POV. Austin

Chegamos em casa quase que às 04:00 da manhã. Eu e Ally subimos as escadas e fomos direto para o quarto, nós dois sujos de areia.

Nós estávamos conversando sobre a cara do segurança da praia ao nos ver caídos no chão achando que iriamos transar. Ally entrou no banheiro com uma toalha de banho e eu me sentei na cama para espera-la sair. Ouvi o barulho do chuveiro e da água caindo sobre o chão, e não sei por que, mas me senti com vontade de fazer xixi, se eu esperasse muito tempo, minha “terceira perna” iria levantar de novo, e eu não podia deixar isso acontecer mais uma vez em um único dia. Eu não sabia aonde teria outro banheiro, mas imaginei mais um no quarto do Lester e claro que eu não poderia usa-lo né? Então me levantei e bati na porta do banheiro da Ally.

– Ally?

– Sim? – ela disse e eu ainda podia ouvir o barulho do chuveiro ligado. –

– Posso usar o banheiro rapidinho? Tô meio apertado...

– Pode, entra.

Abri a porta e não pude deixar de olhar para a Ally dentro do box virada de costas para mim, foi a primeira coisa que eu vi ao passar por aquela porta. Ally estava obviamente sem roupa alguma mas com sua parte da frente do corpo virada para a parede, deixando as costas para mim. Eu não queria descer o olhar, na verdade eu não queria nem estar olhando suas costas, abaixei a cueca junto com a calça e comecei a fazer meu xixi desviando o olhar do corpo dela.

Acho que isso não da muito certo para um homem, ou para mim... Por mais que eu tentasse colocar meus olhos em alguma outra coisa daquele banheiro eu sempre acabava vidrado no corpo da Ally.

A água escorria pelas suas costas e eu seguia as gotas contornando seu corpo, passava por toda a suas costas, descia até sua cintura e caia em sua bunda. Uma bunda redondinha, branquinha, sem nenhum defeito, sem celulite, sem estrias, limpinha. A bunda dela era linda, como todas as partes de seu corpo (mesmo se eu não as conseguisse ver agora).

Vidrei naquela bunda por um tempo e percebi que eu estava demorando demais lá dentro, meu xixi já até tinha acabado mas eu ainda estava imóvel, sem cueca, sem calça, com a mão na minha terceira perna, que a propósito estava visivelmente dura...

Ah não...

Excitado. De novo. Em um único dia. Pela mesma garota.

Sabe, eu não me importava de tirar toda minha roupa, entrar naquele box e tocar, beijar, morder cada pedacinho daquele corpo, fazê-la gemer e sorrir, dar o melhor sexo da vida dela.

Mas claro que eu não iria fazer isso. Não ainda. Não hoje.

Subi minha cueca, minha calça, fechei o zíper, dei descarga e abaixei a tampa da privada.

– Xixi demorado esse, não? – Ally disse e eu corei. –

– Hm... é né... também achei...

Abri a porta e saí, sentei de novo na cama e fiz de tudo para tentar abaixar minha terceira perna, até me ataquei no chão de barriga para baixo, o que doeu muito e não adiantou em nada. Escutei o barulho do chuveiro se fechando e a água parou de cair, me sentei rapidamente na cama e peguei o travesseiro da Ally, o colocando no meu colo. Ally saiu do banheiro e foi até o quarto de toalha enrolada.

– E então... – Ally estava ao meu lado esquerdo, em pé e começou a falar. –

– Então... – repeti. –

– O que achou da minha bunda? – Ally falou com um sorriso malicioso em seu rosto. –

– É muito bonita... – afirmei corado. –

– E o que mais? – Ally continuava com o sorriso. –

– E bem excitante... e suas costas também...

– Que bom! – Ally não tirava o bendito sorriso, o que me deixava envergonhado por saber que ela estava gostando. –

Ally foi até seu armário e tirou uma calcinha da gaveta, sem soltar a toalha ela vestiu a calcinha e se voltou para mim.

– Pode me passar meu pijama?

Peguei a camisola que ela havia me dado antes de sairmos (e que eu tinha colocado em cima da cama), joguei para as mãos estendidas dela e ela pegou a camisola.

