O Informante escrita por Jessyhmary


Capítulo 20
Fumaça e Fuligem


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!! Até que enfim eu postei esse capítulo!! Já fazia dois dias que havia começado, mas alguns contratempos sociais me fizeram adiá-lo um pouco... Anyway... Espero que curtam...
P.S.: Tô com muito sono, velho...
Acho que vou capotar antes de conseguir
postar o capítulo! kkk (espero que não)

#BoaLeitura :)



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Tony aparecera num terno azul-marinho com aparência de veludo, afinal, tinha acabado de sair de uma reunião de última hora com alguns empresários das indústrias Stark. Pepper estava vestida como uma mulher de negócios e aparecia bem atrás de Tony, com as chaves do conversível importado em mãos.

– Stark, seja bem vindo à base Playground. – Coulson o cumprimentou, sorridente.

– Então é verdade mesmo que está vivo... Você é um baita traíra, Coulson! – Tony o cumprimentou meio ranzinza.

– Phil! – Pepper dirigiu-se até ele e o abraçou. – Como está?

– Está tudo caminhando para o melhor, Srtª Potts. – Phil retribuiu o sorriso.

– Ainda não me acostumei com esse “Phil”, mas tudo bem. E muito em breve ela será a Sra Stark.

– Tony, nós já falamos sobre isso – Pepper deu um tapa no ombro do noivo o repreendendo. – Eu não vou mudar meu sobrenome.

– Mas querida, isso parece nome de Cartoon!

– Não importa, Tony... Não comece com isso aqui – ela balançou a cabeça em negação, voltando a falar com Coulson. – Desculpe-me por isto, ele deixou essa coisa toda de casamento subir à sua cabeça.

– Quem diria que o velho Tony ia dar uma sossegada? – Barton surgiu na conversa.

– É a vida, Legolas... Você deveria experimentar algum dia.

Tony puxou a noiva pela cintura e ergueu uma sobrancelha, gabando-se por estar comprometido com aquela mulher.

– Ah, e olha só que irônico – Tony continuou ao notar a presença de Bobbi na base. – A ex e a amante juntas na mesma missão, Cara da flecha! Alguém por favor liga pra mulher-aranha e fecha uma parte do combo, sim? A Jessica ia adorar isso daqui. A Festa das garotas Barton...

– Tá falando de mais, ô mané . – Morse se ofendeu com o comentário de Tony.

– Sério? – Tony soltou a noiva e mordeu a armação dos óculos escuros que carregava na mão. – Sem nenhum trocadilho científico com o Ferro?

– Considerando que essa tua armadurazinha é composta pelo quarto elemento mais abundante na face da Terra – ela estalou a língua e balançou a cabeça em deboche. – Não há razões pra criar um apelido tão especial assim. Tem ferro até na minha barra de cereal. – ela deu uma mais uma mordida na barra que ela estava comendo.

– Um a zero pra moça, Tony. – Steve Rogers deu um tapa nas costas do amigo.

– Isso é o que dá mexer com as pessoas, Tony. – Pepper o repreendeu. – Será que nunca presenciarei uma apresentação amistosa vindo da sua parte?

– Ah – ele ergueu o queixo e pensou por alguns instantes. – Creio que não, amorzinho. As pessoas não curtem muito o meu estilo, e você sabe... Eu tenho que preservar a minha imagem.

– Que imagem? – A voz feminina fez Stark voltar seu olhar para uma morena de boa aparência e com um sorriso vitorioso. – A de um playboy milionário que esqueceu como programar o próprio sistema?

– Não.

Tony pronunciou compassadamente e com os olhos arregalados, deixando todos os outros meio deslocados. Apenas Pepper parecia se divertir com a expressão assustada do noivo.

– Você não! – Tony repetia, ainda de boca aberta.

– Ai que drama, Stark. Até parece que tá vendo um fantasma. – Skye saiu de trás de Kate e cruzou os braços na frente dele.

– Eu estou vendo um fantasma! – ele deu dois passos para trás e fez uma cruz com os dedos, na direção dela. – Você é o diabinho que invadiu meu sistema no dia mais importante da minha vida! – Pepper bateu com o cotovelo bem no estômago dele. – Eu sei, amor... O nosso casamento será o dia mais importante da minha vida, mas até lá continua sendo esse.

– ELA O QUÊ? – Todos na sala, exceto Pepper, Tony e Skye perguntaram perplexos.

– Relaxa, cabeça de prego... É graças àquele dia que eu estou aqui hoje.

Todas as atenções se voltaram para a garota que estava no meio da roda formada pelos agentes e vingadores. Skye nunca havia contado essa história antes, provavelmente esperando por um momento como aquele. Ver aquelas caras de espanto vindo em sua direção era simplesmente impagável.

