Us Against The World! escrita por MariCross


Capítulo 2
Preparativos!


Notas iniciais do capítulo

Opa, falae, gente linda! Sou eu, a autora mais linda e diva do mundo (-q, não.). Faz um tempinho, né? Bom, cá estou eu, às duas da manhã, divamente postando o segundo capítulo dessa história incrível, esperando que vocês apreciem a leitura. Esse capítulo é mais para vocês terem uma prévia de quem vai estar presente tentando arruinar (ou salvar) o encontro do Tetsu com Kazu... Ele não está curto, então nem venham reclamar (risos). Espero que vocês gostem~!



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Rementente: Akashi Seijuro

Assunto: Reunião de Emergência

A todos que estão recebendo esta mensagem, estão convocados a participar de uma reunião emergencial hoje. Sua participação é obrigatória, então espero que todos estejam pontualmente presentes caso não queiram arcar com as concequências de me desafiar. O endereço e o horário seguem na mensagem a seguir. Um bom dia a todos.

–A

. . .

Sexta-feira, 14:01h – Localização: desconhecida.

– Senhores, temos uma situação bastante complicada em nossas mãos. – Disse o ruivo, andando lentamente de um lado para o outro, usando um tom bastante sério, chamando a atenção de todos naquela sala.

Os outros apenas o observavam atentamente, esperando por más notícias. Kise até chegou a engolir seco, imaginando apenas o pior, já se preparando para soltar um rio pelos olhos.

– Segundo as recentes informações que recebi nesta manhã, Tetsuya e o bastardo decidiram se encontrar amanhã. Precisamos de um plano de ação, então estou aberto à sugestões. – O imperador disse com um tom que flutuava da raiva para a preocupação.

Cada um dos rapazes presentes ficou pensando em alguma coisa, enquanto encaravam uns aos outros, esperando que alguém se pronunciasse. De repente, Aomine levantou a mão, surpreendendo a todos naquela sala. Afinal, era mais do que conhecida a fama de que Aomine não era um grande pensador do grupo.

– Por favor, Daiki: Diga-nos o que tem em mente. – Akashi disse dando a palavra para o moreno, que inspirou profundamente antes de falar.

– Sou apenas eu que estou muito curioso com os meios do Akashi para obter informação? – Foi o que ele disse. Akashi podia jurar que nunca sentiu tanta decepção diante da estupidez de seu subordinado.

– Daiki, estamos em uma situação de crise. Não temos tempo para discutir isso. – O rapaz respondeu imediatamente.

– Eu também quero saber, Aka-chin! Diga-nos, diga-nos! – Murasakibara disse enquanto enfiava um pacote de gummy bears em sua boca e os mastigava de maneira impiedosa.

– Agora que esse tópico foi mencionado, também fiquei curioso. – Midorima concordou, ajeitando os óculos. Sua intenção não era realmente saber como Akashi obtinha informações, afinal ele tinha muito medo da resposta; mas ao mesmo tempo, queria desviar o assunto de Takao, então simplesmente aderiu a idiotice de Aomine.

– Akashicchi sabe sobre informações privadas de todos... – Kise comentou pensativo – Isso é tão perigoso. Devo ser mais cuidadoso.

– Espera, ele também sabe das minhas privacidades? – Kagami, que também estava presente na sala, finalmente se pronunciou.

– Obviamente vocês estão exagerando. Tenho sim meus meios de conseguir as informações que quero, mas não vejo qual é a relevância disto agora.

– Meios de um stalker. – Aomine comentou assobiando.

– Daiki, creio que você queira continuar com a sua língua intacta na boca. Então sugiro que se cale de uma vez sobre isso. – Depois da fala do ruivo, o às da Toou Academy finalmente se calou – Parem de desviar o assunto. Precisamos de um plano de ação imediatamente!

Kise levantou alegremente a mão quando uma ideia lhe veio a cabeça. Sendo assim, o imperador lhe passou a palavra, um tanto hesitante.

– Vamos amarrar o Takaocchi nu em uma árvore no dia do encontro! Tiramos fotos e espalhamos pela escola dele. – Kise disse sorrindo de uma maneira estranhamente inocente.

– Kise! Eu jamais deixaria você humilhar um jogador da Shutoku desta maneira. Sua proposta foi negada! – Midorima logo se pronunciou, em repúdio àquela ideia estúpida.

