O Informante escrita por Jessyhmary


Capítulo 2
Auto-Controle


Notas iniciais do capítulo

Olá agentes! :) Vamos para mais um capítulo que eu amei escrever...

— Tem um pequeno flashback de semanas atrás, apenas para começar a explicar a missão de Natasha e Clint na Alemanha, onde eles descobriram sobre as comunicações... So... Qualquer dúvida é só perguntar. :)

Ah, e.. kkkk Preparem-se para um Shipp meio imprevisível (pelo menos eu nunca li uma fic com esse.. kk) que aparecerá nos capítulos mais à diante..

— Alguém arrisca um palpite?

#BoaLeitura :)



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* Berlin, Alemanha. Cinco semanas atrás.


– Onde raios você tá?! – a ruiva pressionava o celular entre a bochecha e o ombro esquerdo, enquanto dirigia a mais de 80 o Audi roubado.

– Acabei de deixar o aeroporto de Munique, só faço mais uma parada em Stuttgart antes de...

– Resumindo, quando exatamente você chega aqui? Ou melhor... Você tá vindo de quê?

– De trem – o homem respondeu, sabendo que haveria descontentamento do outro lado da linha.

– Eu mereço – ela revirou os olhos, bufando. – Não tinha um asno pra você montar?

– Fury disse que era melhor pegar a...

–Tá, tá certo – Ela não estava nada feliz com aquela situação – Quando você chegar, apenas deixe uma mensagem de texto. Não estou tendo um dia bom.

– Como se fosse preciso um dia ruim pra te deixar de mau-humor – ele arriscou sua pele para comentar aquilo – Você não estaria de bom humor nem se sua tia Anne surgisse com meio quilo de pastilá com canela.

– Clint – ela cerrou os dentes ao pronunciar o nome dele. – É melhor calar a boca se não quiser ter sua cara afundada de meio quilo de pastilá quando chegar aqui.

– Com canela? – Ele prendeu o riso do outro lado da linha.

Ela desligou o telefone na cara dele.

Natasha estava deixando o escritório de um antigo cliente. Dívida da KGB. Cinco anos. Era pra ser um acerto de contas, mas o cara já estava ferrado. Uma armadilha fatal. Ela tinha lá os seus ressentimentos, o suficiente para voltar e quebrar a cara do sujeito, mas não estava indo na intenção de mata-lo. Não a troco de nada.

Romanoff chegou ao apartamento do cliente e viu alguns papéis no chão. Sacou sua 9 milímetros e ficou à espreita. O uniforme negro com o emblema da S.H.I.E.L.D era um sinal de que a KGB havia ficado para trás e que ela sabia como seguir em frente, embora na sua cabeça, às vezes não houvesse rumo algum. O alvo era um político soviético corrupto que havia ganhado milhões com a fabricação de armas químicas para o governo iraniano. Ele havia matado um de seus companheiros na KGB e ela estava determinada a dar o troco, congelando todos os seus bens e mandando ele para a UTI. No entanto, ela não era a única pessoa atrás de fazê-lo pagar.

– Pronto, senhor – uma voz masculina falava ao celular na sala de estar. – Pegamos o sujeito.

Apenas o tempo suficiente para que ele finalizasse a chamada. Ao retornar o aparelho telefônico ao bolso do paletó que ainda estava manchado de sangue, ele sentiu seu peito apertar. Alguns segundos e sua boca sentia um gosto amargo. Quente. O impacto da faca com a pele clara do assassino fez com que suas pernas fraquejassem. Estava começando a esfriar. “Babaca” O sangue saía grosso e escuro de sua boca e ele pôde ver os cabelos longos e ruivos lhe dando as costas.

– Não foi o seu dia de sorte – ela apanhou sua credencial do chão. – Ibrahim Ghalib. Dimitrov era o meu alvo... E você atrapalhou meus planos.

A ruiva passou pela cozinha e acompanhou com os olhos os dois homens da segurança que ela também apagou. Era tudo o que precisava para tornar seu dia ainda melhor. Olhou para o celular, sem sinal de Clint ainda. “Não me venha com gracinhas, Barton. Hoje eu não tô nada boa.” Ela pensava. Passou pela garagem de Dimitrov e de todos os carros, escolheu o que menos chamava atenção: um Audi R8 conversível prateado, com destaques em preto e aros cromados. Aquilo até poderia lhe render um belo sorriso se sua missão não tivesse falhado. E ela odiava falhar. Fez ligação direta e saiu cavalgando pelas ruas de Berlin, seguindo para o seu apartamento a mais de 80. Não estava pensando direito.

