Ela não está tão a fim de você escrita por ariiuu


Capítulo 10
Quando no fim tudo desmorona


Notas iniciais do capítulo

Já vou logo pedindo um trilhão de perdões pelo mega atraso de mais de três meses, mas aqui estou eu, ressuscitando a fic mais uma vez.
A história toma um rumo inesperado e agora parece que a relação entre o casal principal ficou ainda mais sinistra. Acompanhem pra saber. Desde já ignorem os erros até que eu conserte tudo ;D



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“Quer conhecer um homem? Deixe-o bêbado. Quer conhecer uma mulher? Deixe-a com raiva.”

Havia se passado cinco dias desde que Nami visitou Law em seu consultório para pegar o endereço de uma companhia de turismo na cidade onde a Baroque Works faria uma escavação.

A ruiva entrou no elevador do prédio onde trabalha, com uma cara tediosa de sono e um mal humor esmagador.

Enquanto apertava o botão do andar onde desceria, a porta estava prestes a se fechar, porém...

Um homem extremamente alto e vestido impecavelmente num terno cinza, segurou a porta e adentrou no elevador.

Nami sequer olhou para seu rosto. Estava tão mal humorada, que nada passava percebido diante dos seus olhos. Eram tantos motivos de se encontrar irritada.

Em primeiro lugar: Nojiko. Sua irmã lhe cutucava todos os dias, dizendo que ela não aguentaria tanta pressão e que era melhor ir para Bélgica morar com Bellemere.

Em segundo lugar: Zoro, que insistia em fazer papel de irmão mais velho e se metia em seus assuntos pessoais.

Terceiro lugar: Seus amigos. Koala, Camie e Vivi se metiam tanto em sua vida, que estava ficando insuportável ter que aturá-las. Sem contar ter de aguentar as bizarrices de Luffy e a paixonite desenfreada de Sanji, além do desconforto em ter que fingir que Ace não estava ali, depois de tudo.

Trabalho e faculdade só lhe preenchiam a mente, de uma forma que até esquecia seus problemas.

– Unf... – Nami suspirou impaciente, enquanto cruzava os braços e se encostava na parede do elevador.

Os andares foram passando, até que ela ouviu uma voz.

Com licença...?

A ruiva ergueu o rosto e olhou para o dono da voz que lhe chamara. Antes que pudesse perguntar o que ele queria, o mesmo apenas continuou.

– Por acaso a senhorita trabalha no escritório da Baroque Works?

Nami agora pôde observar melhor o tal homem. Ele tinha cabelos louros iluminados e desgrenhados, porém, os óculos com um formato excêntrico apenas complementavam o aspecto misterioso, além do terno que parecia ter custado um milhão de dólares.

– Sim. – Ela respondeu ríspida. Era óbvio, pois a mesma vestia a camisa com o emblema da empresa.

– Eu estou indo para o escritório agora mesmo, mas como estou sem tempo, você poderia me informar o número do andar e da sala do RH?

– Recursos Humanos...? Bem, o andar é o trigésimo quarto, mas o número da sala eu não me recordo.

– Tudo bem. Acredito que não será difícil achar o departamento de RH, já que o andar é o trigésimo quarto. Obrigado. – O homem respondia com muita polidez e cortesia. Nami se sentia mal por ter esbanjado uma postura contrária, logo quando o mesmo entrou no elevador. Sua cara de zumbi já mostrava o seu incrível mal humor.

– Aah... Será que eu poderia ajuda-lo em algo...? Digo... O senhor está procurando por alguém em especial? Gostaria que eu lhe acompanhasse até lá? – A ruiva agiu logo com educação por instinto. Ninguém tinha nada a ver com seus problemas, logo ela não podia sair por aí mostrando uma cara birrenta e dar respostas mal educadas.

– Bem, já que a senhorita mencionou, sou amigo do presidente da empresa e lhe pedi um favor. Acha que poderia me ajudar? – Ele respondeu e fez mais uma pergunta. Nami se impressionou ao ver a modéstia daquele homem que parecia ser alguém importante e até mesmo influente. Porém, ela não o conhecia de nenhum lugar.

