No dia seguinte a descoberta (nem tão descoberta assim) da gravidez, voltamos para Londres e fui direto para a Poison contar a Karl e pedir uns dias de home Office para cuidar dos meus exames. Antes tinha ido ao médico e ele me deu um senhor puxão de orelha por conta da demora no pré-natal e fiquei sabendo que estava com aproximadamente três meses.

– Então Lana querida, você pode ficar tranquila, essa semana está relativamente calma e tudo que você tem de fazer, pode fazer da sua casa e existe a internet e o telefone! Mas quero você para a nova campanha do Alexander – ele me olhou com aqueles olhos suplicantes, fez até beicinho – Por favor, eu sei que você disse que não ia trabalhar em campanhas, mas Alexander me pediu com tanto carinho e ele quer muito você!

– Ai Karl você não existe! – remexi no cabelo – Tudo bem, eu faço a campanha de Alexander e eu que não queria mais encarar modelos...

– Ah sim, ele vai chamar a Kate Delaware para o ensaio. – ele fez uma careta.

– Não importa! Assim posso contar que eu e Dominic vamos ter um filho em primeira mão. – soltei um risinho.

– Ah essa é a minha garota! – ele me levantou e nos abraçamos – Estou tão feliz por vocês!

– Sério?

– Por que não ficaria? Não há problema nenhum e eu mesmo estou louco para ser pai. – ele suspirou. Fiquei imaginando por um breve momento Karl com uma criança... Ela seria uma criança feliz e ele um pai esplêndido tenho certeza! – Não pense que eu ficaria chateado por causa do trabalho, longe disso! Um bebê não atrapalha tanto assim, você pode trabalhar em casa depois que ele nascer e começar a viajar quando ele estiver crescidinho – aquele sorriso de matar apareceu – Não se preocupe minha cara, eu vou cuidar de tudo pessoalmente! É para isso que servem as babás e as avós, você não vai desistir da sua carreira, eu não vou permitir.

– Ah Karl você é maravilhoso! – eu o abracei novamente – Eu nem sei o que dizer...

– Não diga nada, eu gosto de você! Você poderia ser a filha que eu tanto quis – ai ele abaixou a voz – que ninguém ouça isso, afinal estou na flor da idade, – Karl era muito preocupado com essa coisa de idade. Na verdade todo mundo parecia ser! – Eu me sinto muito feliz em incentivá-la, e você sabe me recompensar sempre que brilha na Poison!

– Ah Karl... – e eu comecei a chorar, coisa que eu fazia muito ultimamente para o meu gosto.

***

Não vou dizer que fiquei assustada com a possibilidade de ser mãe. Ter alguém dependente de mim, ter que sempre saber o que dizer e proteger... No entanto, pensar nisso tem ficado cada dia melhor, sempre que percebo alguma novidade desse serzinho que é todo meu mundo agora. É maravilhoso!

Meus planos não mudaram tanto assim. Retomei o trabalho e não mudou em nada. Consegui fazer uma exposição com as fotos temáticas que vinha tirando nas horas de folga (tirei fotos belíssimas na África com os jogadores de futebol e de Matt com sua Maison vermelha e cintilante). Para o meu inteiro recalque, a sensação da exposição foi Dominic que ficou irresistível com aquele sorriso arrasador e sua bateria translúcida (ele também usava couro e vestido assim ficava uma delicia mesmo)!

A gravidez continuou a evoluir normalmente e eu andava cheia de trabalho, a minha relação com os meninos não mudou em nada. Para meu deleite, eu estava levando tudo muito bem e feliz.

– Já adiei esse ultrassom duas vezes bonitão – surgira uma oportunidade de trabalho e eu fora encontrar o Muscle em Portugal, mais precisamente Dominic – Só queria que estivesse lá, acho importante.

– É claro que sou importante, eu quero ver o James direito e...

– Benjamin! – interrompi. Dom e eu ainda não tínhamos chego a um acordo sobre o nome do bebê – Que coisa!

