Narradora

Finn paralisou, sua respiração parou e ele levantou num pulo, deixando Rachel totalmente desolada ainda na cama.

Finn: O..O...Que você disse? – Ele gaguejou, demorando para conseguir formular uma frase completa.

Rachel: O que você escutou. – Ela recolheu as pernas deitando em posição fetal.

Finn: Como isso foi acontecer? Nós não usamos camisinha? – Ele andava de um lado do quarto a outro e falava as coisas sem pensar.

Rachel: Pelo amor de Deus Finn, eu estava completamente bêbada, era minha primeira vez e não fazia ideia nem da minha identidade, você acha que eu lembro de algo. Mas respondendo sua pergunta, parece que não. – Irritada ela levantou da cama, ficande frente para ele.

Finn: Isso não pode estar acontecendo comigo. – Ele colocou as duas mãos, uma de cada lado da cabeça.

Rachel: Então deixa eu te falar uma coisa. – Ela se aproximou dele. – Está acontecendo, mas não faz diferença. – Ela murmurou mais para si, mas com a proximidade dos dois ele entendeu e não entendeu.

Finn: Calma aí, o que você quer dizer com “ Não faz diferença”? – Ele se direcionou a ela, meio que deixando o susto de lado.

Rachel: Isso mesmo, essa criança não vai nascer. – Ela cruzou os braços acima dos seios, ele olhou para ela horrorizada, concerteza aquela não era a mesma Rachel que ele conheceu e namorou.

Finn: Você vai abortá-la? – Ele perguntou enojado.

Rachel: Minha madrinha nunca deixaria, mas tenho certeza de que essa criança não vai aguentar por muito tempo. Faz quase dois dias que eu não como nada e com mais alguns dias e um belo tombo na escada, concerteza eu perderei esse bebê...

Ela ia continuar, mas algo explodiu e ela se assustou.

Finn: Como você tem coragem de dizer isso. É seu filho, muito mais que isso é nosso filho.

Rachel: Mais um motivo para ele não nascer. Escute Finn, eu não vou ter um bebê com 16 anos, muito menos sabendo que o pai dele é um idiota que fez ele sabendo que a mãe estava bêbada e que tinha uma plateia assistindo tudo. – Ela estava sendo fria ao extremo.

Finn: Você me julga por tudo que eu fiz, pois agora você escute bem. Sim, eu transei com você bêbada, mesmo sabendo que tinha um monte de marmanjos olhando e quer saber mais eu gostei e tenho certeza de que você gostou, você pode fingir que não se lembra de nada, mas eu lembro de você gritando e gemendo por mim, eu lembro que você queria mais e mais e quer saber eu nunca vi uma garota ter quatro orgasmos seguidos. Então você não tem o direito de falar esse bando de besteira, você não querer esse bebê eu entendo, mas ele vai nascer e quando isso acontecer eu quero que você o entregue a mim e sabe por quê? Porque eu errei e errei feio, mas eu sou homem e vou assumir meus erros. – Ele estava praticamente em cima de Rachel, o rosto trancado pela raiva, já ela estava chorando e com medo do garoto.

Rachel: Você não entende, esse bebê está tirando tudo de mim, já tirou meus pais, minha liberdade, está tirando meu corpo e eu não quero esperar para ver o que mais ele vai tirar. Eu nunca quiz nada disso. Estava tudo indo tão bem, eu e você porque você tinha que acabar com tudo. Eu te amava Finn. – Ela confessou ainda soluçando.

Finn não gostou do que viu, ela estava frágil e perdida, todo seu corpo ardia só de ver ela machucada e ardia mais ainda de saber que ela havia machucado-a. Ele então a abraçou, sentindo o pequeno corpo tremular entre seus braços.

Finn: Desculpe pequena, se eu pudesse eu voltava no tempo e nunca olharia pra você, tudo para nunca me apaixonar e não te fazer sofrer. – Ela se abraçou ainda mais a ele e murmurou algo que ele interpretou como um baixoi, não.

Eles ficaram algum tempo abraçados, ele sentindo os soluços e a respiração dela pesada, mas derepente tudo parou, ela se calou e parou de sustentar-se, a cabeça pendeu para o lado e ele viu o rosto pálido sem emoção alguma, entrou em desespero.

Ela havia desmaiado...