O Informante escrita por Jessyhmary


Capítulo 25
Ideias Mecânicas Avançadas


Notas iniciais do capítulo

Amores!! Penúltimo dia do ano e eu aqui em clima de Marvel! kkkk

Eu não sei o que dizer sobre esse capítulo, além de que eu curti bastante escrevê-lo. Esse hiato de SHIELD pareceu ter abalado as fics também... So.. kk

#BoaLeitura! :)



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* Berlin, duas semanas atrás


– O que houve na Ala C? – Romanoff gritava, atirando para todos os lados.

– Também não entendi direito – Barton estava cobrindo o telhado, tentando descobrir que tipo de ameaça era aquela – Fomos atacados de repente!

– Oh, não me diga! – ela respondeu ácida, escondendo-se atrás de uma coluna, antes de voltar a atirar. – Sabe que eu não tinha percebido ainda?

– De qualquer forma, ainda não sabemos quem começou o ataque.

– Pode ser a S.H.I.E.L.D?

– Eu não faço ideia... Mas – ele avistava um pelotão diferente se esgueirando pelos arbustos próximos dali. – Aqueles uniformes amarelos não constam no guarda-roupa da S.H.I.E.L.D.

– Que uniformes?

– O-ou. – Clint percebia a aproximação de novos comboios. – Acho que estamos lutando contra duas coisas ao mesmo tempo.

– Dá pra ser mais claro, Barton? – ela recarregava a pistola, prevendo uma nova onda de ataques. – Eu estou ficando sem munição aqui!

Você é a viúva-negra. – ele rebateu. – Sabe se virar sem uma pistola.

– Clint...

– Se minha visão não estiver me pregando uma peça...

– Fala de uma vez!

– A IMA está invadindo nesse exato momento.

– A IMA?! Oh, inferno – ela praguejava ao mesmo tempo em que acertava dois tiros em um soldado. – Não me diga que eles ainda existem!

– Ao vivo e em cores – ele os observava adentrar a base. – Reconheceria essa fantasia de halloween em qualquer lugar.

– Malditos apicultores! – ela limpou o corredor e escondeu-se em uma sala vazia. – Precisamos dar o fora daqui. Contactar a Hill, o Coulson... Isso nos leva a outro nível.

– E eu não sei?! – ele respondeu imediatamente, andando pelo telhado em direção à localização da viúva. – Eu tô indo pra aí.

– Não, gênio – ela retrucou, enquanto prendia um cabo de aço à sua cintura. – Você está praticamente do lado de fora.

– Então, eu te encontro onde?

– Fica me esperando na saída Nordeste. Numa distância de um tiro de flecha.

– Fechado. Não se atrase ou eu vou ser obrigado a entrar na base.

– Não será necessário. – ela respondeu rápido, sentindo um fio de preocupação na voz dele. – Sairei num instante.

– Cuidado.

– Tudo bem.

Ela passou pela segurança armada apenas espancando os homens atordoados. O tiroteio havia cessado, então havia apenas a segurança local. A peruca loira se deslocava mais a cada instante, fazendo com que aquilo a incomodasse seriamente. “Que se dane!” ela pensou antes de arrancar fora os cabelos loiros falsificados e passar com facilidade pela segurança do forte.

Já estava há dois portões da saída quando avistou um rosto conhecido pelo monitor da segurança. Era ele. O traidor da S.H.I.E.L.D. Na hora ela não sabia, mas conhecia Grant Ward de missões passadas. Apenas uma vez o encontrara na Suíça, mas Natasha não era muito boa em esquecer as coisas. Principalmente rostos. Voltou atrás e arrancou o disco rígido das câmeras de segurança com violência. Se a IMA a encontrasse a essa altura do campeonato, isso acabaria mal. Para todos. “Droga, tenho que dar o fora daqui.” Ela subiu mais dois andares, percebendo que a saída pelo térreo não era mais uma opção segura. Fincou o cabo de aço em alguma estrutura externa no prédio e resolveu fazer um rapel improvisado.

– Okay, vamos lá. Vamos brincar um pouco.

