Ordem de Lis escrita por synchro


Capítulo 6
Lockharts / Um golpe de estado?


Notas iniciais do capítulo

Gente, comenta ai, se curtiu os capitulos, manda um review e sai desse modo fantasma de viver!



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Esse ai é o mapa do meu mundo, pra quem quiser dar uma olhada, eu tenho ele em imagem maior e melhor definiçao, então só pedir nos reviews.

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Enquanto o capitão e os marinheiros esperavam os navios se aproximarem, os Lockharts terminavam de colocar os equipamentos de batalha básico dos nobres. Uma armadura de malha, um escudo leve, uma perneira de placa e uma espada.

Niela usava uma longa espada de gume único, com uma leve curvatura para dentro e empunhadura com tecido entrelaçado. Jay carregava na bainha uma rapieira fina e elegante, com um metro e meio de lâmina. Claramente aquela espada combinava com ela, era bela, ágil e hipnotizante, mas mortal. Tiemon terminava de colocar uma espada de duas mão, quase tão longa quante ele, nas costas. Mas o trunfo do herdeiro do nome Lockhart era uma arma que ele havia roubado do pai alguns anos atrás. Tinha atirado poucas vezes, principalmente pela falta de munição, pois o pai havia trancado o estoque após o roubo e Tiemon tentou preservar tudo daquilo que ele conseguiu carregar de munição no roubo.

Então colocou a arma no cinto e chamou as irmãs para fora.

– Qual a situação capitão? - Niela perguntou calmamente para ele.

John avançou e se virou para Niela.

– Nós vamos ter distância para atirar em alguns minutos, mas só poderemos atirar em um deles, já que é quase impossível mover essa arma para o outro lado do convés.

– O.K., isso será suficiente. Mande seus homens prepararem as armas que tiverem e deixá-las por perto.

Dez minutos depois o navio entrou no alcance da linha de tiro e Jägger deu as explicações de como atirar para um marujo e como recarregar para outro.

– Eu vou calcular o vento e lhe dizer as modificações que você deve fazer na mira, por isso não posso atirar.

Jay ouvia curiosa as instruções.

– Calcular o vento? Pra que e como você vai fazer isso?

– Na verdade o vento pode alterar a trajetória do projétil, assim mesmo que você mire perfeitamente vai acabar errando, e por isso eu vou calcular a velocidade e direção dele e dizer as mudanças que ele deve fazer na mira.

– Entendi, parece difícil. – Jay estava fascinada com a inteligência daquele homem.

– Não depois de praticar, vamos lá.

O marinheiro número dois carregou a arma e puxou uma alavanca, resultando num barulho de algo caindo dentro da arma. O marinheiro número um então levantou a base da arma o máximo e conseguiu com uma mão e com a outra destravou pequenas rodas que permitiam que o canhão andasse como um compasso, assim podendo mirar. Ele afirmou estar pronto e Jägger o mandou abaixar um pouco os pés da arma, que consistia em soltar as travas do tripé base e deixar a arma descer, travando depois, e então o primeiro tiro foi dado.

Errou por quase vinte metros pra direita, mas isso não abalou o engenheiro, que rapidamente falou para o número um mover trinta centímetros para a direita, assim a parte da frente iria para esquerda. O segundo tiro passou raspando, mas ainda para direita.

– Mais dois centímetros. – O engenheiro sorriu.

O segundo marinheiro pegou as duas cápsulas vazias do convés e iria jogá-las no mar quando Jägger o impediu.

– Elas podem ser reutilizadas. – Ele virou para o primeiro. – Pode atirar.

O terceiro foi o tiro da sorte. Atingiu e partiu o mastro principal, que se inclinou abruptamente para o lado, inclinando também o navio todo. Quando os homens foram tentar cortar as cordas que prendiam o mastro o pavio do projétil chegou na pólvora, causando uma explosão audível, matando três homens instantaneamente e ferindo cinco gravemente. O mastro continuou preso e levou todo o navio a afundar.

A comemoração foi alta, marinheiros gritando e cantando no convés, as meninas dançando e até mesmo o capitão mandou distribuir rum a todos, mas infelizmente a alegria não durou muito.

Enquanto todos prestavam atenção no navio que afundara, o outro havia feito de tudo para se aproximar mais rápido e tinham conseguido, no momento em que perceberam ele já lançava ganchos com cordas que se prendiam na amurada e uniam os dois navios. Levou pouco tempo para se recuperarem do susto, mas foi tempo suficiente para que metade da tripulação pirata trocasse de navio gritando e brandindo armas. Assim que os marinheiros conseguiram se reagrupar em torno do capitão e de seu irmão, o resto dos piratas também trocou de navio e avançou.
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Cornelius e Maia estavam nus na maior piscina da fonte quente do jardim do palácio de Alfhéim.

– Você acha que seu pai vai aceitar essa criança antes do casamento? – Ela se aproximou e o abraçou, recostando a cabeça no ombro dele.

– Era por isso que eu queria adiantar o casamento o mais rápido o possível.