Seu apartamento, na verdade, era um vão de quatro cômodos que abrigava uma dúzia de móveis, alguns eletrodomésticos e um tapete. Já havia ficado em lugares piores. Muito piores. Tirou os sapatos e simplesmente os arremessou até o outro lado da sala. Ali ficariam até que ela precisasse deles novamente. O uniforme da S.H.I.E.L.D. foi retirado com mais cuidado, enquanto ela dirigia-se até o quarto. Deixou-o em cima da cama e entrou no banheiro, procurando desesperadamente o chuveiro. Precisava esfriar a cabeça.

Enxugou os cabelos após um longo banho quente e apenas enrolou-se numa toalha branca felpuda. Não queria ter que fazer mais nada naquela noite. Retirou uma lasanha fria da geladeira e a colocou dentro do micro-ondas, mesmo estando sem apetite. Precisava comer. Jogou-se no sofá com o prato, dando uma garfada a cada cinco minutos, até que sentiu o celular vibrando. Era a mensagem de texto, finalmente.

“Cheguei. Ainda tem lasanha na geladeira? - Clint.”

– Tem, idiota – ela jogou o celular sobre o tapete, enquanto levava seu prato de volta para a cozinha.



(...)



– Desgraçado! – Skye deu um soco na viatura, arrependendo-se logo em seguida.

– Acalme-se Skye – Coulson segurou o seu pulso e olhou discretamente para sua mão que começava a sangrar – É exatamente isso o que ele quer. Nos abalar. Fazer com que percamos o juízo...

– Pois está funcionando! – Ela olhou para a sua mão e fez uma careta de dor.

– Skye – Jemma olhou para a amiga docemente, tentando acalmá-la – Sua mão...

– Eu sei, Simmons – a garota disse despreocupada – Daqui a pouco cuidamos disso.

– Skye, foco aqui – May tocou seu ombro, fazendo-a olhar pra ela – A Hidra ainda existe. Precisamos canalizar nossas energias para acabar com essa praga de vez!

– May está certa, Skye. Ficar com raiva agora só vai nos atrasar. Quando o pegarmos... Ele terá o que merece.

– Como será que ele fugiu? – Fitz apareceu na conversa.

– É o Ward. – Skye disse, suspirando logo em seguida.

– Vamos, precisamos nos preparar. Nosso reforço chegará em breve. – Coulson lembrou, pondo um fim à “reunião”.

Todos saíram do estacionamento de volta para seus aposentos. Jemma tratou de enfaixar a mão de Skye e Fitz estava junto com elas. Ele havia acordado ha três dias, mas Simmons só permitiu que ele se levantasse naquela manhã. Seu braço ainda estava engessado e foi recomendado que ele não fosse mandado em nenhuma missão por pelo menos duas semanas, devido às crises de falta de ar que ele estava tendo vez por outra. Ainda assim, todos estavam felizes em vê-lo de pé, mesmo com esse contratempo com a Hidra.

– Como está essa mão? – a voz de May adentrou o laboratório.

– Louca pra socar a cara do bastardo – ela disse, impulsivamente.

– Skye – May deu um suspiro, aproximando-se dela – Nosso próximo treino será de auto-controle. Você não pode ir a combate desse jeito.

– Falou a mulher que afundou a cara do Ian Quinn de porrada – ela respondeu um tanto rude, ainda irritada com Ward.

– Você estava numa câmara – ela aproximou-se da garota, tentando fazê-la entender a situação – Pálida, sangrando... Entre a vida e a morte. O desgraçado atirou em você a sangue frio... Era mais do que eu podia aguentar no momento.

Skye engoliu em seco e mudou de expressão. Apenas ficou estátua, ouvindo a asiática confessar aquilo. Olhou para baixo e se sentiu um pouco envergonhada de ter explodido com ela, quando isso não era sua culpa.

– Desculpa, May – ela voltou os olhos para sua O.S. – Você está fazendo muito por mim. Me empenharei em ser a melhor, assim como você. Eu prometo – a garota sorriu.

– Eu não sou a melhor – a asiática discordou, com um leve sorriso nos lábios.

– Pra mim você é – Skye tocou o ombro dela sorrindo.

– Pessoal – a voz do diretor ecoou novamente, dessa vez no laboratório. – Eles estão aqui.

May desfez o sorriso e bufou por ali. Skye percebeu.

– Qual é o lance, May? – ela aproximou-se discretamente da piloto, o que não era do seu feitio, ser discreta. – Tá na cara que você tem alguma coisa contra alguém desse grupo.

– Nada.

– Nada? – ela insistiu.

– Nada – a piloto manteve sua postura.

– Okay, então – Skye levantou as mãos, se rendendo. – Quando quiser contar... Você sabe onde eu moro.

A garota deu as costas para a mulher e seguiu o novo diretor da S.H.I.E.L.D. Melinda ainda sorriu dessa última frase, lá atrás. “Essa garota é impossível” pensou ela, enquanto seguia a contragosto o líder da equipe.


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Notas finais do capítulo

* May sendo fofa com a Skye

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