Noites Sombrias escrita por Thaywan


Capítulo 24
A Fuga


Notas iniciais do capítulo

É, eu estava inspirado. Espero que gostem do capítulo e tenham uma boa leitura. Agora, falta apenas um personagem para aparecer. Até mais. Qualquer erro me avisem por favor.



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Dalila não queria deixá-lo sozinho, mas não tinha outra escolha. Pegou a garota e usou sua velocidade fora do normal para sair dali. Jack seguiu uma direção diferente.

O Lobisomem virou para a esquerda e a multidão continuava atrás dele com tochas nas mãos. De repente, um tiro de bala de prata acerta a perna de Jack, fazendo-o cair e lhe impossibilitando de correr. As pessoas chegavam cada vez mais perto e ele sentia que aquele era seu último segundo de vida...

Mas, algo do céu desce e segura Jack pelos braços, o tirando do chão. O Lobisomem abre novamente os olhos para ver se ainda estava vivo, ou se era um anjo que o estava levando para o céu. Bem, de fato era um arcanjo, mas não o estava levando para o céu. Algumas pessoas continuavam atirando contra os dois. A Sorte de Jack era que o arcanjo era rápido.

–Se segura. –Disse ele

De começo, o lobisomem não entendeu o que ele quis dizer, até o mesmo o soltar. Agora sim, aquele era seu fim. Jack estava caindo muito rápido e se ele batesse no chão seria morte na certa. Ele fechou os olhos e pensou apenas em como Angeline estava. Mas, por sorte, ‘’atravessou’’ o chão. Na verdade, ele caiu sobre uma passagem secreta que o levara para um esconderijo subterrâneo. Levantou-se calmamente e encontrou uma garotinha lá dentro.

–Não se preocupe, eu vou cuidar do seu ferimento. –A Garotinha aparentava ter 10 anos e possuía hetecromia ocular. Seu olho esquerdo era vermelho e o direito era azul.

–Quem é você?

–Meu nome é Amanda. Não precisa temer não lhe farei mal. E você?

–Jackson Watson. Mas pode me chamar apenas de Jack.

A Garota puxou a bala de prata que havia na perna de Jack. Este sentiu uma enorme dor, mas conseguiu conter. Amanda dá um pequeno sorriso e joga a bala dentro de uma lata de lixo. Depois, vira-se para o lobisomem novamente.

–Foi você que fez essa passagem subterrânea? –Perguntou Jack

–Foi meu irmão. Ele criou para nos protegermos. Ele sabia que algum dia iriam criar algum objeto capaz de nos destruir, então, quando os caçadores estavam lá fora procurando por todos, nós estávamos aqui, protegidos. Desmaiados, mas protegidos. –Explicou Amanda

Os dois escutam um barulho vindo do mesmo lugar de onde Jack havia passado. Ele se assusta,mas a garota o acalma, dizendo que ele não precisa ter medo. Da passagem, desce um arcanjo, recolhendo as asas.

Ele era alto (cerca de 1.90), seus cabelos eram loiros cheios (volumosos) e repicados. Possuía olhos ímpares, o direito era azul escuro e o esquerdo vermelho, além de um par de gigantescas asas branco-azuladas, mas que geralmente ficavam recolhidas.

–Pierre. –Amanda corre e abraça o rapaz. –Você está bem

–É, eu estou. Consegui despistar aquelas pessoas.

–Este é o Jack. Jack, este é o meu irmão, Pierre. –Amanda apresenta os dois.

–Pierre Shion, muito prazer.

–Jack. Então, foi você que me salvou? –Pergunta

–É, parece que sim. Quer uma dica? Nunca mais faça isso, nem sempre terá um arcanjo para lhe ajudar.

O rapaz passava pelo lobisomem, este, coloca a mão em seu peito, interrompendo sua passagem. Logo, Jack encara Pierre e agradece pela ajuda.

Longe de Collsville, Raven continuava pilotando o avião com o resto dos seres dentro. Hiendi tinha acabado de acordar e já estava se sentindo melhor. Iran passou a viagem toda com ela nos braços. Demetria afiava sua espada, se lembrando do sacrifício que Hanna havia feito. Levi dormia. Rin observava pela janela e sentia um ar de liberdade. Jhonathan continuava parado em seu canto, com a mesma calma de sempre. Alberto brincava com alguns pedaços de madeira. E Ana Júlia se sentia animada e chocada ao mesmo tempo pelo o que havia feito. Tudo estava indo bem, até Raven perceber que o avião estava perdendo forças e lentamente estava caindo.