– Obrigada! – Ela agradeceu e eu apenas sorri. Ally soltou a toalha, que caiu no chão, e de novo eu podia ver suas costas e sua bunda, mas dessa vez com calcinha, mesmo assim continuava sendo excitante, o que não ajudava em nada por que minha terceira perna ainda estava dura. Ela vestiu a camisola e se virou para pegar a toalha do chão, voltou para a cama e colocou a camisola em cima, se sentou ao meu lado e começou novamente a falar. – E então, o que faremos agora?

– Dormir? – sugeri – Amanhã temos aula...

– Você não vai tomar banho?

– Quer que eu tome?

– Não vamos dormir juntos com você cheio de areia.

– Tudo bem então. Mas eu não tenho toalha, nem cueca, nem roupa...

– Eu cuido disso. – Ally disse e sorriu. –

Sorri em resposta, me levantei e fui ao banheiro.

POV. Ally

Austin entrou no banheiro para tomar uma ducha, fui ao meu armário, peguei para ele uma toalha azul e fui ao banheiro. Antes de abrir a porta ouvi o barulho do chuveiro, ele já estava dentro no box.

– Austin, trouxe uma toalha. – falei abrindo a porta. Entrei no banheiro e vi o cabelo loiro dele pelo vidro do box. A água não estava tão quente então não abafou o banheiro. O vidro estava intacto, eu podia ver todo seu corpo, mas Austin estava virado para a parede, como eu fiquei quando estava tomando banho. Eu via suas cortas, seu cabelo loiro molhado, aquela bunda. Não sei, mas acho que já estava excitada. Agora éramos dois excitados e eu sabia disso por que pensamentos pervertidos corriam pela minha mente e eu só sentia vontade de entrar naquele box, eu não me importava de tirar toda minha roupa, entrar e tocar, beijar, morder cada pedacinho daquele corpo, fazê-lo gemer e sorrir, dar o melhor sexo da vida dele.

Mas claro que eu não iria fazer isso, né? Então me segurei.

– Põe a toalha em cima da privada. – Austin disse. Coloquei a toalha, peguei sua roupa que estava no chão e saí. –

A roupa do Austin estava cheia de areia, então dei uma limpada nela e coloquei em cima do meu criado-mudo. Ouvi o barulho do chuveiro se fechando, então sentei na cama e esperei.

Poucos minutos depois, Austin saiu do banheiro com a toalha azul enrolada na cintura. Todo seu abdômen aparecendo, como era gostoso, magro, forte, com um tanquinho na medida certa. Perfeito. Seu cabelo loiro molhado e bagunçado. Eu podia olhar para ele assim pelo resto da minha vida, mas acho que eu não tenho orgasmos suficientes no meu corpo para ele. Austin deu um sorriso e caminhou até sua mochila. Eu estava quietinha, apenas observando e gozando mentalmente. Austin tirou da sua mochila um pijama, mas o colocou de volta.

– Acho que está muito calor pra colocar esse pijama. – Ele disse. –

– Verdade... – concordei. – Fica só de cueca então...

Austin se virou para mim e sorriu malicioso e eu apenas fiz o mesmo. Ele já tinha entendido que eu estava excitada, ou parecia ter entendido. Austin teve que colocar a mesma cueca, ele não trouxe uma cueca reserva na mochila e as únicas cuecas que eu tinha eram do meu pai, que ele não vestiria de jeito nenhum. Austin tirou a toalha da cintura, pude ver que já estava de cueca e também pude ver o volume nela, o que me fez colocar a mão na boca.

– O que foi? – Austin falou ainda com aquele sorriso no rosto. –

– Nada... vamos dormir. – puxei a coberta e me deitei. Austin se debruçou em cima de mim, ficando na horizontal, mas apoiando suas mãos na cama e se arrastando para o outro lado, perto da parede. Ele se deitou e se cobriu. Me virei para ele e ele para mim. Ficamos cara à cara. –

– São quase cinco horas. – ele começou falando. –

– Não estou com sono e nem cansada. – falei. –

– Nem eu... quer fazer alguma coisa?

– Fazer o que?

– Não sei, brincar de algo? Um jogo?

– Hm... Podemos jogar ‘Perguntas e Respostas’, o que acha?

