- Já vou...Pai - Falei com um tanto de receio.

Desde do sonho que tive a um tempo atrás, eu venho meio desconfortável com tudo. Somente eu, sei sobre este meu ''sonho''

Grazy muitas vezes me olhou estranho, pois eu havia mudado. Mally dizendo para eu ficar mais ''a vontade'' e Draco... Me apoiando.

Eu parei de falar com Harry, nós se falamos poucas vezes. Eu costumo falar mais com Hermione. Ela se tornou uma grande amiga.

Cedrico está trabalhando agora, o que faz com quem Grazy fique ainda mais grudenta, não que eu não goste da companhia dela, é só que... Eu sinto está incomodando todos.

Terminei de me arrumar, eu tinha colocado uma blusa branca, uma calça jeans e com um casaco na cintura, e claro, com o all star.

Desci as escadas, e vi meu ''pai'' me esperando no sofá. Ele se levantou assim que me viu, e pediu para que eu fosse indo para o carro que logo ele iria.

O obedeci e fui até o carro. Sentei-me na cadeira de passageiro, e esperei o velho chegar. Peguei uma mecha de meu cabelo, ah eu descobri que eu soumetamorfomaga, legal? Talvez.

Eu havia descoberto tantas cosias sobre mim...

- Ei, Mê... Chegamos! - Falou o meu ''pai''.

Eu nem ao menos tinha visto as horas passarem. Saí do carro, e fui pegar minhas malas para colocar no carrinho. Peguei o carrinho e as malas.

- Eu sentirei sua falta, pai - Falei tentando ser dócil.

Ele sorriu e me deu um abraço e entre o abraço falou ''Boa sorte, querida'' Falou quase como um aviso.

Ignorei o que ele disse, me soltei dos braços dele, e fui embora. Virei-me para trás, e dei um aceno de tchau. Algo doeu em mim, mas uma parte havia morrido.

[...]

Estava em frente ao trem, quando vejo a família de Draco e o próprio Draco. Na hora que o vi, eu somente queria o abraçar, mas eu não podia... A família dele não sabe nem quem eu sou. Suspirei e vi Draco dá um sorrisinho disfarçado.

- Desgraçado - Soltei rindo.

- Marmenina, tu mal ''chegou'' e já tá xingando os outro? - Uma criatura me chamou.

- Mally! Oi! - Falei sorrindo.

- Vem cá gata, quero um abraço - Sinceramente, Mally é da Sonserina?

A abracei e dei um sorriso de alegria. Senti alguém nos abraçar e logo vi Grazy... Sinceramente, não existe pessoa que ame mais abraços do que Grazy, está menina quando ver alguém se abraçando corre para abraçar também.

- ABRAÇO EM GRUPO, TUTS TUTS TUTS - Falou Grazy.

- Tuts, tuts? - Perguntei confusa.

- É né gata! Olha só, tá gatona... ELA É TODA, TODA! - Grazy é uma comédia.

- tá, tá! Vamos entrar logo! - Falei entre risos.

Entramos, Mally foi para o vagão da sonserina, e eu e Grazy para o da Lufa-Lufa.

- Ainda não me acostumei com este seu anel... Draco não poderia dá um presente melhor que este, não? - Perguntou estranha.

- Aí, Grazy! Qual o problema? - Perguntei sem paciência.

- É estranho, parece até que do nada está cobra vai engolir alguém! - Falou.

- Meu Deus, Grazielly! - Falei rindo.

- Eu só quis dizer! Mas conta aí, o que teve de bom nas férias? - Perguntou mudando de assunto.

Fiz cara de pensativa e lembrei de minhas férias, foram um saco! Não teve nada de legal.

- Ah, foram muito chata, sei lá.. Eu só fiquei em casa. Mas e as suas? - Perguntei.

- Eu visitei o BRASIL! BRAAAAASIL! BRA-BRA-SSSIL! - Gritou e todos no vagão olharam para a gente.

- Você tem algum problema mental? - Dei uma gargalhada - Você foi com quem na viagem?

Ela deu um suspiro apaixonado e pareceu está longe... Eita, começou!

- Com o Ce-edrico... Foi adorável. - Falou dando uns suspiros.

- Eu mereço, não mereço Deus? - Falei.

Ela fechou a cara e depois deu uma risada.

- Eu vou comprar alguns doces, você vai querer? - Perguntou se levantando.

- Sim, sim... Me traga... - Ela não deixou nem ao menos eu terminar e já foi embora.

- Por Merlin! - Exclamei sozinha.

Uns 10 minutos depois ela voltou com uma sacolinha de doces, e com alguns na boca... Meu Deus, viu! Ah, ela também estava com uma revista.

