Fighting Demons escrita por Ju Benning


Capítulo 1
Dean's Ghost


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Então, essa é minha segunda fic de supernatural aqui no Nyah! mas é como se fosse a primeira mais uma vez, porque o estilo é completamente diferente.
Esta é mais dark, mais intensa, eu acredito...
Bem, fic se passa no mesmo universo da série msm, só que com umas gracinhas que acrescentei, uma delas, o fantasma de Dean, vocês vão conhecer agora.
Muitos mistérios envolvem a trama, espero que gostem de ler assim como eu adorei escrever!

Gente, como esse é o primeiro capítulo, eu vou pedir que quem ler e quiser ver mais, comente algo, nem que seja apenas "continua", porque aí eu faço ou não o segundo.

Três comentário e eu continuo! Não é assim tão complicado.
Vamos juntos, fortalecer a categoria de Supernatural aqui no Nyah!

Beijos, Hunter e demais pessoas! Boa leitura e obrigada desde já!



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Alguns Dias Antes

Castiel havia deixado o Céu mais uma vez, mas agora era diferente, não estava forte, nem tampouco era humano. Só lhe restava um pouco de Graça e torcia pra conseguir chegar onde planejava. Por isso cambaleava nas ruas, precisava se concentrar, precisava lembrar do caminho, já que ao menos saber dele era um privilégio. Tinha uma amiga lá que deveria saber o que fazer e que apesar do jeito durão, com certeza, também devia estar precisando de ajuda.

Ao longo do caminho e do esforço, Castiel sentiu que ia cair. Porém alguém o segurou antes que atingisse o chão e embora tivesse a visão turva, percebeu que era um adolescente, não devia passar dos quatorze anos, mas tinha a postura de adulto e era bastante alto.

-- Nina! – Castiel ouviu o garoto chamar – Achei seu anjinho. –

Castiel perdeu a consciência naquele momento, acordando-se apenas horas depois e percebeu que estava no lugar aonde pretendia ir antes de desmaiar.

-- Que bom que acordou, Cas. – Falou a voz de uma mulher, ela estava de costas para Castiel olhando por uma janela próxima, o Sol fazendo seus cabelos parecerem pegar fogo – O que diabos aconteceu com a sua Graça? –

-- Está acabando... vim pedir socorro e ver como está... imagino que também já esteja ciente da nova condição de Dean. – Castiel se esforçou para ficar de pé e ir até a mulher, colocando a mão em seu ombro. Ela continuou de costas.

-- Vamos dar um jeito em você, seu anjo capenga. – Ela forçou um tom bem humorado, mas não foi convincente.

-- Não precisa fazer a durona para mim, Irina. Eu sou seu amigo e eu sei que está em pé à força. – Castiel falou esperando que fizesse efeito.

Um período de silêncio se fez entre os dois, até que ela, enxugando rapidamente uma lágrima que insistentemente caíra, perguntou.

-- A culpa é minha, Cas? – Ela engoliu em seco, finalmente se virando para ele – Eu digo, se eu tivesse ficado ao lado dele desde o começo, ao invés de pisar nele em todas às vezes que disse adeus, eu teria conseguido livra-lo dessa maldição? – O olhar dela transparecia o quanto estava quebrada por dentro.

-- Não se culpe pelo que passou, se pode mudar o rumo do que ainda vem. – Disse o anjo se condescendendo da tristeza da amiga.

Ela o abraçou com força por um longo tempo, sua mente perdida em lembranças.

Flashback on

Anos atrás, em qualquer motel de beira de estrada.

O Apocalipse havia sido evitado e ao contrário de todos os outros caçadores, que estavam festejando o milagre, Irina teve outro destino. Conhecia muito bem um dos heróis do feito, sabia que ele não estava no ânimo de comemorar, sabia que Dean Winchester a estava rastreando como nunca antes. E se não fosse até ele, o caçador morreria antes de encontra-la. Dean precisava dela, assim como tudo que ela mais queria era ficar como ele naquele momento.

Por isso procurou, e como sempre, conseguiu localizar o Chevy Impala 67 facilmente. Para alguém que quase sempre arrombava portas, bater, principalmente naquela circunstância, era a coisa mais esquisita do mundo; mas mesmo assim, ela fez.

-- Seja quem for, é uma péssima hora. – Disse Dean.

-- Até pra mim? – Irina respondeu nervosa.

Poucos segundos depois a porta se abriu. E a imagem de um Dean bêbado e arrasado revelou-se

-- Você é real? – Ele perguntou a medindo da cabeça aos pés, como sempre fazia.

-- Quando saí de casa, sim. – Ela respondeu dando um meio sorriso.