–Pessoal... –Disse ela. –Temos que sair do avião.

–Por quê? –Perguntou Rin se levantando assustada. O mesmo acontece com os outros.

–Tem alguma coisa errada, que eu não sei o que é...

Todos ficam parados por um instante, até Iran perceber o que estava acontecendo.

–Temos que pular, o avião vai explodir. –Grita ele

–Como você sabe? –Pergunta Demetria.

–Por que eu senti. –O Bruxo abre a porta do avião.

–Não teremos tempo. Pulem vocês que eu irei cuidar para que não exploda. –Diz Alberto.

–Mas e você? –Pergunta Rin

–Eu ficarei bem, agora pulem. –Alberto tocava no avião e se concentrava, ele estava exigindo muitas forças para impedir que o avião explodisse.

–Espera aí eu não vou pular sem pára-quedas. –Diz Levi - Só tem água lá embaixo e eu não sei nadar.

– Vamos fazer o seguinte, quem quiser sobreviver, pula. –Após dizer isso Iran encara Hiendi, que entendeu o que ele quis dizer. A Vampira não hesitou e pulou do avião, seguida do bruxo.

–Vamos logo. –Raven pula em seguida. Ana Júlia logo depois.

–Agora eu vou morrer. É agora que eu morro mesmo. –Levi foi até o fim do avião e voltou correndo, saltando para fora dele. Demetria também não hesitou e pulou. Rin e Jhonathan pularam na mesma hora.

Logo após os dois saltaram, Alberto solta um sorriso e perde as forças. O avião explode. Iran e Hiendi se dão as mãos, e um a um, todos caíram sobre o mar.

–Todos estão bem? –Pergunta Rin

–Acho que sim. Uau, foi demais. –Diz Levi

–O Alberto... Ele não pulou. –Diz Raven

–Ele se sacrificou para nos proteger. –Diz Iran

–Legal, e agora pra onde vamos? –Pergunta Hiendi

–Olhe pessoal, tem uma ilha seguindo em frente. Deve ser deserta. Talvez nós conseguíssemos nos proteger lá. –Diz Ana Júlia.

–Você quer que nós vivamos em uma ilha? –Pergunta Demetria

–É melhor do que morrer em alto mar. – Completa ela

–Então vamos logo, que eu já estou com fome. –Reclama Levi

–Você só pensa em comida. –Diz Iran

–Quando chegarmos lá nós pensamos nisso. Agora vamos. –Diz Raven

E assim, o grupo de sobreviventes nada até a ilha. Mas mal eles sabem o que lhes espera lá...

Enquanto isso, em Collsville, os caçadores que sobreviveram apagavam o fogo que sobrara. Um homem alto entra na fábrica. Patrick (imagem encontrada na capa da fic). Ele observara a situação.

–Atenção, todos os caçadores. Foi um bom trabalho o que vocês fizeram, entretanto, muitos seres sobrenaturais escaparam e isso não poderia ter acontecido. O Antigo líder de vocês, James Bittencourt foi encontrado morto. E o mestre em geral também. Quem quer que tenha feito isso, escondeu o corpo no armário de sua sala. Vocês precisam de um novo líder, e eu assumirei o comando. Também precisaremos recrutar novos caçadores.

–Mas quem disse que você seria o novo líder? –Pergunta um deles

Patrick retira uma arma de seu bolso e rapidamente dá um tiro na cabeça do indivíduo. Logo após, ele encara o resto dos três caçadores que restara.

–Eu não irei tolerar falhas, apenas eu mando aqui e quem tentar se opuser a mim terá o mesmo fim deste que acabaram de ver. Armas? Isso não faz efeito em ninguém. A partir de hoje, vocês irão usar apenas estacas de madeira, estacas de prata e lança-chamas. Não iremos permitir que essas criaturas continuem andando por aí como se fossem pessoas normais. O Prefeito me deixou como novo líder desta organização, pelo simples fato de confiar em mim. Não quero saber se é criança, mulher, homem ou idoso. Se for do mundo sobrenatural, é nosso inimigo e não teremos pena de ninguém. Alguém contra?