– James é um nome muito melhor e eu prefiro esse. – ele cruzou os braços – Já que você insiste que é menino...

– Absoluta.

– Bem... – ele deu de ombros – Lembre-se de que eu vou registrá-lo então posso colocar o nome que eu quiser!

– Se atreva e eu arranco sua pele! – ele riu e eu fui até ele, o enlaçando pelo pescoço – Seria ruim, agora que você está essa delicia toda! Posso confirmar a ultra, gostosão?

– Vou ver... Matt e Chris querem ir para Londres e isso pode me ajudar a negociar algumas datas com a Helen. Chris anda me aterrorizando com a possibilidade de ir ver o ultrassom, mas acho q é só conversa fiada e...

– Ah eu queria que eles fossem!

– Não se atreva a encorajá-los, eu termino com você! – ele apontou para mim com a expressão raivosa. Pela reação, eu podia imaginar o nível da zoação em cima dele.

– Meu amor, você sabe que isso é tudo para encher você! E eu sei muito bem que Matt só está usando uma desculpa para vir a Londres.

– É ele vem ver a dama de ferro. – e Dominic soltou um risinho.

– Mas é bom, assim posso vê-los também e será divertido ter todo mundo lá em casa outra vez! Aquilo parece um deserto, nem eu paro lá! – fomos sentar no sofá – Matt fica tão feliz com as novidades sobre o bebê e eu fico decepcionada por Amanda não perceber isso.

O relacionamento deles já estava mais do que sério. Matt me confessara que estava pensando em pedir ela em casamento novamente, mas estava receoso por causa da última vez. Mas tava na cara que ela era louca por ele, prova disso era o ciúme imenso que Amanda sentia de Matt!

– Sua gravidez mexeu com todos nós e apesar das brincadeiras, eu estou adorando a atenção! – ele afagou minha barriga já saliente – Chris anda nostálgico e me dando um monte de conselhos, anda se aproximando de Emma outra vez, ele até disse que queria ser pai de novo. Matt como você bem sabe, é toda atenção e carinho, pega no meu pé sobre você direto e...

– Você não está com aquela psicose de achar que eu e Matt...

– Não, não fique tranquila, sei que vocês gostam muito um do outro e que têm algo especial na amizade de vocês... Só quero ver vocês explicarem para Amanda isso e fazê-la compreender e aceitar.

– É muita gente não entende.

Dominic podia dizer até que compreendia e até mesmo aceitar, mas eu duvidava mesmo que ele entendesse. Matt e eu tínhamos uma ligação inexplicável até para nós... Imagina para os outros?

Na semana seguinte, como prometido, o Muscle estava em Londres por dois dias. Dom foi ao ultrassom comigo enquanto Matt e Chris cuidadosamente estavam ocupados até o almoço.

– Esse ultrassom está mais do que atrasado! – o médico olhava a minha ficha com o cenho franzido.

– É que eu estava esperando que o pai pudesse ver – expliquei. Ele não respondeu e começou a passar aquela coisa pegajosa e gelada em mim e aproximou depois o aparelho, um som forte e rápido encheu a sala. Era o coração do meu bebê!

– Caramba que rápido! Parece dois...

– É isso aí, são dois corações fortes para dois bebês saudáveis – o medico mexeu o aparelho mais uma vez, enquanto eu olhava a cara de bobo do Dominic – Menino ou menina?

– Menino! – falamos juntos.

– Então existe um consenso – o médico tinha um forte sotaque irlandês, mas sorriu m – Podem comemorar, tem um menino para cada um.

É claro que a essa altura eu já estava chorando rios achando tudo lindo e Dominic estava tão emocionado quanto eu! Dois bebês! A gente ria e chorava entre admirados e assustados e tudo ao mesmo tempo. Vi aqueles dois seres lindos no monitor, tão frágeis e tão pequenos, era a minha vida agora e a união de tudo!

Agora era definitivo, estava totalmente entregue a esse amor avassalador por aqueles dois pequenos pedaços do meu mundo. Pelos olhos marejados de Dom, eu não era a única. Ele me deu um beijo delicado, com os lábios levemente trêmulos de emoção.