– Sou eu quem decidi o que é negado ou não, Shintarou. – Akashi respondeu rispidamente, fazendo com que o megane engolisse seco – Mas sim, Ryouta: sua proposta foi negada. Não faremos nenhum tipo de humilhação pública. Sua ideia foi estúpida.

– Eu tenho uma ideia, Aka-chin! – Murasakibara disse de boca cheia de balinhas, enquanto Kise se encolhia em um canto – Podemos cobri-lo de açúcar e arremessá-lo em um formigueiro! Assistiríamos ele sendo devorado por milhares de pontinhos pretos.

– O que?! Não podemos fazer isso! – Shintarou se levantou da mesa, sentindo uma veia saltar da testa, de tanta raiva que sentia. Ele mal podia acreditar no que estava ouvindo.

– Por que não? – O rapaz de madeixas púrpuras perguntou inocentemente.

– Isso é homicídio qualificado! E eu realmente não quero viver em uma cadeia para o resto da minha vida! – Midorima tentou se explicar calmamente. “Além do mais, estamos falando do meu... companheiro de equipe!” completou mentalmente.

– É só escondermos as evidências, Midorimacchi. Ninguém sentirá falta desse verme. – Kise complementou a fala do amigo com um enorme sorriso de orelha a orelha que o deixava terrivelmente assustador.

– Eu o criei bem, Ryouta. Estou orgulhoso. – Dizendo aquilo, o ruivo carinhosamente bagunçou os cabelos loiros de Kise, que riu um pouco. Midorima podia jurar que nunca viu uma cena tão traumatizante quanto aquela em toda sua curta vida – Mas não aplicaremos castigos fatais em ninguém. Alguém mais tem uma sugestão?

– Podemos tentar atrapalhar o encontro deles. – Kagami se manifestou, sem dar muita importância aos discursos anteriores.

– Sem machucar ninguém? – Kise perguntou parecendo confuso.

– Obviamente. Só precisamos fazer com que tudo dê errado. – O tigre disse sentindo-se um pouco desconfortável com a fala do loiro.

– Mas isso não tem graça, Kagamicchi. Sua ideia parecer ser chata. – O loiro respondeu fazendo um biquinho, deixando Midorima e Kagami boquiabertos.

– Eh... Ki-chin é um S*... – Murasakibara disse enquanto enfiava na boca um pedaço de chocolate – Você é assim na sua vida sexual também?

– Deixemos as preferências de Ryouta como um tópico para depois. – Akashi interrompeu o rumo estranho que aquela conversa estava tomando – Kagami Taiga, eu te dou o direito de se pronunciar nesta assembléia. Diga-nos o que exatamente tem em mente.

– Você sabe onde eles irão se encontrar?

– Precisamente: ele irão para o cinema neste sábado às 15h. O endereço exato ainda está combinando, mas logo obterei esta informação.

– Perfeito. Então deixem-me explicar o meu plano.

Todos se juntaram para ouvir as palavras de Kagami, que eram carregadas de raiva e ciúmes de Takao Kazunari. Tudo o que ele queria era que os dois não ficassem juntos e que Kuroko ficasse com ele, então obviamente precisaria da ajuda dos rapazes da Geração dos Milagres.

– Podemos primeiro fazer com que, durante o encontro, Takao pareça um parceiro impraticável. Para isso, necessitaremos de algumas armadilhas. – Kagami deu um olhar significativo a Akashi, que entendeu na hora que ele teria que bolar essa parte – E assim que Kuroko já estiver irritado com seu comportamento, damos um jeito de raptar a gazela saltitante e fazer parecer que ele simplesmente abandonou Tetsuya no meio do encontro.

Assim que todos escutaram o plano, começaram a discutir um pouco. Alguns estavam de acordo, outros achavam que podia-se implementar algumas coisas. Ainda sim, todos concordaram.

– Kagamicchi, e eu achava que eu era mau. – Kise sorriu inocentemente na direção do ruivo.

– S-só estou pr-protegendo o K-Kuroko. – Mentira, ele só estava se remoendo de ciúmes e queria fazer de tudo para que Takao não chegasse perto da sua sombra.

– O que importa é que temos um plano. – Akashi interrompeu imediatamente.

– Eu também não esperava um plano assim desse Bakagami. Estou impressionado. – Aomine admitiu dando os ombros, achando que estava fazendo um elogio.

– O único com as funções cognitivas em níveis ruins, até onde eu me lembro, é você, Ahomine. –Kagami usou as palavras mais inteligentes que encontrou em seu vocabulário para xingar o moreno. Agradeceria a Kuroko depois, pois fora ele que ensinara muitas delas.

