Hermione acordou sentindo um perfume diferente, um cheiro amadeirado, era forte mas agradava as suas narinas e a deixava extasiada. Inspirou fundo o perfume e abriu os olhos a procura da origem do cheiro, estranhou ao ver que estava em seu quarto, pelo que se lembrava, estava com Malfoy à beira do Lago Negro.

Ainda vestia as mesmas roupas do dia anterior, e o perfume que a extasiava tanto, vinha de si própria. Mas seu perfume não era aquele, era essência de cerejas e aquele a fazia lembrar madeira, folhas verdes, umidade e olhos azuis-acinzentados.

Levou o braço até o nariz, sentindo o perfume diferente no tecido. Seu corpo todo estava impregnado daquele perfume que lhe causava êxtase. Fechou os olhos inspirando ainda mais o perfume e o mar tempestuoso veio a sua mente, aqueles olhos. Suspirou e se recriminou mentalmente por sentir êxtase com o cheiro dele. Mas era algo tão viciante.

–Hermione, você está ficando louca! - ela disse para si mesma rindo e foi para o banheiro.

Analisou seu próprio rosto num espelho que havia ali, mesmos cabelos rebeldes, bochechas rosadas e marcadas, olhos castanhos com olheiras mais...fracas?

Esfregou o rosto várias vezes. Vasculhou a própria memória, e se deu conta de que, pela primeira vez em meses, tinha tido uma noite de sono decente, sem pesadelos.

Aquilo era confuso, a última coisa de que ela se lembrava era estrelas, cabelos loiros e...um belo sorriso.

Malfoy! Ele a tinha trazido para sua cama. Mas por que ele faria isso? Hermione sentiu o seu cérebro doer de tanta informação. Eram apenas seis da manhã e ela tinha que processar várias informações.

Ela se odiou por ter chorado na frente dele, por ter sido tão vulnerável, mas ele foi tão gentil, nem parecia o Malfoy de antigamente.

–Acorda Hermione! - sua mente gritava- As pessoas mudam...

Ela às vezes se recusava a acreditar que ele mudara. Mas depois da noite anterior, em que ele fizera uma confissão tão pessoal. Ela de uma forma insana, passou a confiar silenciosamente nele.

Livrou-se de todos os pensamentos e batalhas internas, caminhando para a banheira que já se enchia de água morna. Sentou-se e alisou a borda da mesma, por que do nada Malfoy mexera tanto com sua mente?

Era como se ele a manipulasse para confiar nele. Ele lhe causava arrepios com todo aquele jeito misterioso. Jogou-se de uma vez, afundando na banheira com os pés de fora. Olhos azuis-acinzentados surgiram em sua mente e ela emergiu da água.

Aqueles olhos agora haviam sido gravados na sua memória e não seriam facilmente esquecidos. Fez toda a sua higiene matinal, vestiu o uniforme, pegou os seus fiéis companheiros e saiu do quarto.

Andou e parou na porta do quarto de Malfoy, pensou em bater na porta e o agradecer a gentileza, mas provavelmente ele estaria dormindo.

Seu nariz estava quase tocando na porta, e antes que pudesse fazer algo, a porta se abriu. Ela tomou um susto tão grande, que andando para trás, tropeçou e escorregou. Em puro pânico fechou os olhos, e escutou quando seus livros chegaram ao chão do andar de baixo, fazendo o maior estardalhaço.

Antes que ela tivesse o mesmo destino deles e quebrasse uma costela, ele passou o braço na sua cintura, a segurando. O corredor de cima era estreito e apesar de haver corrimãos, estes eram muito baixos.

Hermione estava com a respiração ofegante, e com dificuldade puxava o ar para os pulmões. Suas costas eram seguradas pelo braço dele, e a sua cintura tocava o corrimão. Levantou o olhar para ele enquanto ainda respirava pela boca.

–Você está bem?- Draco perguntou com uma certa preocupação.

Ela assentiu e percebeu que seu braço direito havia ido parar no pescoço dele, fazendo ambos ficarem bem próximos. O seu cheiro invadiu as narinas dela, e ela deixou um gemido de satisfação escapar. Ele a olhou confuso e ela logo inventou.

–Bati minhas costas com muita força- mentiu sem fôlego- está doendo!