– Obrigado... – ele sussurrou em português – Por me fazer tão feliz.

– Obrigado por não desistir de nós, eu amo você. – respondi junto ao seu rosto. Sim nós estávamos num estado sublime de amor

Depois de ficar um pouco no hall para que eu me acalmasse, nós fomos para o restaurante nos encontrar com Matt e Chris. Amanda estava na mesa quando chegamos e mal a gente chegou à mesa e Dom foi logo falando:

– São dois, dois meninos! – ele afastou a cadeira para mim e depois se sentou satisfeito. Os outros dois estavam de olhos esbugalhados. Dom distribuiu as fotos do ultrassom entre eles.

– Caramba Dom! Dois bebês? Você tá de brincadeira! – Matt deu uma gravata de brincadeira em Dom. Ia começar a parte de que todo mundo agia como se tivessem 12 anos e não 30, eu já estava acostumada.

– Sério isso? – Chris se virou para mim e eu assenti – Cara eu tenho que admitir... Você é o cara! Dois filhos e uma só tentativa!

– Agora vocês tem um bebê para James e outro para Benjamin! E queria mesmo saber por que gêmeos Dominic, você nem é tão bom assim!

– Ah eu nem acredito que estou ouvindo esses absurdos – ela interveio, a voz cheia de desdém!

A brincadeira cessou e todo mundo ficou olhando Amanda, que não se importou com a decepção em volta e chamou o garçom, que se apressou em atendê-la.

– Acho que eu já aturei esse seu mau humor demais. – Matt disse quando o garçom se foi com os nossos pedidos – Se está com pressa de voltar ao trabalho e vai continuar com esse humor, não precisa nem ficar!

– Uma boa hora de aplicar a teoria do compreender e aceitar aqui – murmurou Dominic para mim enquanto ajeitava meu guardanapo com cuidado.

– Olha o mau gênio – Chris sussurrou de passagem. Amanda se retesou ao meu lado, surpresa e magoada com a atitude dele e eu não entendi por que ela estava tão furiosa.

– Amanda, relaxa, é assim mesmo! – levantei a mão para afagar seu ombro e ela me repeliu com um dar de ombros ríspidos.

– Para você que acha linda essa infantilidade!

– Posso saber por que o estresse? – Dom se virou para Matt.

– Ela está irritada por que estamos esperando vocês para o almoço e ela precisa voltar correndo para a sua amada Maxim logo. – Matt olhou Amanda de esguelha – Eu sinto não atender os seus caprichos.

– Mas atende os de Lana com prazer não é? – ela revidou ácida – Eu tenho que admitir Dominic que acho incrível essa sua complacência! Fico me perguntando por que você aguenta tudo isso? Não é estranho?

– Quando você perde o controle do seu ciúme Amanda, você começa a jogar baixo. – observei – Qual é o seu problema afinal? Por que não assume de uma vez o relacionamento de vocês e acaba com essa besteira!

– Não se meta. – Dominic pegou minha mão. A seta dela atingira seu alvo, porém, ele não entraria no jogo dela. Dom também me confessara que não ia deixar o fato de eles não se darem bem, melar o lance dela com Matt que parecia apaixonado por ela apesar de tudo.

– Não meta Lana nessa história Amanda, você não sabe de nada! Por que você não vai embora de uma vez e nos deixa comer em paz?

Amanda se retesou outra vez, magoada pela insensibilidade dele. Matt queria que ela cedesse um pouco por ele, ela por sua vez queria que Matt os assumisse, mas só ele. Fora que ela queria ser sempre a dona da situação e como não era assim, ela se sentia vulnerável.

– Realmente, já que sua musa chegou, está mesmo na hora de eu ir embora. – ela se levantou e foi embora. Matt praguejou, mas não mexeu.

– Não pode ser sempre assim – balancei a cabeça pesarosa – Você devia ir atrás dela.

– E alimentar seu ataque de estrelismo? Não obrigado, eu prefiro ficar aqui.

