Noites Sombrias escrita por Thaywan


Capítulo 28
Sobrevivência dos mais Aptos-Parte 4


Notas iniciais do capítulo

Como o último capítulo foi curto, este foi maior para compensar. Espero que gostem. E me desculpe não ter postado domingo,eu não consegui. Boa leitura.



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–Ilha Deserta-

Iran levava Hiendi em seus braços, de volta ao local onde os outros estavam. Ana Júlia, Jhonathan, Rin, Leon e Demetria, já estavam acordados, e muito preocupados.

–Onde vocês estavam? Acordamos e não vimos vocês aqui. Ficamos preocupados. –Disse Ana Júlia

–Sentimos muito. Aconteceram algumas coisas durante a noite. –Disse Iran

–O que aconteceu com ela? –Perguntou Leon

–Não te... –O bruxo é interrompido por Raven

–Não sabemos. A encontramos assim. –Responde Raven

–Posso ver o pescoço dela? –Pergunta o anjo

–Por que você quer ver o pescoço dela? –Pergunta Iran

–Pode, claro. –Diz Raven

A Vampira levou os cabelos de Hiendi para trás de sua orelha. Leon levou a mão para o pescoço da garota, deixando Iran um tanto enciumado.

–Eu sabia. –Disse Leon

–Sabia o que? –Perguntou Levi

–Olhem isso. –O anjo apontou para o pescoço da garota, e todos notaram uma pequena marca, com as iniciais HL.

–HL? O que é HL? –Pergunta Jhonathan

–Significa, Hel Levine. –Responde Leon

–O que é Hel Levine? –Pergunta Iran

–Não é ‘’O Que’’, é ‘’ Quem’’. –Responde Leon. –Hel Levine é uma vampira. Ela vive aqui na ilha. Gosta de assustar os outros, principalmente novas pessoas que vem para cá. O que ela mais gosta de fazer é com que as pessoas se percam na ilha, neste caso, tentou dar um susto em todos nós com relação á Hiendi.

–Se eu pego essa desgraçada, eu... –Iran é interrompido por Ana Júlia

–Acalme-se Iran. Não podemos fazer nada de cabeça quente.

–Mas e a Hiendi? Ela está bem? –Pergunta Raven

–Vai ficar. Só a deixe descansando. Provavelmente, Hel deve ter quebrado o pescoço dela. Mas nada demais para uma vampira.

–A luz do sol... Iran rápido, ponha este colar na Hiendi. Agora, vamos saber se funciona. –Diz Demetria

–Que colar é esse? –Pergunta Ana Júlia

–É um colar que irá permitir que a Hiendi ande sob a luz do sol. –Responde Iran

–Ta legal, mas o que a gente vai fazer agora? –Pergunta Rin. –Estamos em uma ilha, completamente perdidos, tem uma vampira louca por aí que gosta de quebrar o pescoço dos outros, não podemos viver nesta ilha para sempre, mas também não podemos voltar para Collsville pelo simples fato de estarmos sendo caçados.

–Por enquanto, eu acho melhor ficarmos todos juntos. –Diz Ana Júlia

–É, assim podemos proteger uns aos outros. –Diz Jhonathan

–Tudo bem, mas tenham cuidado. Não sabemos quando essa tal de Hel sabe-se lá do que irá aparecer novamente. –Diz Demetria

–Eu estou com medo dela agora. –Diz Levi

–Não precisa se preocupar em ela quebrar seu pescoço. Sua parte vampiresca não te deixará morrer. –Diz Raven

–Ah... Obrigado.

–Base dos caçadores-

Patrick volta para o local onde Krystal está presa, seguido de Alexia. Ao abrir a porta, ele se encontra com Joe, levantando-se da cadeira e a garota sentada no chão.

–Estavam conversando? Legal. –Diz Patrick. –Joe, aproxime-se.

Agora, o que eles diziam não podia ser ouvido por Krystal.

–O que ela disse? –Pergunta

–Não disse nada, não comeu nada, não fez anda. –Esta sentada e parada desde que me deixou cuidando dela. –Responde Joe

–Droga. Essa garota está fazendo joguinho. Está me testando. Vamos ver se com a Alexia ela diz alguma coisa. Alexia, você ficará com ela agora.

