Waldeinsamkeit [s.];

" em alemão: a sensação de estar sozinho em uma floresta"

P.V.O Annabeth

Antes de chegar à escola , parei em um Starbucks e comprei uma bandeja com quatro cafés com creme e lascas de chocolate, e donuts de mirtilo.

Cheguei no colégio exatamente ás 6h10, e o local já estava lotado de gente com roupas pesadas de inverno e mochilas de acampamento.

Peguei todas as minhas coisas do banco de trás do carro e fui atras de Thalia, Nico e Percy.

— Meu Deus Annie, por que tanta coisa? - perguntou Thalia quando me viu chegando.

— Não é muita coisa! A mochila com as coisas do acampamento, e a que eu vou levar dentro do ônibus, e o café, já que eu imaginei que vocês não iriam comprar. - falei revirando os olhos – Será que alguém pode me ajudar?

Fiquei surpresa quando Percy revirou os olhos e pegou minha mochila, colocando-a ao lado da dele, que estava encostada no carro de Nico.

Thalia e Nico estavam encostados no capô do carro, Lia quase dormia nos braços dele. Fui até lá e me sentei ao lado deles em cima do capô, e coloquei a bandeja ao meu lado, enquanto comia. Logo Percy tirou a bandeja e se sentou ao meu lado com a bandeja de donuts em seu colo.

Cinco minutos depois Sr. Brunner chegou.

— Alunos, peço que formem uma fila com os formulários em mãos.

Todos formaram a fila lentamente – já que estavam praticamente dormindo – e entregaram os formulários conforme iam entrando dos ônibus.

Uma Ferrari prateada adentrou no estacionamento e de dentro dela, Luke saiu com a mochila pra o acampamento.

— Ele vai? - perguntei prendendo a respiração.

— Parece que sim. - falou Thalia agora bem acordada.

Luke ohou em nossa direção e lançou-nos um sorriso sarcástico e frio, enquanto Percy o encarava com cara de poucos amigos.

Ele pegou o formulário em sua bolsa e foi para o fim da fila, junto com seus amigos do time.

— Como ele têm coragem de aparecer aqui, depois de tudo? - perguntou Thalia.

— Ele quer provar que não se intimida. - falou Percy revirando os olhos.

Ficamos em silêncio durante um tempo.

O colégio tinha dois ônibus de viagem para excursões desse tipo, e os dois seriam usados para levar os terceiros anos ao camping.

Entregamos os formulários para o Sr. Brunner e entramos no primeiro ônibus, e como as malas já estavam no bagageiro, fomos direto aos assentos do fundo que eram um ao lado do outro. Aos poucos todos já estavam dentro do ônibus. O professor entrou e começou a ler os nomes de uma lista de chamada, conferindo se todos estavam ali, então o onibus começou a andar.

Coloquei meus fones de ouvido e dei play na primeira musica, encostei a cabeça no vidro e aos poucos, adormeci.

[…]

Escutei um barulho de flash e depois um gritinho histérico. Abri os olhos assustada e vi Silena na minha frente segurando o celular com um sorriso estranho.

— Vocês são o casal mais fofo que existe! - falou ela.

“Casal?” pensei

Percebi que minha cabeça já não estava encostada ao vidro, mas no ombro de alguém, que eu logo percebi, era Percy. Levantei rapidamente olhei para ele corada, que nem ligava.

— Já estou pensando em um nome para vocês. - falou Silena animada.

— Não somos um casal, Silena. - falei.

— Percyana? - ela fez uma cara feia – Não! Já sei! Percabeth, é perfeito.

— Fala sério Silena. - Percy revirou os olhos.

— Já chegamos? - perguntou Thalia acordando e coçando os olhos.

— Falta 5 minutos ainda. - respondeu Silena – Fala sério Thals, olha isso e me diz se não é o casal perfeito.

Ela mostrou a foto que havia tirado, o que fez Thalia rir e se virar para nós.

— Ela tem razão. Como é mesmo o nome? Percabeth – e gargalhou.

Eu e Percy reviramos os olhos.

