Capitulo 28

Narradora

Algum tempo depois...

Finn: Amor pare de andar de um lado para o outro, os meninos já estão ficando tontos. – Repreendeu a esposa que estava inquieta e não parava quieta.

Eles estavam no camarim de Rachel, era a primeira vez que ela daria uma entrevista ao vivo com a família na plateia, família esta que crescera isso mesmo Rachel havia engravidado e dado à luz um novo garotinho que levava o nome de Harry. O menino hoje com um ano de idade, assim como os irmãos que agora tinham cinco, eram cópias do pai e extremamente mimados pela mãe.

Rachel: Eu estou nervosa.

Finn: Eu sei querida, eu lembro a última vez que ficou assim foi no Grammy, e eu também lembro que o seu nervosismo resultou no jantar todo na privada. – Riu com a cara dela.

Rachel: Em minha defesa eu estava grávida e você está me deixando enjoada com essa conversa. – Viu a esposa sentar no sofá e cobrir a boca com as mãos.

Finn: Minha princesa você não precisa ficar assim por que você é linda, talentosa e tem o melhor beijo do mundo. – Brincou roubando um selinho dela.

Rachel: Eu te amo sabia?

Finn: Eu sei, mas é bom ouvir às vezes.

Por fim a entrevista foi um sucesso, Rachel tinha um poder sobre as pessoas que fazia com que todos amassem a pequena com uma simples gargalhada. No fim ela pode ver o marido com o filho mais novo no colo e os dois mais velhos um de cada lado aplaudindo-a de pé.

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Era fim de noite, Rachel acaba de cantar sua ultima música aos olhos atentos da empresária e amiga Santana, que naquela noite estava achando a pequena Diva um tanto quanto estranha. Quando a música acabou e ela agradeceu o público gritou por ela, que fez uma pequena careta, que passou despercebida pelo público, mas que Santana imediatamente pegou.

Mais tarde Santana entrou no camarim da amiga e viu a pequena deitada no sofá com os olhos fechados ainda de maquiagem e com a roupa do show, o que era estranho já que a primeira coisa que Rachel fazia após um show era retirar o figurino e a maquiagem.

Santana: O que você tem? – Perguntou para a diva que abriu os olhos levantando a cabeça para a amiga sentar e ela pudesse ter algo mais confortável que o braço do sofá para repousar a cabeça.

Rachel: Eu não sei me sinto mais cansada que o normal e minha cabeça parece prestes a explodir.

Santana: Eu acho que você deveria tirar alguns dias de folga. – Afastou o cabelo longo do pescoço da amiga, sentindo a pele um pouco quente e suspirou.

Rachel: Isso é loucura Santana, eu tenho uma semana para aprender coreografias novas e gravar duas músicas.

Santana: Como sua empresária eu deveria concordar com você e lhe entupir de energético, mas como sua amiga eu devo dizer. Rachel você fez seis shows em três dias, cinco em cidades diferentes, um deles vomitando a cada cinco músicas, dois com febre e os últimos com energético até o dedinho do pé.

Rachel: Você está exagerando. – Foi traída por um espirro.

Santana: Eu te conheço querida. Finn me mataria afinal todos sabem que febre, cansaço fora do comum e birra são alguns dos sintomas de Rachel Berry avisando que está ficando doente. Então como eu tenho amor na minha vida e não estou a fim de enfrentar um Hudson todo protetor eu estou te dando uma semana de folga.

Rachel: Mas Santana. – Cruzou os braços e transformou os lábios em um biquinho perfeito.

Santana: Sem mais Berry, estou comprando sua passagem e você arrumando suas malas. E só pra confirmar eu sou vacinada contra seu biquinho “quero o que eu quero na hora que eu quero”.

Rachel: Eu não vou Santana.

Santana: Tudo bem. – Voltou ao camarim e viu um sorriso no rosto de Rachel. – Vamos ver o que o seu marido vai achar dessa sua birra? – Disse com o celular já em mãos.

Rachel: Espera não liga. – Pediu assustada, sabia que ouviria muito do marido. – Eu vou tirar os dias de folga e que fica claro que eu te odeio por me conhecer tão bem. – Bateu forte a porta do banheiro.

Santana: Vejo-te daqui uma semana Diva. – Riu com a última palavra.

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Era dia de Ação de Graças, Finn e Rachel aproveitaram o final de tarde para levar os filhos ao parque, já que fazia muito tempo que as crianças não saíam com os pais.

Rachel havia tido outro menino, que havia sido batizado como Ethan. Santana costumava brincar dizendo que Finn só sabia fazer meninos e que os dois eram coelhos, pois não podiam ficar juntos que faziam filhos. Não era a toa que tinham quatro, os gêmeos com dez anos, Harry com seis e Ethan com cinco.

Os quatro meninos brincavam com uma bola no gramado do parque sob os olhares atentos dos pais.

Rachel: Eu não acredito que eu os carreguei os pari e os quatro são a sua cara. – Disse num tom de brincadeira deitada nas pernas do marido.

Finn: Não seja invejosa princesa. – Sorriu desenhando o rosto dela com os dedos.

