O Informante escrita por Jessyhmary


Capítulo 24
Na Trilha Errada


Notas iniciais do capítulo

Olá bebês!! Voltamos do Hiatus! kk
E agora, vamos ver nossas histórias tomarem rumos um pouco mais loucos, (como costuma ser o "segundo tempo" da maioria das minhas fics...)
Espero que curtam tudo, mandem sugestões, críticas, okay?

Quero Também agradecer à LINDA RECOMENDAÇÃO da Lady América! Sério, amei muuuiiitooo as suas palavras! Muito obrigada mesmo, flor!

Enfim...
Boa Leitura!

@Jessyhmary



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– É aqui.

Natasha encarava o GPS como se estivesse tentando intimidar o dispositivo eletrônico que piscava em vermelho no painel.

– O Hotel Hostil.

Morse olhou por cima dos óculos escuros e desceu do carro, usando um gorrinho de lã lilás. – talvez a falta de organização de Kate tenha sido de ajuda no final das contas. Ficou parada na calçada em frente ao hotel por um momento e abordou um transeunte qualquer, afinal, não seria difícil fazer um cara se interessar em ajudar uma loira como ela. Enquanto se passava por uma turista, ela deixou cair sua caneta acidentalmente, uma manobra que a deixou livre para implantar – com uma rapidez incrível – um dispositivo de espionagem de última ponta. Um dispositivo de alto alcance que possibilitava obter as imagens das câmeras internas do hotel e enviá-las diretamente para o seu laptop que havia ficado no carro com Romanoff. Após se despedir do pedestre gentil que a ajudara, Bobbi retornou ao carro, para configurar a entrada das imagens e acionar Skye pelo comunicador.

– Se Ward estiver falando a verdade... Podemos começar a seguir os caras daqui. – ela divagou, esperando a chamada completar. – Skye?

– Na escuta, agente Morse.

– Conseguem visualizar as imagens?

– Só um momento. Fitz está configurando o canal. – ela aguardou alguns segundos até que se estabelecesse uma conexão segura. – E três, dois, um... Estamos dentro.

– Ótimo. Analisem e reportem qualquer atividade suspeita, okay? Vocês serão nossos olhos e ouvidos quando não estivermos por perto. Nossa segurança depende em parte do monitoramento de vocês.

– Entendido, agente Morse. – Skye respondeu, mantendo um fio de aflição na voz.

– Algum problema? – ela percebeu a inquietação da garota.

– Não, não – Skye respondeu antes que ela terminasse a pergunta. – É só a tensão da missão em si. Estaremos mantendo contato.

– Certo. E Skye...

– Sim?

– É Bobbi. Não “agente Morse”.

– “Bobbi”. – Skye repetiu.

Bobbi desligou e encarou o notebook por alguns instantes.

– A Skye tá escondendo alguma coisa. – Morse comentou, encarando a ruiva por alguns instantes.

– Vamos nos concentrar em não morrer agora, tá bom? Uma hora ou outra vamos descobrir o que é – Natasha observou, já percebendo a movimentação de alguns seguranças do lado de fora do hotel. – Com nossas identidades de agentes e esses rostos conhecidos não vamos a lugar nenhum.

– Essa é apenas uma visita de reconhecimento do terreno, okay? – ela respondeu, paciente. – Podemos visitar meu antigo depósito.

– Ainda sobrou algum aqui no Canadá? – Natasha a olhou, antes de colocar os óculos escuros.

– Sempre tenho alguns para emergência. – Bobbi respondeu com um meio sorriso convencido.

– Então – Romanoff pulou para o banco em que ela estava e praticamente a empurrou para o assento do motorista. – Mostre o caminho.

– Minha vez de dirigir.

Natasha permanecia focada no banco de dados que processava as imagens de dentro do hotel enquanto Bobbi concentrava-se em dirigir o mais rápido que podia sem levantar suspeitas. Após quarenta minutos e muitas curvas, elas chegaram a uma cidade um pouco mais afastada, onde as ruas eram tranquilas e não havia muito trânsito.

– É aqui.

O que é aqui?

– North Bay, Ontário. Uma das minhas casas temporárias.