– E desse jeito como vão encontrar um meio termo Matt? – Chris perguntou – Vocês dois sendo inflexíveis fica difícil e...

– Rá! Matt quer que a super Amanda Bones seja tão maleável e dócil como uma cadelinha. – Dom falou com um sorriso enviesado – Você não pode esperar isso dela Matt, eu já tinha lhe avisado isso. Principalmente se você começar a comparar aí complica!

– Não é isso... – Matt estalou a língua – Esqueça tudo isso e vamos comer logo! Lembre-se que a Lana vale agora por três.

Dominic foi o que mais riu.

À noite eles embarcaram rumo à Hungria. Matt não comentou mais sobre Amanda e se conversaram, só percebi que ele estava triste.

No dia seguinte fui para a Memphis como de costume. Nós tínhamos muito trabalho para a edição de Agosto, então eu tinha um dia cheio.

– Você faz ótimas entrevistas, devia fazer mais – Marc estava revisando a entrevista que eu tinha feito para a edição – As fotos eu não preciso nem falar!

– Realmente tenho que admitir que fiz um bom trabalho dessa vez! Mas eu tive sorte por que ele é realmente um cavalheiro e muito culto! Também foi muito amável na sessão de fotos.

– É um espanhol de perder o fôlego! – Marc suspirou e depois virou aquele sorriso cínico para mim – Dominic vai morrer quando ler a revista e souber que você teve essas ideias para as fotos!

– Marc Rodim sua cobrinha não comece. – mas nós rimos. Marc e eu tínhamos uma amizade ótima, ele era maravilhoso e um profissional de primeira, estava aprendendo muito com ele! – Coloque a foto dele com o macacão para a capa e quero ver também um destaque para a matéria dos geeks.

– Lana, Amanda Bones está na sua sala – Sabrina, minha assistente, veio me avisar com cara de espanto! Eu e Marc nos olhamos, ele com seus olhos de ônix me fitando ironicamente. Contara a ele sobre o chilique que ela dera no restaurante.

– Se fosse eu, mandava dizer para ela marcar uma hora para semana que vem.

– Não posso fazer isso, afinal ela agiu por ciúme. – ele entortou a boca – O que não significa que eu deixarei passar.

– Isso garota!

– Marc você me faz muito mal sabia? Por incentivar meu lado negro dessa forma.

Deixei Marc gargalhando e fui ver Amanda. Ela não virou quando eu entrei, estava olhando a foto imensa que tomava conta da minha parede leste. Era a minha cidade natal, a parte histórica da cidade em preto e branco, uma das minhas melhores fotos. Mostrava o antigo forte, a praça e a catedral imensa e estilo barroco.

– Boa tarde Amanda – fui para a minha poltrona e fiquei esperando ela se sentar. Abri minha caixa de e-mail e havia um e-mail de Isa agradecendo a entrevista traduzida que eu fizera com o Muscle para a edição de julho. Resolvi que a noite ligaria para ela para contar a novidade dos bebês.

– Aonde é a foto?

– Minha cidade natal. – falei displicentemente.

– Pensei que fosse entrar aqui e encontrar uma foto do Muscle cobrindo a parede inteira – ela se sentou e eu a fitei. A intenção dela era de continuar a me espezinhar?

– Encontrará uma se for a minha casa, fica na sala de musica. O que veio fazer aqui, não terminou de dizer todas as ironias que quis ontem?

– Ah garota você é muito difícil às vezes. – ela falara igual a Matt e me deu uma imensa vontade de rir e matá-la, tudo ao mesmo tempo! – Vamos tentar ser civilizadas desta vez?

– E sinceras também! Vamos logo ao ponto critico, eu não aceito o que você está fazendo com Matt. Qual é o problema?

– Matt exige demais de mim e você também. – ela olhou o teto e depois voltou seus olhos acusadores para mim – Eu trabalho para ser editora-chefe da Maxim há cinco anos, Lana e finalmente consegui depois de muito trabalho, não foi nada que caiu do céu! Não posso deixar tudo agora para casar e ter um filho como Matt quer!

