Dramione-Bring Me To Life escrita por Eileen Ross


Capítulo 10
Metáfora


Notas iniciais do capítulo

I'M BACK BITCHES!!!!!!!
Gente, leiam essa fic, ela é maravilhosa u.u :
http://fanfiction.com.br/historia/614592/Paradoxo/
Ela foi reescrita, e está ainda melhor do que antes!



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– Será que não já está bom, Hermione??
Theo reclamou fazendo uma careta, enquanto estralava os dedos, cansado. Ele, McLaggen e Hermione estavam na sala dos troféus. A Grifinória monitorava a detenção dos dois garotos, enquanto estes tentavam cumpri-la sem se estapear ou ofender o outro.
– Não, não está – ela respondeu tentando conter o riso.
McLaggen do outro lado da sala soltou um muxoxo e Theo lhe enviou um sorriso irônico. Hermione aproximou-se sorrateiramente de Theo, agachando-se ao seu lado, já que ele estava sentado no chão, lustrando o troféu que estava entre suas pernas. Ela sorriu quando ele lhe encarou e depois voltou sua atenção para o nome que estava na plaquinha do troféu que Theo estava limpando.
Passou o dedo indicador sobre as letras ressaltadas na prata fria, analisando vagarosamente cada letra. Um leve calafrio passou sobre o seu corpo ao constatar o nome ali gravado. TOM MARVOLO RIDDLE.
Fechou fortemente os olhos, tentando conter as memórias que nada lhe eram agradáveis. Puxou ar para os pulmões, já que agora parecia que todo o oxigênio da sala se tornara escasso. Perguntou-se internamente o porquê de Minerva ainda manter aquele troféu ali. Ainda de olhos fechados, teve a impressão de ter ouvido a voz de Rony dizendo algo sobre Tom Riddle. O ar de seus pulmões agora ficara mínimo e ela apoiou a mão no ombro de Theo, tentando não cair nas suas memórias mais sombrias.
–Hermione... Você está bem?- Theo perguntou preocupado ao ver uma gota de suor escorrer da testa dela.
–Sim, Eu estou bem – ela respirou fundo e levantou-se – A detenção acabou!
Disse olhando seu relógio de pulso. McLaggen nem esperou que Hermione dissesse algo mais, saiu apressadamente deixando Hermione e Theo sozinhos na sala que parecia ter adquirido um aspecto sombrio.
Theo colocou o troféu no seu devido lugar e foi para fora, esperando Hermione trancar a sala. Quando ela saiu, ele resolveu ir deixá-la no seu dormitório, pois temia que a amiga desmaiasse ou algo do tipo.
–Theo, você não precisa me acompanhar – Hermione ralhava com o garoto que apenas ignorava – Já era pra você está no seu dormitório, dormindo.
– Eu não posso simplesmente acompanhar a minha amiga até o seu dormitório? – perguntou Theo fingindo-se de ofendido.
–Okay, seu chato – Hermione disse rindo.
– Assim você me ofende Hermione – Disse dramático.
Ela riu ainda mais dele, para Hermione, Theo era uma ótima companhia.
Depois de seu ligeiro acesso de risos, eles voltaram a andar calmamente, um ao lado do outro. A luz da lua invadia o corredor, pelas pequenas brechas e deixava o local com um aspecto de filme de terror. Hermione sentia a brisa fria da noite tocar sua pele pálida, fazendo-a se arrepiar.
Por questão de segundos o mundo oscilou, e ela caiu sentada no chão frio do corredor, sua visão estava escurecida, e demorou alguns instantes até que normalizasse.
–Hermione!- Theo exclamou alarmado indo ao encontro da castanha. – Você está bem?
–Sim, mais ou menos...- ela falou fracamente enquanto Theo a ajudava a se levantar. – Deve ser sono
Ela brincou, mas ao ver a cara de preocupação do amigo, calou-se.
– Hermione... Você está sentindo algo? – ele perguntou preocupado.
–Quê? Claro que não Theo! – ela disse e colocou a mão sobre a barriga – Só um pouco de fome talvez.
–Você jantou? – ele perguntou se segurando para não rir da careta que a amiga fez.
–Hum... - ela ficou ligeiramente com vergonha – Não.
–O quê? – ele ficou rapidamente revoltado – Você passou quase sete horas sem comer por que dona Hermione?
– Eu não estava com fome Theo! – A castanha disse desconcertada, enquanto coçava a cabeça.