– Legal, mas sem perguntas sobre The Vampire Diaries por favor. – rimos –

– Tá... você começa? Ou eu?

– Eu! Vou te fazer uma pergunta e você me responde depois você faz a pergunta e eu te respondo.

– Ok...

– Hm... o que está sentindo agora? A resposta tem que ser verdadeira.

– Tá... seria a maior coisa que eu estou sentindo agora?

– Isso. O que é?

– Tesão... se quer sinceridade...

– Hm... bom... – vi Austin dar um sorriso malicioso de novo, como se estivesse gostando. –

– Minha vez, e você, o que está sentindo agora?

– Vontade.

– Vontade de que?

– Ei, agora é minha vez de fazer a pergunta! – Austin riu e eu sorri –

– Tudo bem, me desculpe.

– Tá, dessa vez eu deixo passar! – rimos. – No que está pensando?

– Que você é sexy demais, está me deixando louca.

– Ótimo. – Austin mantinha o sorriso malicioso. –

– Agora é minha vez. Do que você está com vontade?

– De tocar cada pedacinho do seu corpo com as minhas mãos e a minha boca. Mas estou me segurando e está me deixando louco.

– Ótimo! – falei com meu sorriso malicioso. –

– Minha vez, se pudesse mudar algo, o que seria?

– Minha primeira vez. Eu poderia mudar completamente tudo. Eu queria poder ter tido minha primeira vez com o cara que poderia ter me dado o melhor sexo da minha vida. – sim, eu estava falando de Austin. – Minha vez! Como você se sentiu ao ver meu corpo no banho?

– O que eu senti? Meu pênis ficando duro e minhas bochechas corarem com medo de você ver que eu estava excitado de novo.

– Poxa eu deveria ter visto! – brinquei e ele riu. –

– Minha vez! O que VOCÊ pensou quando me viu no banho?

– Eu queria que estivesse de frente pra mim.

– Meu pênis estava duro, claro que eu não ficaria de frente.

– Eu queria vê-lo mesmo assim, eu faria uma loucura se tivesse visto.

– Pensei o mesmo quando te vi no banho.

– Não seria ruim se tivesse feito a loucura. – sorri maliciosa –

– Da próxima vez eu faço. – Austin sorriu malicioso pra mim. –

– Minha vez, seu pênis ainda está duro?

– É ele está... – Austin riu e desviou o olhar, ficando um pouco corado. – E você? Ainda está excitada?

– Minha calcinha deve estar encharcada nesse momento então sim, ainda estou excitada. Basicamente morrendo, enlouquecendo aqui. Minha vez, o que você vai fazer pra o seu pênis abaixar?

– Se eu parar de pensar no que estou pensando talvez ele abaixe logo... e você?

– Eu não tenho um pênis! – rimos – Mas acho que vou fazer o mesmo.

– Certo...

Eu e Austin ficamos em silêncio. Eu queria tanto pular em cima dele, uma parte de mim dizia que eu não podia, mas a outra insistia para que eu pulasse, eu não sabia em qual das partes eu deveria aplicar em mim, então me deixei levar.

Cheguei mais perto do Austin colando nossos corpos. Apoiei meu cotovelo do braço esquerdo na cama e apoiei minha cabeça na minha mão. Levei minha mão direita ao abdômen do Austin e comecei a acaricia-lo devagar. Austin se deitou de barriga para cima, facilitando meu carinho no seu lindo corpo. Ele levou uma de suas mãos ao meu rosto e acariciou minha bochecha.

Levei minha mão do seu abdômen à sua cintura, continuei descendo até chegar ao seu pênis e passei a mão por cima de sua cueca. Parei ali. Eu passava devagar meus dedos naquela região o fazendo respirar forte, eu podia ouvi-lo. Ele estava gostando. Olhei para ele e sorri maliciosa e Austin fazia o mesmo, ele mantinha seus dedos acariciando meu rosto e eu mantinha meus dedos acariciando seu pênis fora da cueca.

Eu sei que as coisas entre nós estão acontecendo rápido demais, mas eu queria fazer aquilo com ele. Eu queria fazer aquela loucura. Eu queria muito. E eu faria.

Eu teria hoje o melhor sexo da minha vida e daria para ele o mesmo.