It isn't easy escrita por Captain Alle


Capítulo 1
Seguindo


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Aqui estamos com essa nova fic, que eu realmente espero que gostem muito.Escolhi duas músicas pra essa fic: Live To Rise - Soundgarden e Lucky - Jason Mraz Assim como na outra fic, conforme músicas forem me inspiram para escrever os capítulos eu vou compartilhando com vocês.Boa leitura!



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Um ano se passou. Um ano desde todo o amor e confusão com Loki. Eu me lembrava com carinho daqueles meses, lembrava claramente do “confronto” com Fury, da noite em Asgard; mas apenas carinho. Por um bom tempo senti saudades e senti meu coração doer, porém eu sufoquei esses sentimentos o máximo que pude, e eles foram esfriando. Talvez o que eu sentia fosse apenas paixão, talvez não tenha amado Loki de verdade. Eu não gostava de pensar assim. Eu o amei sim, mas esse amor não daria certo e foi obrigado a se esfriar. Eu decidi seguir minha vida sem ele, e para isso devia sufocar esse sentimento até que desaparecesse. Não fazia sentido ter sonhos e planos com algo que não era para ser. E segui assim.

Mais uma vez era meu aniversário. Steve e eu estávamos almoçando em um restaurante, o lugar era calmo. No dia seguinte partiríamos para mais uma missão, e ele insistiu para que fizéssemos algo legal antes disso, afinal o dia “era especial”.

– Acho que seria legal passar um aniversário em missão. - falei - Imagine.

– Você não gosta de comemorações, não é?

– Comemorações como Natal e Ano Novo são boas, comemorar vitórias em missões complexas também. Mas meu aniversário nunca me empolgou muito. - Steve continuou me olhando para que eu prosseguisse - É bom completar mais um ano de vida, mas não vejo razão para festas.

– Mesmo se eu não gostasse de festas, o país para no meu aniversário. - ambos rimos.

– Claro, as alegrias de nascer no dia 4 de julho. - continuei rindo.

Seguimos falando de coisas à toa. Em algum momento enquanto Steve falava, me perdi olhando em seus olhos azuis. Eram os mais lindos e cativantes que eu conhecia. Os únicos olhos que me provocaram esse efeito estático foram verdes. Esqueci do mundo ao meu redor e fiquei olhando profundamente para aquele azul. Eu não pensava em nada, apenas que poderia passar horas assim.

– Ei! - Steve me chamou, me tirando do meu devaneio - Sonhando acordada?

– Desculpe. - falei rapidamente sorrindo - Me perdi de repente.

– Pensando... No ano passado? - perguntou parecendo incomodado por mencionar o que houve. Talvez por ciúme, ou por achar que eu sofreria se lembrasse, já que eu não tocava no assunto. Talvez as duas coisas.

– Não. Eu apenas... - eu não diria que a minha dispersão foi por culpa de seus olhos, por mais que fosse engraçado e meigo vê-lo sem graça - Me perdi em pensamentos de repente. Não tem a ver com nada de há um ano.

– Tudo certo. Vamos?

– Nos levantamos e voltamos para casa. Eu ainda morava com Steve. Vendi a casa que era minha e resolvi continuar vivendo com meu amigo. Pode parecer mentira um homem e uma mulher morarem sozinhos por mais de um ano sem que aconteça nada entre os dois, mas não é. Steve eu agíamos como irmãos. E não há nada de mais em irmãos morarem juntos.

No dia seguinte partimos para o Canadá. Natasha, Steve e eu fomos encarregados de coletar o máximo de informações sobre uma fábrica de material bélico ilegal que havia ali, além de trazer de volta um agente nosso que estava em poder deles. Aparentemente uma espécie de máfia atuava ali.

Na nave a caminho de lá, fiquei por um tempo calada observando o Capitão conversar com a Romanoff, muito amigavelmente para o meu gosto. Eles haviam se aproximado nos últimos tempos; não como amorosamente, mas como amigos. Aquilo me incomodava profundamente, pois Natasha era visivelmente interessada em Steve. Eu me sentia irritada apenas em cogitar algum tipo de relacionamento “colorido” entre os dois.

– Posso tentar adivinhar o que você está pensando? - era a voz de Clint, me surpreendi por vê-lo ali, eu não me lembrava dele ter sido escalado para essa missão, e nem tinha notado sua presença na nave.