Fez uma careta bem convincente e ele acreditou. Olhou para baixo e viu seus preciosos espalhados pelo chão, algumas anotações estavam espalhadas e ela gemeu de novo, só que de preocupação.

–Parece que seus preciosos livros agora estão bem sujinhos ein!?- Draco zombou e ela o olhou indignada.

–Não tem graça Draco! - ela ralhou socando o peito dele, sem perceber que o havia chamado pelo primeiro nome.

–Continua batendo, quem sabe um dia você consiga fazer doer- ele riu, e ela aumentou a força dos socos - Esses seus soquinhos não estão com nada Granger.

Ele riu altou e o Hermione empurrou. Ele pego de surpresa, caiu de costas no estreito corredor. Ela riu vitoriosa batendo as mãos. Ele a olhou indignado, enquanto lhe oferecia um sorriso irônico.

–Você me paga Granger! - ele disse perigoso enquanto ela descia as escadas. - Sua sangue-ruim chata - ele sussurou, rindo sozinho.

Juntou seus livros e foi para o salão principal. O local estava praticamente vazio, sentou na mesa da Grifinória e pegou uma maçã verde. Sua mente recordava o acontecimento anterior, e ela riu ao lembrar da cara indignada de Malfoy.

Olhou para a janela do Salão Principal, se surpreendeu ao ver uma coruja voando em sua direção. Era Pichitinho, a corujinha de Rony. Ela trazia uma carta nas patas. Hermione tirou a carta das patas dela e a acolheu em suas mãos, a corujinha arrepio as penas e esfregou a cabeça na mão da garota.

–A viagem não foi fácil hein amiguinha?- ela perguntou docemente e a coruja piou concordando.

Ela deu alguns cereais que havia ali para Pichí e enquanto a corujinha comia, ela abriu a carta que continha duas folhas, ela pegou a mais escurecida e começou a ler.

Hermione Granger!

Como assim você quer nos inibir de saber seus problemas hein? Somos seus amigos, quase irmãos então temos todos os direitos de saber o que está acontecendo com você senhorita! Cormac McLaggen, aquele trasgo! Se ele tocar em você de novo, eu juro que ele pode se considerar um bruxo morto! Não deixe de nos mandar cartas Mione.

Afetivamente Rony Weasley.

Hermione riu ao ler a carta do ruivo. Ele não deixava de ser engraçado nem quando estava preocupado. Pegou a outra carta e tinha certeza que era de Harry.

Hermione

Gina me contou o que McLaggen fez com você, aposto que você já leu a carta de Rony. Mas o que ele disse, pode ser aplicado para mim, pra mim McLaggen já é um homem morto! E Por favor quaisquer coisas que houver, nos mande cartas. Nem que seja se seu livro sumir, mas mande.

Abraços de seu amigo.

Harry Potter

Hermione estranhou a carta de Harry. Ele nunca havia sido super protetor para com ela. Mesmo assim não pôde deixar de sorrir com o carinho dos amigos e era McLaggen que se cuidasse.

Amaldiçoou a ruiva Gina Weasley por ter preocupado seus amigos em vão. E a dita cuja sentou-se na sua frente, justo no momento em que ela procurava um palavrão bem feio para xingá-la. O melhor que achou foi Entrometida.

–Gina Weasley! - ela falou chamando a atenção da amiga - Eu disse para você não dizer nada sobre McLaggen a Harry e Rony, sua ruiva Entrometida!

–Mas Hermione...- Gina riu ao ver do que a amiga a havia chamado - Harry me pediu para escever para ele quando você tivesse problemas.

–Eu disse que não precisava você contar!- Hermione bufou e cruzou os braços.

–Tá, Tá! - a ruiva revirou os olhos- pelo menos eu não falei de Malfoy

Hermione não a respondeu e ficou calada comendo sua maçã. Ela viu quando Malfoy entrou no salão principal e sentou-se na mesa das serpentes. Instantes depois, um garoto que Hermione não conhecia, sentou ao lado dele e ela teve que admitir, o garoto era bonito.

Malfoy lhe assassinou com o olhar e Hermione lhe lançou um sorriso presunçoso. Sem dizer nada, levantou-se da mesa dos leões e saiu do salão.

Ela ficou vagando pelo castelo, pensava em seus amigos, sua família, e nos N.I.E.Ms. Estancou no meio do corredor percebendo que não estudara quase nada para os testes desde que chegara em Hogwarts. Deu um tapa na própria testa e seguiu para a biblioteca.

