Digimon Ômega escrita por AllexxisT


Capítulo 10
LEVEL 10 - Os dez selos




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/506467/chapter/10

         Já era dia no Digimundo, Alex acordou e percebeu que seus amigos não estavam mais no quarto, ele se levantou e percebeu que seu corpo havia descansado o suficiente para mais uma aventura, o dia anterior foi bem puxado, já que ele enfrentou duras batalhas. Ele então calçou seus tênis, vestiu sua camisa e desceu em direção ao saguão, chegando lá ele avistou Kamemon que parecia estar a sua espera.

Aonde estão Gabumon e os outros? Perguntou Alex à pequena tartaruga.

Eles estão no saguão de alimentação, tomando um café da manhã feito pelo seu parceiro Digimon. Respondeu Kamemon apontando para um cômodo que estava com a porta entreaberta.

Obrigado, Kamemon. Disse Alex admirando aquele Digimon tão semelhante as criaturas existentes em seu mundo. Ele se dirigiu a um lugar parecido com uma sala de jantar, só que enorme, com uma mesa grande, o teto, as paredes e as colunas recheadas de decorações angelicais, ao centro daquele lugar, estavam Bárbara dando algo semelhante a uma torrada na boca de Lalamon, Marcus e Hawkmon estavam avançando em um bolo suculento e Gabumon que estava com avental e um chapéu de chefe de cozinha.

Vamos Alex, não fique só admirando, sente e sirva-se. Disse Gabumon ao seu domador. A boca de Alex começou a salivar, ele estava com bastante fome. A mesa tinha torradas, pães e bolos, estava bem decorada com algumas frutas e sucos.

Foi você quem fez tudo isso? Perguntou Alex ao seu parceiro Digimon.

Ué, claro que sim. Prontamente Gabumon respondeu à pergunta. Alex sentou-se e começou a comer, quando foi interrompido por Marcus.

Bom dia aos educados! Disse Marcus em tom de deboche. Alex ficou meio vermelho, ele se levantou, deu bom dia a todos e sentou-se novamente.

Após todos estarem devidamente satisfeitos, agradeceram a Gabumon pelo café da manhã que foi proporcionado.

Gabumon é um chefe de cozinha de cinco estrelas. Disse Alex elogiando Gabumon.

Dou seis estrelas para ele. Disse Bárbara elogiando o parceiro de Alex. Gabumon ficou vermelho perante tanto elogios. Nesse instante chegou Angemon e todos fizeram um breve silêncio.

Como foi a noite, domadores? Perguntou Angemon ao grupo. Alex sinalizou com o polegar com o sinal de positivo

Angemon, acho que posso dizer em nome de todos... Disse Alex olhando para cada componente do grupo. – Muito obrigado por nos ter acolhido em seu templo. Disse ele agradecendo ao Digimon angelical. Angemon apenas confirmou com um balançar de cabeça.

Porque a clave quer os digicódigos? Perguntou Marcus a Angemon para desespero de Bárbara.

Oh não, tudo de novo? Reclamou Bárbara de seu companheiro de jornada.

— Até parece que você não tem dúvidas e já está conformada em ficar aqui nesse mundo. Disse Marcus a Bárbara. Os dois se entreolharam e Bárbara baixou a cabeça.

Prossiga então! Disse Bárbara em um tom sério. Angemon sentou-se no chão em posição de yoga, como fizera a noite passada.

O digicódigo de uma área é uma fonte poderosa de energia, a clave está usando ela para alimentar as trevas e renascer seu líder, o Imperador do Apocalipse, mas não é apenas isso, eles estão à procura dos dez selos dos dez guerreiros sagrados. Disse Angemon em tom de preocupação.

E quem são eles, digo, estes dez guerreiros? Perguntou Marcus.

São os guerreiros que lutaram na Batalha dos sucessores em que o Imperador do Apocalipse sucumbiu e Ophanimon, sucessora de Magnadramon, desapareceu. Disse Angemon. Tanto os domadores quanto os seus respectivos digimons estavam surpresos a cada momento que Angemon proferia aquelas palavras.

Nós temos mais uma missão pelo que entendi, além de salvar esse mundo, temos que impedir que a clave encontre estes selos, me parece um desafio bem interessante! Disse Alex com um sorriso de canto de boca.

Isso é loucura, estamos entrando de cabeça, não sabemos ao certo a força total deles. Disse Bárbara nervosa.

Quem é ou quem são os líderes na ausência do Imperador do Apocalipse? Perguntou Marcus

Eles estão em todos os lugares, fica muito difícil saber de onde vem as ordens, de onde vem o aliciamento, é uma guerra mais psicológica e tática do que física e cada vez mais eles avançam terreno. Disse Angemon respondendo à pergunta feita por Marcus. Kamemon chegou ao local em que os domadores estavam reunidos com Angemon, ele segurava uma caixa de madeira em mãos. – Obrigado Kamemon. O Digimon tartaruga logo se retirou.