– Claro que sim! Ficaria feliz em ajuda-lo! – Ela sorriu simpaticamente.

– Eu estou procurando por um profissional específico, para um projeto a longo prazo em uma de minhas empresas.

– Um cargo específico? Qual área?

– Irei direto ao ponto... – Um brilho enigmático refletiu pelos óculos dele e Nami se sentiu incomodada.

Eu estou procurando por um profissional em... Cartografia. – Por fim ele completou e a ruiva abriu os olhos de uma forma assustada.

– O senhor procura alguém que desenhe mapas? – Ela perguntou, ainda espantada.

– Exato.

Nami ficou em silêncio por um tempo, até ser interrompida pelo som da porta abrindo no andar onde desceria.

Ela não cruzou a porta, e por mais que precisasse ir diretamente para a sua sala, sabia que se não desse uma resposta para ele, provavelmente se arrependeria pelo resto de sua vida.

A ruiva se virou, segurou a porta do elevador e o encarou firmemente.

– Senhor... Se precisa de um profissional em cartografia... Conheço alguém especialista nesta área.

– É mesmo? Onde poderia encontrá-lo?

Aqui e agora. – Respondeu rapidamente.

Era possível notar uma expressão séria por trás dos óculos do homem, e naquela altura, Nami já não sabia se era espanto ou admiração pela ousadia dela.

Mas a reação dele foi positiva, pois o mesmo passou a sorrir abertamente.

– Senhorita... O que acha de marcarmos um jantar de negócios ainda hoje?

– O que o senhor desejar. – A ruiva sorriu ambiciosa.

– Certo, então nos encontramos ainda hoje no La Revoir às nove da noite.

– Com certeza estarei lá.

– Então nos vemos mais tarde e... Fique com o meu cartão. – O loiro retirou um cartão de seu bolso e entregou para a ruiva.

Nami pegou o cartão e leu rapidamente o que estava escrito.

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JOKER – CEO – Dressrosa Weapons Company

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– Não se atrase. – A porta do elevador se fechou.

Ali, Nami viu a maior chance profissional de sua vida.

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Era cinco e meia da tarde e Law saía do prédio onde ficava seu consultório para se encontrar com os responsáveis pela investigação sobre um certo documento que estava escondido de seu irmão mais velho.

No caminho para o local onde marcara com todos, ele se encontrou com Bonney.

– Até que enfim você saiu! Sabe desde que horas estou te esperando aqui!? – A rosada berrou, totalmente desafinada, e todos que passavam no local acharam a cena esdrúxula demais.

– Onde você deixou seus modos? Na lanchonete da esquina? – Law passou pela garota e a deixou para trás, pouco se importando com que ela dizia.

– Olha aqui, eu não sou sua empregada não, tá sabendo!? Você me pede um favor e depois me deixa plantada aqui durante horas!? Por que proibiu minha entrada no prédio, hein!? Eu quase dei na cara do porteiro! – Bonney seguia Law enquanto andava chutando pedras e latinhas de refrigerante que encontrava pela calçada do prédio. A movimentação era grande, mas ela não parecia se importar com o que iriam pensar dela.

– Era só deixar a pasta que te pedi na recepção. Não precisava se dar ao trabalho de me esperar... – O cirurgião respondia friamente, como de costume.

– Ah, mas... Eu pensei que se esperasse, você poderia sair do prédio junto daquele seu amigo... – A rosada corou violentamente.

Law fez sua típica cara fria de apatia e nojo. Era obvio que ela se referia ao Eustass.

– Não se meta com o Eustass. Ele não é o cara certo pra você.

– Hmm... Está preocupado que seu amigo quebre o meu coração!? – Bonney deu um sorrisinho arrojado.

– Claro que não. Ele não é o cara certo pra você porque o bolso dele não vai acompanhar o seu apetite. Não quero vê-lo falido se você começar a sair com ele, então, procure alguém bilionário.

– Você é mau...! Por que será que ainda te considero como amigo...!? – A rosada começou a soltar lágrimas de crocodilo e por fim, Law soltou um riso abafado.

