- Sim, senhorita Lopez? - Rachel atendia o celular.

- Qual é Berry, sou sua chefe, mas esqueceu que somos melhores amigas?

- Ok. - respondeu ao lembrar.

- Então Berry, está atrasada. - como se ela não soubesse. - Brincadeirinha. Não esquece do meu café.

- Tudo bem senhorita Lopez – a baixinha riu e desligou.

Apesar de tudo, ela amava o emprego. Aonde mais ela teria sua melhor amiga, desde o colegial, como chefe?

Rachel avistou algumas caixas em frente ao seu prédio e deduziu que o apartamento de cima foi alugado.

- Licença, você que alugou o apartamento? - ela perguntou a um dos homens que estava com uma das caixas na mão.

- Não senhorita. O garoto apenas pediu para que nós o ajudasse. - ele respondeu simpaticamente. Garoto? Ah, só pode ser algum pirralho idiota e rebelde que brigou com os pais e decidiu morar sozinho, foi o que ela pensou.

- Que garoto? - franziu a testa ao perguntar.

- Ele não está aqui senhorita. - o homem continuou a lhe chamar de senhorita, como se ela estivesse gostando.

- Ok, obrigada. - saiu as pressas ao ver que estava atrasada.

Correu para buscar os cafés e pegou um táxi, já que caminhando ela nunca chegaria no horário.

- Você é um anjo, Berry – Santana disse abrindo a porta do táxi e pegando seu café.

- De nada, e sim, eu sou um anjo.

- Como você cresceu anã. Ah não, é que você está de salto.

- Como você é engraçadinha.

- Obrigada pelo elogio. Não vou mais demitir você. Agora vamos, tem uns editores nos esperando.

E assim foi o dia de Rachel, obedecendo sua chefe, que era sua melhor amiga, e passando o dia inteiro ouvindo editores de revistas falarem sobre novas dicas para a sua revista. Esse era apenas um dia normal para Rachel.

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- Ah! Que inferno de vida.

- Cala boca, cara.

- Não é a sua vida que está um desastre.

- Talvez a sua vida seja um desastre porque você a faz ser um desastre. E essa é sua última caixa – seu amigo deixou a caixa próxima a porta e saiu batendo a mesma.

- Depois eu que sou o “rebelde”. - Finn bufou e sentou no sofá, que estava mal colocado na sala. - Eu odeio mudanças. - ele ficou olhando todas aquelas caixas, até que decidiu fazer algo a respeito. Pegou seu celular e ligou para o seu irmão.

- Kurt!

- Fala.

- Preciso da sua ajuda.

- Para arrumar seu apartamento? Chamou a pessoa certa. Estou indo, me passa o endereço por mensagem. - e desligou.

Finn adorava seu irmão, apesar dele ser gay, eles se davam super bem. Ele mandou o endereço por mensagem e se sentou novamente no sofá para esperar seu irmão.

20 minutos depois, Kurt tocou o interfone, e assim que subiu se assustou com a bagunça do apartamento.

- Eu acabei de me mudar. Você queria que ele estivesse impecável?

- Ok. Vamos com calma Hudson.

Eles passaram a tarde inteira arrumando o apartamento novo de Finn. Eles não conseguiram arrumar tudo em apenas um dia, mas o quarto de Finn estava praticamente pronto. Faltava alguns móveis que a mãe de Finn havia lhe dado de presente e que estava para vir ainda.

Quando terminaram, sentaram para conversar e fazer um lanche.

- Sabe Finn, talvez você ache seu grande amor aqui em NY.

- Nunca mais repita isso. Eu odeio o amor. Ele não existe.

Mal sabia ele que o amor morava ao lado.