O Informante escrita por Jessyhmary


Capítulo 13
Máquinas Voadoras


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!! Queria me desculpar e esclarecer uma coisinha... Tipo... Esse capítulo era pra ter sido postado ontem a noite, mas a minha querida irmazinha fez o favor de reiniciar o wi-fi e depois meu note ficou em rede limitada até agora quando consegui ajeitar, so... Mas... Aqui está ele, espero que curtam.

#BoaLeitura :)



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* Berlim, quatro semanas atrás.



– Tô com saudades do meu cabelo.

– Cala a boca, idiota! Vai estragar o nosso disfarce.

– Adoro o modo como você é carinhosa comigo, Nat.

– Não enche, Clint! Você me conhece há anos...

– Wow, wow, wow – ele levantou as mãos em sinal de rendição. – Temos algum problema aqui?

– Temos. E o nome dele é Clint Barton – ela sussurrou, enquanto vasculhava o dormitório de um dos agentes da HIDRA.

– Nossa... Esse é um daqueles dias em que os seus níveis de hormônio atingiram um ponto...

– A única coisa que vai ser atingida aqui será a sua cabeça se você não calar a boca.

Falou – ele afastou-se dela e começou a remexer embaixo da cama, procurando por pistas. – Eu sei que você ainda está bolada com o fato de termos entregado nossos amigos para a HIDRA, mesmo sendo escolha deles...

Não tô bolada com isso.

Eu sei que não, Natasha – ele respondeu ironicamente. – Você é uma assassina sem escrúpulos que não deu a mínima pro fato deles terem sido torturados e quase mortos pra que nós entrássemos aqui e fizéssemos o trabalho... Não esquenta.

– Você acha que me conhece com a palma da mão, Arqueiro.

– Você acabou de dizer que eu te conheço há anos.

– E pelo visto não é o suficiente.

– Pra mim tá de bom tamanho. Eu sou o que chega mais perto disso. Nenhum outro ser da Terra seria capaz de passar o tempo que eu passo com você – ele respondeu, cinicamente inocente. – Corrigindo: nenhum outro ser da Terra aguentaria passar o tempo que eu passo com você.

– Devia ter notado isso antes de ficar preso comigo nessa droga de... Nessa base estúpida! Argh! Tô com nojo de você!

– Nossa, que novidade...

– Olha, cara... Eu tô falando muito sério aqui – ela virou-se pra ele e colocou as mãos na cintura. – Ou você cala a boca agora ou eu aproveito que estamos no terceiro andar e te empurro lá embaixo com as suas flechas e tudo, pra todo mundo saber quem você é.

– Você não faria isso.

– Não me teste, Clint. – ela pronunciou com os dentes cerrados e dando mais um passo na direção dele. – Meus níveis hormonais não te colocam numa posição muito favorável aqui. É com a viúva-negra que você está lidando.

– Eu sabia! – Zombou em tom triunfante enquanto saía pela porta do quarto o mais rápido que podia.

– Idiota! – ela bufou, tanto pela raiva como pela frustração de não ter encontrado pistas. – Devia ter acabado com você naquele dia... Se eu ao menos pudesse... Se ao menos eu ainda... Esquece! – ela desistira de falar, mesmo sabendo que ele não a ouvia.

Havia apenas três dias que eles adentraram a base inimiga. O plano fora executado como combinado e os dois se passaram pelos agentes da HIDRA que ficaram pelo caminho. Natasha e Clint precisavam agora descobrir tudo o que podiam sobre a HIDRA e sobre como eles conseguiram se infiltrar na S.H.I.E.L.D por tanto tempo. Bem, pelo menos essa era uma parte da missão.

Natasha não lembrava exatamente em que momento daqueles últimos anos ela havia se tornado tão humana. Em que momento ela havia conseguido dominar a parte do seu cérebro que apontava a palavra “matar” como a primeira opção viável para eliminar qualquer tipo ameaça? Talvez sua entrada na S.H.I.E.L.D. tenha significado alguma coisa. Talvez seu envolvimento com Barton tivesse resultado em muito mais do que numa aventura louca, porque pra começar, eles estavam juntos naquela desde que ela havia posto o primeiro pé na sala de Philip Coulson. Ele praticamente esteve lá quando ela não via mais sentido para as coisas serem do jeito que são.

