Anything You Need escrita por sweet writer


Capítulo 6
Noites de Terror & Lágrimas


Notas iniciais do capítulo

Ooooooooi people!!!
Capítulo novo! Desculpem a hora, tive muita coisa pra fazer hoje!
Poxa gente, quase nenhuma review! #SadDance
Mesmo assim, here it goes!
Boa leitura! ;) espero que gostem! :D



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POV. Ally

Logo depois que Dez foi embora, peguei meu prato, meu copo e me dirigi à cozinha, coloquei tudo na pia e voltei para a sala, assisti o fim do episódio de The Walking Dead e subi as escadas até meu quarto, abri a porta e logo em seguida a fechei, caminhei até a cama, puxei minhas cobertas e me aconcheguei. Me virei de barriga para cima e, por nenhuma razão, fixei meus olhos no teto.

Eu sabia que Dez podia ser um cara legal, ele apenas tinha problemas”

“Será que vou conseguir falar com a tal Trish? Vou conseguir ser amiga dela? Vou conseguir cumprir minha promessa? Vou ao menos conseguir conhecê-la?”

“Como será minha nova escola? Como são os alunos daqui? Como será que são meus novos professores?”

“Mesmo com a certeza de que quero permanecer aqui, será que eu vou permanecer aqui?”

“Como deve estar a minha mãe? Ela não me deu notícias o dia todo...”

“Meu Deus! Acabei de me lembrar de que meu pai ainda não esta em casa!”

Meus pensamentos pararam por um instante.

CADE MEU PAI?

Estiquei meu braço e peguei meu iPhone que estava em cima do meu criado mudo, disquei o número do meu pai e esperei chamar.

– Ally? – disse meu pai como se estivesse surpreso por receber minha ligação –

– Pai? Aonde você esta? Por que não avisou que ia sair de casa?

– Ally, tive que sair, recebi uma ligação importante, era urgente, tive que sair correndo, não tive como te avisar, mas já estou voltando pra casa!

– Com quem você esta pai?

– O pai do Dez esta comigo Ally! Já estou chegando! Vá dormir!

– Pai, estou preocupada! Já esta muito tarde! Aonde você esta? Onde você foi?

– Ally, vá dormir filha! Amanhã conversamos! Esta tudo bem!

– Amanhã? Como assim amanhã? Como assim “esta tudo bem”? O que esta acontecendo? – me sentei na cama com ar de desespero – EU ESTOU SOZINHA EM CASA NO MEIO DA NOITE, PAI!

– Eu sei Ally! Não saia do quarto! Entendeu? Não é nada com o que você deva se preocupar! Eu já estou chegando! Não aconteceu nada, acredite! Fique calma! Amanhã conversamos! Tenho que desligar, eu te amo Ally!

Tu tu tu tu tu tu tu tu tu...

– Pai? Pai?? Pai??? PAI??????????? PAAAAAAI??????????? TA AI???????? ALÔ?????????????? ALÔ????????????? PAI?????????????

Ele desligou o celular na minha cara! Eu nem tinha terminado de falar! Meu Deus! O que aconteceu? O que ele estava fazendo? Ele estava com mais alguém? Por que ele estava falando daquele jeito? Por que ele tinha saído correndo e nem me avisado? O que era tão urgente? Por que eu não podia sair do quarto?

Eu sabia que alguma coisa realmente não estava bem... minha mente começou a criar hipóteses diante da situação, eu me perguntava se meu pai havia se metido em algo ruim do tipo drogas ou vendas proibidas, me perguntava do motivo de o pai do Dez estar com ele, me perguntava se o Dez sabia algo sobre isso, me perguntava se havia acontecido algo de muito ruim para tudo estar daquele jeito naquele momento, espontaneamente pensei em minha mãe, me perguntei se estaria tudo bem com ela e neste mesmo instante um sentimento horrível tomou conta de todo meu corpo, me fazendo chorar, não consegui segurar nenhuma gota de lágrima que segundos depois rolava pelo meu rosto, eu estava assustada, eu estava com medo, eu estava em pânico.

Resolvi então ligar para o Dez.

Disquei seu número. Chamou. Chamou. Chamou.

Alô? – falou uma voz preguiçosa e sonolenta –

– Dez... – falei aos soluços –

Ally? Esta chorando? O que aconteceu? – percebi que ele estava preocupado, eu não tinha muito o que dizer, nem eu sabia o que tinha acontecido –

– Preciso que você venha pra cá, agora! – falei aumentando meu desespero e chorando cada vez mais –

– Tá... Tá eu to indo, me espera na sala!

– Ta bom...

Desliguei a chamda, eu estava cada vez mais desesperada, lembrei do que meu pai havia dito sobre não sair do quarto mas ignorei essa “regra” e desci as escadas o mais rápido que consegui, abri a porta e esperei o Dez. A campainha tocou e em fração de segundos abri a porta, lá estava ele, me olhando com um ar desesperado.