–ótimo. Um pouquinho de diversão neste meu dia entediante. –Diz a garota

–Mas, é para mantê-la viva.

–Ta, entendi. Até parece que eu iria sugar o sangue dela. Só matá-la um pouquinho.

–Faça o que quiser, contanto que a mantenha viva e a faça dizer algo. –Diz Patrick.

–Pode deixar.

–Quanto a você, Joe. Você virá comigo para uma casa. Descobrimos mais um ser sobrenatural. E chame uma equipe, pode ser perigoso.

–Pode deixar. –Responde Joe

–É garota, agora iremos passar um bom tempo juntas. –Diz Alexia

–Eu quero distância de você e de toda essa gente. –Responde Krystal

–Não se faça se difícil. Entregue tudo de uma vez.

–Por que você está do lado dele? Por que está contra seus semelhantes?

–Não te devo satisfação. –A vampira senta-se em uma cadeira

–Do que você tem medo? –Pergunta

–Calada.

–Responda.

A Vampira, rapidamente, parte para cima de Krystal, a prendendo contra a parede.

–Escuta aqui, queridinha. Eu apenas fiz a escolha certa para minha sobrevivência. Não vou passar o resto da minha eternidade fugindo de ninguém. Não sou de fugir, encaro tudo de frente. Pelo menos eu estou ganhando para estar ao lado deles. –Após dizer isso, Alexia solta o pescoço da garota e dá as costas para a mesma. –Só não quero mais viver com medo...

–Casa dos Parker-

Tyler levantava-se de sua cama e descia as escadas. Á caminho do banheiro, ele encontrava Ana, sentada no sofá, lendo um livro.

–O que está fazendo? –Pergunta

–Estou lendo. Este livro é ótimo. É uma pena que já esteja quase acabando. –Responde

–Esse livro é enorme. Como você conseguiu lê-lo em um dia?

–Na verdade, foi em uma noite. Esqueceu que meu vampirismo não me deixa dormir?

–É verdade, havia me esquecido. Qual é o nome desse livro?

–Chama-se o Pior Inimigo. Conta a história de uma garota rebelde, que sempre vai contra seus instintos, e várias coisas acontecem de ruim em sua vida. Então, ela percebe que tudo que mal que acontece, foi causado por ações dela mesma. Que tudo o que ela já fez de ruim para alguém, estão fazendo com ela. Sei que parece entediante, mas o jeito dela, no começo, me lembra da minha irmã.

–Sabe, eu nunca cheguei a ler esse livro, mas lembro que minha irmã adorava. –Diz Tyler. –Ela também tinha seus momentos rebeldes. Odiava a cor natural dos seus olhos.

Tyler solta um leve sorriso.

–Só damos valor para alguém, depois que perdemos a pessoa. – Completa

–Eu sinto muito. –Sussurra Ana

Os dois escutam um barulho vindo do andar de cima. Alguém descia as escadas. Era a avó de Tyler.

–Quem é essa? –Pergunta

–Ah... Oi vó. Esta é Ana, minha... Amiga. –Diz Tyler

–Prazer em conhecê-la. –Diz Ana

–Espera aí. Eu estou te reconhecendo de algum lugar... Você é aquela garota vampira que apareceu na Tv... –Mary pega uma faca em uma gaveta. –Sai da minha casa, sai agora da minha casa.

–Vó Mary, acalme-se. Ela é do bem. –Tyler tentava acalmá-la.

–Nenhum deles é do bem. NENHUM. –Gritava

–A Hanna era. –Diz Tyler

–Não ousa comparar sua irmã com esses monstros.

–Se ela é um monstro, então a Hanna também era.

Os dois se mantêm em silêncio por um tempo. Mary guarda a faca e vai direto para a cozinha.

–Me desculpe por isso. –Diz Tyler

–Não se preocupe. Vai lá conversar com ela. –Diz Ana

–Já volto.

Tyler anda até a cozinha para conversar com sua avó, enquanto Ana continua lendo o livro.

–Cidade de Collsville-

Diana estava sentada em um banquinho da praça da cidade. Olhava as crianças brincarem, enquanto decidir o que iria fazer com elas.

–Ei garota, gostei da sua boneca. Qual é o nome dela? –Pergunta

–O nome dela é: Não é da sua conta, estranha.