– Tem poderes telepáticos para isso? - perguntei irônica.

– Não sei, por isso quero tentar. - ele respondeu devolvendo a ironia.

– Ok, tente. - ele colocou dois dedos sobre a têmpora e fingiu estar se concentrando para ler minha mente.

– Você... - ele realmente parecia um telepata com aquela expressão - Quer que a Nat saia de perto do Rogers.

– Uau, estou impressionada com sua leitura.

– Acertei? - respondi afirmativamente com a cabeça - Eu sabia. Escute, Johnson, isso é ciúme do Capitão?

– Não é ciúme.

– Então o que é?

– Você Sab que não sou a mais “chegada” na Natasha. - isso não era segredo. Mantínhamos aquela trégua, mas isso não queria dizer que viramos melhores amigas.

– Todos sabem disso, mas pra mim isso é ciúme. - falou tentando me provocar.

– Vá procurar o que fazer, Barton. - falei irritada, ele se levantou e saiu rindo. Desde que vendi minha casa porque achava melhor morar com Steve, vinha ouvindo gracinhas freqüentes de Tony e Clint, que insinuavam que estávamos namorando e não queríamos contar, ou que tínhamos uma amizade colorida. Eu não me importava na grande maioria das vezes, afinal não era verdade. Não namorávamos, e não tinha nada colorido.

Steve nos chamou para dizer o que iríamos fazer na missão e distribuiu tarefas. Barton, da nave, flechou alguns guardas que estavam tomando conta do lado de fora do prédio. A nave passou a voar a poucos metros do chão e saltamos dela. Steve entrou pela porta da frente, eu pelos fundos e Clint a Natasha entraram pelos lados para que eliminássemos mais pessoas em menos tempo. O lugar parecia um quartel general, estava repleto de “soldados”; ouvíamos ao fundo o som de máquinas, certamente armas estavam sendo fabricadas.

Steve e Clint foram em busca do agente preso enquanto Natasha e eu íamos para o escritório principal. Apagamos os dois seguranças que haviam lá dentro; vasculhei armários e gavetas em busca de informações impressas ou anotações e Romanoff copiou arquivos do computador. Achei alguns documentos e os escaneei com meu celular, achei também uma lista cheia de nomes que podiam ser de pessoas envolvidas com aquilo. Porém não estávamos em momento propício para análise de dados, precisávamos ir embora enquanto nenhum chefe, supervisor ou subordinado aparecia por ali. Todos saímos do prédio sem problemas e sem ser vistos, levando conosco o agente resgatado e os documentos. Subimos na nave e voltamos à Nova Iorque, entregamos os dados ao Fury, que os guardou para serem analisados numa reunião que seria realizada posteriormente, e demos boas-vindas ao nosso colega que voltou.

Continuei na S.H.I.E.L.D. Steve continuava conversando e rindo com Natasha, fingi que não estava me importando, afinal não havia nada de mais neles serem amigos. Amigos. Repeti isso insistentemente para mim mesma, a fim de me convencer daquilo. Eu não sabia por que a proximidade dos dois me irritava tanto.

Fui até o laboratório de Bruce buscando a companhia de alguém. Eu gostava de conversar com ele, Banner era o tipo de pessoa que me inspirava confiança, eu sentia como se pudesse sempre contar segredos para ele. Eu já havia falado a ele sobre o meu incômodo com relação a certa amizade.

– Você pode temer que ele tenha uma amizade forte com outra pessoa assim como ele tem com você. - disse ele enquanto mexia em suas anotações.

– Pode ser. - respondi - Mas não gosto dessa sensação.

– Que sensação? - não respondi a essa pergunta.

– Er.. Quer ajuda? - ele percebeu a minha mudança brusca de assunto e sorriu.

– Quero sim. Obrigado.

Passei o resto daquela noite e madrugada ajudando Banner com suas pesquisas, química me fascinava, assim como física e matemática. Ficar ali no laboratório foi ótimo para mim.

Steve também passou a noite a S.H.I.E.L.D. Provavelmente treinando, analisando o caso da missão ou conversando com a Romanoff. Mas eu preferia não pensar sobre a última hipótese.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Me contem, please.