Nenhum dos caçadores teve a coragem de dizer nada. Permaneceram calados, deixando bem clara a sua resposta.

–Ótimo. –Disse ele. –Este aqui é Joe Santos, ele ficará encarregado de cuidar da organização enquanto eu estiver fora.

Joe Santos, uma mistura de Italiano com Espanhol. Têm cabelos castanhos, olhos de cor verde claro. Possui um bom condicionamento físico, apresentado com uma boa musculatura e o corpo definido. Um dos caçadores percebeu uma tatuagem em seu braço.

–Para que serve esta tatuagem?

–Você não está aqui para conversar, está para trabalhar. Agora, volte ao trabalho, antes que eu lhe demita. –Disse Patrick.

Alexia entra na fábrica com uma garota. Era Krystal. Ela joga a garota para Patrick e depois solta um leve sorriso para Joe, que retribui e desvia o olhar.

–Ela foi encontrada ajudando os outros a escaparem. –Diz Alexia.

–Você não devia ter feito isso. Agora irá pagar. –Disse Patrick

–Me solta... –A garota tentava se soltar, mas era inútil.

–Fique quieta. Agora, você irá saber quem eu sou.

Dalila ainda estava em Collsville. Não quis sair por conta de Jack. Angeline continuava doente e estava deitando em suas pernas. A Vampira não agüentava de ansiedade. Ela precisava saber onde Jack estava. De repente, uma garotinha sai de trás de alguns arbustos.

–Sai fora criancinha. Eu não tenho esmola. –Diz Dalila

A Garota era albina. Tinha o cabelo loiro/branco, liso até pouco abaixo dos ombros, olhos vermelhos, pequena e magra. Seu nome era Sally Jygher. Ela toca na pele de Angeline e a mesma acorda, animada e cheia de energia.

–Mas, o que? –Pergunta Dalila

–Eu... Estou bem. –Diz Angeline. Após dizer isso, ela se vira para a garotinha. –Obrigada.

Sally retribui com um leve sorriso.

–Vamos sair logo daqui, antes que os caçadores nos alcancem. –Disse Dalila se levantando e sendo seguida pelas duas garotas.

Na ilha, todos os sobreviventes conseguiram chegar a salvos em terra firme. Eles caíram no chão de cansaço.

–Conseguimos. –Diz Ana Júlia. –Agora, só temos que encontrar um lugar para ficar.

–Andar mais não, por favor. Eu te suplico. –Diz Levi

–Não podemos ficar aqui. Não sabemos o que tem nesta ilha. –Diz Raven

–Um minuto de descanso. É só o que eu peço.

–Vamos lá seu preguiçoso. Vamos continuar a caminhada. –Diz Iran se levantando

Mas, sem saberem, alguém estava os vigiando. Era uma garota de 1,60 de altura, cabelos negros até a cintura, repicados, undercut, seios médios, cintura fina, pernas um pouco musculosas. Gosta de usar preto, camisetas de bandas ou de caveiras. Sempre com um cigarro na boca. Maquiagem pesada, geralmente um contorno preto no olho. E várias tatuagens relacionadas a caveiras e coisas macabras. Seu nome era Hel Levine, e após ver o grupo vira as costas e volta para onde estava.

–Finalmente um pouco de diversão por aqui. –Diz ela

Os sobreviventes continuavam andando para explorar um pouco da ilha e encontrar um lugar seguro. Hiendi iria à frente com Iran, seguidos de Ana Júlia e Jhonathan, mais atrás, iria Raven, Rin e Demetria e lá no fundo, Levi.

Eles encontram um garoto sentado em cima de uma pedra. Leon Angel.

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–Ei, menino. –Diz Hiendi. – Você sabe se tem algum lugar bom para nos protegermos aqui?

–Depende. Se você me dá um beijo...

–Ei cara, não toque nela. –Iran se intromete.

–Calma aí. Sou da paz. Se não me provocar, claro. –Responde.

Em Collsville, um barulho imenso pode ser escutado por toda a cidade. Um buraco negro se abre no céu e dele passa uma cápsula que bate com toda a força na terra. Dentro dele, sai uma garota que aparentava ter 15 anos.

–É Diana Mari, esse planeta parece ser bem diferente do reino que você veio. Mas não menos divertido. –Diz para si mesma.


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