O ônibus andou mais cinco minutos, e depois parou, exatamente como Silena havia falado. Esperamos mais alguns minutos dentro do ônibus então as portas se abriram. .Todos foram saindo aos poucos, já bem acordados e animados.

— O que será que vamos fazer primeiro? - perguntei pegando minha mochila.

— Eu espero que seja comer, estou morrendo de fome. - falou Thalia.

Demos risadas.

Todos já estavam fora dos ônibus, e conversavam na colina. A mais alta no perímetro do acampamento, a Colina Meio-Sangue tinha em seu topo um alto e único pinheiro, e uma réplica perfeita do Velocino de Ouro dos mitos estava sobre os galhos do enorme pinheiro. E um enorme dragão roxo de madeira estava logo ao lado do pinheiro, e aparentemente seu nome era Peleu, como dizia a placa.

Professor Brunner logo tomou a frente da algazarra de alunos e começou a falar:

— Bem- vindos ao Camping Graecus alunos, logo abaixo vocês podem ver a Casa Grande, onde fica a administração do camping, qualquer problema se dirijam até lá, é onde ficarei durante esses três dias. Argus, o chefe de segurança também fica ali, e a enfermaria caso precisem de atendimentos médicos. - Explicou ele – Agora sigam a instrutora de atividades, Zõe Nightshade, ela irá fazer um tour com vocês pelo acampamento e então os levará até onde vocês ficaram. Nos vemos logo.

Ele se virou e caminhou em direção à Casa Grande, e então nos viramos para Zõe, nossa instrutora. Zoe era uma garota alta e graciosa, com uma pele acobreada, cabelos de seda longos e pretos, um nariz arrebitado e olhos negros como rochas vulcânicas, e usava uma tiara prateada ao redor de sua cabeça. Tinha uma aura de realeza, e seu olhar era como de uma princesa persa.

— Vamos começar com o tour, como vocês já sabem, essa é a Colina Meio- Sangue. - ela começou andar – Ali é a quadra-de-vôlei, e ali Arte e artesanato, onde os campistas são encorajados a fazerem seus próprios projetos.

“ Do outro lado, fica o Anfiteatro, onde sessões de “cante conosco” noturnas são realizadas, além de outras reuniões, como a cerimônia de encerramento do acampamento e as fogueiras, e a parede de escaladas, nenhum verão no acampamento estaria completo sem uma tentativa na parede de escaladas. Se você puder chegar ao topo, apesar da lava descendo pelos lados e as paredes rochosas ressoando e se batendo, então você certamente tem o necessário para ser um herói.

Aqui a Casa Grande, que seu professor já descreveu para vocês, e logo ali o lago de canoagem, e seguindo mais para frente a praia dos fogos de artificio, onde fogos de artifício são uma tradição do 4 de Julho no Camping Graecus, e esta noite é um dos pontos altos do verão para a maior parte dos campistas. A praia também é onde alguns exercícios de treinamento em águas profundas ocorrem.”

Enfim, depois ela nos mostrou o Mess Hall, onde as refeições eram servidas em um lindo pátio aberto com vista para o mar, os chuveiros e os banheiros, apontou de longe os chalés que ela mostraria depois, a Arena, onde aconteciam os duelos de espada e desafios, o déposito de armas ( todas artesanais claro), a Forja, os Campos de Morango, e o Estabulo dos Pegasos ( cavalos ). Quando apontou para a Floresta do Norte, deixou muito claro que aquele era território proibido para nós durante a noite se estivessemos sem o auxilio de algum instrutor ou professor, já que poderia ser bem perigosa. E por ultimo o Estreito de Long Island.

Aquele Camping era enorme, e lindo, sem duvidas seriam três dias otimos!

Logo em seguida, Zõe nos levou de volta para a área dos chalés.

— Apesar de não ser aqui que irão dormir, vou explicar para vocês cada um dos chalés. - falou ela. - à exceção das cabines de Zeus e de Hera (que ficam bem no meio), as cabines dos deuses maiores ficam à esquerda e à direita, formando um U.