–Isso não é desculpa moça, vai que você tinha morrido de fome agora hein?!- ele sacudiu os braços dando ênfase a frase.
–Ai Theo, não é pra tanto também né? – Hermione riu dele.
Ela estava achando aquela situação um tanto engraçada. Theo estava parecendo uma espécie de amigo super protetor, lhe lembrando de Harry.
–Não é pra tanto?- Ele repetiu as palavras dela incrédulo. – É melhor você vir comigo agora, vou te fazer comer nem que tenha que enfiar a comida na sua garganta.
Hermione riu que seus olhos lacrimejaram, enquanto Theo fazia bico. Depois do seu acesso de risos, Hermione pôs-se a andar lentamente atrás de Theo, que a arrastava pelo pulso, a castanha estava achando aquela situação hilária.
Theo cansado da lerdeza de Hermione parou fazendo a garota chocar o corpo contra o dele. Sem dizer uma palavra, ele se abaixou e agarrou as pernas da castanha, para carregá-la nas costas.
–Theo!? – ela exclamou surpresa.
–Você foi o cúmulo da lerdeza esta noite Hermione, agora já chega né?- ele falou com um pouco de irritação.
–Theo, só você mesmo! – ela riu dando um beijo estalado na bochecha do moreno.
A irritação de Theo logo se dissipou, e Hermione entrelaçou os braços ao redor do pescoço do garoto, ficando com o rosto colado ao dele. Ela sentia a barba rala de Theo roçar sua bochecha provocando leves cócegas.
Eles fizeram todo o trajeto até o salão comunal dos monitores em silêncio. Quando chegaram ao quadro, Hermione tampou os ouvidos de Theo, que sorriu e disse o enigma rapidamente.
–Nem adianta Herms, eu ouvi... - O moreno riu sacana e a garota deu um tapa no seu ombro, rindo.
Eles adentraram o salão sorrindo e se surpreenderam ao encontrar Draco deitado no sofá, encarando as chamas da lareira. Ele sentou-se rapidamente ao escutar passos, e encarou confuso Theo e Hermione que estavam calados.
–O que vocês estavam fazendo até essa hora? – ele perguntou ligeiramente curioso e encarou os orbes castanhos de Hermione. – Não me digam que estavam... Se agarrando...?
O loiro sentiu repulsa ao imaginar Theo e Hermione se beijando. Ambos coraram com aquela pergunta e Hermione gaguejou uma resposta.
–Somos só amigos!
– Até por que a Herms não faz o meu tipo – Theo zombou e a castanha lhe deu outro tapa no ombro.
–E o que você faz agarrada a ele Granger?- ele ainda estava curioso.
Hermione tratou de descer das costas de Theo e caminhou até o sofá, se sentando, mas longe de Draco. Theo jogou-se entre os dois sem cerimônia nenhuma e apoiou as mãos atrás da cabeça suspirando.
–Sabe Draco, é que hoje alguém resolveu ser o cúmulo da lerdeza, e você sabe como eu não sou tão paciente então... - Theo justificou com descaso. – Mas por que essa curiosidade toda Malfoy?
Theo riu maliciosamente enquanto imaginava mil desculpas esfarrapadas que ouviria de Draco. O loiro ficou desconcertado por instantes, mas logo se recompôs.
–Vocês perturbam a paz de qualquer um com essas maluquices, nada mais justo do que eu saber o motivo de toda essa “esquisitice”! – ele argumentou olhando fixamente para o fogo crepitante da lareira.
–Hum, então está bem... - disse Nott desconfiado.
O silêncio desconfortável pairou no local até que grunhidos foram ouvidos.
–O que raios foi isso? – Draco perguntou espantado.
Hermione corou fortemente e apoiou a cabeça no ombro de Theo, procurando esconder o rosto.
–Foi o meu estômago!- falou tímida com a voz abafada – Eu estou com um pouco de fome pessoal...
–Um pouco?!- Theo e Draco exclamaram juntos e incrédulos.
–Parem!- a castanha cobriu o rosto com uma mão tentando amenizar a vergonha e evitar os olhares dos rapazes.
–Ok, ok Mionezinha... – Theo disse e sentou ereto no sofá, fazendo com que Hermione desse de cara com o estofado macio. – Vamos arrumar algo para comer, pois eu também estou com fome!
– Ô idiota, você quer que vocês dois sejam pegos pelo Filch?! – Draco indagou irônico.
–Não Draquinho, eu tenho outros meios de conseguir comida...- Theo falou misterioso. Em seguida chamou – Winky!