- Me dá meus doces! - Ordenei brincando.

- Aí, tá bem! Olha essa revista, foi a Luna que me deu - Falou.

Olhei a revista, e vi que era bem legal, o nome era estranho (Igual a revista)Pasquim, era o nome da revista... Interessante.

- Mia, acho melhor irmos colocar nossos uniformes! - Falou Grazy.

- O que?... Ah, tá bem. - Falei meio que ''longe''

[...]

Tínhamos acabado de chegar em Hogwarts, e já estávamos no salão principal. Sentei na mesa, e Grazy fez o mesmo.

- AÍ!! QUE SAUDADES DA COMIDA MARAVILHOSA DAQUI - Grazy falou escandalosa.

- Acho melhor vocêsomente tomarum suquinho de maracujá - Falei a zoando.

Em troca, ela me mostrou a língua.

- Infantil - Soltei e ela riu.

Dumbledore havia acabo de começar um discurso, o de sempre... Só que ele havia tocado no assunto que rapidamente me chamou a atenção. As forças das trevas poderiam estar a qualquer momento perto ou entrando no castelo.

Um frio invadiu meu corpo e fez com que eu virasse minha cabeça para a mesa da Sonserina, o que me levou a Draco. Ele estava longe, mexendo na comida sem se importa. Isto me deixou preocupada.

- Tá tudo bem, Mia? - Falou Grazy cheia de comida na boca.

Cara, como que ela consegue ser magra (Quase um palito) comendo tanto? Quero a receita também.

- Tô sim, porque? - Perguntei.

- Não, nada... É que você estava com o olhar, olhando para o nada. - Falou se explicando.

- Hum... - Falei.

- Dois... - Falou rindo.

- Tá, tá, agora come. - Falei rindo.

O banquete terminou e eu junto de Grazy fomos saindo do salão.

- Mas que porra, viu Grazy! Se eu não tivesse te ''arrancado'' daquela mesa, tu nunca parava de comer. - Falei rindo.

Ela corou e nós fomos andando.

- Amy... - Senti alguém pegar meu braço.

Virei minha cabeça para ver quem era e era a serpente do Malfoy, minha serpente.

- Oi, serpente - Falei sorrindo.

Ela deu um sorriso de lado, e passou a língua nos lábios.

- MIGA, ME CONTA TUDO DEPOIS, TÁ? RERE - Grazy gritou correndo.

- Grazielly, eu não te mereço.

- Podemos conversar, agora? - Draco perguntou.

O olhei estranho e vi que a coisa era séria.

- Tá bom. - Falei tentando passar confiança.

Seguímos caminho até um lugar afastado e nos sentamos em um banco que tinha lá.

- Tá, solta a voz. - Falei.

- Amy, eu... eu... Eu estou com tanta vergonha de falar isto - Falou com raiva - Eu sou um comensal da morte - Falou levantando a manga de sua camiseta.

No momento que vi a cobra, me assustei. O susto foi grande, o que me fez se afastar de Draco.

- Me perdoe... Mas, este é meu futuro, minha família... Amy.. - Falou e eu estava tão confusa só sabia me afastar dele - Por favor, não fique com medo.

Segurei a emoção e corri para abraça-lo, vi que ele ficou surpreso, e depois retribuiu o abraço.

- Estamos namorando a um bom tempo, não é agora que eu o deixarei. - Falei sorrindo e o olhando nos olhos - Eu sempre estarei com você.

Ele segurou meu queixo e delicadamente me beijou. O beijo de Draco ainda me fazia se arrepiar.

- Eu.. Eu te amo - Falou me encarando.

Eu quase soltei fogos, Draco falar que me ama é difícil, ele é difícil... Ele é serpente.

- Eu o amo muito. - Falei sorrindo e sincera.

O abracei.

- Eu tenho que ir agora, até amanhã. Durma bem, meu amor. - Falei me soltando dele, e ele segurou minhas mãos.

- Não mereço nem sequer um beijo? - Falou brincando.

- Amanhã, quem sabe. - Falei e saí.

[...]

Cheguei ao meu dormitório e vi Grazy caída na cama, dormindo igual um porco. Meu Deus, como esse ser pode ser minha melhor amiga?

Estava pronta para dormir e me deitei em minha cama. Caí em um sono.

- Amélia... Amélia - Ouvi a voz da minha mãe.

Corri e corri, mas quanto mais eu corria, mais eu deixava de escutar a voz.

Senti uma mão gelada em meu ombro. Já sabia quem era.

- Você devia me procurar - Falou a voz em ordem.