Divã - As Crônicas do Cristal Vermelho escrita por Céu Costa


Capítulo 11
The fun starts!


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, eu estava pensando, e esse fim de semana eu tive uma ótima ideia para continuação! Mas, vamos fazer um acordo: rewiews nos próximos dois capítulos, incluindo esse, ou nada feito e a história de Ivy e Dick acaba. Por favor gente, eu preciso de rewiews, leitores fantasmas!



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A terra. Grande bola azul, cheia de mares e continentes. Ela era bonita vista de fora, sim, os astronautas estavam certos. Era uma daquelas visões que você acha que só vai ter uma vez na vida, e que te roubam o fôledo.

Eu me aproximava dela. O continente americano parecia maior, à medida que eu me aproximava dele. Suas luzes das metrópoles podiam ser vistas do espaço. Eu pousei suavemente no chão. Ao olhar ao meu redor, constatei que estava no Central Park, mas em uma área diferente da que Dick me levara. Haviam árvores por todos os lados e não dava para ouvir o som de pessoas, apenas de aves em seus ninhos.

Olhei para a ponta de meus dedos. Minha mão ainda ardia aquele calor infernal, e brilhava, vermelha. Estendi minha mão para frente, e uma forte rajada de raios desintegrou dezenas de árvores, fazendo um corrredor de destruição. Legal, eu conseguira fazer denovo! Eu posso controlar! Posso mostrar para eles que eu não sou um monstro!

Caminhei pelo corredor que eu fizera, observando, abismada, a grandeza do meu poder. Ele se estendia por 1 km, e das árvores que ficaram diretamente no raio, não sobrou nem raiz. Talvez a única coisa que eu não possa controlar seja os estragos... pensei.

Ao chegar no fim do corredor, eu vi um enome prédio empresarial. De lá, posso chamar meus pais para me buscarem! Eu corri para ele, na esperança de conseguir ajuda. Quando estava na metade do caminho, um par de faróis me cegaram. Um caminhão buzinava fervorosamente, para que eu saísse da rua. Meu coração gelou, junto com meu corpo. Eu estendi minhas mãos para frente, num impulso natural de tentar me proteger, e gritei, de olhos fechados. Eu ouvi o caminhão ser arremessado. Quando abri os olhos, havia um grande rombo no chão, que se estendia por 10 metros. O caminhão estava atravessado no 5° andar do prédio empresarial, com a frente e os lados carbonizados, suas rodas giravam, suspensas.

Todos me olhavam, assustados. Algumas mulheres mais histéricas berravam e corriam. Não, não era isso que eu queria. Não quero medo, nem morte. Não sou um monstro.

Essas pessoas não compreendem.

Uma voz doce e suave disse, em minha cabeça.

Os humanos são cruéis e insensíveis, não compreendem aquilo que você está passando, não compreendem a grandeza do seu poder.

As pessoas me olhavam, assustadas e furiosas. Muitos gritavam coisas horríveis, "assassina", "monstra", e chamavam a polícia. Eu, automaticamente, me virei e saí correndo, assustada e com medo. Mais medo do que eles.

Vaguei sozinha pelas ruas escuras, primeiro correndo, depois caminhando, sempre chorando. Aquela não era eu. Eu jamais faria aquilo. Eu era apenas uma garota comum, que tinha uma família comum, que amava sua vida comum. Jamais sonhara em fazer mal para qualquer um. E agora, eu estava ali, com o sangue de muitos inocentes nas mãos. E eu chorava.

– Maldição! - eu berrei - Por que diabos isso aconteceu comigo? Eu nunca quis nada disso!

De repente, eu parei de chorar. Uma melodia me chamou a atenção. Era um ritmo simples, com uma batida marcante. Lembro-me de apenas um pedaço da letra:

Here I am, once again
Feeling lost, but now and then
I breath it in, to let it go

Era bem canção de baile. De alguma forma, aquela melodia simples e rítmica me envolveu, e eu comecei a segui-la. O som vinha de um ginásio de esportes, de uma High School, uma escola de ensino médio. Entrei sem dificuldades pela porta principal, não havia seguranças nem monitores.

Todos estavam vestidos de smokings, vestidos de gala, haviam luzes piscantes na decoração, uma mesa com ponche, e muitos elementos de um baile tradicional. Finalmente, algo que me fazia me sentir confortável, algo que me fazia lembrar de casa.

– Com licença senhorita! - uma voz esganiçada falou, ao meu lado.

Acho que era a diretora da escola, pois era a única que usava terninho. Ela era baixinha, usava óculos e tinha um nariz engraçado.

– A senhorita não está vestida de acordo com as regras da escola. - ela apontou com a mão para minha roupa justa do Satélite Orbital - Me dê seu convite!

– Convite....? - eu repeti a palavra que ela dissera.

– Seguranças! - ela berrava, toda esganiçada - Temos uma penetra!! - ela segurou meu braço - Você vem comigo para a diretoria, mocinha!

– Não me toque! - eu gritei.

Eu empurrei ela, e ela voou, caindo dentro do pote de ponche. Eu não queria machucá-la. Mas na hora, eu quis. A partir daquele momento, eu queria machucar, e queria ver todos gritando. E sorria com essa possibilidade. Ninguém ia me deter. Eu era poderosa, era invencível!

Todos os alunos me olhavam, a música tinha parado.

– Muito bem! - eu sorri, sinistra - Que a diversão comece!


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam do acordo! Ah, e esse cap também conta, viu!



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