Diana levanta uma sobrancelha. Nunca havia visto uma garotinha tão ignorante e folgada quanto aquela. Então, com apenas um levantar do dedo indicador e apontando-o para a boneca, a mesma, ganha vida.

A Garotinha se assusta e sai correndo dali. A boneca girava a cabeça e balançava os braços.

–Papai, papai. A boneca está viva. –A garota chamava o pai assustada.

–Não diga besteiras Beth.

–Não é besteira, venha ver por si só.

A garotinha leva o pai até o local do acontecimento, mas apenas vê a boneca no chão, como era antes.

–Beth, eu não estou com tempo a perder com suas brincadeiras.

–Mas não é brincadeira. Ela viu. Garota, diz pra ele que a boneca ganhou vida.

–A boneca ganhou vida? –Diana solta uma gargalhada. –Desculpe, mas é coisa da sua imaginação.

–O que? M-mas...

–Beth, quantas vezes eu já disse para você não mentir? Pegue esta boneca e vamos embora.

A menininha muda seu olhar em direção á Diana, que apenas dá um tchauzinho para ela e um sorrisinho em seu rosto.

–Floresta-

Dalila permanecia debaixo da árvore, protegendo-se da luz do sol. Angeline a Sally corriam até ela.

–Você não pode sair debaixo dessa árvore? –Pergunta Sally

–Ah, claro que posso. Se eu quiser morrer queimada. –Responde Dalila

–Puxa, alguém está de mau humor hoje, hein?!

–Não se preocupe, ela sempre é assim. –Diz Angeline. –Mas ela é uma pessoa legal. Com ela, eu nunca estou sozinha.

–Puxa, que pena. Achei que você sentia minha falta

Angeline escutou aquela voz. E ela conhecia. Era de uma pessoa que ela amava. Uma pessoa que ela sentia saudades. Ao se virar, ela reconhece não só a voz, quanto a pessoa.

–Jack. –Grita ela, correndo até o lobisomem.

–Pequena. –Jack abre os braços para recebê-la e os dois têm um longo e apertado abraço.

–Estava morrendo de saudades.

–Eu também, Jack. Nunca mais me deixe, por favor.

–Não irei deixá-la. Nunca.

–Promete?

–Claro que sim.

Ao abrir os olhos, Jack percebe a garotinha logo mais á frente. Uma, que ele não conhecia.

–Quem é ela? –Pergunta

–Ah, essa é a Sally. Ela é uma fada. E bem, foi ela que me curou. –Responde Angeline

–Ah, foi? Muito prazer Sally, sou Jack. E obrigado por cuidar da minha garotinha.

–De nada.

–Você não vai me dar um abraço ou está esperando que eu vá aí? –Pergunta Dalila

Jack solta um leve sorriso.

–Claro que eu vou te deixar um abraço. Muito obrigado por cuidar dela enquanto eu estava fora. –Agradece Jack

–Só cuidei por que você pediu.

–Ta, acredito.

–Ilha Deserta-

–E então, você e o Levi, hein? –Diz Ana Júlia

–O que tem?- Pergunta Raven

–Estão namorando ou só ficando?

–Nenhum dos dois. Ele é um cara legal mas, acho que não é o tipo pra namorar. –Responde Raven

–Aham, sei.

–É sério. –Diz Raven

Rin se aproxima das garotas e senta-se ao lado das duas.

–Oi meninas. –Diz

–Oi Rin. –Responde Raven

–Olá. –Diz Ana Júlia. –E então Rin, você acha que fica melhor Ravi ou Leven?

–Hum... Ravi, ficou bem melhor. -Responde

–Parem com isso. –Diz Raven

–Por que você está evitando? O Levi não é feio. –Diz Rin

–Eu sei que não. Mas, poxa, ele é só meu amigo.

–Sei...

As três garotas começam a gargalhar, mas param quando escutam um barulho vindo das árvores.

–Fiquem atentos, pode ser a Hel. –Diz Jhonathan

Iran, Jhonathan e Levi andavam lentamente até o local do barulho, quando de repente, sai do meio das árvores um garoto.

–Por favor não me ataquem. –Diz. –Eu vim em paz.


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