Ela disse pra si mesma antes de descer rapidamente pelo cabo, aterrissando com graça ao tocar o solo. Seguia em direção ao ponto de encontro com Clint, quando, num deslize, deixou que alguém a notasse correndo floresta adentro. E para uma agente da S.H.I.E.L.D. aquela não era uma opção válida.

– Então você está viva, Natasha Romanova – O ser estranho pronunciava numa voz engraçada, apenas a observando correr. – É realmente muito bom saber disso.



(...)



– Kate – Natasha suspirou, segurando as pistolas despreocupadamente. – O que está fazendo na casa da Bobbi? Ficou nostálgica ou o quê?

– Eu tô trabalhando, Nat.

– Da última vez que eu chequei – a ruiva aproximava-se da garota, que permanecia sentada na cadeira de balanço. – Você estava em um avião da S.H.I.E.L.D. Trabalhando. – ela deu ênfase à palavra. – Isso que você está fazendo aqui, se chama descansar. É exatamente o oposto.

– Ah, é? – Kate levantou-se da cadeira e deu dois passos na direção dela. – E como você chama isso? – ela abriu uma mala que estava ao lado da cadeira de balanço.

– Kate – Natasha voltou a apontar as armas para ela. – O que você tá fazendo com as coisas da Bobbi? Por que você precisa das armas e dos disfarces dela? E todo esse dinheiro e passaportes... O que você está planejando?

– Em breve você descobrirá, Natynha.

– E o que te faz pensar que eu vou ficar aqui parada esperando você me contar o que tá aprontando?

– Isso.

Kate tirou o iPhone do bolso e mostrou uma foto para ela.

– Aqui. Acabou de chegar. – a morena continuava. – Você não estranhou o fato de que a sua parceira está demorando demais para invadir a própria casa pela porta da frente?

– Sua fedelha! – Natasha a agarrou pelo pulso, fazendo com que ela largasse o aparelho no chão – O que você fez com a Bobbi? Aliás... O que você quer fazendo isso, Kate? Você tá do nosso lado ou não?

– Ela precisa mesmo responder isso, Srtª Romanova?

Em questão de segundos, a casa estava lotada de caras esquisitos com roupas de apicultores.

– Modok – ela pronunciou o mais calma possível, mesmo que por dentro sentisse uma queimação corroendo seu peito. – A aberração.

– Se eu fosse você, tomaria mais cuidado com a língua.

– Faça-me o favor! Não serei intimidada por uma coisa viva/mecânica como você.

– Pois você deveria começar a se preocupar com essa situação aqui – ele aproximou-se dela, tendo no mínimo vinte agentes apontando armas para ela. – Já que é você quem está em desvantagem.

– Você só se esqueceu de um detalhezinho, ser bizarro.

– E o que seria? – Modok perguntava, esboçando um sorriso ignorante.

– Eu já enfrentei a IMA outra vez. – ela respondeu, já com um plano de fuga traçado em mente. – E eu ganhei.

Natasha empurrou Kate sobre um dos agentes da IMA. Natasha aproveitou o impacto para usar o corpo dele como escudo, jogando-se no chão e rolando para trás dele. Kate havia batido a cabeça no móvel da sala e desmaiou com o impacto. Enquanto isso, Natasha ainda usava o corpo do agente para escapar pela porta dos fundos, segurando-o como um escudo humano. Quando conseguiu passar pela porta, largou o corpo alvejado no jardim e seguiu correndo na direção oposta em que estava o seu carro. “droga”, ela pensou “vou ter que descolar um carro pelo meio do caminho”. Alguns metros à frente ela encontra um veículo vazio estacionado em frente a uma casa na vizinhança.

– Okay, belezinha. Vai ser você mesmo.

Natasha praticamente salta para dentro do veículo depois de conseguir tempo para assinar um cheque de duzentos e deixar na caixa do correio. Ela não roubou o carro dessa vez. Ela realmente tinha uma queda por Audi. E aquele valia cada centavo.

– Agora vamos voltar pra S.H.I.E.L.D. e descobrir em que merda a Kate meteu a gente. – ela pronunciava, enquanto digitava um número no celular.

– Agente Romanoff? – Skye atendia do outro lado da linha.

– Temos problemas.

– Coulson nos avisou. A agente Bobbi Morse está em apuros.