            O grupo observava atentamente enquanto Angemon tomava posse da caixa, ele resolveu abrir, dentro da caixa continha uma carta, ela era branca e tinha um raio dourado em seu centro.

O que é essa carta e esse símbolo de raio? Perguntou Marcus.

Esse é o selo do trovão, o selo que guarda um dos dez guerreiros lendários. Disse Angemon com o selo em mãos.Quero que levem ele e reúna os outros selos, este lugar já não é mais seguro.

E você acha que estaria seguro com a gente, nós não fomos fortes o suficiente contra aquela aranha asquerosa, não seríamos capazes de tal guarda. Disse Bárbara para Angemon. Alex pegou a carta e colocou no bolso para surpresa de todos.

Não seja tão pessimista Babi, com certeza ficaremos mais poderosos e cumpriremos esta missão. Disse Alex para Bárbara que se irritou ao ser apelidada daquele jeito.

Não me chame de Babi! Meu nome é Bárbara, Bárbara! Disse a garota enfurecida, ninguém ainda tinha a visto daquela maneira, Alex ficou ressentido com o que disse.

— Calma, eu não quis ofender. Disse Alex para Bárbara.

Eu entendo ela, eu também estou preocupado com essa situação e estar longe de casa é ruim. Disse Marcus enquanto acariciava a cabeça de Hawkmon. O clima mudou repentinamente para o espanto do grupo, quando alguns digimons passaram correndo desesperados pelo saguão ao lado.

Estamos sendo atacados outra vez. Disse Kamemon que subia as escadarias que davam acesso aos quartos.

O exército da Clave deve estar atacando. Disse Angemon ao grupo. Surgiu então na frente dos domadores, um Digimon com feições familiares, era Bearmon. Angemon voou na direção dele e lhe disse algo, então seguiu para o jardim do templo.

— Vocês humanos, vamos por aqui, Mestre Angemon me ordenou que escoltassem vocês até um lugar seguro. Disse Bearmon ao grupo.

Não! Nós iremos combater a clave, frente a frente! Disse Alex para Bearmon, este olhou para Alex e deu um golpe na cabeça dele.

Você mal conseguiu derrotar o inimigo lá no Bosque, acha que é só mandar seu Digimon para uma batalha e pronto? Resolveu? Deixa de ser cabeça dura e me siga logo. Disse Bearmon dando um sermão em Alex que ficou enfurecido com a situação, mas cedeu e resolveu seguir Bearmon. O Digimon urso guiou os domadores e seus parceiros até uma escadaria, esta levava até o subsolo do Templo. – Desçam por aqui, a carona está à espera de vocês. O grupo começou a descer, mas Bárbara ficou.

Você não vai com a gente? Perguntou Bárbara ao Bearmon.

Infelizmente não, mas assim que eu puder, estarei nessa jornada com vocês, agora vá. Respondeu Bearmon a domadora. Bárbara desceu as escadarias acompanhada de Lalamon, estas escadarias levaram o grupo até um túnel, que estava iluminado com algumas luzes incandescentes.

Como sairemos daqui? Questionou Gabumon.

Bearmon disse que a carona estava esperando a gente aqui em baixo. Disse Alex. Foi ouvida uma forte e sonora buzina de trem. Bárbara chegou ao grupo e viu algo como olhos, no fundo do túnel, brilhando e olhando para eles.

Acho que aquilo deve ser a carona. Disse Bárbara. Surgiu então uma grande locomotiva no túnel e começou a falar com os digimons.

Vamos domadores, embarque no vagão, tenho a missão de levar vocês até Venheim. Disse a grande locomotiva. Alex então sacou seu digivice do bolso e coletou dados do Digimon locomotiva.

DIGIVICE: Locomon – Nível: Perfect – Descrição: Com a aparência de uma locomotiva a vapor, é um Digimon máquina cujo propósito na vida é transportar os dados dentro da rede em todo o Mundo Digital. Técnica – Bomba Vapor.               O grupo entrou em um dos dois vagões que Locomon puxava, eles se acomodaram em algumas poltronas, digimons e seus respectivos domadores. Locomon saiu em uma velocidade absurdamente veloz, os trilhos foram surgindo na frente dele, para que ele seguisse caminho, enquanto desapareciam logo atrás. O Digimon máquina chegou ao final do túnel e subiu verticalmente próximo de uma formação rochosa, fazendo com que o grupo fosse jogado para o final do vagão, se segurando nas poltronas para não cair.

Vai devagar aí, você não está levando jumento! Gritou Alex, se segurando em uma das poltronas marrons. Gabumon que estava ao seu lado então resolveu fazer uma pergunta para Alex.

Alex e o que é Jumento? Perguntou Gabumon, também se segurando em uma das poltronas. Alex pensou em abrir a boca para responder, mas Locomon começou a andar em linha horizontal, dando calmaria a viagem. Pela janela, Alex, Marcus e Bárbara avistavam o templo se distanciando deles e algumas explosões, com os digimons negros e alguns metálicos atacando e sendo destruídos quase simultaneamente. O grupo observava enquanto o templo se distanciava mais e mais.