– Eu sei, eu li a placa. – ela fez uma expressão de impaciência. – É segura? – Romanoff analisava a estrutura da casa que parecia ter saído de um filme de terror.

– Vamos ver se é.

Bobbi desligou o carro e Natasha tomou a frente, dirigindo-se à entrada. Subiram os quatro degraus da residência, sentindo a madeira rangendo aos seus pés.

– De que século é essa casa? – a ruiva perguntou ácida, enquanto retirava duas pistolas dos coldres escondidos. – Parece que ninguém pisa aqui há décadas.

– Essa é a intenção. Parecer abandonada. Não chamar a atenção. Você é uma espiã, Natasha. Sabe como funciona.

– Sim, eu sou uma espiã, Bárbara – ela apontou para um pequeno monte de areia escura e pegadas que seguiam para os fundos da casa. – Sei ver quando uma coisa pode dar errado. E essa casa – ela disse, seguindo os rastros até ver onde davam – Não é segura.

– Ops – Bobbi olhou pela janela lateral e viu uma sombra, sentada de costas para a janela, balançando-se despreocupadamente na sua cadeira de balanço. – Isso não é bom.

– Quem é aquele? – Natasha aproximou-se do vidro o esfregou para limpar a mancha causada pela condensação do ar gelado. – E o que tá fazendo de boa na tua casa?

– Não sei quem é. Pode ser uma armadilha.

– Eu vou pelos fundos e você encurrala o sujeito pela frente.

– Agora mesmo.

Romanoff continuou o contorno da casa e entrou pela porta dos fundos que estava simplesmente destrancada. “É... que ótimo sistema de segurança você tem, Bobbi”, ela pensava, enquanto invadia a casa sorrateiramente. “Se fosse pra eu ter te matado enquanto dormia, você já teria morrido tipo umas cem vezes.” A viúva caminhava a passos lentos e calculados, quando conseguiu visualizar o invasor completamente.

– Você só pode estar brincando! – A ruiva esbravejou, abaixando as duas pistolas.

–*-*-*-

Enquanto isso, Morse voltava para a entrada, pronta para invadir a própria casa, quando percebeu que a porta estava aberta. Aquilo era um insulto. Ou mesmo um convite. Quem quer que tivesse entrado ali, não estava nenhum pouco preocupado em ser descoberto, nem fazia muita questão de privacidade ou segurança.

– Vamos ver o que você quer agor...

Bobbi mal conseguira terminar a frase quando sentiu algo lhe perfurando a espinha numa picada dolorosa. As imagens ficaram em câmera lenta e ela sentiu as pernas pesando insuportavelmente. Nem mesmo o grosso casaco e o uniforme da S.H.I.E.L.D. conseguiram impedir que a agulha a penetrasse e injetasse nela todo aquele líquido esverdeado. Dez miligramas que a fariam dormir por algumas horas.

Sua cabeça tombou para o lado, mas foi amparada por um par de luvas quentinho. Os olhos claros da loira desfocavam cada vez mais e acabaram por se tornarem opacos, nebulosos e sem sinal de reação. A última coisa que avistou foi um borrão vermelho, manchado por algumas flores em azul marinho.

Até que finalmente desmaiou.



(...)



– Como está o monitoramento das imagens?

Steve Rogers praticamente surgiu ao lado dela como se tivesse sido teletransportado.

– Terminando de ser ajustado. – Skye respondeu simplesmente, ainda um pouco apreensiva. – Preciso fazer alguns backups e imprimir essas imagens em escala maior para montar o padrão de vigilância deles. Precisamos encontrar uma brecha.

– Entendo – ele acenou levemente com a cabeça. – Teremos um trabalho e tanto pela frente.

– É – ela suspirou, apertando os olhos e espalmando as mãos na mesa, fazendo movimentos de abrir e fechar as mãos, devido à dormência causada pelo seu digitar frenético na frente do notebook. – Muito trabalho.

Ele afastou-se um pouco para observá-la. Seu semblante era indecifrável. Rogers não fazia ideia do que ela podeira estar pensando naquele momento. Se isso fosse há alguns meses, ela poderia ter pulado do avião ou feito um escândalo para que todos se mobilizassem a ajudar Kate Bishop. Mas desde que havia começado o treinamento com May, ela estava nitidamente mais forte. Em todos os sentidos da palavra.

