Ordem de Lis escrita por synchro


Capítulo 5
Academia / Alfhéim


Notas iniciais do capítulo

Galera, I'M SO SORRY o atraso, desculpa mesmo, eu escrevi um pouco por dia, e daí hoje eu decidi sem mais preguiça!!! então, leiam e sem preguiça façam um review lindjo pra mim ok?

Obrigado pelos favoritos Keth, King, Dark Scorpion, Sawaru Toyshi e EliminatorVenon e pelos acompanhamentos de Julio Cesar, Dark Scorpion e Beca.

Recebi ótimos coments novos no primeiro capítulo, e não vamos desanimar não gente, continuem comentando e me dizendo o que acham



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Set poderia ter andando por toda a Cordilheira dos Lobos e não teria visto algo tão alto quanto aquela torre. Era magnífica, feita em gelo, sua base teria facilmente um quilometro de diâmetro.

– Capitão, vamos aportar perto daquela curva, existe um porto lá. – Altiv falou. – Set, Inarin, podem arrumar suas coisas, chegaremos em meia hora. – Assim que o navio estava amarrado à ancora do porto, a prancha foi posicionada e os tripulantes desceram.

No porto eles perceberam um enorme muro que os separava da torre, com um portão grande em madeira e uma mesa antes desse portão; na mesa alguns homens pegavam as malas de outro e jogavam seu conteúdo ali, para análise. Uma guarda os recebeu em marcha, mas relaxaram quando Altiv os entregou um papel, então convidando o garoto a falar com eles.

– Muito bem. Senhor Mahu, chegou cedo para seu primeiro ano, acho que terá muitos bons quartos para poder escolher. Particularmente, sugiro que pegue entre os andares noventa e cem, além de terem lindas vistas, vocês estarão perto do chão, e só precisarão pegar um sistema de subida e descida. Agora os avisos obrigatórios – ele tirou um panfleto do bolso. – Não causem problemas na Ilha, não entre em confusões com outros alunos, por favor, não fique se vangloriando por ser da Ordem, nobres e ricos odeiam isso. Chame seu tutor e vamos passar vocês pra parte legal sem a inspeção chata dos novos alunos.

Set se virou para Altiv e o chamou, o tutor e Inarin vieram.

– Eu acho que ele me mandou chamar você.

O guarda os levou por um portão menor, desviando da banca de análise.

–//-
Altiv pôde assumir o comando após o menino afirmar que não sabia nada sobre o que estava acontecendo e sobre a academia. O tutor escolheu o andar noventa e oito para que ficassem, e então Set quis saber sobre o sistema de descida e subida que o guarda havia mencionado.

– Na verdade é algo incrível. Uma plataforma é fechada e presa à uma corda, que se liga a um contrapeso, nos levantando até que usemos essa alavanca. – Ele apontou para uma alavanca ao lado da porta da plataforma. – Então o contrapeso é parado por uma chave e ligado a um terceiro processo, que é hidráulico, ou seja, usa a água para criar força e levanta o mesmo possibilitando a descida da plataforma. Para andares mais altos, esse sistema funciona em três repetições, então não leva muito tempo para o próximo poder usar, mas ainda assim existem as escadas.

– Maravilhoso, um sistema completo e muito bem pensado, não sei como a capital nunca pensou nisso.

Eles subiram pela a plataforma até o andar escolhido e desceram a alavanca.

– Muito bem garoto, cada andar é dividido em quatro partes, cada uma para um aluno. Eu peguei pra você a parte Leste, onde veremos o nascer do Sol e o continente.

Altiv tirou uma chave da manga e abriu uma porta. O interior era quase uma casa, tinha uma entrada grande, com poltronas e uma mesa em gelo, numa parte tinha uma estátua de mármore como a que existia no navio e em um outro canto uma cozinha e quatro portas, duas de cada lado.

– Set, o maior quarto, da direita, é seu, e eu vou ficar com esse do outro lado. – Ele apontou para uma porta à esquerda. – Os outros dois quartos são do mesmo tamanho, então qualquer um que a garota escolha não terá diferença. – Ele viu o olhar inquisidor de Set. – Não faça perguntas por esses três dias, pois não será eu quem deverá respondê-las. Após esses três dias suas aulas começarão e aprenderá mais sobre esse mundo do que pode imaginar. – Altiv se virou e virou a maçaneta da porta.

– Muito bem, eu não sei vocês, mas eu preciso de uma cama que não balance, tô indo.

