ADN - Como Tudo Começou escrita por Kichanny


Capítulo 8
Dia de mau-humor


Notas iniciais do capítulo

Guitar Hero é legal...
Amanda, me empresta o Guitar Hero Brazuka Brasil? Quero ouvir 1406, Chip Novo, Bois don't cry, Chops Cents, Ana Julia, Sua Maneira, Vira-Vira, Kuase Nada e Robocop Gay de novo.
Indo direto ao assunto, vou postar logo a história para vocês não ficarem cansados de esperar.



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Na manhã seguinte, acordei e, por ainda estar com sono, dormi novamente. Não sei ao certo quantas vezes fiz isso, mas só me levantei de verdade quando Rachel apareceu, molhou os dedos e espirrou um pouco de água no meu rosto. Acordei assustada e, por conta disso, cai da cama junco com o lençol o cobertor e o travesseiro. Sequei meu rosto com a manga da blusa, peguei o travesseiro e o joguei na direção de Rachel. Ela o segurou com a mão esquerda, enquanto tentava não derramar a água do copo na mão direita.
Colocou o copo no criado-mudo e o travesseiro na cama. Andou até mim, rindo, e estendeu a mão.
– Se machucou? Deixa eu te ajudar.
Por estar um pouco nervosa, me levantei sozinha e coloquei o cobertor e o lençol sobre a cama. Dei a volta e bebi a água para me acalmar, respirei fundo e disse:
– Você não devia ter me acordado assim, me aguarde! Você vai ter o troco.
Se assustou, não fiz isso por mau, simplesmente fico nervosa se alguém me acorda, é meu jeito de ser e não tenho como mudar.
– Você sempre acorda mau-humorada assim? Me desculpa, eu não sabia! - reclamou.
– Preciso de um banho! - disse ainda mau-humorada.
– Desculpa, Carina! Eu não sabia que você ficaria assim, foi a Bruna que mandou eu te acordar. Ela pediu pra te levar até a sala de jantar, que é onde elas estão. Parece que tem notícias. - falou calmamente enquanto me seguia até o banheiro, e acrescentou - Não te acordaria desse modo se não fosse importante!
– Está bem, mas se me acordar desse jeito de novo, eu vou... Você vai ver o que eu vou fazer. - ameacei, deixando até eu mesma assustada, e pensando seriamente no que fazer se ela me acordasse assim novamente.