– Bem, eu conheci o Ferroso num dia um tanto agitado. Eu e um bando de nerds havíamos cercado a Torre Stark e o Ferrófilo aí iria apresentar a armadura definitiva e finalizada e blá-blá-blá...

– Mais respeito aí, hackerzinha cabeçuda. – ele aproximou-se dela novamente e tentou melhorar a história. – Foi naquele dia que nasceu o Homem de Ferro, crianças. O dia em que o mundo pôde contemplar todo o esplendor...

– Sou eu quem está contando a história, então cala a boca.

Phil levantou as sobrancelhas e segurou o riso enquanto Kate já ria horrores há tempos. Morse, Carter e Romanoff estavam boquiabertas com a petulância da garota, enquanto Jemma e Leo torciam pra que Skye não arrumasse mais encrenca. Steve sorria encantado com tudo que ela falava e Clint não podia deixar de rir da coisa toda.

– Enfim, resumindo... Eu e Miles fizemos uma aposta. Se eu hackeasse o sistema do Stark eu poderia ficar com o laptop tunado dele.

– Obrigada por acertar meu nome pela primeira vez. – Tony rebateu, interrompendo a garota que fingiu não ter escutado.

– Se eu falhasse, nós voltaríamos para o Texas. Eu tava louca pelo laptop, então eu mesma criei essa aposta.

– E você ganhou. – Natasha completou sorrindo.

– E eu ganhei. – Skye repetiu, num ar de superioridade. – E o Jarvis ficou doente por uma semana até o gênio conseguir reiniciar o sistema.

Todos olharam para Tony que estava olhando para as paredes, tentando se safar daquilo.

– Ela colocou um cavalo de tróia dos brabos! – ele tentava se justificar enquanto o grupo sorria. – Essa garota é um terror!

– A Skye é um amorzinho, Tony. – Pepper discordou, sorrindo e seguindo para cumprimentar Skye. – Phil sempre fala muito bem dela.

– Que ótimo – Tony revirou os olhos, indignado. – Eu vou casar com uma mulher que nunca concorda comigo... Tô ferrado mesmo.

– Se eu concordasse com todos os seus planos, Tony... Você já estaria enterrado a sete palmos do chão.

– Estamos perdendo tempo aqui – Maria Hill adentrou o Bunker novamente, apenas para executar a ordem de comando. – O Bus já está preparado para a missão.

– Comandante Hill.

– Diretor Coulson. Equipe – ela acenou positivamente com a cabeça. – Ora, ora... Vejo muito rostos conhecidos por aqui. Montou mesmo um esquadrão de ataque, Coulson!

– Precisávamos de um reforço, Hill. Vamos cortar todas as cabeças desse monstro.

– Positivo. Compreendo sua decisão. – ela dirigiu-se até o Bus, seguida por May e Natasha. – Vamos, eu não tenho o dia todo. Preciso voltar para a base terrestre em menos de três horas. Apenas repassaremos o plano no avião.

A equipe seguiu o trio de mulheres e se preparavam para a missão mais importante até aquele momento. Destruir a HIDRA definitivamente.



(...)



* Budapeste, onze anos atrás.


– May, rápido! Preciso de alguma cobertura aqui!

A ruiva gritava impacientemente, enquanto recarregava a pistola com apenas uma das mãos. Quase quarenta homens nada hostis haviam cercado as duas agentes bem na saída do posto de gasolina, e ao menor descuido, o lugar inteiro iria abaixo. O que tecnicamente já deveria ter acontecido há séculos.

– Só um instante! – May acertava dois chutes cruzados, derrubando dois homens de uma só vez, e fazendo um terceiro de escudo para conseguir chegar até a coluna mais próxima sem ser atingida pelos tiros. – Estou limpando o caminho até você.

A asiática apertou o comunicador entre o ombro e a bochecha apenas para ajusta-lo e continuou correndo, derrubando mais e mais húngaros pelo meio do caminho.

Bem, aquela havia sido uma longa semana. Nada que não tivessem feito antes, mas como sempre, a missão tinha sua esperada dose de complicação. Não bastasse o resgate dramático de três horas atrás, parecia que o Esquadrão da Morte havia sido convocado para exterminá-las. Infelizmente para eles, o Esquadrão havia se metido com as mulheres erradas e, consequentemente, pagariam por esse atrevimento.

– Naty! – May gritava com os dentes cerrados, enquanto atingia um soldado no rosto, mandando-o direto pelo vidro da loja de conveniência. – Os dutos estão prestes a romper! Precisamos sair daqui!