“ Chalé 1, Zeus : Eles são líderes naturais e muitos, como Héracles, são conhecidos por suas tremendas força e bravura. Chalé 2, Hera : como deusa do casamento, Hera nunca teve filhos com ninguém além de seu marido, Zeus. Sua cabine serve apenas como um tributo à deusa, já que nenhum dos campistas de verão tinha sua personalidade. Chalé 3, Poseidon : não há muito o que falar sobre o deus-mar. Chalé 4, Deméter : suas crianças também tendem a ser bonitas, amáveis e boas com plantas. Chalé 5, Ares: é difícil não reconhecer as crianças de Ares, com seu perímetro de arame farpado, muros vermelhos e raivosos e rock retumbando lá dentro. As crianças de Ares têm orgulho de suas reputações como guerreiras. Chalé 6, Atena: as crianças de Atena têm sempre sido as “máquinas pensantes” do acampamento. Elas tendem a planejar as melhores estratégias e dar os melhores conselhos. Chalé 7, Apolo: os filhos de Apolo são alguns dos melhores arqueiros no mundo (apesar de as Caçadoras de Ártemis contestarem isso). A Cabine Sete também é famosa pelos seus talentos musicais, e freqüentemente lideram as sessões de música do acampamento. - então ela assumiu um expressão de contentamento – Chalé 8, Artémis: Meu chalé. Artemis prometeu ser uma eterna donzela, então ela não tem filhos. No entanto, a deusa tem um grupo de seguidoras imortais conhecidas como as Caçadoras de Ártemis, usualmente, isso leva a um grande problema: as Caçadoras estão vencendo os campistas por 47 a 0 na captura à bandeira. Chalé 9, Hefesto: Hefesto têm crianças que são ótimas artesãs. Quer uma nova espada forjada ou um novo conjunto de armadura? A Cabine Nove é o lugar a se ir. Como seu pai, os campistas tendem a ser fortes e rudes. Eles podem não ser bonitos e podem não ser os guerreiros mais ágeis na batalha, mas você não quer entrar numa queda de braço com esses caras. Chalé 10, Afrodite: essas crianças fazem as Gossip Girls parecerem introvertidas. Para as crianças da deusa do amor, socializar é tudo. Elas, algumas vezes, são consideradas fúteis, porque se preocupam muito com a aparência e adoram fofocar sobre quem está saindo com quem, mas algumas das crianças de Afrodite também têm habilidades poderosas. Chalé 11, Hermes: As crianças de Hermes são notórias pregadoras de peças mas, como seu pai, são espertas e adoram aventura. Muitas crianças de Hermes se tornaram homens de negócios bem-sucedidos, ou ladrões, ou os dois. E por fim, Chalé 12, Dionísio: As crianças de Dionísio têm uma habilidade natural para fazerem crescer videiras, especialmente uvas, e eles sempre sabem como se divertir.

Enfim, esses são os 12 chalés, cada um com seu deus patrono olimpiano. Eles se tornam cheios quando chegam o verão e chegam os campistas, que moram nos chalés, segundo as personalidades que têm em comum com o deus, que acaba se tornando seu patrono. No fim do terceiro dia de vocês, cada um descobrirá quem é seu patrono segundo suas personalidades.- falou ela. - As meninas dormirão perto do Mess Hall e os meninos perto da Arena, onde montarão suas barracas. Os meninos estão estritamente PROIBIDOS de chegar perto da área das meninas – enfatizou Zoe.

“ É claro que seu patrono é Ártemis ” pensei

Os meninos começaram a caminhar para o lado deles, e nós fomos para o nosso. Comecei a montar minha barraca entre Silena e Thalia, e podia ver Rachel ao lado de Silena e Violet atrás de mim montando suas barracas. Todas faziam o trabalho enquanto conversavam.

— Vocês viram como os garotos ficaram de olho na Zoe? - falou Rachel.

— Pena que não tem nenhuma chance dela dar moral para algum deles. - falou Thalia e nós demos risada.

Logo após todas as garotas terminarem de montar suas barracas e arrumar suas coisas, Zoe aparece.