-- Vai ficar dessa vez, ou só veio ter pena de mim e sumir de novo depois? –

Irina cruzou os braços.

-- Dean, eu sei que estava me procurando, para com isso e me deixa entrar. – Falou o olhando do jeito que sabia que ele não resistia. -- Em uma escala de 100 à 1000, o quão péssimo você está? – Foi a primeira coisa que ela perguntou, depois que passou pela porta.

-- Meu irmão pulou na jaula, você acha o que? –Respondeu sentando-se numa cadeira qualquer.

-- Eu não acho nada, vim aqui só ajudar. Por que estava me procurando, Dean? – Ela tirou o sobretudo preto que usava, estava quente no lugar, ficando apenas com uma calça justa e blusa simples, encostando-se numa meia parede próxima.

-- Acho que sua visita está um pouco atrasada... – Ele comentou – Eu esperava por ela logo que saí do inferno... principalmente depois do que aconteceu antes de eu ser morto por Cães do Inferno! – Ele nunca havia soado tão magoado antes.

-- Adianta se eu disser que eu tive meus motivos? – Ela tentou, mas sabia que não era bom o suficiente.

Dean se levantou derrubando a cadeira onde estava e indo até onde estava Irina deixando poucos centímetros entre os dois.

-- “Eu não posso ficar até o fim, porque eu nunca vou ser capaz de assistir você morrer, me peça qualquer coisa menos isso, Dean.” – Ele começou a citar exatamente a fala dela na última vez que haviam estado juntos – “Me desculpe se eu nunca disse isso antes, mas amo você sim, muito, e vou guardar sua imagem, seu cheiro, você, pra sempre comigo. Isso eu prometo.” – Ele a encarava com seus olhos verdes pegando fogo praticamente – Você disse isso nos meus braços, deitada na minha cama e tentando não fazer daquele momento o mais triste da história. Eu me lembro de cada detalhe e era nisso, era em você, que eu pensava pra fazer do inferno um pouco menos doloroso. – Ele se exaltou enquanto falava – Então, sim, eu esperei que você viesse quando eu saí de lá. Eu tive tanta raiva... –

Ela congelou onde estava, não esperava ouvir aquilo. Mas realmente havia tido seus motivos.

-- Então por que você estava me procurando, Dean? – Sua voz soou partida, foi a única coisa que conseguiu dizer.

-- Porque eu prometi ao meu irmão que eu ia encontrar alguém, que eu ia ter uma vida normal, que ia ser feliz. – Ele segurou ela por um dos braços, como se quisesse matar a saudade que doía, com um simples toque. – E pra cumprir qualquer um dos itens eu preciso de você, sua Soviética desgraçada. – Irina desviou o olhar dele, ainda prendendo o choro, ela odiava chorar – E saber lá no fundo que você vai escapar de mim mais uma vez, machuca mais do que qualquer coisa, mas eu precisava tirar a dúvida. –

-- Você é masoquista. – Ela respondeu entre dentes – Mas saiba que não queria ter de ir embora de novo, mas você precisa de uma vida normal e isso eu não posso lhe dar. – Ela disse tentando se esquivar dele para ir embora – Procure Lisa, ela pode lhe dar isto e uma família. --

-- Tá pensando que vai aonde, Nina? – Dean puxou Irina de volta e a beijou com toda a falta que sentia dela e mantinha guardada.

-- Você é masoquista. – Ela repetiu, mas o tom era outro.

-- Eu tenho esperança de te convencer a ficar até de manhã. – Ele falou embora seu olhar denunciasse que ele não tinha aquela esperança.

Irina foi embora antes que Dean acordasse, sabia que estava pisando mais uma vez no coração dele, só não queria assistir dessa vez. Sabia que Lisa era o melhor pra ele naquele momento e embora tivesse muitas coisas a contar, partiu, o que escondia era para o bem dele.

Flashback off

A ruiva desfez o abraço com Castiel e apertou os olhos.

-- O que você vai fazer, Nina? – Perguntou o anjo.

-- Vou encontrar Sam. – Ela falou sem encarar o amigo e saiu andando em direção à saída – Descanse. – Disse quando já saía.

Agora

Sam já vira seu irmão morrer antes, e nem por isso se tornava mais fácil.

Ainda mais nessa situação. Soava surreal, mas, seu irmão agora era um demônio e

como se já não fosse duro o suficiente ter de encarar isto, Dean havia sumido. Sam não sabia se com Crowley, ou se por pura vergonha de sua nova condição.