– Ela vai ficar bem. – ele arriscou, sem imaginar que tipo de resposta poderia receber de Skye. – Barton já está tentando rastreá-la através do seu arco. Sabia que ele deu seu próprio arco de presente de aniversário para ela?

Skye não estava com muito ânimo para conversa. Estava focada, preocupada, tentando não deixar que seus sentimentos atrapalhassem a sua concentração. Mas Steve falava com uma doçura que parecia amarrar seus braços e pernas e a deixava sem saber como dizer “não” para sua humilde tentativa de deixa-la melhor.

– Sim, Rogers. Eu sabia – ela deu um meio sorriso e o olhou nos olhos. – A Kate é uma matraca, não consegue ficar calada nem por um instante. Em dois dias ela já havia me contado sua vida toda.

– Você é uma ótima amiga pra ela. – ele observou. – Clint disse que ela não costuma gostar do pessoal da S.H.I.E.L.D.

– A Kate é especial – ela suspirou novamente, voltando a encarar o notebook. – E muito impulsiva. É disso que eu tenho medo.

– Mais ou menos como você. – ele tentou a sorte.

Ela olhou para Steve com uma expressão de dúvida.

– Coulson me contou – ele continuou. – Um trem na Itália, a Mansão de Ian Quinn... A invasão, os tiros...

– É – ela admitiu, sorrindo um pouco temerosa. – Eu era muito impulsiva antes de aprender o hate-fu da May.

– E você deixou de ser? – ele quis saber, cruzando os braços.

– Aprendi a controlar mais. Não preciso piorar as coisas agindo sem pensar.

– É sábio.

– E você sabe escolher bem as palavras.

– Nem sempre.

– Quando fala comigo, sim. Sempre.

– Com você é diferente.

– Por quê? – foi a vez dela de cruzar os braços e lhe lançar um olhar divertido.

– Não sei...

– Como não sabe?

– Você faz com que eu... Pense em tudo antes de falar algo.

Skye sentiu suas bochechas arderem. E ela não ficava constrangida com muita frequência.

– Por quê? – ela perguntou quase sussurrando e Steve já se aproximava dela para beijá-la.

– Fitz-Simmons estão pedindo as imagens impressas.

A voz forte de May surgia novamente atrás deles, assustando os dois, principalmente Skye, que sentia o coração pulando dentro do peito. Estava começado a achar que a piloto estava vigiando ela e Steve Rogers por todo o Bus.

– May! – a voz saiu apressada dos lábios de Skye. – É... Só um minuto, levo para o laboratório daqui a pouco, tudo bem?

A asiática apenas fez que “sim” com um aceno de cabeça, mantendo sua expressão séria. Skye olhou para Rogers curiosa e não pôde evitar de corar mais uma vez.

– Pensei que vocês tivessem conversado. – ele disse, após certificar-se de que May já estava longe.

– E conversamos! – Skye respondeu, andando até a impressora. – Não entendi por que ela está agindo assim.

– Acho que ela não se acostumou com a ideia ainda.

– É, deve ser algo do tipo. – ela sorriu e aproximou-se dele novamente, com algumas imagens em mãos. – Vou entregar isso no laboratório, antes que a Simmons apareça por aquela porta pedindo minha cabeça numa bandeja.

– Estarei esperando você.

– Ótimo. – ela sorriu e o beijou lentamente, sentindo seu coração fora de controle. – Venho já.

Skye deixou a sala e Steve permaneceu sorrindo para si mesmo por alguns segundos até ouvir o bip frenético do comunicador.

– Capitão – a voz de Coulson não lhe parecia nada amigável. – Reúna uma equipe tática de extração e compareça a minha sala imediatamente.

– Diretor Coulson... O que aconteceu?

– A agente Morse foi comprometida. Precisamos colocar o plano B em ação.


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Notas finais do capítulo

Nossa... O que vocês acham que aconteceu aí?

#Itsallconnected #StandWithSHIELD