Depois de comermos algo - para a alegria de Thalia - fomos instruídos a voltar às nossas barracas e colocar as roupas mais quentes e confortáveis, para a primeira atividade do acampamento.

As únicas dicas que tínhamos a respeito do que seria era o que Brunner havia falado enquanto comiamos:

— Será uma prova longa, vocês terão que andar, e testar seus conhecimentos sobre mitologia grega. A prova será na floresta norte, tragam suas bússolas e cantis. Nos vemos em 30 minutos.

Coloquei uma calça de couro marrom, um suéter ultra grosso de lã e uma jaqueta verde-musgo esverdeada impermeável. Escolhi um coturno preto para a caminhada, e coloquei um cachecol e luvas. Peguei minha mochila e coloquei a bússola o cantil e uma lanterna para último caso, apesar de Brunner não ter pedido. Provavelmente não iríamos ficar tanto tempo assim na floresta. Após estar pronta, esperei as meninas ( Thalia, Silena, Clarisse, Rachel, e Reyna ) para irmos até o ponto de encontro marcado por Bruner, em frente à floresta.

[...]

Todos já estavam no ponto de encontro, agasalhados ao máximo, já que apesar de não nevar fazia muito frio ainda mais perto da floresta.

Eu esperava a chegada do professor junto à Nico, Percy e Thalia, que sabiam o mesmo que eu sobre a prova, ou seja, quase nada.

Enfim pude ver a chegada de Brunner. Quando a algazarra cessou ele pode falar:

— essa prova será dividida em 3 etapas e vocês terão que achar o posto de controle dentro da floresta sozinhos. Assim que encontrarem o posto consequentemente acharão alguem que lhes dará um enigma para resolver e só assim poderão passar para a próxima fase. Entendidos? - todos assentiram - Como a Floresta do Norte é um lugar um pouco perigoso para se perambular sozinho mesmo de dia, vocês farão isso em duplas.

Todos ficaram felizes, até eu. Porém a felicidade não durou muito tempo.

— Suas duplas serão aqueles com quem fizeram o trabalho bimestral. Já que juntos vocês adquiriram o conhecimento sobre essa mitologia.

"Merda" pensei. Olhei para Percy que suspirava forte e revirava os olhos logo em seguida, ele estava muito agasalhado mas mesmo assim sua roupa era inteiramente preta.

Fui para perto dele enquanto Thalia e Nico comemoravam por serem as duplas um do outro.

— Você ainda acha que isso não é perseguição? - perguntou Percy com um sorriso de lado - Tem certeza que não subornou o Brunner para fazer dupla comigo, loira?

— Cala boca, Jackson.

— Bem, a primeira etapa, é puramente orientação, para que vocês possam se acostumar a se orientar na floresta. - falou ele - Cada dupla irá ganhar um mapa. Boa Sorte.

Eu e Percy desejamos boa sorte a Thalia e Nico e as outras duplas e então adentramos na floresta, definitivamente aquele era um lugar sinistro. Andamos em linha reta durante uns bons minutos onde a trilha continuava constante, já não víamos mais nenhuma outra dupla além de nós. Caminhamos o tempo inteiro em silêncio, até chegarmos a uma bifurcação por onde a trilha se dividia em três direções, esquerda, direita, e reto adiante.

— O mapa, loira. - Pediu Percy.

— Eu dei para você Jackson, não está comigo.

Ele me olhou com uma cara brava.

— Também não está comigo, Chase.

— Não está na minha mochila, Merda.

— O que iremos fazer sem esse mapa? - falou ele estressado.

Pensei um pouco.

— As bússolas.

Pegamos as bússolas e começamos a caminhar. Apesar de algumas complicações, chegamos ao posto de controle em meia hora.

Encontramos nosso professor de Filosofia no primeiro posto de controle.

— Senhorita Chase e Senhor Jackson, houve algum problema? São os últimos a chegarem aqui. Nenhuma dupla teve problemas para me encontrar.

— Perdemos o mapa. - falou Percy simplesmente dando de ombros enquanto eu me envergonhava pela falta de cuidado.

— Entendo. - falou o Sr. Gabriel. - infelizmente não tenho nenhum mapa aqui comigo, terão de continuar com as bússolas.

