, como os que se vendem nas ruas, uma mesa de centro com um jarro e xícaras de chá em uma bandeja e uma cesta com fios de trico.
– Você é a tal Lyssa Greenberg? - disse Samarys, ajeitando o óculos em cima do nariz.
– Eu nunca fui do tipo que acredita em vidência... Como sabe meu nome, senhora? - perguntou Lyssa, tremula.
– As vozes me disseram. Eles estão por toda a parte, sabe? Me dizendo coisas. Falaram que a senhorita precisaria de mim, mais de uma vez. Estou certa ou errada? - Samarys pegou uma xícara da mesa e colocou em suas mãos. Lyssa cheirou e tomou um gole. Ela colocou na cabeça que era coincidência, mas era chá de hortelã. O único chá que ela conseguia beber.
– Acredito que esteja certa. Apesar de achar que não voltarei aqui tão cedo. Talvez eu volte um dia, quando suas previsões se cumprirem - ela tomou mais um pouco do chá, depois devolveu a xícara a Samarys e agradeceu - Estou aqui porque me disseram que...
– Pare! Não é assim que a vidência funciona, meu amor. Me basta pegar sua mão e deixar que os espíritos façam o resto, está bem? - interrompeu-a.
As duas sentaram em um sofá velho, cheirando a poeira, e Samarys tomou sua mão, apertando-a tão forte que Lyssa sentiu que seu sangue parou de circular. Ela pensou em articular algo, mas, quando olhou para o braços de ambas, atado um ao outro, percebeu que as duas estavam tremendo.
Assustada com o fenômeno, Lyssa tentou puxar seu braço de volta, mas sentiu um choque percorrer seu corpo e, sem saber como ou porque, ela sabia que Samarys estava baixando seus pensamentos e suas lembranças de dentro de sua cabeça. Tudo relacionado a Igor. Tudo o que ela sabia. Todas as suas lembranças estavam agora na mente de Samarys.
– Você não faz ideia, faz? - Samarys a soltou em um solavanco e a olhou com admiração.
– O que? - arrependida de ouvir sua amiga desmiolada, Lyssa se levanta do sofá mais que depressa e sente seu corpo tremer, fraco pela repentina desconexão - Quer saber? Foi loucura vir aqui. Eu posso pagá-la - abriu a mochila e puxou a carteira, tremula - Mas não quero saber.
– Sente-se! - Samarys a puxou novamente para o sofá - Você não faz ideia do quanto o ama, faz? É como se seu dia só melhorasse quando você chega na escola e o vê, estou certa? Seus olhos, sua boca, seu corpo, sua voz. É tudo maravilhoso para você. É amor verdadeiro, Lyssa, mas você pensa que não merece.
Samarys chorava, se lembrando de tudo o que viu e o que sentiu. Lyssa sentiu vontade de chorar também, mas o desconforto no estomago foi bem maior.
– E o que você viu, Samarys? - mas, em vez de respondê-la, Samarys se levantou e foi até a gaveta da cômoda na sala e tirou de lá um cordão com uma pedra rosa tipo diamante na ponta.
– Para viver o amor ao qual foi destinada, Lyssa, use esse cordão e o mantenha sempre perto de seu coração. Tudo será revelado a você logo logo. Foi um prazer conhecê-la, querida - ela não entendeu o porque, nem o que tudo aquilo significava, mas vestiu o cordão no pescoço e o manteve bem em seu coração.
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Como eu disse, bem curtinho... Deixem sua opinião e obrigada pela leitura...