– Retiro o que disse, cópia barata. Você continua um idiota.

– Parem com essa briga infantil e se concentrem um pouco. Estamos todos de acordo? – O imperador interrompeu antes que os dois começassem uma briga novamente. Assim que foi perguntado, todos responderam positivamente com a cabeça – Ótimo, então vamos começar a dar vida a esse plano. Eu tenho mais ou menos uma estratégia a ser colocada em prática.

. . .

Sexta-feira, 14:50h – Localização: Ginásio da Seirin High

– Senhores, estamos enfrentando neste exato momento uma terrível crise. – Um moreno alto dizia a grupo rapazes e uma garota que estavam sentados no banco de reserva do ginásio da Seirin High – Precisamos unir nossas forças e lutar contra ela!

A maioria o encarava de maneira confusa, sem saber que raio de crise ele estava falando. Apenas dois dali sabiam exatamente o que se passava, mas eles simplesmente não podia ligar menos para a tal “crise” que Kiyoshi falava com tanto entusiasmo.

– Kiyoshi, pare de exagerar. Kuroko só está saindo com alguém, não é nada tão grave para você estar reagindo desta maneira. – Hyuuga, um dos mais velhos do time, se pronunciou diante daquele comportamento absurdo com amigo.

– É esse tipo de exemplo que você dar para os nossos filhos, Hyuuga? – Kiyoshi apontou para todos os rapazes no banco, que suspiraram pesadamente ao perceberem que eles eram os “filhos” – Eles crescerão de maneira rebelde por ter uma mãe irresponsável!

– Kiyoshi, pela última vez: Você não tem filhos e eu não sou sua esposa nem mãe de ninguém! – O megane disse desesperadamente irritado, sentindo sua face corar violentamente.

– Será que podemos interromper a briga de casal e voltar para o treino que estava acontecendo até antes de Teppei aparecer no ginásio? – Sentindo uma veia saltar na testa, Aida Riko, a treinadora, finalmente se pronunciou.

– Não somos um casal! – Hyuuga respondeu imediatamente, corando ainda mais (se é que aquilo era humanamente possível).

– Esse não é o tópico agora, Mama! Papa tem que resolver o assunto da rebeldia de seu filho fantasma e precisa da ajuda de seus irmãos para isso. Ou seja, todos vocês ajudarão a resgatar seu irmão! – O maior disse determinado – E não quero ouvir uma reclamação!

– Resgatar? Kuroko-kun está em perigo? – Fukuda, um dos novatos, pareceu preocupado com a possibilidade de seu colega estar em apuros.

– De fato está. Segundo as minhas fontes de informação, ele será raptado amanhã. – Novamente, Papa Kiyoshi estava exagerando.

– Teppei, você continua trocando mensagem com o capitão da Rakuzan? – Suspirando pesadamente, Riko perguntou mesmo já sabendo que a resposta era positiva.

– Não posso revelar quem são minhas fontes, Riko. Isso seria quebra de sigilo, então devo manter a identidade de meu informante em segredo.

– Essa rede de informação me assunta tanto que tenho até medo de saber quem está por trás disso tudo... – Hyuuga comentou, sentindo calafrios passarem por sua espinha.

– O que importa é que faremos uma ação coordenada com um grupo de apoio. A primeira parte é uma observação cautelosa dos alvos, aguardando o momento ideal, e depois partiremos para a ação. – Kiyoshi esclareceu aos companheiros.

– E qual é a ação, Kiyoshi? – Izuki perguntou, estranhamente ansioso para participar do tal plano.

– Atrapalhar o encontro e raptar Takao Kazunari.

Todos ficaram encarando o maior como se ele fosse louco. Já estavam prontos para recusar essa oferta quando o maior se pronunciou antes.

– Eu já disse que o capitão da Rakuzan, Akashi Seijuro, conta com a participação de todos? – O moreno sorriu diante o pavor estampado no rosto de seus companheiros quando ouviram o nome do imperador.

– A-Aka-Akashi-san?! – Furihata já tremia só de pensar na possibilidade de reencontrá-lo fora da quadra de basquete. Engoliu seco ao perceber que não tinha escolha.

– Eh... Parece que não tem jeito. – Koganei, o rapaz com feições felinas, suspirou profundamente – Você também vai, certo Mitobe? – Perguntou a seu amigo, cuja voz nenhum homem vivo escutou. Este apenas concordou com a cabeça, forçando uma expressão preocupada.

