Serendipity escrita por Fairy


Capítulo 9
Bubuia.


Notas iniciais do capítulo

hey hey, tudo bem?
to doente, mas mesmo assim to postando u-u que linda.

Capzinho chato só pra voces verem o que vêm por ai.

nome de cap nada a ver :S



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BUBUIA (s.);

''coisa ou o que flutua no rio. aquele que não tem nada para fazer''

P.V.O Annabeth

Segunda-Feira.

Acordei lentamente e puxei as cobertas acima da cabeça. Eu definitivamente não queria ir ao colégio.

Fiquei deitada durante mais dez minutos até tomar coragem e levantar. Espreguicei-me, afastei as cobertas e sai da cama, senti um frio cortante, mesmo que as cortinas e janelas estivessem fechadas, e rapidamente ajustei o termostato do quarto, deixando-o mais quente.

Então fui logo tomar um banho para ir ao colégio. Sai de roupão e com um coque malfeito nos cabelos, fui até o closet e escolhi uma roupa.

Uma meia-calça branca, saia vermelha acinturada e dois palmos acima do joelho, um suéter de lã branco, e um casaco preto. Coloquei botinhas de inverno com o cano baixo, e uma boina vermelha. Passei um batom nos lábios, vesti minhas luvas de couro e coloquei minha pulseira.

Peguei minha bolsa vermelha e sai do quarto.

Minha mãe estava sentada á mesa, assim como em todas as manhãs.

– Bom dia. – falei.

– Bom dia Annie, dormiu bem? – perguntou ela.

– Dormi sim.

Sentei-me á mesa, peguei um copo de suco de maracujá e uma torrada com manteiga.

Comemos em silencio até dar o horário de eu ir para o colégio.

– Eu vou indo. – falei e me levantei da mesa.

– Tenha um bom dia. – falou ela e me deu um beijo na testa.

Peguei minha bolsa ao meu lado, as chaves do carro e sai.

O frio do lado de fora continuava aumentando, eu não me lembrava de quando o frio havia sido tão intenso. Entrei no carro e logo dei partida.

Cheguei ao estacionamento do colégio e logo vi Thalia, Nico e Percy encostados no capô do carro de Nico conversando.

Peguei a minha bolsa do banco do carona, sai do carro e disparei o alarme, então fui até eles, Thalia e Percy seguravam copos de café do Starbucks fumegantes, pelo que eu pude ver.

– Deveria ser proibido vir pra escola em dias tão frios. – falou ela e logo me viu. – Hey Annie.

Eles viraram-se para mim, que sorri. Nico sorriu de volta e Percy apenas limitou-se a me olhar dos pés a cabeça e dar um gole em seu café.

– É hoje o primeiro ensaio de vocês para a peça, não é? – falou Nico sorrindo ironicamente.

Percy bufou irritado.

– Pois é, infelizmente. – falei revirando os olhos.

O sinal para a primeira aula soou.

– Qual a aula de vocês? – perguntou Thalia.

– História. – eu e Percy falamos em uníssono.

Ele me olhou e deu um sorriso de lado.

– Eu tenho Álgebra. – falou Thalia mal-humorada.

– Literatura. –falou Nico.

– É melhor eu ir para a sala antes que o professor Brunner me esfole viva. – falei e olhei para o Percy. – você vem Jackson?

Ele andou ao meu lado durante todo o caminho até a sala. Quando chegamos, o professor ainda arrumava as coisas para começar a aula, quando nos viu ele deu um sorriso e falou:

– Parece que a senhorita Chase, finalmente conseguiu chegar no horário. – falou ele.

Corei, enquanto Percy ria.

Nós andamos até os nossos lugares e esperamos o professor começar a aula.

– Bem alunos, como vocês já sabem, estamos na reta final do trimestre. Então para fechar de vez o assunto ‘’Mitologia Grega’’, primeiramente eu vou passar um trabalho em dupla, que vocês terão que me apresentar amanhã... – falou o professor.

A turma começou a reclamar.

