Os belos olhos castanhos da jovem continham uma expressão vazia. Ela mordia o lábio com tanta força, que chegava a sentir o gosto do sangue fresco.

o rosto pálido e magro, estava manchado por lágrimas, que escorriam dos seus olhos e dissolviam-se nas bochechas, um tanto rosadas por causa do choro.

Cada vez que fechava os olhos, um turbilhão de flashes passavam-se em sua mente, principalmente mortes e torturas.

Ela segurava-se para não soltar um grito de desespero, pois não queria acordar o amigo de olhos verdes. Porém pequenos grunhidos e gemidos escapavam de seus lábios.

O espelho á sua frente parecia zombar de sua aparência deplorável. Logo ela que um dia fora tão bela, agora estava quase num estado vegetativo.

Ela andava tão triste que até mesmo os seus preciosos livros não lhe davam alegria.

Há quanto tempo não sentia o calor e a luz do sol invadir seus poros?

Ficava reclusa nas sombras daquele quarto, seu trajeto diário era apenas banheiro-quarto-cozinha e só.

Ela precisava de uma luz. Precisava voltar a vida! Antes que definhasse até a morte.

Ela só precisava de luz...