– O que foi Ally? – ele parecia ficar cada vez mais preocupado –

– Eu não sei Dez! – falei entre os soluços enquanto Dez entrava e se sentava no sofá, fechei a porta e me sentei ao seu lado –

– Por que esta chorando?

– Estou assustada Dez!

– Cadê seu pai Ally? – ele engrossou a voz –

– Ele... eu não sei Dez... fui dar conta da falta do meu pai agora, antes de dormir, eu liguei pra ele Dez... liguei preocupada...

– E o que ele disse?

– Disse que estava com seu pai, disse que já estava chegando, disse que teve que sair urgente e não pôde me avisar, disse que não era para eu sair do quarto, disse que era para eu ir dormir e que amanhã conversávamos... Dez, ele disse que precisava de desligar, disse que me amava... eu não sei o que esta acontecendo Dez! Eu estou em pânico! Dez eu estou preocupada! Cadê meu pai a essas horas? O que ele esta fazendo? Com seu pai? O que era tão urgente Dez? Ele não queria que eu saísse do quarto! Por que Dez? – eu chorava mais e mais sem poder me controlar –

– Eu não sei Ally... minha mãe disse que meu pai tinha saído para resolver um problema com um amigo... eu nem me importei, minha mãe estava calma, não me parecia um problema tão desesperador...

– Sabe pelo menos aonde foi seu pai?

– Não... ela não me falou... não entrou em detalhes... o que eu te falei é tudo o que eu sei...

– Isso esta tão estranho Dez... tão confuso! E se acontecer algo ao meu pai? Aos nossos?

– Não vai acontecer nada Ally! Se acalma! Eu estou aqui com você, ta? – ele chegou mais perto e me deu um abraço forte, eu precisava daquilo naquela hora, as lágrimas não paravam de rolar, pareciam sem fim... –

– Dez, posso te pedir um favor? – perguntei, nos separando e dando mais espaço –

– Pode! – ele assentiu –

– Você... passa a noite comigo hoje? Até meu pai chegar... não quero ficar sozinha me contorcendo de medo e pânico, chorando desesperada!

– Ally, enquanto eu precisar de ficar, eu vou ficar! Não se preocupe! Vai ficar tudo bem! – ele deu um sorriso de consolo para ver se adiantava em algo no meu humor, dei um sorriso forçado de volta à ele –

Passaram-se 5 horas, o relógio marcava 6:30 a.m. e meu pai ainda não havia chego, cochilei alguns minutos no colo do Dez e quando isso acontecia eu percebia que ele fazia o mesmo. Dez estava fazendo muito por mim, passar a madrugada inteira ali, comigo, sem me abandonar, ele estava sendo um amigo, um grande amigo por sinal, isso me tranquilizava, eu sabia que agora, sempre que eu precisasse, eu podia contar com Dez para qualquer hora, eu sabia que eu não estava só.

– Ally, quer água?

– Sim... por favor! – achei que um gole de água me faria ficar mais calma, meus olhos estavam inchados, eu havia passado a madrugada inteira chorando, minha cabeça doía, sempre que eu pensava na situação lágrimas se formavam nos meus olhos, meu nariz estava vermelho, eu estava com frio, tremendo, minha casa parecia mais gelada de manhã, meu traseiro doía assim como minhas pernas por permanecerem durante horas na mesma posição, eu estava cansada mas não podia dormir até meu pai chegar, eu estava acabada –

– Aqui! – Dez voltou à sala com meu copo de água e a única coisa que consegui fazer foi dizer “obrigada” como um sussurro, bebi um gole e me senti mais leve, o que não mudava muita coisa – Quer ligar para o seu pai Ally?

– Não... não sei o que dizer... não quero saber o que dizer... não quero dizer Dez... não quero dizer nada à ele por telefone, quero ele na minha frente, me contando cada detalhe do que esta acontecendo...

– Entendo Ally... Estou preocupado com meu pai...

– Então somos dois filhos preocupados com dois pais... – ele riu –

– Sim... somos! E vamos ficar bem! Tudo vai ficar bem! Não acha?

– Apenas acho que tudo deve ser esclarecido... não posso opinar em ficar bem ou não sem saber do que esta acontecendo...

– Eu sei... mas quero manter um pensamento positivo! Isso é sempre bom! Devia fazer o mesmo!

– Se eu te disser que tentei Dez... mas essa sensação ruim não sai de dentro de mim! É horrível! Me sinto péssima! A cada segundo só piora!

– Vai passar Ally!

Ouvi o barulho de um carro na minha rua, como se tivesse estacionando em frente à minha casa.

– Dez! Escuta!

– O que?