Rachel: Não é inveja é indignação.

Finn: Não sei por que, eles podem até parecer comigo, mas são loucos por você.

Rachel: Isso prova que eles são mais parecidos com você do que agente pensa.

Finn: Você é muito convencida sabia? – Selou a testa dela e voltou a olhar os filhos. – Quem os vê assim quietinhos brincando civilizadamente, até pensa que eles são anjos.

Rachel: Não fale assim deles Finn. – Repreendeu o marido, sim ela era uma mãe babona que fazia de tudo para os filhos.

Finn: Você mima tanto os nossos filhos que até eles cansam.

Rachel: Eu sou uma pessoa mimada, nada mais justo que meus filhos também sejam.

Finn: Eu sei que você é mimada, por que eu sou a pessoa que mais te mima nesse mundo. – Ela beijou a testa dela por diversas vezes e todas as partes do rosto dela até chegar aos lábios dela, que aprofundou o beijo. – Eu te amo princesa.

Rachel: Eu te amo mais.

Finn: Se você diz.

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Algum tempo depois no hospital

Rachel: Santana ela é linda. – Acariciava a pequena cabeça coberta por fios escuros.

Santana: Claro criatura, ela é minha filha e da Britt. – Depois de anos de tentativa por fim as duas conseguiram ter um filho, a pequena Sarah era a cara da mãe latina.

Brittany: E vocês dois quando vão fazer uma menina? – Olhou para o casal abraçado.

Santana: Eu já disse que eles não sabem fazer meninas.

Rachel: Apesar da brincadeira acho que já chega de filhos.

Santana: Você disse a mesma coisa quando os gêmeos tinham um ano e olha o tamanho da sua prole.

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Os anos passaram rapidamente, Rachel e Finn haviam construído uma relação sólida, os gêmeos agora tinham 17 anos, Harry 13 e Ethan 12. Os quatro eram os príncipes de Rachel, que mesmo ocupada com a grande rotina de shows mimava todos os filhos, que eram doidos pela mãe.

Era madrugada na casa dos Hudson, tudo estava tranquilo até Rachel acordar ao lado marido sentindo-se mal, sua cabeça doía e seu estômago parecia estar em uma montanha russa.

Rachel: Finn. – Chamou cutucando o marido, que aos poucos abriu os olhos confuso.

Finn: O que foi querida? – Perguntou enquanto ligava o abajur.

Rachel: Eu estou passando mal.

Finn: O que você tem meu bem? – Levou as mãos até a testa da esposa, mas a temperatura estava normal.

Rachel: Me ajude a ir ao banheiro?

Finn: Por quê?

Rachel: Eu acho que eu vou vomitar.

Finn tinha certeza, a mão na boca o rosto esverdeado eram óbvios demais e rapidamente a guiou até o banheiro, onde ela terminou de frente ao vaso convulsionando com o marido amparando-a.

Agora eles estavam na cozinha da casa, Finn preparava um chá para Rachel, que sem sono acompanhara o marido. No fim terminaram no sofá, ele sentado e ela deitada com a cabeça nas pernas do marido, que acariciava os cabelos castanhos na intenção de induzi-la ao sono.

Rachel: Meu estômago dói. – Encolheu-se no colo do esposo com as mãos na barriga.

Finn: Eu estou te achando muito pálida princesa. – Disse substituindo as mãos dela pelas suas e massageando o abdômen dolorido na tentativa de aliviar a dor. – Vamos ao hospital?

Rachel: Não. Tenho certeza que amanhã eu estarei melhor. –Ele percebeu a voz rouca e sabia o que isso significava.

Finn: Está com sono babe? – Um bocejo denunciou e ele ajeitou-a em seu colo e ela por ser bem menor que ele cabia estrategicamente nos braços do rapaz.

Quando ela finalmente adormeceu Finn a levou para o quarto dos dois e sem conseguir dormir velou o sono da esposa atento a cada movimento, ele odiava vê-la assim e não poder fazer nada.

O relógio marcava oito da manhã, Rachel ainda dormia sob os olhos atentos do marido, que bufou quando o sono dela passou de calmo para inquieto em função da barulheira que vinha do andar de baixo. Rachel soltou um gemido abrindo os olhos, resmungou algo indecifrável e olhou para o marido ameaçando chorar se o mesmo não resolvesse aquilo para ela voltar a dormir.

Sem pestanejar Finn desdeu as escadas, ao entrar na cozinha viu o que via todas as manhãs, a TV e o liquidificador ligados acompanhados pelas vozes altas dos filhos. Aquilo era o normal, mas com uma Rachel doente em casa o silêncio tinha que reinar.

Desligou todos os aparelhos recebendo os olhares indignados dos filhos e disse antes de ouvir qualquer reclamação.

Finn: Por favor, façam silêncio hoje, a mãe de vocês não está bem. – Foi o suficiente para os quatro bombardearem-no com perguntas, afinal eram simplesmente doidos pela mãe.

Cory: Podemos subir e ver a mamãe? – Os outros três concordaram.