– Pior do que isso – ela deu uma pausa pra respirar. – Kate nos levou para uma armadilha. A IMA está metida no meio... Kate nos traiu, aparentemente.

– IMA?! – Fitz-Simmons bradaram em uníssono.

– Quando foi que isso aconteceu? – Simmons questionou incrédula.

– Devem ter ressurgido depois que a H.I.D.R.A. retornou. Talvez nunca deixaram de existir. – Natasha respondia, já dirigindo há 70 km/h.

– E a Kate está com eles? – Skye perguntou, sentindo a raiva crescendo dentro de si.

– Ela não disse com essas palavras, mas ela estava na casa da Harpia no momento em que tudo aconteceu, praticamente me chantageou com a foto da Bobbi desmaiada e amordaçada... Ela estava com a IMA.

– Eu vou matar aquela garota. – Skye sussurrou, com os dentes cerrados.

– Não é hora pra isso, Skye. – Natasha interrompeu a fúria da garota. – Preciso falar com Coulson e May. Isso muda todo o jogo.

– Precisaremos nos dividir. – Skye entendia o raciocínio da ruiva.

– Sim. – ela passou a mão nos cabelos, ligeiramente tensa. – Direcione a chamada para o Coulson, sim? Estou dirigindo, só chegarei aí em três horas no mínimo.

– Sim, senhora.

Skye pressionou o botão de direcionamento e arrashtou Fitz-Simmons até os monitores. Eles precisariam mudar todo o rumo da missão.

– Coulson.

– Quão ruim é a situação, agente Romanoff? – ele colocou no alto-falante.

– Modok estava na casa da Bobbi no Canadá. Sabia exatamente para onde estávamos indo.

– IMA? – ele deu um passo para trás e encarou May que estava igualmente perplexa. – Quando isso aconteceu?

– Essa é a pergunta geral. – ela puxava 90 km/h na estrada. – Eles nunca desapareceram, Coulson.

– E qual a sua avaliação da situação como um todo?

– Bom, vamos lá: Kate está com a IMA. Ela os levou para lá, certamente...

– Espere aí... Kate era...

– Com licença, posso continuar? Daqui a pouco explico os detalhes, a coisa tá feia.

– Prossiga, Natasha.

– Então, temos algumas coisas com o que nos preocupar. Primeiro: Kate sabe muito sobre nós. Sabe sobre a operação. Contando que ela realmente esteja com a IMA, e consequentemente com a H.I.D.R.A., o nosso plano de encurralar as tropas deles na base Providence já era. Segundo, Grant Ward, que era nosso trunfo, provavelmente já foi descoberto há essa hora, então... Bye bye disfarce. E por último, mas não menos importante, a Harpia foi levada pra sabe-se-la-onde e está amordaçada numa sala cercada de agentes, talvez já esteja do outro lado do continente.

– Resumindo... – Coulson a apressou.

– Precisamos de uma equipe de Resgate para salvar a Bobbi, uma equipe de Extração pra tentar recuperar Grant Ward e o que ele sabe, afinal, num momento desses, toda ajuda é bem vinda. Se ele quer destruir a H.I.D.R.A. creio que ele será mais um aliado.

– É válido.

– E uma equipe de Ataque. Precisamos conter as tropas da H.I.D.R.A. antes que eles bolem um plano de ataque contra a nossa base, agora que eles podem facilmente nos encontrar.

– Vamos voltar para a base. – Coulson afirmou, olhando firmemente para May. – Precisamos estar preparados para eles.

– Sim, senhor.

– E Romanoff – ele a chamou antes que ela desligasse. – Ótimo trabalho. Siga para a base Playground. Nos encontraremos em breve.

– Obrigada Senhor.

Ela desligou o telefone e acelerou ainda mais, aproveitando a estrada deserta como se quisesse testar a que velocidade aquele carinha conseguiria correr.

– Vamos lá, Natasha – ela repetia, olhando-se de relance no retrovisor – Não deixe isso afetar você.

Ela seguiu dirigindo o mais rápido que podia, assistindo os raios de sol tornarem-se alaranjados com o cair da tarde.


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Notas finais do capítulo

Kate, Kate... Por que tu fez isso, mulherzinha???? O_O

— O que acharam??

#Itsallconnected #StandWithSHIELD! :)