O que quer que fosse, Sam estava indo buscar ajuda:

Pouquíssimas pessoas conhecem esse fantasma da vida de Dean, na verdade, além de Sam e John, ninguém sabia da existência de IrinaCeminovich. E quando se fala ninguém, é ninguém mesmo. Nenhum outro caçador, nenhuma outra pessoa que não fossem os três Winchester.

Agora tinha um encontro marcado com o fantasma, isso apenas porque mais uma vez misteriosamente ela havia feito contato.

Sam parou o Impala próximo ao lugar marcado, nunca havia andado por aquela estrada antes, o que era absurdamente perturbador para ele. Algumas árvores adiante havia uma daquelas cabanas que gritam para qualquer um “NÃO ENTRE!”, porém era exatamente ali que tinha de ir.

O homem empurrou a pesada porta que emitiu um rangido alto. O lugar fedia a mofo, a madeira do chão estava estragada, assim como o papel de parede que um dia parecia ter existido e as ripas do telhado. Aquele maldito lugar podia desabar a qualquer momento.

A única luz que havia ali era a da lua que entrava por uma janela empoeirada e quebrada, o feixe atravessava uma garrafa de whiskey que já ia pela metade.

Lá estava ela ainda mais branca do que de costume, sentada em uma das duas cadeiras em péssimo estado. Irina virou seu rosto para Sam, seus olhos azulados inchados de choro. Pouquíssimas vezes Sam havia a visto chorar, todas elas envolviam as mortes de Dean.

-- Vocês são imbecis ou alguma coisa parecida com isto? – Ela perguntou sinceramente assim que Sam sentou-se com ela – Quantas vezes ao longo dos anos eu venho dizendo a vocês “não interfiram no curso das coisas.” – Falou pausadamente. -- Gabriel pediu para interpretarem seus papéis, a Morte avisou... tantos outros! – Ela exclamou olhando dentro dos olhos de Sam – Mas vocês não ouvem, não é? Vocês Winchester são os mais irresponsáveis, inconsequentes e arrogantes que eu conheço. O universo não gosta de ser desafiado! Agora olhe onde estamos: Você quer saber o que podemos fazer porque aparentemente vocês ultrapassaram um limite surpreendente até pra o padrão Winchester. Seu irmão é o novo Caim... – Ela soou extremamente triste – E você espera que eu tenha a resposta... não é? Eu sempre tive... –

Sam limitou-se a afirmar com a cabeça, já que não podia contestá-la em nada.

-- Bem... eu não tenho uma resposta dessa vez. – Deu de ombros.

-- E porque diabos você me trouxe até aqui, então? – Sam perguntou sentindo suas esperanças desaparecerem.

-- Tenho meus motivos... e estou dizendo a você que vamos achar Dean e descobrir o que há pra ser feito. – Ela riu sem humor nenhum e empurrou a garrafa para Sam – Ou eu não me chamo Irina Ceminovich. – Ela disse liberando seu sotaque russo ao pronunciar seu próprio nome.

-- Irina, ouça, obrigada por... – Sam começou a dizer quando uma outra porta rangeu.

-- Nina? – Chamou a voz de um garoto adolescente, ele não devia ter mais de quinze anos, embora sua postura fosse de um homem adulto e esperto. Sam não o pode ver bem, devido à escuridão – Ela não quer mais ficar comigo. – Informou o garoto.

-- Deixe ela vir. – Falou condescendente, esticando a mão em seguida – O que dizia Sam? – Perguntou enquanto uma menininha entre seis e sete anos caminhou até ela. Irina colocou no colo a loirinha. Sam encarou a criança por um longo tempo antes de continuar o que dizia.

-- Obrigada por ajudar de verdade desta vez, eu sei que isso vai de encontro a maneira como você tem agido todos esses anos... – Sam falava um tanto agitado, olhando de Irina para a menina, que não havia dito nenhuma palavra; quando a ruiva pegou a mão dele.

-- Não tem o que agradecer, Sam. – Suspirou, beijando a cabeça da menina – A gente faz qualquer coisa por quem ama, certo? – Ela perguntou piscando para ele.

Xx

Em algum lugar muito distante, o novo Cain se encontrava só, sentando encostado a uma parede, a primeira lâmina ao seu lado.

Dean queria ter se livrado da marca quando ainda havia tempo, agora, com sua alma corrompida e nova natureza, só pensava em todas as atrocidades que já havia cometido e que podia cometer.

Pensava no fantasma de sua vida, na mulher que amava. Porém o ódio que crescia dentro dele era tão grande, que até ela entrava nos seus pesadelos atrozes.

-- Você não, Nina. -- Sua parte consciente repetia -- Você eu não posso machucar. --


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Notas finais do capítulo

E aí? Continuo ou não?



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