Assentimos.

— Enfim, vocês começam a segunda etapa a partir de agora, entregarei uma lista com coisas que vocês deverão encontrar na floresta e após estarem com todas, trazerem de volta para mim. Essa segunda etapa é mais difícil do que a primeira. - avisou ele. - Para comprovar que passaram por mim, tenho que marca-los com um carimbo.

Ele nos marcou no pulso com uma carimbada "etapa 1 concluída", então nos entregou a lista.

— Boa sorte.

Andamos para nos afastar dele até uma encruzilhada, então olhamos a lista. Havia cinco itens.

— Simbolo de Hefesto, representação de Afrodite, moeda da Grécia Antiga, modo que Zeus descia à terra para seduzir suas mulheres e por ultimo simbolo do perdedor. - li.

— Sério isso? - perguntou Percy incrédulo. - Além de termos que procurar objetos no meio dessa floresta, SEM UM MAPA, temos que adivinhar o que são esses objetos.

— OK, primeiro temos que descifrar as pistas. - falei - Símbolo de Hefesto?

Pensamos durante pelo menos cinco minutos. Então me encostei ao carvalho ali perto.

— Eu não consigo pensar em nada. - suspirei.

Percy caminhou para perto de mim, mas antes que pudesse chegar, se agachou para pegar algo.

— O que aconteceu? - perguntei com o cenho franzido.

Ele se levantou

— uma moeda. - falou simplesmente com a moeda dourada de ouro na mão.

Cheguei mais perto e pude vê-la. Era uma moeda grande de ouro, com uma imagem de uma cidade de um lado e do outro uma oliveira.

— Isso é um dracma! A moeda da Grécia Antiga Percy!. - falei pulando de felicidade sem perceber que o tinha chamado pelo nome.

— Me chamou de Percy? - disse ele com um sorrisinho se aproximando, é óbvio que ele não deixaria passar.

— É claro que não, chamei de Jackson. - e tratei logo de mudar de assunto - um objeto já foi, faltam quatro.

— Grande progresso. - falou Percy revirando os olhos.

Ignorei-o.

— Eu estava pensando. O símbolo de Hefesto é a forja, então nosso objeto pode ser algo relacionado à forja, um instrumento, algo assim. - falei e ele não contestou.

— Talvez... Um martelo. - falou ele levantando o objeto depois de meia hora procurando algo relacionado a forja.

— Claro, um martelo seria a escolha mais óbvia, e é o simbolo do chalé de Hefesto!

Ao longo das 2 horas seguintes fomos achando, um a um, cada objeto escondido. A representação de Afrodite, acabou sendo nada mais nada menos do que um batom da M.A.C. E modo que Zeus descia à terra para seduzir suas mulheres,acabou se revelando como um chaveiro de águia. Enfim, só faltava a última pista, o símbolo do perdedor. Já estávamos pensando a mt tempo e nada nos vinha a mente.

— Isso é extremamente irritante. - falou Percy enfim dando um sorriso maldoso - Nos poderíamos achar um jeito mais interessante de passar o tempo não é, loirinha?

Ele foi se aproximando até ficar mt próximo de mim. E antes de que ele pudesse realmente me beijar o empurrei.

— Eu já sei! - falei me esquecendo do que ele tinha feito já que a lembrança tomava minha mente.

Percy muito perto. Tempestade de neve. Trabalho de história. Poseidon. Atena. A Cidade de Atenas.

— É isso Jackson! Atenas! - Ele me olhou sem entender. - Poseidon perdeu a cidade para Atena, é o símbolo dele que precisamos achar. O simbolo do perdedor!

— Um tridente? É isso que precisamos encontrar? - perguntou ele descrente revirando os olhos. - Então vamos logo, não aguento mais esse lugar.

Depois de alguns minutos encontramos um pingente de tridente perto de um tronco de árvore.

— Pronto! Agora podemos passar para a segunda etapa. - falei animada. - Vamos até o Sr. Gabriel.