Apesar de sua guerra com seu irmão, ter amigos desmiolados como Bonney e Kid não era algo tão ruim.

Mas em meio as reclamações idiotas de Bonney, o celular de Law tocou. O número era desconhecido.

– Alô...?

– Sua voz continua tão fria e áspera mesmo depois de atender o telefone...

Law ficou em silêncio por um tempo e sua feição se desmanchou em ódio.

– O que você quer...?

– Se disser que sinto sua falta, você provavelmente não vai acreditar, então decidi te contar uma coisa interessante...

– Não estou interessado.

Mesmo...? E se eu disser que tem a ver com uma certa ruiva pela qual você está apaixonado...?

Os olhos de Law se abriram em espanto. Naquele momento, a pessoa atrás do telefone havia acertado seu ponto fraco.

– Law, aconteceu alguma coisa...? - Bonney estranhou o atual semblante do amigo.

– Seja lá o que você tem pra me dizer, se algo tiver acontecido com ela, saiba que não vou hesitar em te torturar lentamente, até que você implore pra morrer. – O tom de voz do cirurgião se difundiu em impiedade. Seus olhos resplandeciam o brilho obscuro de um animal feroz, prestes a matar sua presa da forma mais violenta que existia.

A rosada analisou aquele semblante letal e logo concluiu que só havia uma pessoa no mundo ao qual arrancaria aquelas palavras do mesmo.

Monet.

Não fique furioso! Mas sei que está curioso, então... Se quiser ver algo inacreditável hoje, vá ao La Revoir às nove da noite. Tenho certeza que você não se arrependerá... Ou melhor... Com certeza vai se arrepender...!

Law sorriu de um modo sombrio, insano e sagaz.

– Se não quiser ter seu pescoço degolado com meu melhor bisturi, é melhor que não me ligue mais. – E então ele encerrou a ligação.

– Era a Monet, não é? – Bonney estava séria. A pose de minutos atrás havia momentaneamente sumido.

– A própria. – Ele completou.

– Seja o que ela tenha lhe dito, ignore. Você sabe exatamente o que esperar dela.

– Eu sei, mas obrigado por me lembrar. – E então o cirurgião voltou a caminhar.

Mas Bonney constatou naquela hora que algo estava muito errado com ele.

Law não costumava dizer a palavra “Obrigado” para ninguém.

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– NOJIKOOOOOOOOOOOOOO!!! – Nami abria a porta do apartamento com muita pressa e desespero.

– O que foi Nami...? Achou o baú da felicidade é...? – A irmã da ruiva estreitou os olhos ao ver a cena da garota arrancando sua roupa na velocidade da luz.

– Eu tenho um jantar de negócios daqui há uma hora! Liga pro Zoro e pede pra ele me levar até lá! – A ruiva corria para debaixo do chuveiro.

– Vem cá... Você não se cansa de fazer do Zoro o seu criado?

– LIGA LOGO PRA ELE!!! – A garota serrou os dentes e fez uma careta demoníaca para a irmã, tamanha sua correria.

– Tá... Você que manda... – Nojiko deu de ombros enquanto pegava o telefone sem fio.

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– Senhor, o número de sua reserva...? – A recepcionista logo perguntou quando dois homens chegaram ao restaurante La Revoir.

– Não há necessidade. – O homem que Nami anteriormente havia encontrado no elevador, sorriu de modo sublime para a recepcionista.

A garota ao lado deu uma cotovelada violenta na recepcionista por não reconhecer os homens que adentraram ao local.

– Sir. Joker, por favor, me acompanhe até a sua mesa. – E então a garota acompanhou ambos para o local.

Ao chegar na mesa, o mesmo agradeceu.

– Por que o La Revoir? – Vergo, o homem que acompanhava Joker, perguntava sem muito interesse, já que Monet havia lhe adiantado tudo, horas antes.

– Aqui é um local especial. Pelo que soube, a nossa futura estagiária deu um bolo no meu querido irmãozinho. Isso não é hilário? – Joker sorria sadicamente enquanto Vergo mantinha a expressão imparcial de sempre.