Barton havia pisado na bola. Okay, ele sabia muito bem como lidar com Natasha e o seu peculiar senso de humor era praticamente disco arranhado para os ouvidos dela. Não a incomodava nenhum pouco ouvir sobre o como ele era idiota às vezes, e a verdade é que de tanto ouvir àquilo ela já havia aprendido a admirar a forma como ele lidava com as coisas. Mas, naquele dia em questão, ele havia mencionado sua cruel infância no circo no mínimo três vezes e cometera o erro de falar da ex-mulher duas exatas vezes. Clint Barton havia cometido dois pequenos erros naquele dia, e Natasha não estava disposta a entender aquilo. Não numa situação como aquela.

– Encontrou algo? – ela perguntava pelo comunicador, tentando parecer indiferente. – No dormitório do Bloco A, o máximo que eu descobri foram quatro traíras da S.H.I.E.L.D. Cruzei alguns dados e descobri que eles estavam infiltrados na S.H.I.E.L.D. No mínimo devem ter ficado na Triskelion para reunir informações antes de virem pra base.

– Ratos... Por quanto tempo eles estiveram na S.H.I.E.L.D?

– O que ficou mais tempo passou seis anos. Os outros foram cinco e quatro anos.

– Como puderam deixar a S.H.I.E.L.D por algo tão ridículo? Não somos livres o caramba! Deixa só a gente pôr as mãos em...

– Em quem, Comandante Whedon?

Clint engoliu em seco e apertou mais ainda o comunicador próximo à boca.

– Karl Whedon para a base II, avisar a todas as unidades! Amanhã será o dia de vir à luz! Todos os nossos infiltrados serão convocados para o espetáculo de abertura! Que a humanidade perceba a extensão do nosso tempestuoso trabalho! HAIL HIDRA!

– Tudo bem, comandante Whedon, não precisa disso tudo...

– Nossos cadetes precisam de um pouco de inspiração não acha? Que o vermelho da nossa bandeira pregue os nossos ideais germânicos até o último deles...

– Okay, okay... Continue seu discurso no alto-falante, preciso posicionar as tropas.

– Considere feito, Senhor!

– Que seja.

Natasha apenas ouvira tudo de braços cruzados. Não acreditava que tinha ouvido tudo aquilo logo depois do jantar. Já estava começando a dar um embrulho no seu estômago.

– O que foi isso, Barton? – ela perguntou logo após constatar que o cara havia saído de perto dele.

– Eu improvisei. E aí, como me saí?

– Se tivesse dito mais duas frases eu juraria que você era o próprio Caveira Vermelha em pessoa! – ela respondeu, irônica.

– Sério? Fui tão bem assim?

– Claro que não, idiota! – ela revirou os olhos. – Quase botou tudo a perder! Agora volta pra cá! Não precisamos cometer mais nenhum ato suspeito por hoje.

– Pô Natasha, magoou, hein! – ele coçou a cabeça e configurou o GPS para voltar para onde ela estava. – Eu fiz três semestres de teatro quando saí do circo...

– Só chega logo aqui, cara. – ela suspirou. – Não quero mais quebrar minha cabeça por hoje.

– Tô a caminho.

Natasha soltou o telefone em cima da sua nova cama e imaginou seu apartamento por alguns segundos. “Droga, Fury” ela reclamava mentalmente. “No que você foi meter a gente?”



(...)



– Uau! Onde você conseguiu essa moto voadora? – Skye olhava espantada para o veículo lilás enquanto Natasha e Melinda torciam o nariz mais atrás delas.

– Não é bem uma moto, mocinha. Está mais para um trenó sem as renas – Kate tirava o capacete e tentava ajeitar seu cabelo bagunçado – Olha só, nem tem rodinhas... Mas todos acabam chamando de moto mesmo... Nem adianta botar nomes nas coisas...

– E como é o nome “original”? – Skye fez as aspas com os dedos.

– Veículo Aéreo Leve de Emergência. – ela disse, revirando os olhos. – É um nomezinho vagabundo, na verdade. – ela falou sem cerimônias, fazendo Phil arregalar os olhos com a afirmação.

