This is what happiness looks like

Bellamy Blake entrou desesperado na enfermaria. Há alguns segundos atrás Miller o havia dito que seu filho estava prestes a nascer, Bellamy não pensou duas vezes antes de sair correndo em direção a enfermaria.

Ele ouviu Clarke gritar e logo entrou em desespero.

Abby Griffin falava palavras de incentivo para a filha. A população da Arca havia pousado na terra há menos de duas semanas, e a relação entre Clarke e sua mãe andava meio estranha. Clarke queria tempo e Abby achou melhor respeitar isso. Mas como Abby era a única médica na terra além de Clarke, a filha não tinha escolha além de fazer as pazes com a mãe só naquele dia.

Bellamy lembrou de quando sua mãe teve Octavia e como aquilo pareceu doer. O homem imaginou que fosse pelo fato de ela não ter um médico a ajudando, todavia Clarke não parecia estar em um estado melhor do que o de sua mãe. Então simplesmente deduziu que Abby Griffin não estava fazendo da maneira certa.

— O que está acontecendo? — indagou irritado e logo em seguida encarou sua mulher que não o encarou de volta. Ela estava muito ocupada gritando. — Faça ela parar de sentir dor!

Abby encarou o homem sem entender muito bem o que ele estava dizendo.

— Bellamy isso é normal.

Bellamy Blake era teimoso e não acreditou.

— Não parece normal! — protestou o moreno. — Você a está machucando!

Octavia, que até então observava a cena e segura uma das mãos de Clarke, resolveu interferir saindo de perto da amiga e indo até o irmão.

— Acho melhor você esperar lá fora — ela o empurrou de leve, mas Bellamy não se mexeu.

Clarke tentou dizer alguma coisa, mas sentiu que não tinha forças para isso.

— Você não está vendo que ela está matando a Clarke, O?! — Bellamy rugiu e Octavia sentiu que a qualquer minuto ele iria pular em cima de sua sogra.

— Ninguém está morrendo, Bell! — exclamou a garota, mas abaixou o tom de voz — Você precisa acreditar em mim.

Bellamy não protestou dessa vez quando Octavia tentou tirá-lo da enfermaria.

***

Para o homem haviam se passado dias desde que Octavia o havia arrastado para fora da enfermaria.

Ele andava de um lado para o outro ignorando os pedidos da irmã para ele se acalmar. Monty e Jasper haviam aparecido e oferecido uma das bebidas feitas pelo próprio Monty. Entretanto Bellamy não precisava de uma bebida. Ele precisava ver Clarke, viva.

E quando Abby Griffin apareceu na sua frente com as mãos ainda sujas de sangue, ele esperou o pior. Talvez estivesse na hora de aceitar a bebida de Monty.

Todavia a mulher o olhou com cara de deboche:

— Minha filha está viva.

Bellamy não esperou nem meio segundo antes de sair correndo em direção a enfermaria. Seu coração saltava para fora do peito, a vontade de vê-la era incomensurável.

E o alivio que sentiu ao entrar na enfermaria e a ver sorrindo em sua direção era indescritível. Porém ao se aproximar e se deparar com o pequeno bebê embrulhado em um cobertor azul se sentiu o homem mais feliz da terra.

— Oi — Clarke falou primeiro. Sua voz era fraca como um sussurro, mas ela sorria como no dia que descobriu estar grávida. — É um menino.

Bellamy beijou sua mulher sentindo as lágrimas de felicidade saindo de seus olhos.

Olhou para Clarke, sua princesa corajosa, que conseguia continuar incrivelmente bonita mesmo depois ter dado a luz a um menino.

Encarou o seu filho que estava calmo nos braços da mãe.

E então Bellamy Blake percebeu que isso era como a felicidade se parecia.