Hermione se surpreendeu ao ouvir Theo chamar o nome da Elfa que ela conhecera no quarto ano. Em um passe de mágica a elfa apareceu ali se curvando perante os três.
–O quê deseja senhor Nott? – perguntou com sua vozinha.
–Theo de onde você a conhece??- questionou Hermione exasperada.
– Isso não vem ao caso agora Hermione – ele cortou a castanha antes que ela lhe fizesse mais perguntas – Winky, eu vou querer que você nos traga três canecas de chocolate quente, e um alguns sanduíches sim?
–Como quiser meu senhor! – a elfa se curvou e desaparatou.
–Theodore Nott! Acho bom você me responder! – a castanha exclamou irritada.
–Esfria a cabeça Hermione, conheço essa elfa de uns tempos atrás quando ia comer escondido na cozinha- Theo bufou irritado por ter que explicar.
–Viu?! Custou alguma coisa você falar?- ela replicou, ignorando todas as outras dúvidas que tinha na cabeça.
–Deixem de ser infantis!- Draco reclamou com os olhos fechados e a expressão levemente irritada. – Por quê você pediu três canecas Theo?!
–Achei que um chocolatezinho adoçaria essa sua amargura amigo!- Theo esclareceu zombeteiro.
Draco limitou-se apenas a lhe lançar um olhar mortal antes que a elfa reaparecesse com os pedidos do moreno. Ela deixou o lanche entregou o lanche numa bandeja para Theo, se curvou novamente e desaparatou antes que Hermione pudesse agradecer ou lhe fazer perguntas.
Theo sentou se no tapete com a bandeja no colo e se endireitou para que ficasse de frente para Draco e Hermione, ele entregou as duas canecas de chocolate para eles e tomou a sua própria entre as mãos, sentindo o calor emanar da bebida.
Hermione segurou a caneca com as duas mãos e tomou um gole sentindo a bebida descer queimando sua garganta, apreciou a sensação lentamente antes de pegar um sanduíche com Theo. Eles comiam em silêncio e a castanha reparou que estava chovendo por uma estreita janela que havia mais afastada da lareira, caminhou até ela com a caneca nas mãos e desfrutou do vento frio que batia em sua pele enquanto tomava outro gole de chocolate.
Observava as gotas escorrerem pelo vitral da janela, aquilo de certa forma lhe era nostálgico. Theo e Draco observaram quando a sua expressão se tornou de certa forma, melancólica. As memórias insistiam em ficar na mente de Hermione, lhe dando vislumbres de situações tristes pelas quais passara.
Os flashes passavam freneticamente em sua cabeça, como um filme sendo revivido. Em um flash, em particular, ela se vira sendo torturada na mansão Malfoy novamente, soltou um grito de horror, sentindo a dor pela qual passara e deixou a caneca cair no chão se partindo em pedaços e espalhando o pouco líquido frio que restara nela.
Ela se recriminou por estar tão fraca e vulnerável. Sentiu-se ser abraçada por alguém e só então percebera que estava com o rosto riscado por lágrimas. Por um leve instante pensou que estava nos braços de Draco, mas então olhou para cima e percebeu que era Theo. Afundou o rosto no ombro do moreno, olhando discretamente para Draco, que parecia estar dividido entre preocupação, indiferença e raiva. Ela desejou que fosse ele que estivesse lhe abraçando e não Theo.
Theo preocupado a guiou até o sofá novamente e sentou levando a garota junto, fazendo com que ela ficasse entre ele e Draco, a aconchegou em seu peito e sentiu os braços delicados dela o rodearem.
–Hey Herms... - ele chamou baixinho – você está bem? O que houve?
Ela suspirou e negou com a cabeça.
–Consegue me contar?- ela negou silenciosamente- Tudo bem...
Os três ficaram ali em silêncio. Draco estava divido entre subir e ficar ali com a castanha, seu lado super protetor falou mais alto e ele ficou, um pouco resignado. Ajeitara-se confortavelmente no sofá e começara a divagar sobre seus erros, Hermione parecia a sua redenção, a garota de cabelos revoltos parecia ser sua cura do mal, e ele resolvera agarrar-se a essa oportunidade de ser melhor. Theo percebera que seu amigo parecera levemente preocupado com a castanha e ficou com algumas dúvidas, as quais procurava respostas em todos os momentos que presenciara da castanha e de Draco.