Rachel me olhou do mesmo jeito que eu olhava para a Fátima quando estava com medo, fez que sim com a cabeça e me levou até a sala de jantar. No caminho, além de pensar em várias coisas ao mesmo tempo, tentei arrumar meu cabelo, que estava um nó só.
Pensava: "Será que as notícias são sobre a turma da Fátima? Elas podem estar em qualquer lugar, menos na fortaleza,. Legal, vou começar a chamar o cativeiro de fortaleza! O que será que elas vão achar? E esse nó que está no meu cabelo? Nunca vai sair, não? Que fome! O Francis deve ter tentado pegar os medalhões. Vou lá mais tarde para ver se elas escondiam os pingentes em algum lugar, só não queria ir sozinha. Será que devo chamar a Rachel para ir comigo? Melhor não, e se ela e as outras não souberem disso? Elena disse que elas sumiram na noite em que iam contar tudo. Francis pode ter contado ou não! Então é melhor eu não dizer nada.
Chegando na sala de jantar, de tanto pensar, eu já estava calma e sem sono. Na mesa tinha de tudo, de pães até bolos de alguma coisa que não dava para ver por causa da cobertura, mas o cheiro estava delicioso. Rafaela estava naquele típico lugar onde os anfitriões da casa ficam, enquanto Bruna e Serena estavam ao lado uma da outra, e Bruna ao lado da Rafaela. Por medo de ficar frente a frente com a filha da Fátima, me apressei em sentar no fim da mesa, junto com Serena. O medo dela não foi o único motivo pelo qual sentei lá, geralmente eu me isolava assim quando queria ficar sozinha ou pensar sobre alguma coisa.
– Carina, se você quiser alguma coisa é só pedir, está bem? - perguntou alguém, mas não prestei atenção em quem era.
– O quê? - disse desorientada, só então percebi que era Rafaela quem havia dito aquilo.
– Eu disse que se você quiser algo é só pedir. - reforçou sorrindo.
– Eu estava distraída. Mas... o quê queriam falar comigo? - tentei mudar de assunto.
– A gente está sem notícias delas, mas nem por isso vamos ficar paradas. Você esteve com elas nos últimos dias, e nós queremos saber tudo. - disse Bruna de um jeito que pareceu a Fátima mais nova - Ou vou ter que agir como minha mãe.
Ela podia estar simplesmente brincando, mas aquilo me assustou e fez pensar se devia ou não contar algumas coisas, como o sequestro ou quando a Fátima me prendeu. "Se eu conto, corro um risco muito maior que se não contar, a Bruna não tem tanta experiência quanto sua mãe. Está decidido, não vou dizer algumas das coisas que aconteceram, só quando elas voltarem. Elas vão entender quando conhecerem suas mães de verdade."
– Conta desde o início, como as conheceu? - disse Rachel, chamando minha atenção.
Pensei bastante em como começar sem que elas percebessem que eu estava mentindo, tinha que confirmar o que eu já havia dito e complementar com algumas coisas que fizessem sentido. Após alguns segundos, iniciei a história:
– Eu estava na casa dos meus irmãos, o mais velho tinha ido até... Não sei a casa de quem era, mas só a Fátima estava lá, eu fui procura-lo e os encontrei, ficamos só nos três na casa. Ela disse que as outras estavam vindo, e algum tempo depois a Elena e a Maria chegaram e a Fátima saiu para encontrar a Caroline. -"Quanto menos eu mentir melhor!" - Ficamos por apenas um dia lá, depois nós saímos e viemos para cá. Depois de não sei quantos dias, horas, sei lá! Eu saí para visitar o Teo, quando voltei o Francis me sequestrou.
– Você ficou quanto tempo com elas? - perguntou Rafaela.
– Sinceramente? Não faço ideia, eu tenho alguns problemas em relação ao tempo que já passou. Aliás, que dia é hoje?
– Trinta de fevereiro! - zombou Rachel, fazendo todas rir.
– É sério, não faço a mínima ideia de que dia é hoje. A última vez que olhei em um calendário, era dia três de maio, acho... - confessei e fiquei envergonhada ao ver a expressão em seus rostos - Hoje deve ser dia oito ou nove.
– Hoje é dia vinte e sete de maio. - contou Serena abismada.
Aquilo era confuso, por isso resolvi tentar lembrar quanto tempo fiquei fora. "Passei seis dias na casa do Teo, um dois com as mães das meninas e o Teo lá longe, uns três dias com elas aqui perto e desde que saímos do esconderijo do Francis só se passou um dia. Sendo assim, deveria ser dia dez de maio e se me lembro bem, foi um dia antes da Fátima e seu grupinho me raptarem que olhei no calendário."
– Não pode ser! Pelas minhas contas hoje é dia dez, não vinte e sete. Você deve estar errada, eu não passei tanto tempo fora de casa. - exclamei inconformada e completei ao sussurros - Quanto tempo eu passei com elas no covil daquele monstro? - "Por quê o Dav não perguntou nada? Será que ele achou que eu estava com as amigas da minha mãe?"
– Calma ruivinha! Se quiser...
– Rachel, você é minha amiga, mas não me chame de ruivinha de novo. Essa já é a segunda vez que você me deixa extresada, tome cuidado com o que diz.