Todos de repente foram convencidos de participar, talvez não pelo bem de seu companheiro de equipe, mas pelo bem de suas próprias vidas.

– É bom saber que todos estão participando de livre e espontânea vontade. – Kiyoshi sorriu para o grupo, que agora estava “de acordo” com aquela ideia maluca – Então deixem-me explicar alguns detalhes do que vai acontecer amanhã...

. . .

Sexta-feira, 15:35h – Localização: Maji Burger

– Reo-nee... Eu estou com fome... – Hayama Kotarou miava como um gato faminto debruçado sobre a mesa, chamando a atenção de todos que passavam, imaginando se o adolescente estava bem.

– Ninguém está te impedindo de ir até lá e comprar alguma coisa, Kocchan. – Ao lado do rapaz, sentava-se Mibuchi Reo, que avaliava a condição de suas unhas naquele momento, pouco se importando com os problemas do companheiro de time.

– Mas eu não tenho dinheiro~! Nee-san, me sustente... – O outro continuava miando.

– Hayama, pare de me envergonhar, por favor. – Mayuzumi Chihiro, um dos mais velhos sentados à mesa, se pronunciou com um ar irritadiço, cansado das idiotices dos mais novos – E se quer pedir comida a alguém, peça ao Nebuya, já que ele pediu comida para alimentar três famílias.

– Oe, não se oferece a comida alheia para outras pessoas, Mayuzumi! Reo-nee, você vai deixar isso?! – Disse Nebuya Eikichi entre mordidas nos hambúrgueres. O rapaz pedira uma pilha só para si e ainda tinha certeza que não estaria satisfeito quando terminasse.

– Crianças, por favor, parem de brigar. Nee-san está com dor de cabeça. – Mibuchi disse, forçando uma expressão de dor e cansaço – Eicchan, dê um hambúrguer para o Kocchan para ele ficar quieto por pelo menos um segundo. Ah... Estou cansado de ser babá... Onde está o Sei-chan?

– Parece que vai demorar... – Dando um suspiro pesado, Chihiro ficou olhando para a janela do restaurante, entediado com aquela situação.

O que se passava era que Akashi os convocara para uma reunião de emergência naquele local. Estranhamente, aquele local era muito, muito distante do distrito onde ficava a Rakuzan High, mas os “pobres” rapazes não tinham escolha, já que as ordens do imperador eram absolutas. Caso ele fosse contrariado, eles já sabiam que tinham muito a perder, então foram sem nem ao menos pestanejar.

O problema era que o horário marcado para encontrar o imperador naquela lanchonete era pontualmente às 15h da tarde. Mais de meia hora havia se passado e nada do ruivo dar as caras. Imaginavam se ele havia sido sequestrado, mas preferiram não pensar nisso, porque senão o sequestrador estaria em em maus lençóis.

– Alguém faz ideia do que pode ser essa “reunião de emergência”? – O monstruoso Eikichi disse enfiando um hambúrguer inteiro na boca enquanto jogava outro para o colega debruçado sobre a mesa, que o pegou alegremente.

– Não... Sei-chan só pediu para que viéssemos para esta lanchonete às 15h ou ele quadruplicaria o nosso horário de treinamento e ainda nos faria correr pelo terreno da escola antes das aulas começarem. – Ainda encarando as unhas, Reo pronunciou aquilo como se não fosse nada – Mas não imaginei que ele ia se atrasar tanto... Sei-chan é sempre muito pontual.

– Akashi-san é sempre pontual, mas nem sempre nós somos.

Todos da mesa se surpreenderam ao ouvir uma nova voz direcionada para eles. Na verdade, eles surpreenderam ao ver de quem era a voz: Imayoshi Soichi, antigo capitão da Touou Academy, acompanhado por outros dois rapazes de seu time.

– A culpa foi toda minha, desculpe-me! – Um rapaz de repente se apareceu, fazendo rápidas reverências para todos da mesa – Eu me perdi na vinda para cá, e acabei fazendo com que todos se atrasassem. Peço desculpas, por favor desculpem-me!

– Sakurai, você está me irritando! Quer calar a boca por um segundo?! – A voz extremamente alta de Wakamatsu Kousuke preencheu todo o ambiente, fazendo com que todos à sua volta ficassem extremamente desconfortáveis. Exceto Sakurai, que continuou pedindo desculpas ao loiro.