– Você acha que ela vem?

– Com certeza. Ela parece ser uma garota ambiciosa. E também é uma ótima ocasião para reencontrar com Law depois de tanto tempo, não acha?

Joker sorriu maliciosamente sinistro.

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– OLHA AQUI SUA BRUXA, ESSA É A ÚLTIMA VEZ QUE SAIO NO MEIO DA NOITE PRA BANCAR O SEU MOTORISTA PARTICULAR PRA ENTREVISTAS DE EMPREGO!!!

Zoro bradava furiosamente da forma mais rabugenta que existia para com Nami.

A ruiva apenas soltou seu típico riso de deboche enquanto descia da moto do esverdeado de modo deslumbrante. Seu macacão social preto tinha a parte debaixo no estilo pantalona, além da sandália rasteira gladiadora sofisticada. Seu cabelo estava solto, porém um pouco úmidos por causa do banho. Ela também segurava uma bolsa carteira de couro também da cor preta.

– Não saia daí até que eu volte, ok? – A ruiva virou de costas e acenou um ‘tchauzinho’ de forma provocativa para ele.

Sua... – Zoro resolveu ficar calado, pois não adiantava teimar com ela naquele momento.

Nami caminhou até a recepção e disse que tinha um encontro marcado na mesa de Joker.

Então a garota da recepção a acompanhou até a mesa onde os dois homens estavam.

A ruiva não esperava que outra pessoa estivesse acompanhando Joker.

– Boa noite, senhor Joker. – A ruiva não entendia porque ele usava aquele nome em seus cartões, mas ainda assim não perguntaria.

– Senhorita Nami. – O loiro levantou da mesa e a cumprimentou, segurando sua mão e depositando um beijo de cortesia.

Aquilo foi subitamente imprevisível, mas de alguma forma familiar. Na mesma hora Nami se recordou de Law e seus artifícios polidos no ímpeto de conquista-la.

Mas ela internamente chacoalhou seu cérebro ao se recordar do cirurgião. Ela não queria que ele estragasse sua noite de negócios, ainda que fosse só por pensamento.

– Este é um de meus sócios, Vergo. – Joker apresentava o homem ao seu lado.

– É um prazer conhece-la. – A voz do mesmo era ríspida e curiosamente o mesmo também usava óculos, o que era totalmente estranho, pois ficava um pouco difícil descobrir as verdadeiras feições de ambos.

– O prazer é todo meu, senhor Vergo.

Os três se sentaram e pegaram o cardápio.

– O que gostaria de comer, senhorita Nami? – Joker perguntava entusiasmado.

– Ah... Bem... Acho que uma porção de arroz, salada e... Lagostas. – A ruiva olhava o cardápio, cuja culinária não era tão conhecida pela mesma. Ali provavelmente só serviam gororobas gosmentas e caras.

– Certo. Eu e Vergo ficaremos com o principal da casa. Há algum vinho em especial que queira?

– Bem... Eu gosto do vinho Inversenge da Bélgica... Mas não sei aqui tem... – Nami sorriu sem graça, temendo não parecer fina, o que era obvio, pois o porte dos dois homens na mesa era um tanto imponente.

– Então você conhece o tradicional vinho da Bélgica? É uma surpresa!

– Bem... o gosto é um pouco peculiar no começo, mas com o tempo é natural que se acostume. Ele é ótimo quando acompanho de... Ah... Alguns petiscos... – Nami se limitou em dizer churrasquinho de fim de semana do Sanji em sua casa.

– Vejo que a senhorita tem um paladar experiente. – Joker a elogiou.

– Nem tanto. Não costumo comer em restaurantes tão requintados.

– Quanta modéstia. Mas me diga, Sir. Crocodile está lhe pagando tão mal assim? – Mais uma vez o loiro parecia elogiá-la, mas Nami sentia como se o mesmo já estivesse traçando seu perfil desde que conversaram no elevador pela manhã.