Tomara que eles sobrevivam. Disse Bárbara preocupada com os Digimon que faziam resistência a clave.

Essa Clave só causa a destruição. Disse Hawkmon furioso.

Senhores passageiros, a viagem será um pouco longa, queiram se acomodar em minhas instalações. Disse Locomon com uma voz metálica.

            Após algum tempo de viagem, os domadores já estavam bem confortados em um dos vagões de Locomon. Alex olhava fixamente para Bárbara enquanto essa, estava sentada ao lado de uma janela, olhando para paisagem ao lado de fora.

O que você tem Alex? Está preocupado com a Bárbara? Perguntou Gabumon ao seu domador.

Estou com remorso, chamei ela por outro nome e ela não gostou. Respondeu Alex chateado com a situação que causou.

Ué? E por que não pede desculpas? Questionou Gabumon. Alex ficou pensativo, tudo aquilo sobre digimundo que ainda não tinha sido digerido em seus pensamentos, ele olhava para Marcus que estava dormindo em uma das poltronas com Hawkmon em seu colo. Ele se levantou e foi em direção a Bárbara, Lalamon vendo a aproximação de Alex, levitou e saiu de perto dela, a Digimon sentiu que aquilo seria uma conversa mais séria.

Bárbara, quero te pedir desculpas pelo que disse, eu não deveria ter te chamado daquele nome, eu não sabia que você ficaria tão chateada. Disse o domador de cabelos pretos a domadora loira.

Não me chame assim, nunca mais. Disse Bárbara, agressiva no tom. Alex olhou para ela e logo baixou a cabeça. ­– Era como ele me chamava antes de partir. Disse a garota com os olhos cheios de lágrimas.

Ele quem? Perguntou Alex curioso com a revelação. Bárbara permaneceu em silêncio e voltou a olhar a paisagem do Digimundo pela janela. Ela estava perdida em seus pensamentos, mas ao olhar para Alex, sentiu confiança em dizer algo que ela não gostava muito de falar.

— Meu pai, ele era um bom policial, morreu em serviço, me deixou sozinha com minha mãe, ela ficou muito abalada com isso, começou a se viciar em bebida, eu ainda sofro com a perda dele e ouvir alguém me chamando de Babi, mexe com meus sentimentos, me desculpas Alex, você não sabia. Disse a garota enxugando as lágrimas com a parte de trás de sua mão. De uma maneira inesperada pela garota, Alex deu um abraço nela, sentindo o conforto dos braços de Alex, a garota caiu no choro. Lalamon e Gabumon apenas observavam a cena em silêncio total.

            Passado algum tempo, Bárbara se desencostou de Alex e observando o garoto, ela resolveu fazer uma pergunta.

Você mora aonde? Digo, em nosso mundo. Perguntou Bárbara para Alex, quebrando aquela cena de aproximação física. Alex ficou vermelho perante a pergunta de Bárbara.

Eu moro no Piauí, no Brasil e você? Perguntou Alex para Bárbara. A domadora ficou surpresa com a resposta.

Eu moro em Nápoles, na Itália, seu italiano é bem apurado. Disse Bárbara para surpresa de Alex.

— Mas eu não falo italiano, seu português que é muito bom, eu entendo tudo. Disse Alex deixando Bárbara confusa.

Mas eu só sei falar italiano e inglês, eu não sei falar português. Disse Bárbara em resposta. Os dois se entreolharam confusos e Bárbara prontamente acordou Marcus para lhe fazer a mesma pergunta.

Marcus! Aonde você mora em nosso mundo? Perguntava Bárbara enquanto Marcus acordava lentamente.

Ora... na Argentina que nem vocês. Disse Marcus que logo pausou o seu espreguiçado. — Vocês são argentinos não são?

Claro que não! HAHAHA! Disse Alex sorrindo para Marcus.

Eu não estou entendendo nada. Disse Gabumon para Lalamon, ele estava confuso com tantas perguntas.

Deve ser um papo estranho de humanos. Disse Lalamon com aquela face inalterável, enquanto os dois estranhavam aquele papo dos domadores. Marcus se assustou com a revelação.

O espanhol de vocês está refinado. Disse Marcus elogiando os dois domadores.

Eu sou brasileiro e Bárbara é italiana e nós não falamos espanhol. Disse Alex para surpresa do domador loiro.

Caramba, o Digimundo deve ter internacionalizado nossas falas, como um programa, por isso entendemos tudo o que os digimons falam, está explicado. HAHAHA! Disse Marcus sorrindo da situação.

            Locomon estava viajando em uma velocidade rápida e constante, no horizonte surgiu o semblante de uma cidade e ele logo tratou de avisar aos domadores e seus digimons

A cidade de Venheim está próxima, por favor, preparem-se para o desembarque. Disse a grande locomotiva falante. Os domadores se entreolharam.

Vamos nessa! Disse Alex.

C O N T I N U A ...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Digimon Ômega" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.