Assim que ele saiu, Inarin terminou de ferver a água e misturou ao pó, fazendo café e entregou uma xícara para Set.

– Em qual quarto você quer ficar? – Set falou pra menina.

– Não sei, eu queria dormir no seu quarto, mas a cama é pequena, então vou ficar com esse ao lado. – Inarin havia decidido que deixaria Set livre para decidir o que fazer após a aula inicial.

– Você pode vir aqui dormir se quiser. – Ele entrou no quarto e deu uma boa olhada. Seguia os padrões do resto do apartamento: paredes feitas em gelo sólido azul claro, de alguma forma aquele gelo não lhe dava frio, com móveis de madeira e gelo, com exceção da cama que era forrada com mantos e tinha uma almofada retangular para a cabeça. Ele notou um detalhe na lateral. – Veja, uma porta, deve conectar os quartos, assim você pode ir e vir se quiser.

Ele se jogou na cama.

– Ah, isso é muito bom, nem tinha percebido como estava cansado.

Enquanto Set começava a dormir, Inarin arrumou o quarto dele colocando cada coisa no lugar e então foi para a própria cama.

–//-
O rei elfo e seus doze conselheiros discutiam numa das salas do palácio de Alfhéim, capital de Mishtalia.

– O resultado da última batalha não foi nada agradável, essas tentativas de dominar os gélidos sem destruição e com o mínimo de morte é inútil. Novamente, Vossa Graça, devemos apenas destruir a capital deles e tomar o controle a força. – O homem poderia ser identificado como o conselheiro de guerra por sua cadeira vermelha como sangue.

– Não, eu já aceitei a ideia de dominá-los. Se como você diz eles estão mais fracos pela derrota com os humanos, então não deveria ser difícil tomar seus territórios. – O rei respondeu com um tanto de tristeza.

– Meu rei, não é simples assim, mesmo sendo poucos, eles vivem quase mil vezes mais em relação aos elfos, e seus poderes crescem com o tempo. Gélidos erguem montanhas de gelo em um dia se trabalharem em grupo, podem desfazer e fazer suas casas do mesmo modo, eu repito, vamos tomar o controle a força e os que sobrarem vivos nós escravizamos ou deixamos em qualquer lugar por aí.

– Eu não irei mais falar sobre isso, eu já dei minha resposta à você. - Rei Johannes de Mishtalia se levantou. - Esse conselho está encerrado, tenham uma boa tarde cavalheiros.

Wilhelm Bloomenveldt, o conselheiro de guerra, foi o primeiro a sair da sala, com seus seguidores atrás. Dos doze conselheiros, Wilhelm havia convencido seis a ficar de acordo com suas ideias, totalizando sete com ele, e isso incomodava profundamente o rei, afinal por treze gerações sua família havia governado aquelas terras, e Mishtalia era de governo escolhido pelo povo, se eles decidissem que era melhor mudar a família real aquilo aconteceria sem ele poder se manifestar. Conselheiros eram a voz do rei para o povo e a voz do povo para o rei, se algum deles estava infeliz, o outro também estaria, e isso acabaria mal.

O rei foi o último a sair da sala, afinal eram apenas dez minutos para atravessar o palácio e chegar a parte que era destinada a abrigar a família real. Essa era na verdade a maior parte do castelo, pois todos os familiares do rei insistiam em viver com ele, e também a noiva de seu filho mais velho Cornelius, Maia de Swartsman e sua família. No total eram trinta e quatro pessoas, com dois servos cada.

Na sala principal daquela parte do castelo, Cornelius abraçava Maia em seu colo, mas assim que o pai chegou os dois se soltaram e fizeram uma reverência com a cabeça.

– Boa tarde meu rei, como foi sua reunião com o conselho? - A garota se dirigiu à ele com um sorriso envergonhado no rosto.

– Um melhor lugar para suas brincadeiras seria em seu quarto, meu filho. - O garoto enrubesceu com o olhar do pai. - A reunião foi horrível, eu vou almoçar agora pois passei a manhã toda amaciando aqueles conselheiros pra nada, e passarei o resto de meu dia livre em meu quarto, e sugiro que façam o mesmo, esse não é um dia de glórias.

– Claro pai, faremos isso. - Quando ele lembrou de dar a notícia para o pai, Johannes já havia saído dali. - Bom, acho que poderemos falar amanhã. Por enquanto - ele sorriu maliciosamente para ela - vamos para aquela fonte quente no jardim.

Ela tomou a mão dele e os dois foram para a porta de saída.


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