Nunca pensei que ser mãe fosse ser tão difícil. Finalmente entendo a expressão “aquilo foi um parto.”. Natalie nasceu ontem. Ainda estou exausta.

Effie quase chorou de emoção quando perguntamos se ela queria ser a madrinha, só manteve a compostura para não borrar a maquiagem. Acho que Haymitch não gostaria de tanta responsabilidade agora então Beete é o padrinho.

Obviamente ainda estou de repouso no hospital, que foi construído faz dois anos aqui no 12. Felizmente desde a queda da Capital os distritos pareciam melhor organizados e com uma melhor estrutura.

Minha mãe estava sentada em uma cadeira com a neta no colo. Tinha tirado uma licença no trabalho para conhecê-la, era a primeira vez em que ela vinha me visitar.

Foi então que a porta se abriu. Peeta entrou com um sorriso no rosto e um pacote com o logo da padaria. Cheirava a chocolate.

– Bom dia Sra. Everdeen. – ele cumprimentou.

– Ora Peeta pode me chamar de... de...– ela pensou – esquece.

Realmente ignorou este último comentário. Veio até mim ainda sorrindo e pegou minha mão.

– Trouxe bolo de chocolate. – falou.

Peguei o pacote com uma fatia de bolo. Era uma das coisas que me acalmava quando estava no período de gravidez. Minha mãe percebeu aquilo como um sinal e entregou a pequena para Peeta nos deixando sozinhos.

– Natalie realmente é um ótimo nome. – comentou ainda alegre olhando para ela.

– Que bom que gostou. – Fora um pouco difícil de achar um nome para ela. – Mas acho que vou deixar escolher o nome do próximo, não sou muito criativa.

Demoraram menos de dois segundos para que relevasse o que eu dissera. Seus olhos brilharam.

– Próximo? – questionou estupefato. – Entendeu filha? Você vai ter um irmãozinho ou uma irmãzinha.

– Talvez em uns quatro ou cinco anos. – acrescentei.

– Demore o tempo que precisar. – me beijou. – Já disse que você é a melhor esposa do mundo?

– Várias vezes. – sorri. – Mas quanto a mim, já disse que não encontraria nenhuma pessoa que chegasse aos seus pés? – nunca pensei que pudesse soar tão melosa.