– Shiu!!!! – levei um dos meus dedos à minha boca fazendo sinal de silêncio – Acho que tem alguém vindo!

– Será que é o seu...?

– Não sei Dez...

O barulho de carro tinha parado, agora eu ouvia outra coisa em direção à porta de minha casa, passos! Eu ouvia passos! Cada vez mais próximos!

Ouvi o barulho de chave entrar pela fechadura de minha porta e a maçaneta se virar, eu fixava meus olhos no Dez com expressão assustada e um olhar apavorado... me lembrei do que meu pai havia me dito sobre não sair do quarto e que tudo iria ficar bem, me lembrei principalmente do “Eu te amo Ally” que saiu pela sua voz... Isso me deixou mais aterrorizada do que eu já estava. E se não fosse meu pai? Eu segurava as mãos de Dez, apertando-as cada vez mais forte, com medo.

A porta finalmente se abriu.

Sim, era ele, meu pai. Um ar aliviado saiu pelos meus lábios e a maior parte de todo aquele meu pavor havia ido embora, agora que estava mais calma e mais tranquila.

Mas meu pai, não.

– Pai! – soltei em voz alta –

– Ally... – ele não tirava a má expressão de seu rosto –

– Pai? O que aconteceu? Me fala! Agora! – saltei do sofá diante dele, nossos olhos se encontraram, mas diziam coisas diferentes –

– Tenho uma coisa para você Ally... – ele tirou do bolso da calça um envelope e caminhou até mim, me entregando, Dez permanecia quieto –

Olhei cada detalhe do envelope.

“De Penny Dawson para minha princesa, Ally Dawson

Com carinho, mamãe”

Não pude deixar de esconder minha felicidade ao ver o que estava escrito naquela carta, eu estava bem agora, me sentia leve, tranquila, calma, me sentia bem. Não esperei mais nem um segundo e tratei logo de abrir a carta.

“Oi Ally,

Viu meu presente? É um diário! Sei que você já esta grande para isso mas espero que ainda sim tenha gostado! Vou te escrever quando puder e quero que faça o mesmo! Quando eu voltar quero ler seu diário então não esqueça de escrever em nenhum dia! – sorriso –

Agora estou no avião e chegarei na África daqui mais ou menos uma hora! Espero que tenha chego bem em Miami! E como estão as coisas? Esta se divertindo? Como vai o seu primeiro dia aí? Como está seu pai? Já conheceu gente nova? Lugares novos? Conte-me tudo Allyzinha!

Estou cansada e prevejo que meu dia ainda será longo! Vou descansar um pouco e escrever de novo assim que puder!

Saudades Ally! Te amo muito! Aproveite bastante! - sorriso –

Da sua mamãe, Penny!”

Não tive como conter a minha alegria diante daquelas palavras! Minha mãe era tão maravilhosamente perfeita!

“Também te amo muito mãe”

Pensei para mim mesma. Me liguei de que ainda estava com Dez e meu pai em casa, à minha frente, então abri um sorriso e voltei minha atenção para eles.

Meu pai estava chorando. Meu sorriso logo desapareceu.

– O que foi pai? Como conseguiu essa carta? – perguntei olhando para ele –

– No aeroporto... – as lágrimas escapavam de seu rosto com cada vez mais facilidade –

– Aeroporto? O que foi fazer lá?

– Pegar as coisas da sua mãe Ally...

– Como assim pegar as coisas da minha mãe? Pai? – senti a tristeza, o desespero, a sensação ruim, o pânico e o pavor se voltarem para mim novamente, empalideci –

– Ally... a ligação urgente... a correria... o tempo fora... eu não podia te contar por telefone... não podia te contar naquela hora...

– Me contar o que pai? – meus olhos se encheram de lágrimas –

– Ally... o avião de sua mãe sofreu um acidente...

– PAI, PELO AMOR DE DEUS, O QUE ACONTECEU? – gritei –

– Sua mãe morreu Ally... – ele se entregou às lágrimas que corriam pelo seu rosto, soluçava, se sentou, chorava... cada vez mais... –

Dez olhou para mim pasmo, com expressão aterrorizada e levou sua mão a sua boca, cobrindo-a.

Me sentei ao lado dele e fiz como meu pai, me entreguei às lágrimas, elas tomavam conta de meu rosto, minha face se preenchia com pavor, a cada segundo sentia meu coração disparar cada vez mais rápido.

Eu não podia entender aquilo, não podia associar à minha cabeça, não processava, eu não acreditava, eu não aceitava.


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Notas finais do capítulo

E ai gente? O que acharam? Bom? Ruim? Péssimo? Ótimo?
Reviews!!!!!!! Please!!!!!!!! :D Quero receber hein? :3 sejam sinceros ok? ♥
Espero que tenham gostado! Até mais amoras! Bessos amoras! :* xoxo #Reviews! ;)



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