– As duplas já foram escolhidas por mim! – falou o professor sobressaindo a voz. – Vocês irão escolher dois deuses gregos olimpianos ou não, falar sobre cada um e depois a relação deles. Lembrando que é para amanhã.

Os alunos reclamaram mais ainda, mas Sr. Brunner logo interrompeu.

– Eu vou falar as duplas. – disse ele e pegou uma lista de nomes. – Alice e Jasmim, Brandon e Lucy... Annabeth e Percy...

Olhei incrédula para o professor, depois para Percy que estava de cara fechada.

– Você está me perseguindo por acaso? – ele perguntou.

– Eu é que devia perguntar isso. – falei revirando os olhos.

Sr. Brunner continuou falando as duplas até todos já estarem com seus grupos formados.

– Não adianta pedir, que eu não vou mudar as duplas. – bufei irritada. – Agora a segunda parte, nós vamos fazer um acampamento...

A sala explodiu em animação.

– Vai ser em um camping mitológico, mas só depois da peça de inverno. – falou ele sorrindo com a animação de todos.

– Alguém tem perguntas sobre o trabalho ou sobre o acampamento? – perguntou o professor.

Uma garota levantou a mão. Brunner sinalizou para que ela prosseguisse.

– Todas as turmas vão para o acampamento ou só a nossa?

– Todas as turmas do 3° ano irão. – respondeu ele.

Ótimo. – pensei – pelo menos as meninas vão também.

Um aluno levantou o braço.

– Como vamos saber o que teremos que levar?

– Eu vou entregar uma lista com as atividades, coisas necessárias, horários, após a peça.

Como ninguém mais fez perguntas, Sr. Brunner deu inicio á aula do dia.

[...]

O dia passou tranquilamente... até a hora de ir embora.

Eu estava esperando Percy, encostada no armário dele, já que nós tínhamos o ensaio da peça e eu não achava aquele desgraçado em lugar algum. Thalia e Nico já haviam ido embora e nós já estávamos pelo menos quinze minutos atrasados.

Finalmente o idiota apareceu no inicio do corredor, andei até ele o fuzilando com o olhar.

– Você é doido ou o que? Esqueceu-se da droga do ensaio? – perguntei.

Ele passou a mão no cabelo despenteando-o mais ainda – e o pior é que ele ainda ficava bonito, argh – e sorriu debochadamente.

– Eu tive que resolver alguns assuntos, mas agora eu já estou aqui, vamos? Nós já estamos atrasados.

– Por sua causa! – falei.

Ele riu e me pegou pelo pulso puxando-me para a sala de teatro.

– Me solta seu bruto! – exclamei.

Ele me soltou e revirou os olhos, então continuou andando.

– Sabia que você parece uma garotinha mimada quando faz isso? Além de ser marrenta. – falou ele.

– Não me importo com a sua opinião. – falei dando de ombros.

Nós andamos em silencio até a sala do grupo de teatro.

Assim que adentramos na sala, a professora quase nos atacou.

– O que vocês estão pensando? Acham que podem se atrasar desse jeito? Teatro não é bagunça não! – falou ela histérica.

Pelo canto dos olhos pude ver Percy segurando-se para não dar uma de suas risadas sarcásticas, revirei os olhos.

– Deixem suas coisas no canto da sala, e venham para cá. – falou ela em tom autoritário.

Percy jogou sua mochila preta bruscamente no canto e foi para o circulo de alunos, eu apenas coloquei minha bolsa no gancho que havia na parede e fui me juntar ao grupo.

– Então alunos, como vocês sabem nós teremos que fazer uma adaptação escolar de Romeu e Julieta, já que a peça não é bem... Escolar. – falou a professora Karen.

Nós rimos.

– Bem, como é o nosso primeiro ensaio, eu darei os papeis de cada um e depois nós ensaiamos algumas cenas.

Então ela começou a dar os papéis.

– Capuleto – Johan

– Senhora Capuleto - Candice

– Julieta – Annabeth.

Revirei os olhos, e algumas meninas me lançaram olhares frios.