– Imayoshi, querido. O que faz por aqui? – Ignorando os dois rapazes, Reo dirigiu a palavra ao antigo capitão que, como sempre, estava com um sorriso estampado no rosto.

– Digamos que fomos convocados por seu capitão para uma reunião de emergência. Infelizmente poucos estavam disponíveis, então esses foram os únicos que consegui recrutar.

– Recrutar para que? O que está acontecendo? – Nebuya arqueou uma sobrancelha, colocando mais um hambuguer na boca e mastigando-o impiedosamente.

– O que?! Vocês não sabem?! – Novamente, Wakamatsu disse em alto e bom som, deixando todos a sua volta absolutamente desconfortáveis.

– Bom, nós esperávamos que vocês tivessem uma resposta. Akashi disse que vocês estariam nos esperando só para começar a reunião de emergência. – O megane disse pensativo.

Naquele momento, o celular de Reo começou a tocar “Peacock” anunciando uma nova ligação, porém ninguém pareceu se importar muito com o ringtone.

– Sei-chan, querido? – Assim que o nome do imperador saiu da boca do rapaz, todos se aproximaram para tentar ouvir a conversa, inclusive os recém-chegados – Colocar no viva-voz? Certo, espere um pouco.

Com cuidado, o moreno colocou o celular em cima da mesa e gesticulou para que todos se aproximassem antes de ligar o viva-voz.

Achei que nunca iria chegar, Imayoshi Shoichi. – A voz do imperador parecia levemente irritada, o que não era bom sinal – E só trazer consigo duas pessoas... Estou decepcionado.

– Ah... Desculpe-nos, Akashi-sa... sama. Acabamos nos perdendo no meio do caminho. – Imayoshi respondeu coçando a bochecha, se perguntando como raios ele sabia o exato horário que chegara e com quantas pessoas estava. Os rapazes sentados à mesa pareciam estar acostumados com aquilo – E não consegui muitas pessoas porque a maioria está estudando para provas.

Certo, então não importa. Tenho o apoio do time da Seirin, então não será muito problema. – Akashi usava agora um tom mais calmo, fazendo com que todos suspirassem aliviados.

– Akashi, por favor nos diga qual é o assunto dessa reunião. Para reunir tantas pessoas, deve ser um assunto muito sério. – Disse Hayama, com um tom levemente preocupado enquanto tentava roubar outro hambuguer de Nebuya.

E de fato é, Kotarou. – Ouviu-se um suspiro pesado do outro lado da linha – Parece que um de meus ex-subordinados, Kuroko Tetsuya, está querendo formar laços matrimoniais com um plebeu qualquer. Como ex-capitão, eu não posso deixar que isso aconteça.

– Formar laços matrimoniais? O que ele quer dizer com isso, onee-san? – Kotarou sussurrou no ouvido de Reo.

– Sei-chan quer dizer que Tetsu-chan vai ter um encontro. – O moreno sussurrou de volta.

Exatamente por isso, conto com a colaboração de todos para não permitir que isso aconteça. – Conclui sua fala, mergulhando a linha telefônica em um silêncio reflexivo.

– Espere aí, Akashi! Você nos chamou até aqui, no meio de uma semana turbulenta de provas, para atrapalhar o encontro de alguém que eu não dou a mínima? – A voz revoltada de Wakamatsu quase explodiu os tímpanos de todos que estavam a sua volta.

Todos olharam para o rapaz com uma mistura de pena e muito medo assim que eles soltou aquelas infelizes palavras. Afinal, quem ia contra o imperador estava, no mínimo, morto.

Você está me desafiando, Wakamatsu Kousuke? – O tom frio de Akashi fez que todos ali se arrepiassem e tremessem de medo – Acho que me expressei mal... Quando disse “Conto com a participação de vocês”, eu não fiz um pedido. Eu dei uma ordem. E minhas ordens são absolutas. Então voltarei a repetir, Wakamatsu Kousuke: Você está me desafiando?

– N-Não senhor! – O rapaz respondeu engolindo seco.

Ótimo. Alguém mais quer se manifestar? – O silêncio predominou na mesa. Akashi esperou alguns segundos antes de retomar a fala – É bom saber que todos conhecem seus lugares. Agora, preciso explicar-lhes o que farão no dia do encontro que, segundo minhas informações, é amanhã.

– Sei-chan, precisaremos de algum tipo de disfarce?