Fez uma varredura rápida nas estantes cheias de livros. Pegou o necessário e informou a Madame Prince, que ainda era a bibliotecária. Seus braços estavam cheios de livros, ela colocou alguns dentro da mochila e os outros resolveu levar na mão.

Hoje ela teria mais um horário de Poções com a Sonserina. Tomou o caminho para a sala de Slughorn, bufando. O corredor estava parcialmente cheio, alunos conversando com os outros, meninas fofocando e retocando a maquiagem. Hermione ajeitou a mochila no ombro, desconfortável. Nunca fora uma garota feminina, e sinceramente lhe enojava pensar em si mesma sendo uma menina frágil e usuária de quilos e quilos de maquiagem.

Prendeu a franja castanha, que lhe caia sobre os olhos com um grampo. Surpeendeu-se ao ver Cormac McLaggen vir em sua direção e ficar a sua frente.

–Com licença McLaggen, eu quero passar!- pediu friamente sem levantar o olhar para o rosto dele.

–Hermione... Eu queria conversar com você...- ele falou se afastando um pouco.

–Mas eu não! Se me dá licença...- ela falou ríspida.

–Hermione eu sinto muito pelo que houve no trem! - ele disse suplicante.

–Não me interessa, tá legal !?- ela já estava perdendo a paciência.

–Foram os meus amigos que me embriagaram Hermione! Acredite em mim!

–Eu já disse que não me interessa!- ela praticamente gritou e saiu.

A mão dele em seu braço a impediu de prosseguir seu caminho e ela bufou irritadiça.

–Hermione confia em mim!- ele pediu.

–Em você? confiar em você!? - ela exclamou com desprezo - Nunca, você é um idiota Cormac!

Ela tentou soltar o braço, mas obviamente ele era mais forte.

–Hermione...

–Será que dá pra soltar o meu braço?!- ela lançou um olhar mortal a Cormac.

–Me escuta garota!- ele brigou- será que você sempre tem que ser tão cheia de si??

–Hahaha- ela riu sarcástica- não me importa o que você pensa, agora me solte!

–Não!

–Solta!- ela rangeu os dentes.

–Será que você é surdo McLaggen? - uma voz perguntou. - Ela mandou você soltar

–Desde quando os sonserinos são seus guardas-costas, Granger?- McLaggen ironizou ao ver ali Theodore Nott.

–Disso eu não sei, e não me importa o que você acha de nós- Theo disse tediosamente com as mãos nos bolsos.

–E quem disse que eu recebo ordens de um sonserino medíocre como você Nott?! - McLaggen brincou com fogo.

Um soco certeiro atingiu seu rosto. Hermione se assustou com a ação e antes que pudesse raciocinar, os dois já estavam se socando. Vários alunos fizeram círculo em torno dos três, assistindo a briga.

–Será que dá pra vocês pararem?!- Hermione pediu desesperada, enquanto tentava tirar Nott de cima de McLaggen.

Um soco a acertou acidentalmente, a fazendo cair sentada. O mundo ao redor girou por um instante e ela apoiou a mão na cabeça, tentando parar. Viu em borrões os alunos se afastarem e ouviu uma voz conhecida antes de cair na inconsciência.

Acordou sentindo dor na bochecha esquerda. Quando sua visão entrou em foco, viu que estava na Ala Hospitalar. Na cama ao lado estava um Nott, com o rosto marcado e um olho roxo, e na parte mais afastada estava McLaggen, com o nariz sangrando.

–O que houve?- perguntou atordoada, tocando a bochecha.

–Que bom, que você acordou lindinha- Nott disse e Hermione arqueou as sobrancelhas- Desculpe pelo soco...era pra acertar outra pessoa

Ele disse e lançou um olhar odioso para McLaggen que correspondeu o olhar. Hermione pegou um espelho que havia perto da cama e analisou seu rosto, sua bochecha tinha um pequeno corte e estava meio inchada. Ela olhou o garoto ao seu lado, e sentou-se na cama.

–Perdão, mas quem é você? - ela perguntou curiosa e ele a olhou indignado.

–Como assim você não me conhece?!- ele exclamou indignado, e levantou da cama parando ao lado dela. -Theodore Nott ao seu dispor Senhorita!

Ele beijou a sua mão sedutor e ela riu. Já havia ouvido falar em Theodore Nott por alto.