– Está interditado! – Natasha gritava, protegendo-se dos tiros atrás de um Corola branco, totalmente desfigurado com o confronto. – Limpe o corredor até a loja de conveniências! Estarei bem atrás de você!

– Entendido.

May seguia, recarregando sua arma sempre que conseguia uma folga dos tiros em sua direção. E embora fosse uma ótima atiradora, Melinda era excepcional no combate corpo a corpo, e prezava por defender sua formação em artes marciais. Quando a última pistola havia descarregado, a asiática apenas a usou como objeto para atingir dois dos seus alvos, acertando mais dois húngaros na cabeça e conseguindo chegar do outro lado, deixando um rastro de dez homens desmaiados no processo.

– Está feito, Natasha! – May a chamava, berrando pelo comunicador. – Estou te vendo da loja de conveniência...

May mal terminara de pronunciar quando Romanoff sentiu o chão tremer debaixo de seus pés. O fogo gerado pelo tiroteio, enfim atingiram uma das saídas principais e o duto de combustível rompeu-se, dando início a uma cadeia de explosões quase simultâneas. May havia conseguido chegar até a loja de conveniência, mas quando olhou para trás, percebeu que algo estava errado. Natasha não havia conseguido.

– Droga, Romanoff! – Melinda praguejava, assistindo as colunas cedendo e o fogo se alastrando cada vez mais ferozmente pelo pátio. – Eu não vou sair daqui sem você...

A asiática fugiu pela porta dos fundos, pressentindo uma nova explosão se aproximando da loja. Tomou novamente duas pistolas e as carregou dessa vez, enquanto corria na direção em que seus instintos a conduziam, até desaparecer numa coluna de fumaça negra.

– Naty! – A asiática gritava, pedindo silenciosamente que ela não tivesse em pedaços. – Natasha!

– Aqui! – um grito quase tão alto quanto o dela foi ouvido do outro lado do posto, próximo aos escombros. – Tô presa embaixo desse monte de lixo!

May apressou-se em alcança-la, observando se ainda havia algum soldado para abater, mas aparentemente, haviam sido expulsos de lá pela explosão. Ela corria o mais rápido que suas pernas podiam e já conseguia ver a ruiva presa embaixo de uma coluna de quase um diâmetro de largura.

– Naty! – Melinda prontamente ajoelhou-se no chão e junto com ela, conseguiu rolar a coluna de cimento para o lado. – Você consegue ficar de pé?

– Não sem ajuda. – Natasha levantou-se com uma expressão de dor e apoiou seu braço no ombro de Melinda – Vamos sair daqui antes que pegue fogo em tudo de uma vez.

As duas saíram da zona de perigo, e com a ajuda da moto que Natasha havia deixado há alguns metros dali, seguiram em direção ao Quartel General da S.H.I.E.L.D.

– Droga, acho que quebrei a porcaria da perna. – Natasha tentou tocar o chão com a perna direita, e só então percebeu o estado em que se encontrava. – Húngaros malditos... Devia voltar lá apenas para arrancar a perna de um deles!

– Nós saímos vivas de lá. – May ainda estava ofegante quando chegaram no QG. – Mas essa foi por muito pouco.

– Sempre é, May. – Natasha sorriu, fazendo uma careta de dor ao mesmo tempo. –Mas nós sempre escapamos... Com alguns arranhões.

– Um pouquinho mais do que isso, eu diria. – May sorriu ao ver que no final de tudo, ela estava inteira.

– Valeu, Melinda – a ruiva agradeceu, enquanto sentava na maca com a ajuda dela. – Eu sei que é o que fazemos em campo, mas ainda assim... Obrigada.

Melinda não precisou responder mais nada. Apenas afagou o cabelo da garota, [tentando pôr em ordem aquela bagunça] e sorriu, afinal, por mais que não quisesse levar para o lado pessoal da coisa, Natasha Romanoff era a única pessoa na vida pela qual ela era responsável e May faria qualquer coisa para mantê-la em segurança, incluindo principalmente, arriscar sua própria vida para salvá-la.

– Seu cabelo está cheio de fuligem. – Natasha alfinetou, enquanto uma médica examinava sua perna fraturada.

– O seu está muito pior, querida. Pode ter certeza. – a asiática devolveu, erguendo a sobrancelha com um meio sorriso e desaparecendo da sala logo em seguida.


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Notas finais do capítulo

*__* Ownt! *_*

— Amores, tô com muitoooo sono... Qualquer erro foi o sono digitando, okay?? rs

—Itsallconnected #StandWithSHIELD #23th September :) #5DAYS!!!!!!