Creio que não será necessário. Mas usem algo que não chame muita atenção. Isso vale especialmente para você, Reo. – Akashi disse dando ênfase ao nome do amigo.

– Eu não uso nada chamativo, Sei querido. – Rebateu se sentindo um tanto ofendido.

– Onee-san, você já apareceu com um cachecol de plumas no meio de um Shopping Center. – Lembrou Hayama.

– Querido, aquilo era algo que estava na moda. E para a sua informação aquilo era uma echarpe, darling. – Retrucou.

– Também teve aquela vez que saímos para tomar sorvete e a sua roupa estava cheia de lacinhos. – Foi a vez de Nebuya.

– Eu estava investindo num visual Lolita, Eicchan. Não que um brutamontes como você iria entender o meu senso de moda. – Reo já estava começando a ficar irritado.

– Você já apareceu na minha casa com blusa rosa cheio de babados, Reo-nee. Minha mãe achou que você era a minha namorada. – Chihiro falou de maneira indiferente, recordando-se que não teve coragem de contar à sua mãe que Reo era homem.

– Até você, Chi-chan? São três contra um! Sei-chan, querido! Você vai deixar isso?!

Não estamos aqui para discutir sobre o seu gosto para roupas, Reo. Só apareça com uma roupa que não seja chamativa. – Akashi disse impacientemente – Podemos agora discutir sobre o que cada um fará amanhã sem sermos mais interrompidos? Todos concordaram antes que o imperador pudesse retomar a fala – Ótimo. Então faremos o seguinte...

. . .

Sexta-feira, 19:12h – Localização: Apartamento de Kasamatsu Yukio

Tudo estava silencioso por ali, exatamente como o rapaz gostava. Como seus pais ainda não estavam em casa, aquele era o momento perfeito para se concentrar em seus estudos ou para planejar as estratégias de jogo da Kaijou. Afinal, ele não era o capitão à toa.

Mas naquele momento, ele nem pensara em começar a se concentrar naquilo, afinal em pouco tempo estaria recebendo visitas. E não seriam visitas sem importância, mas dois amigos muito queridos. Tinha que agradecer a Winter Cup por tê-los deixado próximos um dos outros, e agora eram quase inseparáveis. Claro que tinha a distância, já que nem moravam na mesma cidade, mas amizade transcende barreiras, correto?

Foi naquele momento que ouviu a campainha. Levantou-se do sofá e calmamente caminhou até a porta, sentindo-se alegre assim que a abriu.

– Kuroko, Himuro! Entrem, por favor. Vou leva-los até o meu quarto.

– Obrigado por nos receber, Kasamatsu-kun. Fico muito agradecido – O azulado disse fazendo uma pequena reverência ao mais velho, que ficou sem graça.

– Deixe as formalidades de lado, Kuroko. – Yukio deu um peteleco de leve na testa do menor enquanto os conduzia pela casa.

– Yuki-chan, obrigado por me deixar ficar aqui pelo fim de semana. – Himuro sorriu para o dono da casa, que corou levemente.

– Não tem problema, sinta-se em casa. E por favor, não me chame de Yuki-chan. – O rapaz suspirou. Aquele apelido realmente o deixava muito sem graça.

– Até hoje você nunca tinha reclamado, certo Tecchan? – O mais alto sorriu pedindo reforços a Tetsuya, que apenas concordou silenciosamente com a cabeça.

– Oe, não o encoraje, Kuroko! E por favor, não me chame assim na frente dos meus pais, Himuro. – Estalou a língua – Chegamos no meu quarto.

– Seu quarto é bastante organizado, Kasamatsu-kun... Tão diferente do seu, Himuro-kun. – Tetsuya disse apreciando o espaço amplo e limpo, com uma pequena cama, uma escrivaninha, uma estante de livros e um armário. Os três se sentaram no chão com carpete, acompanhado de algumas almofadas fornecidas pelo dono da casa.

– Digamos que o Atsushi vive no meu quarto... Aquele lugar pode se tornar bastante bagunçado por causa dele na maioria das vezes. No início eu até reorganizava, mas fui perdendo a paciência ao longo do tempo e só arrumo quando a locomoção se torna impossível. – O rapaz de cabelos perfeitos sorriu.

– E onde está o Takao, Kuroko? Achei que ele vinha com você. – Desde a Winter Cup, Kasamatsu, Kuroko, Himuro e Takao viraram amigos quase inseparáveis, e tudo graças ao último. Então era definitivamente estranho que ele não estivesse presente ali.