– Isso não é o fim do mundo! Não acredito que você, uma mulher tão inteligente está me dizendo isso – agora era fácil bancar a compreensiva. Amanda não precisava saber que eu quase surtei quando descobri que estava grávida – Não é tão ruim assim.

– Ah não é? Duvido!

– Nem tanto assim – dei de ombros – Matt se sente preparado para casar a muito tempo se quer saber e ele a ama. Um filho virá quando vocês puderem ter, ele não é um irresponsável, Amanda você não sabe a sorte que tem por ter Matt ao seu lado e desejando construir uma vida com você.

– Você gosta de encorajá-lo não é mesmo? A amizade de vocês me é tão estranha que eu não consigo compreender, essa fixação que ele tem pelo seu bem estar, por fazer você feliz... Matt me confessou que sente uma inveja terrível do momento que você e Dom estão vivendo e ele teve a cara de pau de dizer ainda que poderia ser ele no lugar de Dominic se aquele maluco não tivesse loucamente apaixonado por você e fosse o melhor amigo dele!

– Ele foi sincero com você, mais uma prova do quanto ele a ama! Matt não seria verdadeiro assim com ninguém mais, só com alguém que ame de verdade. – era uma meia mentira. Matt seria sincero a esse ponto comigo se não quisesse esconder sua infelicidade de mim, mas admitir isso a ela seria muito ruim agora e eu precisava salvar o namoro deles – Amanda, me escute, sei que você o ama e eu não sou uma sombra que pode pairar entre vocês, nunca fui! Eu e Matt... Bem, nós temos uma amizade linda que num momento das nossas vidas se tornou algo profundo, mas é só. Ele está certo em dizer que se não fosse por Dominic, estaríamos juntos por que eu quero vê-lo feliz e faria sim qualquer coisa para conseguir isso, nossa amizade seria o suficiente para isso.

– Mas eu não posso fazer isso Lana! É muito egoísmo da parte dele exigir isso, por que ele não pede, ele exige... – ela respirou fundo – Desse jeito não podemos continuar.

– VOCÊ TERMINOU COM ELE?! – Arregalei os olhos. Amanda sua estúpida, pensei furiosa!

– Matthew é alguém maravilhoso e acredito até que não encontrarei outra pessoa assim... Mas nossos caminhos são diferentes e Lana nossos objetivos também.

– Está fazendo a maior burrada da sua vida! – afaguei minha barriga – Perder alguém maravilhoso como Matt, o trabalho não é a única coisa que importa e só espero que você não descubra isso tarde demais – estiquei a mão sobre a mesa para afagar a dela – Sei que a nossa amizade a incomoda, mas se você se esforçar para compreender Matt, vai entender nossa amizade... Eu e Matt somos tão semelhantes, como se fossemos uma pessoa! É claro que ele tem mais maturidade que eu, é menos impulsivo – nós rimos, era bem verdade. Eu era um barril de pólvora – E talvez seja esse o motivo de tanto cuidado da parte dele... Por favor, por favor, enterre fundo esse ciúme e ame-o! Ele merece isso!

– Nunca vou conseguir fazer isso – ela falou a meia voz.

***

Liguei para Matt assim que ela saiu da minha sala. Conversamos por muito tempo e ele acabou confessando tudo que escondia de mim, fiquei arrasada por ele e ambos choramos pelo telefone por um tempo. Queria poder estar ao lado dele e abraçá-lo naquele momento.

– O que eu tenho de errado meu deus! Por que é tão difícil achar uma mulher que me entenda?

– Não é tão difícil querido, não fique assim. Amanda vai cair em si e vocês vão voltar... Não desista ainda e...

– Não Lana, eu não vou mais implorar o amor dela! Esquece! – pronto, a raiva seria minha inimiga agora e nada do que eu dissesse o faria repensar sua atitude.

– Lembre-se querido que estamos aqui e te amamos – tentei gracejar e lembrando que eu agora valia mesmo por três!

Ele começou a rir.