–Hm, Prazer Theodore, sou Hermione! - ela disse sorrindo.

–Ah por favor! Me chame só de Theo...- ele riu- eu sei quem você é Hermione Granger

–Sabe é?- ela perguntou tímida.

–Claro, afinal quem não sabe?- ele disse como se fosse algo óbvio e ela sentiu-se ligeiramente envergonhada. -Me desculpe, não queria constranger você

–Ah não, eu não estou constrangida- ela disse sorrindo.

–Menos mal né? - ela assentiu concordando.

Hermione sorriu, o garoto era muito gentil, nem parecia ser um sonserino. Minerva adentrou a Ala Hospitalar com um semblante irritado e a castanha temeu pelo que viria a seguir.

–Será que os senhores e a senhorita podem me explicar que show foi aquele no corredor?- Ela esbravejou com a postura rígida.

–Minnie foi o seguinte...-Theo começou e viu Minerva lhe lançar um olhar severo- Eu ajudei a Hermione e o idiota do McLaggen me bateu!

–Ei...- McLaggen reclamou e Minerva lhe lançou um olhar que o fez se calar.

–Espera mesmo que eu acredite nesta história Sr. Nott?- Minerva questionou severa.

–Sinceramente, sim diretora...- Nott disse simplesmente.

–Ora...-A diretora começou- Eu acho que o senhor não vai se importar em pegar uma detenção, não é Sr. Nott?

–Professora espere!- Hermione exclamou, interrompendo McGonnagall.

–Sim, Srta.Granger? - Minerva lhe encarou e ela se encolheu.

–A História de Nott é verdadeira, de fato...- Hermione defendeu o mais novo amigo.

–Hm...-Minerva avaliou - Eu adoraria ouvir sua versão da história, Srta.

–Okay...- Hermione suspirou - Cormac estava me incomodando, e eu já havia pedido para ele parar, só que obviamente ele continuou. Nott tentou me defender, e McLaggen o insultou, antes que eu pudesse dar conta, os dois já estavam se socando no meio do corredor- Hermione explicou num fôlego só.

–Bom...Sua versão me dá um outro ponto de vista na história Srta.- Minerva disse e parou para pensar- Detenção para o Sr.Nott e o Sr.McLaggen, e menos dez pontos para a Grifinória.

Hermione suspirou resignada e mordeu a própria língua para não dizer besteira.

–Srta. Granger- Minerva a chamou e ela encarou a diretora- A senhora ficará responsável por supervisionar o trabalho na detenção dos Srs. Nott e McLaggen, entendido?

–Sim!

–O castigo de vocês dois , será lustrar todos os troféus da Sala dos Troféus- Minerva continuou- Sem magia...- os dois soltaram muxoxos- Sábado, às dez horas. Entenderam?

–Sim- os dois resmungaram.

–Ótimo- ela disse- Passar bem.

Ela saiu da Ala Hospitalar deixando Pomfrey cuidando de McLaggen e Nott.

Quando todos os ferimentos estavam devidamente curados, os três pegaram seus materiais e se encaminharam para a aula de poções. McLaggen entrou rápido e sorrateiro na sala, fazendo Slughorn não notar sua chegada. Já Hermione e Theo, chamaram a sua atenção por estarem juntos. Theo revirou os olhos quando todos olharam para eles, e Hermione corou.

– Oh, Sr. Nott...Srta. Granger- Slughorn disse com os olhos brilhando- Vamos entrem, entrem...

–Desculpe o atraso professor- Hermione se retratou com o professor - Estávamos na Ala Hospitalar.

– Sem problemas querida- ele sorriu fazendo os seus olhos se fecharem em frestas. - Sentem- se aqui com o Senhor Malfoy.

Hermione sentou-se no lado direito de Malfoy e Nott da esquerda. A aula teórica inteira, os três não trocaram sequer uma palavra, e o silêncio mortal da sala era quebrado apenas pela voz do professor e algumas vezes a voz de Hermione.

O professor tirou os alunos de seu estado inerte, mandando-os preparar a poção que ele havia mostrado na aula. Hermione foi a primeira a começar o preparo da poção. Alguns alunos preguiçosamente preparavam as suas, enquanto outros estavam bem empolgados.