– Teobaldo – Ethan

– Ama – Cammile

– Pedro e Gregório. – Alex e Bryan

– Príncipe Escalo – John.

– Páris, o prometido de Julieta. – David.

– E Mercúrio. – Brad.

– Esses são os Capuletos, agora os Montecchio. – falou a professora.

– Montecchio – Miguel

– Senhora Montecchio – Jullie.

– Romeu – Percy.

Ele revirou os olhos e fez uma careta.

– Benvólio - Gabriel.

– Abraão e Baltasar. – Jesse e Harry.

– Frei Lourenço. – Dean.

– Frei João. – Marlon.

– O Boticário, que vende a poção á Romeu. – Chuck.

– E Rosalina, pretendente de Romeu que não aparece na peça original, mas nós vamos coloca-la aqui, que vai ser a Violet.

Olhei a garota que sorria feliz e a reconheci, era a garota que eu vi se agarrando com Percy na festa, a com cabelos pretos longos que iam até a cintura, corpo curvilíneo, olhos grandes e azuis e pele branca como porcelana.

Percy olhou para ela e lhe lançou um olhar malicioso e a mesma sorriu de volta para ele.

Eu, que apenas observava, soltei um riso discreto e revirei os olhos.

O garoto que interpretaria Paris, definitivamente era bonito, ele era forte, com cabelos castanho-escuros, olhos cor de âmbar, alto e sorriso branco.

– Ok, ok, todos já sabem seus devidos papéis, e os que não conseguiram, espero que fiquem para ajudar nos bastidores, agora como temos pouco tempo, vamos passar uma cena simples.

Todos concordaram e a professora nos entregou o texto da peça – que era enorme por sinal.

– Abram na pagina 20, a cena do balcão, que é uma das mais famosas escritas por Shakespeare. Annabeth e Percy se posicionem no centro da sala.

– Professora, só tem um detalhe – falei sem graça. – eu tenho medo de palco.

Ela simplesmente me olhou e falou.

– Você terá que superar, vocês não podem sair da punição, e eu não aceitarei nada menos que a perfeição na atuação de vocês.

Nós reviramos os olhos e começamos a ler as falas, tentando soar sinceros, o que é claro... não deu certo.

Sempre que Percy tentava recitar a fala, eu caia na gargalhada. Primeiro porque ver Percy tentando atuar era simplesmente cômico, e segundo, soava tão idiota que não havia como se segurar.

Enfim, depois de quase meia hora de falas erradas e gargalhadas, professora Karen deu o ensaio por terminado.

– Pelo menos para uma coisa esse ensaio foi útil, para eu saber que definitivamente vocês dois não servem e não sabem atuar. Eu terei que dar um jeito nisso. Estão todos dispensados.

Dei Graças a Deus e fui pegar minha bolsa. Joguei a bolsa sobre o ombro e então me lembrei de uma coisa importante. No mesmo instante olhei pela sala procurando o idiota do Percy, então o vi de relance saindo pela porta.

Sai correndo atrás dele, e consegui enfim o alcançar quando ele estava subindo na moto. O frio tinha aumentado muito, ventava forte e a neve caia com força.

– Percy! – gritei.

Ele me olhou com uma careta e tirou o capacete.

– O que é?

– Aonde você pensa que vai? – perguntei autoritária.

Ele me olhou como se eu estivesse louca.

– Para casa?

Revirei os olhos.

– Está esquecendo que nós temos o trabalho de mitologia para entregar amanhã?

Ele bufou irritado.

– Na minha casa ou na sua?

– Na minha é obvio, eu não correria o risco de ficar com você na sua casa. – falei irredutível.

– Você sabe que se eu quisesse fazer alguma coisa com você, não importava se fosse na sua ou na minha não é? – falou ele com um sorriso malicioso.

Olhei para ele enojada.

– Seu idiota. – falei e virei de costas e fui para o meu carro enquanto ele ria.

Dei partida e Percy me seguiu em sua moto.


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Notas finais do capítulo

deixem reviews. kisses.
até o proximo.