Rebeldes Sem Causa escrita por autorasantiis


Capítulo 7
É Kara o que?




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Roberta Pardo

 

— Vocês estão prontos para a noite do kara o que? – Trina grita de cima do pequeno palco improvisado que montamos.

— É kara o que? – Roberta pergunta ao meu lado e eu dou de ombros indicando que também não entendi, Trina é literalmente muito louca.

— Roberta – Mia choraminga ao meu lado me fazendo encara-la – canta comigo, por favorzinho com mil unicórnios?

— Sangue de unicórnio é bom para a juventude – Jade fala me fazendo olhar para ela sem responder a loira.

— Unicórnios não existem – conto, fazendo um grito ecoar ali, não, não fui eu, foi a Cat que gritou e saiu correndo, provavelmente traumatizada, talvez pela Jade ser uma assassina ou por eu ter destruído a imaginação dela, vai saber – Mia, eu estou cansada.

Ela me encara e faz um biquinho, essa garota vê todo mundo com cara de Miguel, que cede a carinha de cachorro abandonado dela.

— Vamos Roberta, vai ser legal – Lupita fala implorando junto a Mia.

— Okay – assinto e elas pulam animadas, me arrastando junto para o palco.

Hoje é sexta, e o diretor deixou a gente fazer uma pequena socialzinha na piscina, o que eu estou achando completamente estranho, até porque a Jade quase matou os alunos com o pó de mico, de qualquer forma, ele achou que seria uma ótima ideia que a gente fizesse algo produtivo, cantar e dançar é uma dessas coisas, e como minhas amigas, e meia irmã, adoram ambos, então levantem as suas bundinhas na cama, sofá e cadeira, e dancem comigo ao som de Santa No Soy. Liguem no máximo e vamos incomodar os vizinhos, não que eu os tenha, afinal estou no colégio, mas vocês com certeza tem, espera, não façam isso, eu sou uma péssima influencia.

Saímos do palco para o meio dos nossos amigos enquanto ainda cantávamos e eles nos acompanhavam em total animação. No processo de volta para o palco apenas derrubei a Trina na piscina e sai como se nada tivesse acontecido.

— Vocês foram ótimas – Diego grita animado assim que me sento ao lado dele – mereço até um beijo.

— Porque você merece, se fomos nós quem arrasamos? – pergunto incrédula.

— Porque minha namorada é a melhor de todas – rio, e a Lupita dá uma tapa na nuca dele, fazendo-o engasgar com a bebida, para menores gente, não tomamos álcool na escola, a não ser quando alguém enche o ponche de vodca, de qualquer forma, não vem ao caso.

Jade sobe sozinha ao palco e faz uma versão super sensual de You Don’t Know Me, que saiu muito boa, mas deixou o Beck visivelmente irritado, tanto que ele subiu ao palco, jogou ela nos ombros e saiu dali, menos uma rebelde para nós.

— Vocês não vão cantar? – pergunto para a Mar que estava deitada na grama com a cabeça no colo do Thiago.

— Não, a Jaz está com intoxicação alimentar – a morena dá de ombros.

— Vocês tem a Vale, ué – aponto para a loira largada na cadeira.

— Loco? – a loira pergunta e Mar dá um sorrisinho malicioso. Logo elas se levantam e arrastam os meninos até o palco. Fazendo outras performance mais quente que You Don’t Know Me, se é possível, esses chicos da Argentina são ótimos. Quer dizer, eu espero que eles sejam da Argentina.

Os cinco retornam a grama e se jogam ali mesmo, com seus risos ecoando, alguns alunos se atreveram a subir no palco e cantar um pouco, mas eles não precisam ser citados e não, nós não aprontamos nenhuma durante essa noite, ou eu espero que a Jade não tenha, já que é sempre ela que anda nos enfiando em encrenca.

— Onde foi parar o Robbie e o boneco sinistro dele? – pergunto olhando para os lados, não que ele seja importante, mas o boneco não cala a boca, ou o Robbie, sei lá, acreditem no que quiser.

— Fazendo um favor para a Jade – Andre responde sem muito interesse.

Como eu disse, encrenca.

— Já ficaram sabendo do festival das fraternidades? – Tomaz pergunta e eu franzo o cenho confusa.

— Que festival? – Mar pergunta parecendo interessada.

— O diretor pediu para os professores avisar do festival, vai ser tipo uma feira temática – Carla explica.

— Eu não ouvi nada sobre isso – Messi expõe meus pensamentos, será que termos nomes iguais faz nossa telepatia mais forte?

— Claro, você não parava de rabiscar a foto da Pilar com chifres – Alice acusa fazendo todos nós rir.

Eu também não ouvi falar sobre isso, mas provavelmente eu só não estava a fim de ouvir mesmo, já que eu só copio os assuntos e nunca presto atenção no professor, qual é, minha atenção é preciosa demais para dividi-la.

— O que vocês vão fazer? – pergunto já pensando nas possibilidades que as minhas monstrengas poderiam criar e não chocar com nenhuma outra ideia.

— A Zetta Theta está pensando no balde da maçã do amor – Mia fala – sabe, vai ter um balde enorme, como uma piscina transparente com várias maça do amor.

Penso um instante, aquele treco não é açúcar?

— Mais você precisa pesca-la – Mia finaliza e eu continuo com o cenho franzido. Definitivamente nós não pensaríamos em uma besteira dessa.

— E vocês? – pergunto para o Diego ao meu lado.

— A Lambda Pi vai fazer tiro ao alvo.

— A Beta Sigma decidiu tiro ao alvo também, mas acabamos mudamos para o martelo – Pedro fala.

— Vocês já tem alguma ideia? – Tori pergunta para mim e eu nego.

Na verdade, só estamos sabendo disso agora, então não faço ideia do que podemos fazer, a ideia da Zetta é horrível, a da Beta é coisa de macho escroto, típico, e a da Lambda para jogadores cheios de testosteronas, eu sei, é cruel da minha parte, mas ninguém liga, fiquem quietos.

— Não esqueçam da reunião amanhã – Thiago lembra, pera aí, lembra o que? Porque para lembrar, nós precisamos saber, ou seja, não dá para lembrar aquilo que não sabemos.

— Que reunião? – Mar pergunta no meu lugar.

— Do conselho ué, vocês precisam apresentar uma ideia, amanhã.

Agora foi que deu, quer praticar tiro ao alvo com minha cabeça não meus queridos, ou com minha paciência? A primeira que for acertada já deve servir.

— Uh, as rebeldes estão em apuros – ouço a voz da nojenta, aquela pescoço de girafa. Sim, eu também faço bullying.

— Eu sugiro que cale a boca, antes que eu corte sua língua de trapo – ouço a voz da Jade se aproximando com o Beck grudado em suas costas – o que eu perdi?

— A destruição do nosso clube de amantes – Messi avisa.

— Nós nem temos amantes – Jade resmunga se sentando na grama, ao lado do Beck, esses dois nasceram grudados?

— A feira das fraternidades – eu aviso – precisamos de uma ideia para apresentar ao conselho amanhã.

— Ah, isso é fácil, eu já planejei tudo.

Olho para a Mar a minha frente, logo para a Messi ao meu lado e a Vale que estava próxima da Jade, okay, e foi assim que...


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