– Se quiser um calendário, tenho um no meu celular. É só olhar e você vai confirmar que estamos certas.
– Não, obrigada e tchau! Vou descobrir o que aconteceu. - respondi deixando todas, menos Bruna, magoadas.
– Volte aqui, Carina Wilson. Nós vamos descobrir tudo juntas, e se você tentar fugir de novo eu te amarro! - " Ela está falando igual a Fátima."
Sem pensar nas consequências, saí andando sem dizer mais nenhuma palavra. Apenas peguei minha jaqueta que estava no quarto no andar de cima e segui em direção à porta. Saí bufando, enquanto as meninas olhavam eu ir embora correndo com a Bruna atrás. Quando vi que ela havia parado de me seguir, andei na direção certa até o meu antigo "cativeiro".
No caminho, comecei a pensar na ordem das coisas e acabei lembrando do medalhão, a última vez que eu o tinha visto, foi antes de me acorrentarem. Me esforcei para lembrar e acabei percebendo que ele estava comigo durante todo o tempo, desde aquela prova estranha que tinham me prendido no quarto, eu o coloquei no bolso e não mexi mais lá, se quer percebi quando tomava banho. Tateei os bolsos tentando encontra-lo, mas não estava mais comigo. Na melhor das hipóteses a Caroline, a Maria, a Elena ou a Fátima acharam e deixaram em algum lugar, na pior delas o medalhão ficou com o Francis.
Continuei na mesma direção até chegar para fazer uma vistoria para descobrir se elas haviam guardado em algum lugar. Seria uma tarefa difícil de se cumpri sozinha, não estava disposta a recorrer a ele de novo, me sentia incapaz de fazer qualquer coisa sozinha.
Entrei na casa, que do lado de fora parecia normal, e pensei:" Não só o meu, mas os delas também podem estar aqui! O problema é saber onde procurar. Se eu vasculhar cada centímetro de cada cômodo, vou levar dias, contando que tem um subsolo bem grande. Se elas estivessem aqui eu poderia perguntar a uma delas que não fosse a Fátima. Ela provavelmente me mataria."
Comecei pelo cômodo no qual eu já estava, comecei a procurar qualquer sinal de meu medalhão. Parecia inútil, mas quanto mais eu procurava, mais sentia que ia encontrar. Fiquei horas fazendo isso, até meus olhos começarem a pesar, os bocejos ficarem mais frequentes e eu cair no sono. Literalmente cair, pois eu estava apoiada na parede quando dormi e ao sentir o impacto do chão acordei.
Por causa do impacto, meu braço direito, meu ílio (aquele osso situado no quadril) e minha cabeça estavam doendo, eles tinham batido no chão. Levantei e me senti um pouco zonza, provavelmente por ter batido a cabeça, sentei devagar no sofá e esperei aa sensação passar. Bocejei e segundos depois já estava dormindo de novo, tombei para o lado e continuei dormindo até a manhã seguinte.
Abri os olhos, pisquei algumas vezes e percebi que tinha alguém me observando. Não apenas uma pessoa, para ser mais exata, tinha cinco que eu já conhecia a algum tempo, um deles a pouco mais que um dia.
– Acorda dorminhoca! O sol já nasceu e está para ir embora. - disse Bruna com a simpatia que puxou da mãe.
– O que vocês estão fazendo aqui? Achei que tinha te despistado, Bruna. - disse olhando para as meninas e continuei olhando para o quinto integrante - E você? Por que está aqui?
– Te vi entrando e não te vi sair, quando vim checar aqui de manhã, você estava desmaiada no sofá, eu chamei elas e você acordou bem na hora que elas chegaram. - contou meu irmão mais velho.
– Dav, o que aconteceu com... Preciso falar a sós com você, sobre nosso "maninho".
Ele assentiu e andamos até outro cômodo, um que conhecia muito bem, ele levava até meu quarto. Sentamos no sofá e comecei a falar:
– Naquele dia, o que você disse para o Teo eu nem ouvi e já fiquei apavorada. A única coisa que eu queria saber é o porque você nunca fala perto do Teo.
– Esse é um assunto meu!
– Quando a gente estava aqui com as mães das meninas, você até falou um pouco mais, mas uma das únicas perguntas que eu tenho é o porque você não fala?
– Já disse que é assunto meu! - gritou Dav me dando um susto.
– Está vendo? Foi exatamente por isso que eu perguntei, naquele dia você gritou exatamente assim com o Teo e mesmo sem ouvir o que você disse eu me assustei e fiquei, inclusive, com medo de você.
– Se eu te contar você promete que não vai contar pro Teo?
– Prometo, mas não omita nada!


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Notas finais do capítulo

Gostaram de ler? Porque eu acabei de escrever e ainda preciso fazer uma pesquisa hoje.
Sabe como é o último dia de net, né? Deixa tudo para a última hora e ainda tem que fazer bem feitinho, se não a professora fica pior do que já é. Então com licença, vou pesquisar que foi Lênin, Trotsky, Stalin, Bacunin e a Rosa de Luscemburgo. Cinco de nota para cada, tem que fazer no mínimo dois para interar um dez, mas como toda pessoa sã, vou fazer a biografia de todos para aumentar a nota. Tchau!



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