– Na verdade, eu não chamei o Takao-kun hoje. Eu queria conversar com vocês dois.

Kasamatsu e Himuro se encararam de maneira significativamente confusa. Fora Tetsuya que chamara os dois para conversar, aproveitando a ocasião de que Himuro estaria visitando aquela região na época do Spring Break*, mas eles não faziam ideia do que poderia ser. E ainda para excluir Takao, era algo estranho.

– Vocês brigaram, Tecchan? – O maior perguntou preocupado.

– Na verdade... Nós estamos saindo... – Tetsuya disse quase num sussurro, sentindo sua face começar a queimar de tanta vergonha.

– Saindo tipo... namorados?! – O capitão da Kaijou disse surpreso.

– N-Não como namorados... Mas também não como a-amigos...

– Isso é tão fofo, Tecchan. – Himuro disse apertando as bochechas do azulado – E o que você sente por ele?

– E-Eu acho que gosto dele... – Era agora evidente que o rosto de Kuroko se igualava à um tomate no quesito cor – Mas estamos começando devagar.

– Então vocês já saíram quantas vezes? – Kasamatsu perguntou curioso.

– Uma vez só... Dois dias atrás, para falar a verdade...

– E porque não nos falou nada, Tecchan? – Himuro forçou uma careta, mas logo abriu um sorriso – E até onde vocês já chegaram? Já se beijaram?

– N-Não! C-Claro que não! Isso parece muito apressado...! – O rapaz tentou afundar o rosto entre os joelhos – Mas nós ficamos de mãos dadas a maior parte do tempo...

– Ah... Eu ainda me recordo de quando eu e Atsushi éramos inocentes assim... Bons tempos.

– Toda vez que vamos a um encontro, Kise sempre fazia a maior cena quando nós ficávamos de mãos dadas... Acho que ele ficava alegre demais. – Kasamatsu suspirou pesadamente.

– Vocês certamente tem mais experiências com namorados do que eu... Nem sei o que fazer quando estou com ele... Eu fico tão... Tão sei lá! – O azulado disse afundando a cabeça ainda mais entre os joelhos.

– Então você queria a nossa ajuda para saber o que fazer em um encontro ou algo assim? – Kasamatsu perguntou.

– Na verdade, não. – Kuroko disse finalmente levantando a cabeça e encarando os rapazes a sua frente – Eu posso descobrir isso sozinho. Chamei-os para conversar sobre outra coisa.

– Pois então diga, Kuroko. Sobre o que quer falar?

– Eu vou em um encontro com o Takao-kun amanhã e, segundo minhas informações, alguém vai tentar atrapalhar tudo. – Ele começou – Ou melhor um grupo.

– Geração dos Milagres? – Os rapazes perguntaram em uníssono, mesmo que a resposta fosse um tanto óbvia. Kuroko se limitou a apenas acenar positivamente com a cabeça.

– Por Kami-sama, como eles são superprotetores! Nem meus pais são assim comigo, e olha que eles investigaram toda a vida do Kise antes de autorizarem nosso namoro...

– Acho que eles fariam isso com qualquer pessoa que você tentasse sair, Tecchan. – Himuro deu alguns tapinhas nas costas do azulado.

– Eu sei... Mas o caso é que eu realmente quero ter um encontro normal com o Takao-kun e gostaria da ajuda de vocês. – Disse o azulado com um tom sério – Espero que não esteja pedindo demais para vocês dois, mas eu estou realmente desesperado.

– E o que poderíamos fazer para ajudar, Tecchan?

– Bom, cada um de vocês tem uma influência enorme sobre duas pessoas da Geração dos Milagres, mas talvez isso não seja suficiente para desestabilizá-los... – Suspirou pesadamente.

– Talvez possamos atrapalha-los de alguma forma. Eles provavelmente tentarão alguma coisa, e nessa hora, entramos em ação. – Kasamatsu disse pensativo.

– Então vocês irão me ajudar? – Os olhos de Kuroko brilhavam, cheios de esperança.

– Claro que vamos! – Disseram em uníssono.

– Muito obrigado... Fico muito feliz por vocês dois serem meus amigos. – Tetsuya abriu um de seus sorrisos raros, pegando os rapazes de surpresa.

– E-Eu vou pegar algo para beber. Alguém quer algo? – Kasamatsu levantou-se de repente, assustando os outros dois.

– Eu gostaria de uma água, por favor. A viagem até aqui foi longa e eu estou com muita sede, Yuki-chan. – O maior disse enquanto ajeitava a franja, colocando-a atrás da orelha.