Hermione havia se mudado para o lado de Theo, na mesa, e este lhe sussurava piadas, as quais ela tinha que morder a própria língua para não gargalhar em voz alta. Draco observava os dois, preparando sua poção calmamente, o pertubava o fato de Granger está rindo com Nott.

–Você é bem engraçado Theo- Draco escutou a garota comentar sorrindo.

–Eu sei que eu sou- ele falou sem modéstia nenhuma- Além de ser o mais bonito e mais inteligente sonserino.

–Esqueceu a parte do modesto...- Draco resmungou mal humorado.

Hermione deixou um sorriso escapar e em seguida tapou a boca com a mão. Seus olhos começavam a lacrimejar, e ela teve que respirar fundo para se recompor.

Alguns olhavam diretamente para os três, curiosos. A aula passou-se rápido e Hermione arrecadou alguns pontos para a Grifinória.

Theo e Hermione andavam no corredor conversando e mais atrás ia Draco os observando. A garota ria das piadas do Sonserino, o que estava causando incômodo em um certo loiro. Draco apressou o passo ficando ao lado da grifinória e ela lhe encarou sorrindo.

–Do quê vocês riem tanto?- ele perguntou curioso.

–Nada...- Hermione respondeu segurando o riso - Theo estava me contando uma situação constrangedora que ele passou.

–Você sabe Draco...- Theo sorria - Da tia que tentou me tirar do banheiro.

Ele grunhiu em resposta e Hermione soltou mais um riso. O professor de Defesa contra as Artes das Trevas passou os olhando curioso.

–Bom dia Senhorita Granger - ele cumprimentou a Grifinória com um sorriso falso.

–Ahn...Bom dia professor- Hermione respondeu atordoada, sentindo o braço de Theo em torno de seus ombros.

Ele assentiu com a cabeça e se retirou, ignorando Theo e Draco. Hermione ficou um tanto incomodada com os braço de Nott em torno de seus ombros, mas nada disse. Theo tinha uma carranca e Draco estava com a face limpa de emoções, mas internamente estava se contraindo de raiva.

–Professor mal educado...- Theo reclamou incomodado - Eu não gostei de como ele olhou pra você lindinha...

Ele pegou uma mecha de cabelo dela, e Hermione revirou os olhos.

–Ele não é um dos meus favoritos- ela comentou pensativa.

Os três se encaminhavam para a próxima, Hermione sentia a brisa da manhã bater em seu rosto e ela trazia junto o perfume dele. Ela fechou os olhos, sentindo aquele cheiro extasiante, e ergueu o nariz inconscientemente.

Ela virou-se na direção do perfume e acabou encostando o nariz no ombro de Draco, ela assustou- se com a própria ação e deu um pulinho de susto, tropeçando nos próprios pés. Draco a segurou pelo braço, a impedindo de cair e ela o encarou. Ao olhar naqueles olhos azuis, Hermione sentiu seus pêlos se eriçarem e um arrepio percorreu o seu corpo. Malfoy tinha uma sobrancelha arqueada, contendo um leve divertimento.

–Já está caindo de amores por mim, Granger?- Ele provocou divertido.

As bochechas de Hermione se avermelharam de irritação e vergonha. Theo apenas observava os dois.

–Por uma doninha quicante feito você???- Hermione perguntou com desdém- Nunca Malfoy!

Ela bateu o pé no chão e saiu pisando duro. Theo riu da reação da garota e o loiro o acompanhou.

–Nossa, quanto amor!- Theo comentou irônico.

Draco riu enquanto observava a garota sumir na multidão de alunos e ele se deliciou com a lembrança das bochechas coradas da castanha.

It's always better when we're together

(É sempre melhor quando nós estamos juntos)

Yeah we'll look at the stars

(Yeah, nós olharemos para as estrelas)

when we're together

( Quando estivermos juntos)

Well it's always better when we're together

(Bem, é sempre melhor quando estamos juntos)

Yeah! it's always better when we're together

(yeah, é sempre melhor quando estamos juntos)

And all of these moments

( E todos esses momentos)

just might find their way into my dreams tonight

(Podem encontrar um caminho para os meus sonhos à meia noite)

But I know that they'll be gone

(Mas eu sei que eles terão ido embora)

when the morning light sings

(Quando a luz da manhã cantar)

Or brings new things for tomorrow night you see

(ou trazem coisas novas para amanhã à noite, você verá)

That they'll be gone too

( que eles terão ido embora também)