Os três estavam tão mergulhados em pensamentos que acabaram adormecendo ali mesmo no sofá.
Hermione acordava lentamente com os olhos fechados ainda, aguçava seus outros sentidos para descobrir onde estava, sentia o estofado fofo contra o rosto e ouvia uma respiração baixa ao seu lado, abriu os olhos em frestas e descobriu-se deitada no sofá com Theo ressonando ao seu lado.
Procurou Draco pelo cômodo e só tivera tempo de ver sua capa negra de relance antes de ele sumir pelo quadro, ainda hesitante levantou-se, pegou sua capa e foi atrás do loiro, algo lhe dizia que era o certo a se fazer naquela hora.
Seguia ele sorrateiramente, e vez ou outra se escondia pois o loiro parava desconfiado. Percebeu que ele seguira para o jardim, ela o seguiu e se escondeu atrás de uma pilastra, percebendo que ainda estava escuro e chovia forte. Consultou seu relógio de pulso e constatou que eram quatro horas da manhã.
Ela espiou novamente e percebera que o loiro estava parado em plena chuva no meio do jardim, sua capa negra estava jogada na grama e ele tinha as mãos na cabeça parecendo perdido.
Sem pensar Hermione correu para perto dele, mas ainda abrigada da chuva.
–Draco!- gritou forte para que ele pudesse ouvi-la.
Ele virou-se para ela e contraiu as sobrancelhas confuso, mas ficou calado.
–O que você faz ai nesta chuva?!- ela continuava falando com ele, que tinha se virado de costas novamente, a ignorando – Draco! Você vai ficar doente!
Ele ignorava ela com todas as suas forças, desesperada por salvá-lo e tirá –lo dali, Hermione se jogou na chuva e correu até ele o abraçando por trás. Draco sentiu o calor da castanha percorrer seu corpo e ele se arrepiou de leve, mas logo se recompôs.
–O que você está fazendo aqui Granger? – ele perguntou com a voz rouca.
– O que você está fazendo aqui Malfoy? – ela repetiu a pergunta dele e o apertou ainda mais, passando calor, já que ele estava frio.
Draco bufou ao ver que não se livraria da castanha. E relutante se justificou com Hermione.
–Estou tentando lavar minha alma Granger – disse e olhou para cima sentindo as gotas contra seus olhos. - Apagar meus erros...
–Mas essa não é a melhor forma, existem várias outras, essa pode te deixar seriamente doente – ela disse levemente comovida.
–Por mais estranho que pareça, eu estou bem aqui – ele disse melancólico.
–Tem certeza?- ela perguntou completamente desarmada pela declaração dele.
–Sim – disse confiante.
Ela se desvencilhou dele que soltou um muxoxo em protesto e ficou na sua frente, seus orbes castanhos demonstravam carinho, o que ele estranhou.
–Eu te perdoou por tudo que você me fez de ruim, só quero que saiba disso...- a castanha mordeu o lábio e o abraçou.
Draco foi pego de surpresa mas retribuiu o abraço na mesma intensidade da castanha, ele se sentiu estranhamente feliz ao saber daquilo, ele ainda tinha uma esperança de ser melhor.
Hermione ficou inebriada pelo perfume do loiro mas se afastou levemente dele para lhe dirigir um sorriso acolhedor que foi retribuído pelo mesmo. Seus olhos se prenderam ao mar tempestuoso dele e ela se arrepiou momentaneamente antes de desviar os olhos para os lábios dele que estavam brancos, mas mesmo assim chamativos.
Eles estavam perigosamente próximos, e um pouco hesitante a menina se aproximou mais até sentir seus lábios roçarem os dele e o loiro capturou os dela, iniciando um beijo urgente e molhado.
Hermione sentia borboletas em seu estômago, era bom mas ao mesmo tempo amedrontador.

Largue tudo agora

Encontre-me em uma chuva torrencial

Beije-me na calçada

Leve embora a dor

Porque eu vejo, faíscas voam toda vez que você sorri

Conquiste-me com esses olhos verdes, baby


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Notas finais do capítulo

Lembrando vocês para que leiam essa Dramione:
http://fanfiction.com.br/historia/614592/Paradoxo/ *------------*
Comentem e até a próxima!