Cerejas e Morangos escrita por Alex Ellb


Capítulo 2
Outro Caminho


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi! Sim, eu demorei e muito pra escrever, mas estou bastante atarefada então agradeceria se entendessem :)



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A tal frase não saia da minha cabeça, pensava em seu significado a porquê Ellen tinha me dito aquilo. Não me vinha nada. Enfim, chegou a manhã, uma parte de minha queria que Ellen fosse caminhando, apenas queria, como queria saber o significado da frase.

Sai de casa, o dia hoje era cinza e gelado, nada como ontem em um belo dia de verão. Caminhei por uns dois minutos até quem vi uma sombra, por um momento senti uma certa ansiedade, mas apenas por alguns momentos, não era Ellen, era apenas uma outra garota qualquer a qual eu conhecia de vista. Dobrei a rua poupando falsos cumprimentos. E assim continuei caminhando, naquele dia não observara mais nada, nem a paisagem – que era péssima e triste – nem as pessoas, nem ao menos a aula. Ellen veio, mas não observei ela também, me sentia cansada e tão cinza quanto o dia. O recreio chegou e como de costume, Alexia veio falar comigo:

–Está estranha hoje, o que aconteceu?

–Dor de cabeça, me sinto um pouco mau – não era uma mentira, eu realmente me sentia mau, só não sabia o motivo.

–Coma algo, pode melhorar – Alexia inicialmente pode não parecer, mas ela se preocupa muito com as pessoas, admiro isso nela, pois muitos e inclusive eu, não tem essa qualidade por natureza, apenas fingem ter – se piorar me fale que levo você embora, não tem por que ficar aqui doente sem ao menos aproveitar essa aula.

–Muito obrigada, pode deixar que farei – digo sorrindo.

O tempo passa e realmente não presto a mínima atenção nas aulas, nem nas aulas nem em nada, é como se estivessem em algum lugar muito distante e que tomasse o lugar da realidade.

O sinal para ir embora soa, saio rapidamente, a única coisa que quero e que me foco agora é em um banho e depois uma boa xícara de chá.

Inútil, lá está ela, esbanjando sua beleza que todos percebem e invejam, a olho e ela me olha também e acena com a cabeça dando um pequeno oi. Sem palavras por alguns segundos respiro e dou um “oi” totalmente seco e frio, tal como o dia de hoje.

–Pensei que nunca mais a veria – diz ela se aproximando e rindo – por que essa cara? Bem, vamos? – fala, em tom de brincadeira. Volto ao meus sentidos normais e a respondo.

–Vamos.

–Tão poucas palavras...

–O que quer dizer?

–Suas poucas palavras solitárias.

–Não são solitárias, tampouco poucas.

–Relato o que percebo.

–As vezes não se tem assuntos a se tratar com tais pessoas, é apenas isso.

–Se tem sim, as vezes o que não se tem é a coragem. Está vendo este dia, o seu ar? São os melhores na minha opinião, pretensiosos, parecem que transmitem tristeza, mas transmitem apenas o mistério – ela termina a frase e olha pra mim com seus olhos castanhos esverdeados que agora estavam mais verdes.

–Nunca pensei nisso.

–Sempre poucas palavras – diz ela ainda sorrindo – sabe, poderia lhe mostrar isso, a beleza dele – ela ri mais um pouco com as próprias palavras – quer caminhar?

–Mas já estamos fazendo isso.

–Digo, não por este caminho, tem outras coisas para se ver.

–Por mim tudo bem – digo esboçando um sorriso.

–Ora, ora, primeira vez que vejo o mais próximo de um sorriso em seu rosto.

–Isso é mentira!

–Relato o que vejo. Não se preocupe, não é a única, se olhar por aí vemos apenas rostos sem expressão, reclamações de seus dias e tudo mais.

–Anda muito, quer dizer, pelo que você fala parece que sim.

–Gostos das ruas, você vê de tudo nelas, não pode se esperar nada delas também.

–Sempre as observei por janelas, tirando este caminho e alguns outros que já segui. É o fato de não se saber o que vai encontrar, não é tranqüilizante.

–É cruel como julga diferenças.

–Elas vão me dizer praticamente como é. Não é tão diferente de mim, julga rostos sérios, não é?

Ellen para teatralmente. Me arrependo de ter dito aquilo, mas logo passa.

–Não, é totalmente diferente. Julgamos tudo que vemos, mesmo que inconscientemente.

–Bobagem.

–E acredita em o que, Catelyn?

–Acho que em nada, poupa-se desilusões.

–Ah, todos pensam assim, certa hora vai ficar feliz e vai agradecer por isso, espero que ainda nos vejamos até lá. Deixo você aqui, ok? Vai reto que vai chegar em casa.

E assim Ellen vai embora mais uma vez, e eu fico apenas parada olhando sem saber o que acontecera. Caminhei reto como ela orientara, estava quase anoitecendo, mas não importava. Ellen me quebrara, tinha me deixado perdida em pensamentos. Afinal, o que queria tanto dizer? Eu não sabia, não fazia a menor ideia, mas dali em diante decidi que ia me aproximar de Ellen, saber realmente o que pensara e o que afinal significavam suas palavras.


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Notas finais do capítulo

Irei tentar postar o mais breve que conseguir, mas tenho outras fics e também coisas para fazer, mas farei o possível. Reviews e recomendações ajudam muito! Beijos e até mais!



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