– Eu estou bem, obrigado Kasamatsu-kun. – Assim que Tetsuya disse aquilo, o moreno deixou o quarto, deixando suas visitas encarando sua partida – O que foi isso agora a pouco? – Ele perguntou confuso à Himuro, que abafou um riso.

– Isso foi uma maneira do Yuki-chan de falar que você é fofo demais, Tecchan. – Dito isso, o rapaz deixou um risinho escapar – Ele é realmente um tsundere...

– Essa parte dele me lembra o Midorima-kun... – Refletiu o azulado.

– Falando em Midorima, será que ele está bem com essa história toda?

– Como assim, Himuro-kun?

– Eu digo, você e o Kazu-chan... – O moreno pensou um pouco antes de falar e logo preferiu ter ficado calado – Ah... Quer saber? Esqueça, não é nada importante.

– Certo, mas se quiser falar, não vejo problema.

– Vejo que estão fazendo fofoca, suas velhas tricoteiras. – Kasamatsu reapareceu na porta, olhando de maneira desconfiada para os dois. Mas logo os três começaram a rir daquilo.

Acho melhor não falar para o Tecchan que o Midorima-san gosta do Kazu-chan... Não sei como ele reagiria...” Himuro pensou enquanto observava Tetsuya e Kasamatsu conversando animadamente. “Bom, vamos aproveitar a noite, certo?” disse para si mesmo, esquecendo-se daquele assunto.

. . .

Sexta-feira, 23:03h

Está acordado, imbecil?

E por que eu não estaria, idiota?

Crianças dormem cedo. Imaginei que você já estaria na cama.

Na cama? Está me chamando para algo? Está sentindo falta de mim?

Claro que não. Quem sentiria falta de alguém como você?

Você não estava dizendo isso há umas noites atrás.

Ou melhor, gemendo.

Enfim, não tenho tenho tempo para perder com isso.

Eu descobri algo interessante.

Sou todo olhos, meu caro.

O que você sabe que vale a pena perder o meu valioso tempo?

Parece que um ex-colega seu da Teiko está indo para um encontro amanhã.

Qual dos idiotas?

Kuroko Tetsuya.

Isso é sério?

Segundo minhas informações, sim.

E parece que seus outros ex-companheiros tentarão atrapalhar...

Adoraria saber de onde você tira essas informações...

Segredo de Estado, meu caro. Segredo de Estado.

Tanto faz.

Mas essa informação muito me interessou. O que sugere que eu faça com ela?

O que quiser."

"Mas se eu fosse você, apareceria por lá para deixar as coisas mais divertidas.

Pelo jeito, você também vai.

Obviamente. Quero me divertir um pouco, Haizaki.

Hanamiya, você é uma perdição.

Vou tomar isso com um 'eu não consigo viver sem você'.

Vai se foder.


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Notas finais do capítulo

Alguém sentiu que o Akashi assiste Pretty Little Liars? Tipo "Assinado: -A" HUEHUEHUE
* S = Sadista (Kise é um sadista... Ai meu Deus)
** Spring Break = É um recesso que a galera do hemisfério norte tem durante a primavera. Pode variar desde março até maio. É como se fosse a nossa "semana do saco-cheio".
Só para quem não sabe: A música Peacock é da Katy Perry.
E esse foi o segundo capítulo, minhas bonitas e meus bonitos. Espero que vocês tenham gostado. Eu particularmente gostei bastante de escrevê-lo. Como já foi previamente avisado, essa história não tem um ciclo de postagem, então peço que deixem-me com a minha preguiça. Estou de férias, gente! HSUAAUHS Vou postar quando quiser, então paciência.
Bom, entendedores entenderão. Espero que tenham gostado do capítulo que eu passei a madrugada passada fazendo (falo sério, eu não dormi). Fiz com carinho!
Se quer me mandar críticas (construtivas ou não), comentários, dúvidas, ideias novas, erros de português que eu cometi, mensagens inspiradoras, recadinhos amorosos, dicas de beleza (das quais estou necessitada), me mandar pro inferno, falar que está com vontade de morrer, de chorar, de cantar uma bela canção, ou simplesmente falar que gostou ou detestou a história, a minha caixinha de comentários estará sempre a disposição de vocês, leitoras e leitores.
Espero os remanescentes para o próximo capítulo! RAWR~ Até o próximo! Com carinho,
—MC