– Não exatamente... Mas não estou na área que quero. Infelizmente, a área de cartografia é pouco explorada no país. Optei por Geologia, mas estou pensando seriamente em largar o curso e começar Meteorologia.

– Uma área magnífica. – Ele manteve seu sorriso clássico.

– Exato.

– Certo... Mas acho que devo ir direto ao ponto... – Joker mudou o tom de sua voz e Nami sentiu uma pequena constrição no estômago.

Vergo observava ao redor, esperando que alguém chegasse a qualquer momento.

Nami ficou em silêncio, esperando ansiosamente o que o loiro diria em seguida, afinal, não era todo o dia que alguém podia ter uma oferta de trabalho vinda de um homem com um porte tão prestigioso.

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Quanto quer para trabalhar comigo...?

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Por trás dos óculos, um misterioso brilho. Nami não sabia o porquê, mas se sentiu estranhamente mal depois da recente impressão da pergunta. Mas ela agiu como se nada tivesse acontecido.

– Quer o piso salarial de um cartógrafo? Qual seria a quantidade de horas?

O loiro então riu abertamente e de forma descomedida.

– Piso salarial? Você acha que vou me restringir à isso? Me diga quanto quer ganhar.

– O quê...? – Nami perguntou espantada.

– A quantia que pedir, pagarei, mensalmente, quinzenalmente, semanalmente, diariamente. O que desejar. Faça seu preço. Escolha o prazo de pagamento. – Joker mudou o sorriso. Dessa vez, parecia que algo muito caro estava em jogo. Nami não compreendia muito bem como uma oferta daquela havia sido oferecida para ela.

Seria sorte? Respostas às suas preces? Sua paciência com Luffy estava voltando em forma de dinheiro?

– Bem... Acho que preciso pensar a respeito... – Ela respondeu um tanto moderada.

– Não pense. Apenas me diga quanto quer. Não hesitarei em lhe pagar o que quiser.

– Mas... Você não conhece o meu trabalho. Por que pagaria o que lhe pedir sem ao menos saber se sou uma boa profissional?

– Eu tenho certeza que é. – Ele sorriu enigmático mais uma vez. A ruiva sentiu uma ponta de Deja Vu naquele sorriso.

O sorriso de Trafalgar Law.

Ela recuou por um momento, apenas por pensamento. Por que de repente o flashback de como conheceu o cirurgião no bar de Sanji veio em sua mente?

– Ah... Eu... – A ruiva não conseguiu dar uma resposta, e bem naquele momento...

Alguém muito conhecido pelos três na mesa, acabava de entrar no restaurante.

Seus olhos estavam imersos na cena que ele jamais sonharia em ver.

Joker e Vergo perceberam a chegada do mesmo, e então mais uma vez o loiro pressionou a ruiva.

– E então... O que me diz...? Há mesmo algo para pensar ou você está com medo de ser racional? Fique à vontade para fazer seu preço depois, mas preciso de sua resposta agora. Aceita trabalhar para mim?

A ruiva o fitou com seriedade, mas ao mesmo tempo surpreendida por suas palavras.

Ela não sabia porquê, mas recusar uma oferta, onde ela mesma faria seu preço, não era nem um pouco racional.

Então, finalmente tomou sua decisão.

Eu aceito. – Nami concluiu e...

Joker passou a rir desvairadamente.

A ruiva começou a ouvir passos pesados em sua direção, embora estivesse de costas para a entrada principal do restaurante.

Joker sorriu maleficamente enquanto seus olhos percorriam a imagem de seu irmão mais novo entrando finalmente na cena e então...

Puxando o braço de Nami com violência da mesa.

A ruiva se espantou quando abruptamente sentiu seu corpo sendo puxado da cadeira por ninguém menos que...

.

Law!?

.

O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI!!?

Nami sentiu seu pulso sendo puxado com muita força pelo cirurgião, como se a mesma estivesse cometendo o pior de todos os crimes.

– O-o quê você está fazendo!? Me larga! Está me machucando!!! – Ela tentou puxar seu pulso de volta, mas ele era muito mais forte do que ela.