– É ridículo mesmo – Skye concordou. – Eu mesma vivo mudando os nomes que uns e outros me impõem, sabe? – ela falou, com um perceptível tom de ironia.

– É, eu vivo fazendo isso também – Kate concordou com a garota e deixou seu veículo no estacionamento. – Eu sou Kate. Kate Bishop – ela estendeu a mão para cumprimentar Skye. – Acho que vamos nos dar bem. Você parece ter algum senso de humor, o que vamos concordar, anda em falta na maioria das pessoas que trabalham em coisas assim.

– Tá deixando o Stark de fora dessa conta, Katiezinha. – Natasha falou com um sorriso fingido e cínico.

– Eu não disse que eram todos – ela retrucou com seu sorriso espontâneo. – Mas você se encaixa na coluna dos que não tem senso de humor nenhum, Nat.

– Não, querida. Isso que você tem não pode ser definido como senso de humor. É demência mesmo, acredite em mim.

Coulson sorria e May observava o diálogo sem esboçar muita reação, apenas revirando os olhos de vez em quando. Philip sabia com o que estaria lidando se chamasse aquela coisa lilás para dentro do Bunker, mas já estava feito e ele não se mostrava nenhum pouco arrependido de sua escolha. Skye apenas olhava para Nat e Kate com as sobrancelhas levantadas e os olhos espantados por assistir a uma discursão tão estranhamente infantil. Natasha não lhe parecia o tipo de mulher que se deixava atingir tão fácil por uma garota. Muito menos por uma garota como Kate.

– Então, Phil – a morena olhou para o Diretor com pouca cordialidade e analisou o local com os olhos. – Base legal, essa. Nunca estive em uma assim.

– Você já esteve em uma? – Skye perguntou.

– Não – ela balançou a cabeça e foi adentrando a base sem esperar convite. – Não uma assim pregada no chão – Skye sorriu com o modo que ela falava as coisas. – Só estive na maquinazona de aço que voa. Aquele troço é gigantesco e cabe alguns jatos e helicópteros... Enfim, só estive lá com o Clint uma vez.

– Oh Coulson! – Natasha e May reclamaram em uníssono e se olharam em seguida, estranhando aquilo.

– Venha, senhorita Bishop – Coulson ignorou a insatisfação das duas mulheres e voltou-se para a garota que devia ser ainda mais nova do que a Skye. – Esta é garota mais animada da nossa base. – ele apontou para a sua pequena agente e sorriu. – Ela vai apresentar-lhe a base e lhe explicar o modo como fazemos as coisas aqui.

– Sou eu – Skye se apresentou animada. – Skye. Eu vou te apresentar aos outros também. Você vai amar os nossos cientistas!

– Por que? São engraçados? – Kate perguntou, igualmente animada.

– Não – Skye olhou conspiradora pra ela. – Mas nós os deixaremos muito engraçados.

– Skye, isso não é uma colônia de férias – May interveio, antes que Romanoff explodisse ao lado dela. – A Senhorita Bishop apenas auxiliará na missão. Essa é uma missão muito séria e vocês estão perdendo o foco aqui. – ela olhou séria para as duas garotas que ficaram com cara de paisagem. – Skye, apresente tudo a ela e depois as duas iniciarão os seus trabalhos. Nada de envolver Fitz-Simmons nas travessuras de vocês.

Coulson olhou engraçado para May, estranhando essa atitude da parte dela. Desde quando ela se preocupava tanto assim com os dois nerds cientistas?

– May tem razão – Coulson a apoiava, deixando as duas garotas mais descontentes ainda. – Temos muito trabalho por fazer.

As duas mais novas concordaram e saíram pelo Bunker, saltando como coelhos. Coulson olhou para a ruiva e para a asiática e as duas seguiram na frente, como se dissessem: “Eu bem que avisei!” Coulson apenas sorria sem graça, se perguntando se colocar outra criança no Bunker havia sido mesmo sua melhor jogada.


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Notas finais do capítulo

Skye + Kate = BOOOOMMM!!!

— O que acharam??

#Itsallconnected #StandWithSHIELD #23thSeptember