— Muito bem! Vocês foram uma das primeiras duplas a passar essa etapa, cheguei a pensar que estava muito complexa, mas agora estou mais tranquilo. - ele carimbou nossos pulsos " etapa 2 concluída " - Prontos para a terceira etapa?

Assentimos.

— Como vêem, a sua frente tem uma trilha. Ao longo dessa trilha foram gravados em árvores no barro ou etc, letras que ao final, formarão a resposta de um enigma para o fim da corrida. Vocês tem que achar essas letras e resolver o enigma, então finalizarão a corrida. Vocês não são os primeiros a passarem por aqui, mas estão em vantagem com relação às outras duplas, ainda podem vencer, boa sorte - piscou ele e nós nos dirigimos à trilha.

— Estamos à letras da saída desse pesadelo, tem como não ficar feliz? - comentou Percy.

— Você feliz, Jackson? Acho que vai chover.

Ele revirou os olhos.

— Vamos logo com isso, por que eu acabei de achar a primeira letra. - falou ele indo até uma árvore e apontando para a letra "O".

Anotei a letra em um bloco de notas que eu tinha na mochila e continuamos.

— Acalme-se Jackson.

— E então, como vai sua mãe? - perguntou ele relaxado.

Fiquei estática e rígida.

— Está tudo ótimo! Por que o interesse?

— Eu só queria ver qual seria a sua reação - disse ele sorrindo sarcástico - e tenho que dizer, você é péssima em disfarçar emoções.

— Uma característica que ao contrário de mim, você tem em abundancia, não é? - revirei os olhos.

Ele apenas continuou sorrindo, como se confirmasse cada palavra minha.

— Achei outra. - falei indo até uma folha de planta, onde estava um adesivo com a letra "D" e continuamos andando. - Não pense que eu esqueci o que você tentou fazer lá atrás.

— Está dizendo quando eu fiz você ter lembranças que nos ajudaram? - falou ele ironicamente.

— Lembranças? Você quase me beijou, e iria ter feito isso se eu não o afastasse. - briguei.

— Loira, se eu realmente quisesse, teria feito. - finalizou ele com seu sorriso habitual e saiu da trilha anotando a próxima letra, "A".

Continuamos andando ao longo da trilha em silêncio, o que nos rendeu atenção, e nos fez encontrar mais duas letras, o "L" e o "E".

— Olha quem nós encontramos pelas trilhas da vida. - apareceu Luke com seu companheiro de time.

— Até aqui Castellan? - revirou Percy os olhos.

— Ora Jackson, só queria ter o prazer de esfregar na sua cara que eu irei ganhar até nessa corrida ridícula.

— Até? O que mais você irá ganhar Luke? - perguntei e o olhar que ele lançou sobre mim me fez estremecer.

— Espere e verá, Annabeth. - então antes que Percy pudesse avançar sobre ele, ele decidiu que era mais sensato sair dali.

— Anda, temos que encontrar a última letra e vencer esses babacas. - falei.

— Wow, isso saiu mesmo da sua boca santa loirinha? - zombou Percy me fazendo revirar os olhos.

Andamos mais alguns minutos até achar a ultima letra.

—Achei! - gritei animada apontando para um outro "D". - Vamos logo, ainda temos uma chance de ganhar.

Fomos até o Sr. Gabriel para resolvermos o enigma da palavra e poder finalmente sair daquela floresta.

— Então, acharam todas as letras? - perguntou ele e assentimos - Pois bem, o enigma: É aquele que fez as mais brilhantes criações da mitologia porém uma delas foi a sua destruição.

Pensei um pouco até gritar:

— DÉDALO! - o Sr. Gabriel sorriu.

— Vão em frente. - carimbou nossos pulsos e nós seguimos caminho.

— Se formos por essa trilha nunca ganharemos, é obvio que eles estão à nossa frente. Temos que tomar um atalho. - falou Percy.

Pensei um pouco a respeito.

— Tudo bem, vamos.

Percy tomou a frente e começou a entrar no meio da floresta. Andamos, andamos e andamos mais um pouco.

— Nós estamos andando em círculos, Jackson!! Estamos perdidos! - gritei com raiva.