Finn: Eu vou levar algo para ela comer e vocês podem vir junto, mas vão com calma sabem como ela fica quando está doente.

O café que Finn oferecera, terminou na privada, porém logo depois ela estava extremamente bem, o que deixou Finn confuso.

No entanto as coisas começaram a fazer sentido uma semana depois, semana essa que fora regrada a vômitos matinais, crises de choro e apetite avantajado. No fim Rachel entendeu a mensagem de seu corpo, quando sua menstruação não veio.

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Rachel: Eu estou grávida. – Depois de beber cinco garrafas de água e quase fazer xixi no carro Rachel conseguira fazer o teste e confirmar suas suspeitas.

Finn: Eu te amo. – Foi o que ele conseguiu dizer antes de girar com ela no colo e por fim beijar sua barriga, que carregava mais um fruto do amor dos dois.

Em pouco tempo toda a imprensa já noticiava a chegada de mais um filho da grande cantora Rachel Berry. A gravidez foi tranquila, a morena deixou os palcos aos sete meses e passou os dois últimos meses em casa sendo paparicada pelo marido e pelos filhos. Apesar da curiosidade Rachel resolveu, assim como na gravidez de todos os outros filhos, que só saberia o sexo do filho quando este nascesse.

E foi na tarde de um domingo frio que a bolsa de Rachel estourou, logo estavam no hospital e depois de algumas horas Rachel estava pronta para empurrar e como sempre Sue estava pronta para receber o mais novo integrante da família.

Sue: Está coroando querida. – Incentivava empurrando a barriga da afilhada para baixo. Rachel tinha o rosto suado pelo esforço.

Finn: Você está conseguindo minha princesa. – Incentivou a ver que ela deitara deixando de fazer força.

Sue: Continue querida, você está indo muito bem.

Depois de mais alguns empurrões e um grito estridente Rachel caiu esgotada na cama, mas sorriu ao ouvir o choro da criaturinha que acabara de colocar no mundo.

Finn: Você conseguiu meu bem. – Selou a testa da esposa.

Sue: Ora vejam só é uma menininha.

Rachel soluçou em seu choro e Finn riu pegando a filha pela primeira vez que ainda chorava com as mãozinhas fechadas em punho.

Rachel: Dê-me ela. – Pediu ao marido que atendeu prontamente, surpreendendo-se quando a menina calou-se ao ser colocada no calor da mãe.

Rachel: Sophia Berry Hudson. – Era sempre assim, Rachel olhava pela primeira vez os filhos e em seguida dava-lhes seu nome.

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Depois de ganhar oito Grammys Rachel seria homenageada naquela noite. A imprensa estava alvoroçada, pois seria a primeira vez que Rachel mostraria o rostinho da filha, que agora tinha três meses.

A impotente limusine preta parou em frente ao tapete vermelho. Os primeiros a descerem foram os gêmeos seguidos dos irmãos, os quatro vestidos em ternos luxuosos posaram para as câmeras. Finn foi o próximo e antes de acenar para as lentes inclinou-se para dentro da limusine e ajudou Rachel a sair.

A morena tinha a filha nos braços, que dormia quase que descaradamente. O vestido vermelho sangue de Rachel contrastava com a manta, luxuosa, branca que envolvia a pequena. A imagem era simplesmente linda de se ver.

Os flashes choviam sobre a família Hudson, que sorria para todos. Rachel achou que a filha acordaria com o tumulto, mas para surpresa de todos, ela dormia como uma verdadeira princesa no colo da mãe.

Depois de inúmeras homenagens e músicas cantadas para Rachel, a morena finalmente subiu ao palco.

Rachel: Primeiramente eu queria agradecer a todos aqui presentes e a todos que cantaram lindamente. A minha espetacular e competente empresária. – Apontou Santana e todos aplaudiram. – E principalmente a minha família, meus filhos Benjamim, Cory, Harry, Ethan e Sophia vocês são meu mundo e a você Finn, meu marido e companheiro que sempre esteve ao meu lado, eu te amo. – A plateia explodiu em palmas. – Bom, estar aqui em cima é aterrorizante, mas ao mesmo tempo magnífico esse é o sinal de que um trabalho bem feito gera frutos. A vida me ensinou muitas coisas e na maioria das vezes da forma mais difícil, eu aprendi que os nossos erros podem se tornar os maiores acertos de nossas vidas você só precisa aceita-los. Aprendi que não existe nada mais forte que o amor e que amar e ser amada é a coisa mais linda do mundo e que perdoar quem você ama, faz parte do exercício diário de amar. Aprendi que crescer pode ser duro, todo mundo está tentando se encaixar e às vezes você pode pensar que não pode ser você mesmo, palavras machucam a discriminação e a ignorância podem ser pesadas demais para suportar, mas existem pessoas com quem se pode contar, pessoas que querem ajudar e pessoas que vão ouvir. Existem pessoas que amam e admiram você exatamente como você é. Então esteja rodeado de pessoas que te amam e vão lhe ajudar, você vai aprender a se aceitar e apreciar todas as coisas que te fazem diferente e único.