– Eu sei que meu pai já aceitou isso, ele só está nervoso. - Ela relembrava da reação que o pai teve quando falaram sobre a gravidez.

– Tudo bem, tudo bem. Por enquanto vamos apenas aproveitar que estamos no lugar mais bonito do castelo e relaxar. - Cornelius levou seus lábios ao pescoço à mostra dela, dando beijos leves e então aumentando o ritmo até sentir as unhas dela se cravarem em suas costas.

– Cornelius, aqui não, por favor.

– E que melhor lugar pra isso do que aq...

Ele foi interrompido por um grito vindo do palácio, então um segundo, um terceiro e então uma sinfonia de gritos teve início. De todos aqueles gritos, um deles se destacou, seja por parecer mais perto ou pela urgência dele.

– Filho, fuja do palácio, saia da cidade, leve Maia daqui com você, agora! - A voz morreu subitamente, assustando tanto o garoto quanto a garota, os dois rapidamente saíram da água, pegaram suas roupas e sem ter tempo de vestí-las correram para a saída do castelo.

Infelizmente a saída estava com muito mais guardas que o habitual, e bem mais agitados.

– Eu não acho que eles vão nos deixar sair tão facil, especialmente sem roupas, mas eu sei uma saída sem guarda nenhum. Coloque as roupas.

Os dois se vestiram e Cornelius guiou a garota ao longo da muralha até uma pequena abertura protegida com uma grade de metal, e por ela passava todo o dejeto do castelo.

– É nojento, mas é a única saída daqui.

– Vamos mesmo ter que passar por isso?

– Já está anoitecendo, temos pouco mais de meia hora de luz, passaremos por aqui e então nos limparemos no mar e dormiremos no bosque em direção as montanhas do Sul. Meu plano agora é coletar informações sobre o que aconteceu e qualquer coisa pedir abrigo aos gnomos em White Rock, na pior das hipóteses iremos pra Vranyr ou ao reino dos anões.

Ela pensou por um momento e então fez a pergunta mais óbvia e menos esperada de todas.

– Como você vai passar por uma grade de metal? - Ela apontou para a grade que bloqueava aquela passagem.

– Segredo de família.

Ele levantou a mão e lançou um feitço que acertou a grade, que começou a se retrair até se encostar totalmente a parede, abrindo passagem para os dois.

– Vamos, rápido. - Vendo que ela ainda estava em dúvida, Cornelius segurou sua mão e a puxou para baixo, e continuou puxando-a por todo o caminho ao longo do esgoto.

Demorou menos de dois minutos para eles conseguirem sair daquela sujeiram, mas para Maia pareceu quase duas eternidades, tanto que no momento em que ela viu o mar, tentou correr para ele, mas por sorte seu noivo ainda segurava sua mão e a impediu de se mover.

– Calma, não podemos nos mostrar, meu pai mandou correr, quer dizer que algo aconteceu, então devem estar procurando a gente, vamos apenas nos disfarçar e tentar passar despercebidos.

Ele a forçou a andar devagar até o mar. Após estarem limpos, foram até uma vila por fora das estradas. Já era noite quando chegaram, e a iluminação era feita por fracas tochas em postes. Dessa forma foi dificíl para qualquer aldeão ver um adolescente roubando suas roupas que tinha esquecido secando na parte de fora da casa.

Os dois acabaram roubando também uma manta grande para poderem dormir e comida de uma casa sem proteção nas janelas, então seguiram o caminho pelo bosque até encontrar uma rota secundária para o Sul.

– Tem uma vila a três dias de caminhada daqui, então poderemos pedir ajuda para chegar até as montanhas, lá existem homens que acredito ser de confiança do meu pai, e que podem nos levar em segurança para onde quisermos.

– Tudo bem, apenas vamos, eu não aguento mais. - Ela olhou para trás, para o castelo, e viu que toda a vida de nobreza que tinha até agora estava acabada, e provavelmente sua família também.

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No salão principal da área de viveres da família real élfica, Wilhelm Bloomenveldt e alguns soldados arrastavam corpos para uma pilha no centro da sala.

– Quantos corpos até agora? - O comandante de guerra, e novo rei por estado de emergência perguntou ao homem que estava em seu lado.

– Somente cem corpos senhor, contando os criados, o garoto príncipe e sua noiva não foram encontrados ainda. Provavelmente estão escondidos em alguma parte do castelo, mas ainda não procuramos em tudo.

– Então achem-os, procurem em toda Mishtalia se necessário, aquele garoto deve morrer, ele é o único que pode impedir meus planos de se concretizarem. - O novo rei então se dirigiu ao quarto de seu predecessor e se deitou em sua cama. - Que vida boa você levava hein, uma bela mulher, filho, e dinheiro a vontade para gastar. - Ele falava sozinho em seu delírio.

Wilhelm acabou dormindo na cama mesmo, enquanto à distância de uma porta uma pilha de corpos era levada para ser queimada a algumas centenas de metros dali.


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Notas finais do capítulo

#eu adoro interromper o sexo dos meus personagens. liguem nao.

Próx cap. : John Blackwolf e ??????? não sei quem colocar no próximo.