Todas as pessoas que jantavam no restaurante pararam para assistir a cena estranha na mesa de Joker, que mais parecia o começo de uma briga.

Como você ousa... – O cirurgião olhou para a ruiva com muito desprezo. Seu olhar era sombrio e ao mesmo tempo feroz. Era como se a mesma tivesse aberto uma imensa cicatriz profunda na parte mais frágil de sua alma. Ele parecia vulnerável e ao mesmo tempo indestrutível, apenas com o olhar.

– Do que você está falando...!? Como sabia que eu estava aqui!? E por que está me tratando dessa forma na frente de todos!? – Ela perguntava alarmada, esperando por respostas. Respostas estas que ela temia, sem saber exatamente o porquê.

Nesse momento, Joker levantou da cadeira e finalmente ficou de pé em frente à mesa. Seu sorriso era malicioso e satírico.

– Mas que modos são esses, Law...? Largue o pulso da garota. – O loiro exigia, com um tom de deboche em sua voz.

Vergo continuava sentado, mas atento a qualquer movimento que Law fizesse.

Nami virou o rosto na direção de Joker, espantada com a recente fala.

V-vocês se conhecem...? – Ela perguntou, completamente assustada e não entendendo exatamente o que estava acontecendo.

O cirurgião encarou Joker com ódio e cólera. O furor de uma violenta tempestade e uma impiedosa avalanche. Ele era capaz de lhe fazer em pedaços ali mesmo.

.

É assim que você recebe o seu irmão mais velho depois de tanto tempo... Law...?

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E o sorriso petulante de Joker continuou por mais tempo.

– I-irmão...? Mais velho...? – Nami gaguejou, totalmente abismada. Se ele é o irmão mais velho de Trafalgar Law, então significava...

O cirurgião ainda segurava o pulso de Nami com muita força.

V-você... É Donquixote Doflamingo...?

– Vejo que já ouviu falar sobre mim... – E então, o famoso Joker da Dressrosa Weapons Company era Donquixote Doflamingo.

E irmão mais velho de Law.

– NÃO HAJA COMO SE NÃO SOUBESSE!!! – Law gritou furiosamente com a ruiva e ela por um momento se assustou.

Isto nunca tinha acontecido. Desde que o conhecera, ele jamais alterou a voz com ela. Ele jamais a tratou tão mal. Ele jamais contestou tudo o que ela lhe dissera de forma tão violenta e enfurecida.

– O que você quer dizer com isso...? Está insinuando que eu sabia...?

– Eu sabia que não podia confiar em você, mas por alguma razão, me deixei enganar por algo totalmente desconhecido. Você... Sempre foi uma incógnita pra mim... – O cirurgião deixou escapar, e seu rosto mostrava decepção, traição e aversão.

– Isso é novidade! Então o meu irmãozinho se apaixonou!? Veja como é o destino! Parece que minha futura cunhada trabalhará para Dressrosa Weapons Company a partir de agora!

O quê!? – Law se encontrava ainda mais abismado do que antes.

– E-eu, não é o que você está imaginando! Eu não sabia que ele era o seu irmão e-

Law largou o pulso de Nami com muita força e pressa.

Era nítido que naquele momento, tudo o que ele sentia por ela era...

Decepção.

Você... é desprezível...

Essa foi a última coisa que o cirurgião disse à ruiva antes de dar as costas à ela e sair do local, rumando para o corredor que o levaria para a porta dos fundos do restaurante.

Naquele momento... Nami se sentiu engolida por um suspiro, no ímpeto de gritar o nome dele de volta.

Mas seu coração não lhe segurou e ela correu. Correu para onde ele estava, e então...

Dessa vez era ela quem segurava seu pulso, impedindo-o de ir.


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Notas finais do capítulo

Nami correu atrás do Law! E agora? Vai acreditar nela ou vai mesmo acontecer a maior guerra a partir de agora? Preparem-se, pois no próximo haverá a pior discussão dos dois até agora! A coisa vai ficar preta, séria, quente e aparentemente irreversível! 8D
Até o próximo (prometo que vou tentar ser mais rápida).