Santana: O que foi que você disse? – Ela encarou a amiga.

Rachel: O que você ouviu. Eu preciso dele mais que o ar que eu respiro, que a comida que eu como, mais que qualquer coisa. – As lágrimas não pouparam a menina.

Santana: Então pare de lutar contra esse sentimento. Mesmo que eu odeie o Finn por tudo que ele fez para você eu não posso negar que ele ainda é o melhor para você e para esse bebê que está na sua barriga. – Santana acariciou o ventre da amiga, Rachel estremeceu lembrando que Finn fizera isso alguns minutos atrás.

Rachel: Eu não confio nele. Quando estou longe é como se todas as células do meu corpo clamassem para ter ele por perto, mas quando ele está perto eu lembro de toda a nojeira que ele me fez e meu corpo cria uma barreira contra ele. – A morena menor procurou amparo no colo da mais alta. – Eu estou ficando louca com essa situação, eu não aguento mais. – O choro trouçe os soluços, o pequeno corpo tremia entre os braços de Santana.

Derepente Rachel cambaleou e Santana serviu de apoio.

Santana: O que foi isso Rachel? – Segurou os braços da pequena fazendo-a encará-la.

Rachel: Uma tontura, mas já passou. – Suas pernas a traíram fazendo-a cambalear mais uma vez.

Santana: Meu deus Rach, você está branca e fria. – Disse apertando as mãos da amiga. – Você almoçou hoje?

Rachel: Não, eu estava muito enjoada.

Santana: Como você... – Ela ia continuar a bronca, mas viu a amiga desfalecer em seus braços. – Não, não, não Rachel. Não faz isso comigo, por favor acorda. – Desesperada ela dava leves tapinhas no rosto da menor. – SOCORRO ALGUÉM ME AJUDA. SOCORRO.

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Rachel havia dado entrada do hospital a quase duas horas, sua madrinha tomara frente de seus cuidados, Santana e Finn aguardavam notícias da menina na recepção do hospital. Ele quieto, encarando o nada. Ela aflita, andando de um lado para o outro.

Finn: Você sabe que ficar andando feito uma maluca não vai adiantar de nada. – Dirigiu-se á Santana.

Santana: Muito menos parado igual um idiota. – O garoto não respondeu. – Desculpe, eu estou nervosa com tudo isso. Rachel se faz de forte a maior parte do tempo, mas eu tenho medo.

Finn: Por quê? – Intrigado com a afirmação ele perguntou.

Santana: Finn, ninguém é forte o tempo todo e ela não está mais suportando essa situação, está tudo muito pesado para ela. Essa gravidez fora de hora, as piadas dos idiotas lá no colégio e o pior os pais dela não fazem contato á mais de meses.

Finn: Eu sinto muito por tudo isso. Eu quero ajudá-la, você não sabe como, mas ela mal deixa eu chegar perto.

Santana: Ela está magoada Finn. Você a machucou e por mais que ela te ame, você destruiu toda confiança que ela depositou e você.

Finn: Espera um pouco, você disse que ela me ama?

Santana: Mais do que ela pode administrar.

O silêncio se fez presente, ela se perguntando se havia feito o certo, ele absorvendo o que ela havia lhe dito.

O silêncio foi interrompido por Santana, quando a mesma viu Sue.

Santana: Ela está bem? – Foi ai que Finn viu a mulher.

Sue: Agora ela está dormindo, mas chegou desidratada aqui, nós entramos com o soro e logo minha equipe entrará com uma dieta líquida.

Finn: E meu filho?

Sue: Ele está bem, pequeno para o tempo gestacional, mas seu desenvolvimento não está comprometido, fique tranquilo.

Finn: Eu posso vê-la? – Santana vendo que Sue iria negar, interviu.

Santana: Deixe-o. – Uma pequena troca de olhares e Sue guiou o garoto até o quarto de internação da afilhada.

Finn Narrando

Eu entrei sozinho, ela dormia tranquilamente, sua face ainda estava pálida, mas ela ainda estava incrivelmente linda. Eu podia me aproximar dela, afinal, dormindo ela não teria chance de de mandar embora.

Mais perto eu podia ver com clareza todos seus traços, não me contive e logo minhas mãos passeavam por seu rosto, a quanto tempo eu não podia fazer isso, apenas reconfortá-la, mesmo que ela não sentisse para mim já era uma vitória.

Minha mente me martirizava, me questionando como eu pude ter coragem de fazer tal coisa com a mulher da minha vida. Ela que sempre me deu seu melhor, no fim recebeu essa cachorrada de presente da minha parte, mas eu mostraria que eu tinha a capacidade de mudar. Selei meus lábios com os dela.